N. 834

1-4-54

Cr$ 3,00 .no Distrito Federai

Cr$ 4,00 nos Estados

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AS DUAS VITÓRIASdo FLAMENGO"BOICOTE"

ESPORTIVO

ao BRASIL

A "VERDADE" SOBREA T 0 0 RA D A

A COMÉDIA

PARAGUAIA

BRASIL, CAMPEÃOSUL-AMERICANOde NATAÇÃO

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O presidente da C.B.D. precisa sair da posição de assistente para tomar uma decisão contra o "boicote" esportivo do Brasil

A diplomacia esportiva nacional está fracassando redondamente.A prova disso são os sucessivos rompimentos dos países vizinhossem que os mentores da C.B.D. movam uma palha.

Em poucos dias registraram-se lamentáveis acontecimentos semque os paredros, que vivem realizando conferências secretas paratraçar roteiros de vilegiaturas dos jogadores do selecionado e desuas famílias em estâncias de veraneio, tomassem uma atitudepara impedi-los ou siquer respondê-los.

Na semana passada os argentinos decidiram, a última hora, nãocomparecer ao sul-americano de natação promovido pela C.B.D.Dizem que foi em represália a acontecimentos ligados ao acidentedo iate do navegador solitário Vitor Dumas, ocorrido no Norte, masparece que temiam a derrota, inevitável, confrontando-se os tem-pos dos nadadores portenhos com os alcançados pelos brasileiros.Outros afirmam que tudo isso tem ligação com a política. Em

seguida anunciou-se a deserção dos platinos do sul-americano deatletismo. Isto já é demais, e o C.N.D. ainda permite que o San-tos continue se exibindo na Argentina.

Com respeito ao futebol surpreendeu-nos a proibição da exibiçãode quadros estrangeiros em Portugal, pelo espaço de seis meses,mesmo tratando-se de times brasileiros. Os acordos com Portu-gal parece que são unilaterais no que diz respeito ao tratamentodos nossos na terra-mãe (?). Não querem as autoridades lusita-nas abrir excessão para os times do Brasil ora em excursão pelaEuropa. Incrível, mas é a pura verdade.

A mania dos seis meses parece que virou doença. O ConselhoNacional de Desportos do Paraguai proibiu, por meio ano, relaçõesesportivas com o Brasil, para esfriar os ânimos. Máscara de cam-peões sul-americanos.

E a C.B.D. muito preocupada com o turismo!

A correspondência deve ser endere-cada ao DIRETOR do ESPORTE

ILUSTRADO — Rua Visconde deMaranguape, 15 (Lapa)

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N.° 834 1 -4-54

Fundado em 12 de abril de 1938 — Propriedade da COMPANHIA EDITORAAMERICANA. Diretor: Gratuliano Brito. Publicidade no Rio: J. M. Costa Júnior,S. L. Guimarães, A. Mendes, S. SanfAnna e A. Nóbrega; em S. Paulo: Manoel G.da Silva: Rua 15 de Novembro, 228 — 5° and., sala 517, tel. — 33-4811. Agentes emtodas as capitais e principais cidades do Brasil. Representantes: Em Portugal:Helena A. Lima, Avenida Fontes Pereira de Melo 34, 2? Distrito, Lisboa. ÁfricaOriental Portuguesa: D. Spanos, Caixa Postal, 434. Lourenço Marques. Uruguai:Moratório & Cia., Constituyente 1746, Montevidéu. Na Argentina: InterprensaFlórida, 299, telefone 32, Avenida 9509, Buenos Aires. Distribuição e venda emSão Paulo: Agência Zambardino, Rua Capitão Salomão, Ç»9 — Telefone: 34-1569.

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ESPORTE ILUSTRADO 1-4-54 Pág. b

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conseguiu furar o bloqueio da defesa guarani, mas o goleiro Vítor Gonzalez conseguiu deter o bnlfio, antes da entrada do meia direita

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ESPORTE ILUSTRADO — 1-4-54 — Pág. 4

AGORA,VAMOSTRABALHAR

em CONJUNTOPELA VITÓRIAdo BRASILescreveu:

BENJAMIN WRIGHT

A vitória brasileira sobre o Para-guai no Maracanã, nada mais foi doque o produto de um desempenho quese coadunou perfeitamente com 1 ca-tegoria de nossos jogadores e seu téc-nico. Antes do encontro não faltouquem criticasse o técnico e mesmo oselecionado, demonstrando esses meni-nos que não têm capacidade paraexercerem a função de que estão in-cumbidos. O direito de crítica é livre,porém a crítica deve ser ponderada,e baseada em argumentos. Reconhe-cemos o direito de qualquer um não

