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    Universidade do Estado de Santa Catarina UDESCUniversidade do Estado de Santa Catarina UDESC

    Centro de Cincias Agroveterinrias CAVCentro de Cincias Agroveterinrias CAV

    Departamento de Agronomia - AGRDepartamento de Agronomia - AGR

    Disciplina Meteorologia e Climatologia 2009 / IDisciplina Meteorologia e Climatologia 2009 / I

    Aula IXAula IXELEMENTOS E FENMENOSLEMENTOS E FENMENOSMETEOROLGICOSETEOROLGICOST EM P ERAT URA D O SO LOEM P ERAT URA D O SO LO

    Andr Julio do AmaralAndr Julio do AmaralEng. Agron. Msc. Cincia do Solo-CAV/UDESCEng. Agron. Msc. Cincia do Solo-CAV/UDESC

    Lages, SC, Abril de 2009Lages, SC, Abril de 2009

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    1. INTRODUO2. FATORES QUE INFLUENCIAM

    - Absoro e perda de energia solar3. PROPRIEDADES TRMICAS DOS SOLOS4. MTODOS PARA MODIFICAR A TEMPERATURA DO SOLO5. MOVIMENTO DE CALOR NOS SOLOS

    6. OBSERVAO DA TEMPERATURA DOS SOLOS7. CLCULOS COM INFORMAES DE TEMPERATURA DO SOLO

    T P IC OS D A A U LA PI CO S D A A U LA

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    FATORES QUE INFLUENCIAM NA TEMPERATURA DO SOLOFATORES QUE INFLUENCIAM NA TEMPERATURA DO SOLO

    1) Saldo lquido de calor, absorvido pelo solo;

    2) Quantidade de energia, exigida para mudana detemperatura (capacidade trmica);

    3)Energia necessria para evaporao (gua), calorespecfico;

    4) Energia gasta pela fauna e flora do solo (desprezada)

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    ABSORO E PERDA DA ENERGIA SOLARABSORO E PERDA DA ENERGIA SOLAR

    Determinada pelo total de energia que atinge a superfcie(Rg) que representa parte da radiao solar total, emitidapelo solo (Rs). Assim:

    - Regies ridas (sem nuvens):75% da Rs atinge o solo- Regies midas (com nuvens): 35 a 45% da Rs atinge o

    solo

    - Mdia global: =~ 50% da Rs atinge o solo

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    FONTE ENERGTICA

    SOL- Energia radiante atravs de radiao de ondacurta (0,2 a 4 m).

    Do total da energia irradiada pelo sol,* 45% incide na superfcie da terra

    * 28% refletida pelas nuvens

    * 16% absorvida por molculas de dixido deC, oznio e vapor de gua na atmosfera

    * 11% dispersa e retorna ao espao exterior

    100%

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    FATORES QUE AFETAM A ABSORO DA RADIAO SOLARFATORES QUE AFETAM A ABSORO DA RADIAO SOLAR

    a) ALBEDO - Coeficiente de reflexoVARIA DE 0,1 A 0,4

    COR, RUGOSIDADE, INCLINAO, UMIDADE

    b) EXPOSIO - (NORTE-SUL)

    c) LATITUDE:

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    - Diferena entre regies geogrficas

    A quantidade de energia que chega ao solo em um

    determinado local varia em funo da constituio da

    atmosfera, da latitude e poca do ano.

    - Equador - Latitude zero

    - Pequena amplitude durante todo o ano

    - Incidncia vertical

    - Menor percurso

    - Energia mxima

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    Com aumento da latitude

    - Amplitude de variao dentro do ano aumenta- Menores valores atingidos no inverno e maiores no

    vero

    Regies com baixas temperaturas

    * Adotar prticas para aumentar temperatura do solo.

    Regies tropicais e subtropicais com altastemperaturas

    * Amenizar as temperaturas a fim de otimizar (ou

    viabilizar) desenvolvimento vegetal.