Numa das poucas oportunidades emque os atacantes do Paraguai conse-guiram se aproximar da Srea brasl-leira, Brandãozinho con jurou o peri-go afastando o couro com a cabeçae com o braço o atacante José Paródi,enquanto Martinez, Bauer e Maurinho

observam a jogada

sostar do sistema ou do técnico, po-rém as restrições devem ficar no ãm-bito do futebol e jamais atingir a vidaparticular dos responsáveis pelo se-lecionado ou dos jogadores. Acredita-mos que alguns cidadãos sem a cias-se devida aos jornalistas ou comen-taristas, criticaram o técnico, gra-tultamente, sem base, e com argu-mentos ridículos e infnntis comoaquele da camisa de malandro... Eclaro que só poderiam criticar o res-ponsável pelo selecionado desta for-ma, pois tecnicamente não teriambase. Não devemos esquecer-nos quesob a orientação de Zezé, o selecio-nado jogou nove vezes, está invicto,e somente sofreu em nove jogos trêstentos contra. .. e assim mesmo umdeles foi de pênalti... Eis porque avitória categórica sobre o Paraguaipor 4x1, dentro do mesmo padrão dejogo, os rapazes deram o tiro de mi-sericórdia nos que muito necessitamdo conhecido sal de-frutas.. Com. adefensiva desempenhando sua tarefade forma magnífica, não foi difícil aoataque, com a ligação de Didi, e os

apoios dos médios, exercer funçãomais objetiva. Alguns comentaramque o zagueiro Nilton Santor, apesarde seu magnífico desempenho, andouabusando do jogo pessoal e dos "drl-blings" dentro da área A explica-ção è fácil. Dentro do sistema Mau-rinho deveria descer nas cargas para*gualas, ocupando uma posição, diga-mos, teórica, na intermediária nacio-nal. A verdade é que nem sempre oponteiro deceu, e por vezes ao tomaro balão do adversário Nilton Santos,para não rechassar à esmo, não tendoa quem. estender na frente em seusetor, era obrigado a prender a pelo-ta, o que aliás fazia de forma mag-nífica. Quando o ponteiro se colo-cava aonde indicava a formação dosistema, as situações eram resolvidasrapidamente, e o contra ataque exer-cia sua verdadeira função objetiva.Não há dúvida também que os doismédios chamados volantes, na pri-meira fase, na maior parte das vezesrechassaram ao invés de entregar apelota. Na etapa complementar, en-tregaram melhor, ps contra ataques

Vitor Gonzalez defende, enquanto Hermosllla fica no "goal" na expectativa

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Pinga deu trabalho a defesa paraguaia

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estiveram melhor coordenados e daio reflexo no marcador. A substitui-ção de Humberto por Pinga, foi di-tada pelo nervosismo que passou ademonstrar o jovem atacante ao r»er-der duas boas oportunidades. Alias aconfiança, depositada pelo técnico noatacante palmeirense no nosso modode ver justificou-se plenamente. Nosencontros de Santiago e A.ssumçáo emesmo no primeiro do Maracanã,Humberto foi sempre um eltmentoútil para o selecionado, muito luta-dor, tendo porém sido infeliz cie modogeral nas conclusões. Estendemos àmão a palmatória com referência àBaltazar. Quando da convocação, oúnico jogador a quem fazíamos restri-ções era à Baltazar. Hoje reconhece-mos ser o centro-avante um elementoutilíssimo ao selecionado. Muito em-bora não reúna as qualidades técnicasde um Ademir em plena forma, Bal-tazar é sempre um elemento perigo-so para as defensivas adversárias,dado seu espírito de luta, sem esmo-

recimento, o que o faz constituir-seem eterna preocupação para qual-quer defensiva. Muito valente, nãofoge um momento sequer da área, per-seguindo a pelota, lutando, catece-ando, e por vezes estendendo bonspasses para seus companheiros. FoiBaltazar o artilheiro das eliminatóriassul-americanas tendo mesmo decididocom seus tentos, três vitórias para oBrasil. A ponta esquerda foi indiscu-tivelmente o ponto nevrálgico do se-lecionado. Rodrigues embora muitoesforçado não pôde ser perfeito nasua função dentro do sistema e quese eqüivale a função de Telê no qua-dro tricolor carioca. Maurinho care-ce um pouco de condições físicas parafunção e é um elemento mais defrente. Quer-nos parecer todavia, queagora que o selecionado t.erá um pe-ríodo maior para treinamento have-rá um burilamento das funções dosdois ponteiros de modo à enquadralos de forma perfeita dentro da ta-

(Continua na pág. 18>

Pênalti claro em Julinho, mas o senhor Vicenti fingiu que não vê, enquantoum defensor guarani alega "fita" do atacante nacional

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ESPORTE ILUSTRADO — 1-4-54 Pág. 5

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Ao alto, carga do Flamengo neutralizada pela defesa alva; ao lado "goal" deBenitez concluindo uma cabeçada de Zèzinho. Era o primeiro tento rubro-

negro. Vemos Hélio batido no canto direito

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Flamengo e São Cristóvão de malas prontas para correrem aEuropa decidiram despedir-se, domingo último, de suas torcidascom um amistoso no Maracanã.

O temporal que caiu na parte da manhã sobre a cidade, inun-dando bairros e impedindo o comparecimento do público ao está-dio, tirou o brilho e o aspecto técnico do confronto, em face doestado encharcado do campo.

A esquerda: o quadro do São Cristóvão que perdeu para o time rubro-negrona sua despedida: em pé, Manfredo, Ivan II, Hélio, José Alves, Severlno eRoberto — agachados: Arfindo, Sarcinelli, Franklin, Ivan e Carlinhos e à direita:Garcia sendo retirado de campo pelo massagista depois de ter fraturado o nariz

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O nuadro do Flamengo que despediu-se vitoriosamente da torcida carioca,em í Garcia. Servilio, Pavão. Jadir, Marinho e Jordan — agaehados, Joel,

Evaristo, Zèstaho, Benitez e Zagalo

O campeão da cidade não encontrou pela frente um adversárioá altura de sua categoria, daí não ter-se empregado a fundo, de-sinteressando-se do placar. O time do São Cristóvão so equili-brou a peleja nos minutos iniciais, mas depois foi completamentedominado pelo quadro rubro-negro.

A atuação do quadro alvo deixou dúvidas quanto a performancena temporada européia, a não ser que enfrente equipes de igualcategoria, porque do contrário será um verdadeiro fracasso, diml-nuindo o conceito do futebol brasileiro, como já está acontecen-do com o Olaria na Turquia. *

Apesar do Flamengo ter dominado a primeira fase do encontronão foi além de 1x0, tento de Benitez aproveitando uma cabeça-da de Zèzinho. Na fase complementar Zagalo aumentou a con-tagem chocando-se com um tiro de Benitez Quando faltavam doisminutos para o término da peleja, Manfredo tentando salvar asua meta de uma avançada perigosa de Paulinho chutou contraas próprias redes.Ao lado, Garcia fraturou o nariz num choque com Sarcineli e em baixo oscapitães Munfredo e Jadir cumprimenta m-se nu presença do juiz Aoellno

Ribeiro de Jesus

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ESPORTE ILUSTRADO 1-4-54 Pag. 7

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Os brasileiros, tranco favoritos do sul-americano de natação, saltos e water-polo. obtvveram belos triunfos nas primeiras rodadas do certame.Isa Teixeira de Almeida, do Brasil, venceu a prova de 100 metros cestas,com 1 minuto, 17 segundos e 6 décimos, batendo o recorde sul-americano deEdith Groba.

A equipe de revesamento 4x100, quatro estilos, logrou superar a marcacontinental com o tempo de 4'36"8. Estava constituída por João GonçalvesFilho, OUiVio Mobiglia, Ademar Grijó Filho e Paulo CatundaNos saltos ornamentais sagraram-se campeões sul-americanos: Milton Busin,no trampolim, com 168,79 pontos e Maria Carlota Rodrigues, na plataforma,com 71,27.

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O Brasil conquistou o sou primeiro titulo no certame continental doaquática nos festejos do ÍV Centena-rio de Sâo Paulo.

Os nacionais obtiveram o títulosul-americano de polo aquático aoderrotarem os uruguaios nas duasúnicas pelejas do certame. Venceramno primeiro cotejo por 7x4 o no segundo por 6x3.

Na primeira peleja em que os nacionais ganharam de 7x4, foram marcadores: Sérgio (3), Márvio y2), Grljó e Edson, para o Brasil, Juan Luiz(2) Albella, e Júlio para o UruguaiNo segundo encontro, Grijó (4)Márvio e Alijo, para os brasileiros.Juan Luiz (2) e Albella. ocra os i-ruguaios construíram o placar de 6x3

A equipe campeã estava assim foimada: Max Graber, Edson Perri, Sérgio Rodrigues, Ademar Grijé, Már\ i«Kelly dos Santos, Eduardo All.lr» eRolf Koestner.

A equipe brasileira, vencedora do Mil-americano de polo-aquátieo, vendo-se daesquerda para a direita: Max Graber,Sérgio Rodrigues, Rolf Kosenter, Editar-do Alljó, Ademar Grijó, Edson Perry,

Márvio Kelly dos Santos

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— Pág. 9

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Ktn baixo, a e<iuij*e do Uruguai* íormad»ttOiw Juan |^ul7. l*orez- 1>èonel GabiHeí,Xeptuno Albella» Af^nno l>i Xamlro, .lúlio'JU>l>eí», Osvaldo Marino e <'nrío* AHarez

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SPORTE TLUSTRADO — 1-1-54

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FOTO - R.€POfrTA CTEt

O mau tempo reinante domingo nfica de colher flagrantes perfeitos, d<sete fotos constituem, na verdade, ur1) Defesa de Hélio numa carga de Zè;leiro alvo chega primeiro; 3) O lanesGarcia, de que resultou a fratura do nrde munhecaço numa entrada de ZèzJHélio, num tiro de Evaristo; 6) Chui)defesa alva alivia uma carga do Fiai

^__j*. ------------- 1. ^* _- '^fe^£. AÊmwm W^^nL .j^Bal^ iMm^ ^ 3w a_l 1^ J^^RIR IéS. * >_^t . ^mmaw^ ^^ , ^^mmk. wfi. - ¦_£ Iw^PH ¦. // __ ^!Bòj. ^^H ^^¦HnHn -..,-sjg >^ - > nMfr '^"tW* .,-."*« ,^'. gsiSv -./ -ror- lAmv^' 'ÍAmW ¦ ' m!&^' -Wf^^m\ V^ <,.- _ttttMSTB abi ^E^^F 3a» - jp> £

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no Rio, impossibilitou a reportagem fotográ-, devido à escassez de luz no Maracanã. As

um esforço de reportagem de José Santos:Zèzinho; 2) Avançada de Benitez, mas o go-

. cs. que precedeu o choque entre Sarcineli ei^riz do goleiro rubro-negro; 4) Hélio afasta

iho, auxiliado por Ivan II; 5) Defesa dede Benitez defendido pelo goleiro; 7) A

engo.