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    d) Cobertura do terreno:

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    e) Tipo de solo:

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    PROPRIEDADES TRMICAS DO SOLO

    Quantidade de calor transmitido por conduodepende:

    Condutividade trmica do solo (J/m.s.k)

    - a propriedade do meio em transmitir calor

    - a quantidade de energia trmica (J) que o solo

    pode transmitir por segundo a uma distncia de

    1m, quando a diferena de temperatura nessa

    distncia de 1K

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    Calor especfico (Cg=J/kg.k, Cv=J/m3.k)

    a quantidade de energia trmica que uma massa

    ou volume de solo armazena antes que sua

    temperatura se eleve

    O Cg ou Cv do solo a quantidade de energiatrmica que 1 kg (ou 1 m3) de solo necessita para

    aumentar a temperatura em 1k

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    O calor especficoreflete a capacidade do

    solo atuar como um reservatrio de calor

    A condutividade trmica representa

    capacidade do solo de transmitir calor

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    Calor especfico gravimtrico, condutividade trmica e

    massa especfica de constituintes do solo

    cal/kg C mcal/cm s C kg/m3

    Quartzo 170 21

    mineral 170 7 2650

    orgnica 460 0,6 1400

    gua 1000 1,37 1000

    Constituinte Cg 1 k 2 p

    ar 240 0,06 1,3

    1 Prevedello (1996)2 Hillel (1998)

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    EFEITO DA UMIDADE NAS PROPRIEDADES

    TRMICAS DO SOLO

    Calor especfico

    Quanto maior a umidade, maior o calor especfico do

    solo (capacidade calorfica). Relacionando Cv com (umidade volumtrica) do solo obtm-se uma relao

    linear onde o coeficiente linear igual ao Cv, e o

    coeficiente angular 4,19 J/kg.K.

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    Condutividade trmica

    Solo mido > Solo seco-Solo seco a transmisso de calor por conduonum meio poroso limitada pelas reas de contatoentre as partculas. Embora a fase gasosa sejacontnua, o ar seco tem baixa condutividadetrmica e o movimento do calor por conveco pequeno

    Solo mais mido, a presena de gua envolvendoas partculas slidas acarreta num aumento efetivoda seo de contato capaz de propagar calor e,com isso, a condutividade trmica se eleva

    rapidamente

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    Propagao de calor por conduo em meio poroso

    seco (a) e mido (b)

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    MTODOS PARA MODIFICAR A TEMPERATURA DO SOLO

    Os princpios mais importantes p/ modificar a temp do solo

    so: - regular o recebimento ou a perda de energia e- alterar as propriedades trmicas da superfcie do solo.

    As prticas p/ regular o recebimento de energia no solo so:- Colocar uma camada de um material isolante, sobre ou perto

    da superfcie do solo, tal como palha, papel, vidro, polietileno, etc.;

    - Aquecer ou resfriar a superfcie do solo;- Mudar a absorvidade do terreno (alterar a inclinao com

    sistematizao);

    - Variar a temperatura do ar pelo uso de ventiladores ou

    abrigos (quebra-ventos).

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    MOVIMENTO DO CALOR NOS SOLOS

    Grande parte da energia solar dissipada na atmosfera, entretanto parte delapenetra sob a forma muito lenta no perfil do solo por condutibilidade.

    Condutibilidade a condutividade trmica de um solo, ou seja, a veloc de aquecto

    por unidade de profundidade na unidade de tempo e temperatura (cal/cm/min/oC).

    O calor se transfere do solo p/ a gua, cerca de 150 vezes mais facil te do q/ do solopara o ar. Na medida em q/ aumenta a qtde de umidade do solo, diminui igual te a qtde de ar

    nos poros do solo e a resistncia transferncia de calor diminuda. Qdo existir qtdesuficiente de umidade p/ unir a maioria das partculas do solo, adies posteriores de guatero efeito pqno na condutividade trmica.

    Nas regies temperadas, os solos de superfcie so, em geral, mais quentes no vero e mais frios no inverno, quando comparados aos subsolos, especialmente oshorizontes mais profundos destes ltimos. Isso explica-se em parte devido a grandeumidade que o solo possui no inverno.

    As curvas que indicam os valores da temperatura ao longo do perfil dos solos sochamadas de Tautcronas. Na figura a seguir observa-se as tautcronas em 5 horrios dodia obtidas de um experimento com um Latossono desnudo (sem vegetao)

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    Variao temporal e espacial da temperatura do solo

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    Manejo: no retira-se os termmetros do solo, l-se diretamente a temp no local por ocasiodas 3 observaes dirias (9, 15 e 21 horas).