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ífsSPii

> Fia-ndo-see S5Ò-

/inho, que Arísio defende enquantoTome piorara ajudar. Bob C Aváti

observam a jogada

Defesa de Arísio nu-ma cabeçada de

Zèzinho

'0_ M^'. X '-9-.,.. £%•¦.¦.' :' y ¦¦¦'¦'¦ •Mâx&Siíiif&XÍyXÈ^ * '" ' * £«sS?íSKl!íí

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MERECIDORUBRO

Escreveu: LEU NAM BATISTA LEITEFotografarom: ALEXANDRE MIRANDA

JOSÉ SANTOS eALBERTO FERREIRA

Carrinho de Marinho aospó.s de Vinícius

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ESPORTE ILUSTRADO 1-4-54 Pág. 12

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no transforma o pênalti no se-«undo "goal" do Flamengo, \enccndo

Arísio

Depois de um intervalo de doismeses, o público reviu, afinal, umencontro entre duas grandes equipesdo Rio de Janeiro. Flamengo e Bo-tafogo defrontaram-se na noite de 23do corrente, em interessante pelejaamistosa, realizada no Maracanã.

A partida agradou pelo empenhocom que atuaram os convenciones, jáque da maneira como estavam desfal-eados os dois conjuntos, não. se poderia esperar por um grande espetáculotécnico. Justamente nesse ponto, porsinal, residiu a chave do triunfo ai-cançado pelo Flamengo: é que o ru-bro-negro possui, atualmente, reservasà altura dos titulares, em condições,portanto, de substituí-los em qualquereventualidade. Os jogadoras Duca eHenrique, por exemplo, vindos doquadro de juvenis, foram figuras ex-ponenclais do cotejo, atuando comgrande desenvoltura e acerto. Por

Nniu conter,goleiro, mas

Henrique saltaTome nfnsV

sobre o• perigo

Defesa arrojada de Garcia aos pes deVinícius. Jordan e Marinho observam

outro lado, o Botafogo sentiu muito afalta de alguns efetivos, como Juve-nal e Santos, principalmente. Neees-sita o clube da "estréia solitária" deurgente renovação de valores, paraque n&o se veja tão enfraquecidoquando não puder contar com todosos seus craques

Desde o princípio do "match", mos-trou-se o campeão carioca mais po-sitivo em suas ações demro do gra-mado. A intermediária jogava bem,com um belo trabalho destrutivo deServilio e Jordan e um eficiente apoioã vanguarda executado por Jadir. Jáos alvi-negros careciam precisamentedesse trabalho de meia-car.cha, ondeRuarihho atuava confusamente, Bobe Arati não conseguiam se impor, erestava a Paulinho todo o peso da di-ficil tarefa. Assim, os minutos foramcorrendo, com o quadro da Gáveamais operoso e firme, enquanto o seuadversário apenas atacava por meiode contra-ataques. Mesmo assim, en-tretanto, por duas vezes os botafoguepses estiveram em condições de

(Continua na pág. 18)

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espetacular pulo de Arísio aos pés de /^/Jnho. sobas vistas de Tomí' e Evaristo

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ESPORTE ILUSTRADO 1 -4-54 Pág. 13

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SAO PAULO

O Maracanã, senhores, não foi nem sombra do que foi o Estádiodo Libertad. O Maracanã oferece garantia absoluta aos jogadores.O público apenas pode intervir numa peleja que se realiza no co-lossal estádio, com os recursos únicos da garganta, usando os sa-grados direitos de torcedor. No estádio do Libertad o público tomaparte ativa num jogo, inclusive influindo psicologicamente noânimo dos jogadores, que sabem não haver nenhuma fronteiraentre eles e a torcida. A torcida de Assunção estava irritada.Tinha desfraldado bandeiras por toda a parte, abrira cartazes com

Vejam só a marcação paraguaia em cima de Julinho, no Maracanã

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ESPORTE ILUSTRADO 1-4-54 — Pág. 14

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E„, AMUnçâo. . torcida paraguaia ostentando: "Paragnayo* bravos y vali entes eomo leones. I.a contlenda de hoy es como slempre. Vencer o niorlr"

dísticos violentos, como aquele que publicamos, com os seguintesdizeres- "Paraguayos bravos y valientes corno leones. La con-íienda de hoy es como siempre. Vencer o mortr». Traduzindo:"Paraguaios bravos e valentes como leões. A contenda de hoieè como sempre. Vencer ou morrer". Começando o jogo, os torcedoresentraram a interjerir decididamente no jogo atirando^ oombas efoguetes sobre os nossos jogadores e nisso algumas vezes amea-çaram até mesmo os próprios craques guaranis na a^sia trre/lc-tida de atingir os nossos. Garrafas e pedras choviam amiudada-mente sobre os nossos rapazes, até sobre nossos repórteres decam-yo, sobre os nossos fotógrafos. Julinho teve a mao enfal™™>™-Uma de uma pedrada. O jornalista Aurélio Beloti teve a cabeçasangrando, com uma pedrada também. E sobre o nosso arqueiroVeludo eram lançadas bombas no momento em que n™Jfrf°-brados tiros livres nas proximidades de nossa área Alguns que-bravam garrafas e jogavam os vidros estilhaçados e P™teW}™sno terreno fronteiro ao nosso arco. para enr Veludoquando este tentasse arrojar-se. Tudo isto aconte%lJn°J^Zguina coisa maior que o medo, alguma coisa que se chama coragem,

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coragem estimulada pelo pfóprio temor, fêz Brandãozinho reagircom violência contra a violência, fêz. Djalma Santos repelir compontapés aos pontapés, fêz Baltazar revidar cotoveladas com co-toveladas. E na luta desencadeada pelos paraguaios, que estavamcom as costas quentes pelo apoio claro do público, estiveram pre-sentes os nossos valentes rapazes. Foi só isso — apenas isso —que nos fêz vencer um jogo perdido, em face das circunstâncias.Aqui, no Maracanã, nada disso se verificou. Os paraguaios esta-vam garantidos pela própria situação do campo, onde a invasãodo público não se pode verificar nunca e onde nenhum ser hu-mano, mesmo um campeão de lançamento de disco ou dardo, con-segue alvejar alguém com objetos ou projéteis. Esse clima de se-gurança que os brasileiros não tiveram em Assunção, os para-

(Continua na pág. 18)

Entrada de Baltazar sobre o goleiro Vitor Gonzalez, de que resultou a saídado quíper paraguaio. Acidente muito natural numa partida ardorosamentedisputada. Culpa do goleiro que se arriscou sob os pés do centro-avante ou

do "cabecinha de ouro"?

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ESPORTE ILUSTRADO 1-4-54 — Pág- H

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SÁ VIANA F. C.TRI-CAMPEÃOGAÚCHO da 2.aDIVISÃO de PROFISSIONAIS

AO ALTO:O esquadrão do Sá Viana F. C, da ei-

dade de Uruguaiana no Rio Grande do Sul,tri-campeão do Estado da segunda divisãode profissionais: em pé, Azevedo, Aurélio,Baia, Futa, Samuel e Leo — agachaüos,Chimbe, Nick, Pirugini, Godo e Sanches.

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EM BAIXO:Esta é a equipe "alviverde" da Socieda-

de Esportiva e Recreativa Sadia, de Concór-dia, campeã invicta do Torneio "Nova Es-trêla", tendo derrotado os conjuntos doCruzeiro E. C. (3x0), Juventus F. C. (1x0),e Ser. Guaicurus (1x0): em pé, Pedrinho,Ari, Mário, Guerino, Floriani, Viço, Ivo eo técnico Orestes Perroto — agachadosi,Imar, Chiquinho, Francheschini II, Chu-mi isco. Jacir e Ernesto.

§(àemmacmaeconUeruy

OLE O 06 LI MA

O amigo "jeal"de seus cabelos

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ESPORTE ILUSTRADO — 1-4-54 — Páer. 16

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Martine/. ao ser retido na mara. mostrou-se indiferente a objetiva de 1. Santos

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Komcrlto bancou o ingênuo no H.P.S. quando lhe disseram que as chapasde Kalo X acabaram com a comédia das fraturas

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Silvio Parodi, com o pé enfaixado igualzinho a Vitor Gonzalez, não soubebancar o sério. Riu-se da comédia

A COMÉDIA PARAGUAIACARLOS SAMPAIO escreveu JOSÉ SANTOS fotografou

un-osti-

O maior "show" cômico dos últi-mos tempos não foi apresentado emnenhuma buate do Rio, mas nos subterrâneos do estádio do Maracanã,justamente no vestiário dos para-guaios, sob a segura orientação doitaliano Bartoli.

Era preciso explicar tão cont-dente revéz, inadmissível paracampeões sul-americanos, eles quenham vencido facilmente os chilenose já se consideravam orrtkipantesdas finais na Suíça. Todo Jogador queoava um "ai" no vestiário era logoenfaixado e requisitada a Assistência.Quatro saíram de maça para o Hospitai do Pronto Socorro para dar un-pressão que os brasileiros fizeram umautêntico massacre.

As chapas de Raio "X" tiraramtodas as máscaras dos paraguaios, re-aiizindo o massacre a propor<,:ões mi-nimas de simples contusões, que severificam em qualquer jogo de' fute-boi, porque futebol é jogo para ho-mem.dr. César Araújo, chefe de equi-

pe de serviço no H.P.S.. apôs as ra-cnografias, colocou os pontos nos is :— Vitor Gonzalez, contusão naperna direita, no terço médio.,. 2 — Silvio Parodi, contusão no joe-lho direito.

— Romero, contusões o escoria-çoes na perna esquerda.— Martinez, contusão na pernadireita.