    B) Fluxmetros:Se constituem de placas medidoras de fluxo, destinam-se a medir o

    fluxo de calor no solo, placa c/ junes termoeltricas.

    A) Geotermmetros:

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    CALCULOS COM INFORMAES DE TEMPERATURA DO SOLO

    a) Determinao do Gradiente Vertical de Temp.: vem a ser avariao de temp do solo por unidade de profundidade do mesmo,calculada pela seguinte expresso.

    12

    A

    VVh=Gdh

    d

    =G h

    B

    Este gradiente sofrer variaes c/ o passar do tempo em seu transcurso dirio, assim teremos:

    Dia GV(+) - (a>b) temperatura mais alta na superfcie.

    Noite GV(-) - (a

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    b) Estimativa do Fluxo de Calor: o fluxo de calor entre duas superfcies paralelas, nointerior do solo, pode ser calculado por:

    Fc = - K.(d/dh )

    onde, Fc o fluxo de calor (cal/cm2

    .min.); K a condutividade trmica do solo(cal/cm.min.oC); d/dh o gradiente de temperatura do solo ( oC/cm).

    Exemplo:camada de 0 - 5 cm, temperatura de 10 - 14oC

    K = 0,18 cal/cm.min.oC

    OBS: O fluxo ocorre de um ponto mais quente para o mais frio. Assim neste exemplo ofluxo ocorre de baixo para cima.

    c) Variao Diria do Fluxo de Calor: por conveno, quando aenergia estiver em direo a superfcie (Positiva) e quandoestiver em direo ao interior do solo (Negativa).

    Durante o Dia: a superfcie recebe calor, mandando o mesmo para o interior do solo.Durante a Noite: a superfcie no recebe energia, o solo perde calor por irradiao (inversodo fluxo).

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    TEMPERATURA DE GERMINAO E EMERGNCIA

    A temperatura do solo afeta a germinao das sementes. Algumas espcies s germinamassim que as condies externas de temperatura, umidade e concentrao de oxignio sejam

    favorveis.Baixas temperaturas, entre 0 a 10o C, por algumas semanas ou meses tem efeito na quebra dedormncia (macieira, pereira, pessegueiro, etc.).

    Pesquisas estabelecem 3 pontos principais com respeito a temperatura do solo em relao asplantas.

    * Uma temperatura mnima abaixo da qual no h atividade.

    * Uma temperatura tima onde ocorre o mximo de atividade.

    * Uma temperatura mxima acima da qual a atividade nula.

    Temperaturas elevadas no solo causa degenerao dos tubrculos de batata. Sendo

    recomendado como temperatura ideal para a batata 17o C, temperaturas de solo superiores a29o C inibem o crescimento.

    O rendimento do milho influenciado pela temperatura do solo na ocasio da germinao.Temperaturas abaixo do normal, por ocasio da semeadura do milho, e as condiesindicarem tempo mido e frio, comprometero o rendimento. Pode-se aumentar a temperatura

    do solo atravs da semeadura em camalhes, com arao leve para arejar o solo.

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    A T solo tem mostrado ser um importante fator a condicionar a durao do ciclo de algumasculturas. Tendo maior ou menor influncia dependendo da cultura e at mesmo da variedade.

    Na tabela a seguir observa-se os valores de temperatura do solo mnima, mxima e tima paraa germinao e o crescimento inicial de algumas culturas cultivadas. importante observarque estes valores so mdias de um determinado perodo, pois o tempo de exposio temperaturas extremas um parmetro importante a ser considerado, ao se estudar danoscausados s sementes e materiais de propagao.

    Temperatura do soloCulturaMnima tima Mxima

    Algodo 15 20 30 33 37Aveia 0 5 25 31 31 37

    Centeio 0 5 25 31 31 37Cevada 0 5 25 31 31 37

    Ervilha 3 5 25 31 31 43Feijo 9,4 33,7 46,1

    Girassol 5 10 31 37 37 44Milho 5 10 37 44 44 50Trigo 0 5 25 31 37 44

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    OBRIGADO