^ itor Gonzalez faz cara feia paraimpressionar. Enfalxou toda a per-na, mas não teve um arrnnhão. Purocinema. Belo tipo dramático

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ESPORTE ILUSTRADO — 1-4-54 —" Pág. 17

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Terça-feira, dia 23 de MarçoFlamengo 4 x Botafogo 1 (Flamen-

go 1x0) — Maracanã — Evaristo,Paulinho, Maurício e Zezinho, do Fia-mengo — Dino, do BoJ, fogo — Juiz,Gama Malcher, bom. CrS 265.311,70.Flamengo -~ Garcia (Chamorro, aos42 minutos da fase final), Marinho(Tomlres — 2." tempo) e Pavão; Ser-vítio, Jadir e Jordan (Osni, aos 2»minutos do 2.o período); Joel (Pau-Unho — 2.° tempo), Duca, Zezinho,Evaristo (Henrique — 2.° tempo) eZagalo (Maurício, aos 20 minutos dasegunda fase). Botafogo — Noceda(Arísio, aos 21 minutos), Tome e Fio-rlano (Calico, aos 35 minutos do 2.°tempo); Arati (Orlando Maia, aos 34minutos do 2* período), Bobe Rua-rinho; Garrincha, Paulinho, Carlyle,

NO°CAMPEONATO SUL-AMERICANODE JUVENIS :

Brasil 7 x Panamá 0 (Brasil 5x0)Em Caracas.Quarta-feira, dia 24 de Março

Vasco da Gama 1 x CombinadoSucre-Tobaeo 0 (0x0) — Em Lima

Ipojücan — Juiz: Dean, regular.Vasco — Ernani (Barbosa), Beline eFantoni; Amauri, Danilo e Beto; Sa-bará, Ipojücan, Friaça (Vavá), Alvi-nho (Friaça) (Alfredo) e Dejair.

Sábado, dia 27 de MarçoVasco 3 x Combinado Deportivo

Municipal-Centro Iquefio 0 (1x0) —Em Lima — Dejair, Alvmho e Vavá

Juiz: Dean, regular. Vasco: Bar-bosa, Alfredo e Fantoni (Haroldo);Amauri, Danilo e Beto; Sabará, Ipoju-can, Friaça (Vavá), Alvinho e Dejair.

CAMPEONATO SUL-AMERICANODE JUVENIS

Brasil 1 x Peru 1 (Peru 1x0) —Em Caracas — Castro, do Peru —Paulinho, do Brasil — Juiz: TeodoroHernandez, regular. Brasil — Der-vai, Antônio e Betinho; Pitter, Ade-mar e Lemes; Laércio, Santana, Pau-linho, Leal e Sidnei. Peru — Bazan,Flores e Andrade; Castro, Oca da eSalas; Franco, Minaya, Natteri, Vegae Seminário.

Em Essen — (Alemanha) — Por-tuguêsa de Desportos 3 x Rot Weiss(campeão) 2 — Edmur, Nininho eDido, da Portuguesa — Baumen eNena (contra) — Portuguesa — Lin-dolfo, Nena e Válter; Hermínio, Clóvise Ceei; Dido, Renato, Atis, Edmur eOrtega. O Rotweiss formou assim :Kwiatkowski, Schaffner e Goebel; Ep-perhoff, Wewers e Malinkowski;Koodt, Isiacker, Gottschalk, Roehringe Termath. No segundo tempo Nini-nho substituiu Átis e Von den Bau-men a Roehring.

Em Istambul — Fernebachê 1 xOlaria 0 — (1x0) — Fendun — Juiz.Sulhi Garan, fraco Olaria -- Celso,Osvaldo e Jorge; Olavo, Moacir e Ana-nias; J Alves, Washington, Maxwell,Gringo e Mário. „ ,„

Domingo, dia 28 do MarçoFlamengo 3 x São Cristóvão 0 <1x0)

- No Maracanã — Benitez, Zagaloe Manfredo (contra) — Juiz: AdelinoRibeiro de Jesus, regular. CrS ....137.763,40. Flamengo — Garcia, Ma-rinho e Pavão (Jorge); Servilio (To-mires), Jadir e Jordan; Joel (Paul*-nho), Evaristo (Duca), Zòzinho (Hen-rique), Benitez e Zagalo (Maurício).S Cristóvão — Hélio, Manfredo eIvan II; José Alves, Severino e Ro-berto (Mauro); Arlindo (Motorzinho ,Sarcineli, (Arlindo), Franklin (Bera),Ivan e Carlinhos. .' , ,Pfl

Penarol 2 x Internacional 2 (Pe-ftarol 2x0 — Em Montevidéu — Pipoe Romay, do Penarol -— Luizinho eAirton, do Internacional. Internado-nal — Milton (La Paz), Florindo eOreco; Laerte, Mossoró e Odorico,Luizinho, Airton, Bodinho, Jerônimo,e Canhotinho. Penarol -- Máspoli,Vagnoli e Romero; Gonzalez, Castro(Nardeili) e Balsero; Pipo (EuHco),Hoberg, Romay (Miguez), Schiafino(Pipo) e Peiaez.

Em Colônia — Portuguesa de Des-portos 4 x S. V. Rheydt 1 — (lxl)— Edmur (2), Osvaldinho e Clóvis,da Portuguesa, — Jansen, do S. V.Rheydt.

COPA DO MUNDOEm Atenas — lugosiavla 1 X Gré-

Cia o — Veslinovic — Classificada aIugoslávia. ', . _

Em Saarrebrucken — Alemanha 3x Sarre 1 — Classificada a Alemanha.

Em Istambul — Besiktas 2 x Ola-ria 0 — (1x0) — Ercam e Sami.Olaria — Celso, Osvaldo e Jorge; Ola-vo, Moacir e Garcia; J. Alves, Was-hington, Gringo, Maxwell e Moreno.Besiktas — Bulent, Kamil e Vedil;Esreefé, Insan e Nusret; Ercan, Re-cep, Coskun, Sevke e Faruk.

Em Belo Horizonte — Atlético 1 xPalmeiras 0 — (0 x 0) — Gatão.Atlético — Sinval, Afonso e Osvaldo;Clever, Zé do Monte (Gastão) e Ha-roldo; Gibi, Gastão (Denoni), Ubal-do, Múcio e Amorim. Palmeiras —Cavâni, Rubens e Juvenal; ValdemarFiúme, Jano (Manoelito) e Dema: Oli-veira, Liminha, Otávio (Berto), Jaire Moacir.

Em Lins — Linense 2 x Canto doRio 1.

Em Bogotá — Corintians 3 x Mi-llionarios 3.

Merecido triunfo. ..(Continuação da pág. 13)

abrir a contagem, não fosse a infeli-cidade de Vinícius no complementodas jogadas. Finalmente, quando jáse acreditava que o primeiro tempoterminaria com a contagem em bran-co, Zezinho, em grande jogada, dri-blou o goleiro Arísio e ofereceu ocouro em esplêndidas condições aEvaristo, que aproveitou a oportuni-dade para marcar o primeiro tentoda noite.

Para a etapa complementar, o téc-nico rubro-negro fêz de início trêsmodificações: entraram of reservasTomires e Paulinho para os postosde Marinho e Joel, e ainda o juvenilHenrique substituiu Evaristo. Nosprimeiros minutos o Botafogo conse-güiu se articular, dando a falsa im-pressão de que passaria a dominar apeleja. Mas, essa aparente reaçãoalvi-negra não foi além da conquistado empate, quando os rubro-negrosse alertaram e voltaram a fazer pres-são contra o arco de Arísio. Aos 23minutos, numa jogada clara e inüis-

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cutíveír-YBob aterrou o ponteiro Za-galo dentro da grande área. Punidoo pênalti acertadamente pelo árbitro,coube a Paulinho a cobrança, tendoeste desempatado a pugna. Destemomento em diante, a debacle doBotafogo se fêz notória. Os "goro-tos" Duca e Henrique começaram aluzir no ataque rubro-negro e passa-ram a dominar inteiramente a defe-sa botafoguense. Aos 32 minutos, nasua primeira grande oportunidade. Zè-zinho obteve o terceiro "goal" do Fia-mengo, selando definitivamente asorte do combate. Quando o placarde 3x1 já se afigurava como defini-tivo, eis que numa confusão estabcle-cida à boca da meta de Arísio, o ponteiro Maurício, que entrara no lugarde Zagalo, consignou o derradeiro,"goal", que definiu, afinal a merecidavitória do quadro dirigido por FleitasSolich.

VALORES INDIVIDUAISFlamengo — Garcia cumpriu boa"performance", com algumas defesas

de vulto e nenhuma falha importamte. Chamorro não teve tempo paramostrar a sua forma atual. Marinhoteve, como sempre, atuação segura.Tomires esteve emque. Pavão jogou oentrou sempre duroadversário. Servilioainda ostenta a forma extraordinária

i com que participou dos últimos en-contros do campeonato da cidade.Jadir esteve incansável no apoio aoataque, evidenciando que dentro embreve estará novamente em perfeitascondições técnicas. Jordan foi ummédio sóbrio e voluntarioso, enquantoo seu substituto, Osni. exibiu as mes-mas qualidades. Joel jogou com oacerto costumeiro, sendo seguido deperto pelo suplente Paulinho, no se-gundo tempo. Duca foi uma rias gran-des atrações do combate, com 6 seujogo rápido e desenvolto. A, sem dú-vida, um valor que promete. ZezinhoPág. 18

plano de desta-que sabe. isto é,e firme sobre odemonstrou que

CAPA e CONTRA-CAPACAPA: Ztèzinho e Dino, respectivamente os marca-

dores de "goals" do Flamengo e Botafogo no amistosode terça-feira última no Maracanã: O primeiro ex-botafoguense vestindo pela primeira vez a camisetarubro-negra abraça o seu ex-companheiro de time.(Foto de Alberto Ferreira Lima).

CONTRA-CÀPA: Os brasileiros conquistaram o titulosul-americano de natação com 104 pontos de vantagemsobre os peruanos. Apresentamos os integrantes darepresentação nacional na piscina do Pacaembu, nodia do encerramento do certame (Foto de Alberto Fer-reira Lima) .

apareceu pela primeira vez aos olhosda platéia carioca, envergando a ca-miseta rubro-negra. Deixou boa impressão pelo perfeito entrosamentoque demonstrou, chefiando' os seusnovos companheiros de ataque. Eva-risto* fêz um bom primeiro tempo,mas Henrique, que o substituiu, ul-trapa8sou a expectativa, dando maiorvivacidade â ofensiva e despontandocomo autêntica revelação. Zagaloevidenciou as qualidades que lhe sãopeculiares: velocidade, "dribling" emalícia. Maurício jogou apenas 20minutos e assim mesmo deixou o"*seu" nas redes adversárias.

Botafogo — Noceda atuou apenas20 minutos, falhando repetidas vezes,a ponto de ser substituído pelo jovemArísio, que teve atuação melhor, em*bora nos tenha parecido um poucoprecipitada a sua saída do arco. porocasião do primeiro tento rubro ne-gro. Arati disputou uma partida dasmais discretas, ao passo que OrlandoMaia jogou muito

"pouco tempo para

merecer uma análise mais acurada aseu respeito. Tome teve altos e bai-xos. Em geral, sua atuação foi re-guiar. Floriano esteve bem no primeiro período, mas caiu bastante deprodução no final. Calico está nomesmo caso de Orlando Maia, isto é,não teve tempo para aparecer. Bobnão jogou aquilo que sabe, recorremdo ao jogo pesado, para suprir assuas deficiências técnicas. Ruàrinhoesteve "horrível" na primeira etapa,melhorando um pouco no tinal. Estámuito pesado e atravessa, seni dúvi-da, uma das piores fases cia sua car-reira. Garrincha pouco fêz de prá-tico durante todo o Jogo. Dino foio melhorzinho dos atacantes, marean-do o ponto de honra da sua equipe.Mesmo assim, seu desempenho nãofoi bom. Imaginem os outros...Carlyle foi uma nulidade. Cada vezque era desarmado por Pavão, faziacenas extra-esportivas, mas com abola não queria nada. Paulinho so-freu a influência da fraca atuação dosseus companheiros e acabou naufra-

gando também. Vinícius limitou-sea dar algumas escapadas mal sucedi-das na primeira fase, apagando-se in-teiramente no final.

O árbitro foi o sr. Alberto da GomaMalcher, que atuou a contento. Mar-cou um pênalti e anulou um tento bo-tafoguense, com todo acerto, assimcomo confirmou o "goal" de Dino,depois que Jordan rebateu n pelotade dentro do arco.

Desta maneira, amigos, o Flamen-go colheu meritório triunfo, fazendovibrar mais uma vez a sua imensatorcida. A chave do êxito rubro ne-gro foi, como dissemos, a surpreen-dente atuação cumprida pelos jovensreservas da sua equipe. Vitória bemao feitio do Flamengo: à nase de en-tusiasmo e luta.

Agora, vamos. . .(Continuação da pág. 5)

refa que lhes é atribuída. Quanto àdefensiva, meus amigos, não há res-trições à fazer. Somente quer-nor, pa-recer que os médios volantes deverãoser mais cuidadosos na entrega dapelota, preferindo o passe ao rechas-so puro e simples. Tivemos pela fren.te nas eliminatórias dois adversáriosque se não são dos de maior çatego-ria, são indiscutivelmente adversáriosde dois centros aonde é praticado umbom futebol. Pareceu-nos o Chile, umquadro melhor armado, mais conjun-to. mais técnico. O Paraguai, umquadro mais luta, mais ardor, combase em uma linha intermediáriacomposta de grandes valores, porémcom um ataque em que somente doiselementos despontavam como real-mente perigosos para a meta contra-ria. Está pois vencida a primeiraetapa: as eliminatórias sulamerica-nas. Sem argumentos, os adversáriosdo selecionado serão forçados a dei-xar em paz o técnico e os rapazes emseu trabalho preparatório para as finais na Suíça.

A "verdade" sobre a tourada...(Continuação da pág. 15)

quaios tiveram no Maracanã. E nada aconteceu de anormal, atéque marcamos 3x1, até que nossa vitória ficou assegurada, dentrodos sãos princípios da desportividade, estritamente nos limitesdas leis. Só então, alguns jogadores nossos, mais vingativos recor-dando ainda o drama vivido em Assunção, resolveram apelar paraa vindita, na aplicação da pena de Talião, ''dente por dente, olhopor olho". E só aí contundiram-se o goleiro Gonzalez e o metaRomerito, este o cuspidor de Julinho em Assunção.

Não quisemos contar, seiihores, antes do jogo de domingo, todaa extensão verdadeira da "guerra de Assunção, da batalha docampo do Libertad". Isso porque se contássemos, por certo cria-ríamos um ambiente de violência contra os paraguaios e isto po-deria ferir os sagrados deveres da nunca desmentida hospitali-dade brasileira. Agora, porém, quando os paraguaios se queremfazer de vítimas, e o que é pior, quando alguns declarados innni-gos do selecionado brasileiro, os ajudam ?iessa mentira, não nosé possível mais silenciar. Os inimigos do "scratch" precisam sa-ber que não lhes é possível mais impedir a marcha gloriosa dofutebol brasileiro. Ao contrário — possível há de ser ao futebolbrasileiro impedir a marcha de alguns que dependem do povopara assegurar o êxito de suas aspirações... E o que é 7nais in-crível, senhores, é que descobrimos no meio dos que combatem o"scratch", alguns que fulminaram a seleção de 1950, acusando-a decovarde porque não repeliu as afrontas uruguaias. . . Hoje, os nos-sos rapazes são cangaceiros, só porque Gerson e Baltazar perderama tranqüilidade e tentaram vingar o drama vivido por nossa equi-pe em Assunção. Apesar de que a vingança do zagueiro e do co-mandante não chegasse a ser um mínimo das provocações deAssunção do Paraguai.

Esta é a única verdade que existe e essa balela de se dizer quenão temos coragem de atacar o "scratch", é um absurdo completo.Havia, de Hos faltar tudo, senhores — ar, sangue, até vida — me-nos coragem para falar a verdade

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