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Colégio Planeta Lista 04 Prof.: Rodrigo Grabóis Lista de História Data: 21 / 09 / 2012 Aluno(a): Pré-Vestibular Turma: Turno: Noturno 01 - (FUVEST SP) Deve-se notar que a ênfase dada à faceta cruzadística da expansão portuguesa não implica, de modo algum, que os interesses comerciais estivessem dela ausentes como tampouco o haviam estado das cruzadas do Levante, em boa parte manejadas e financiadas pela burguesia das repúblicas marítimas da Itália. Tão mesclados andavam os desejos de dilatar o território cristão com as aspirações por lucro mercantil que, na sua oração de obediência ao pontífice romano, D. João II não hesitava em mencionar entre os serviços prestados por Portugal à cristandade o trato do ouro da Mina, “comércio tão santo, tão seguro e tão ativo” que o nome do Salvador, “nunca antes nem de ouvir dizer conhecido”, ressoava agora nas plagas africanas… Luiz Felipe Thomaz, “D. Manuel, a Índia e o Brasil”. Revista de História (USP), 161, 2º Semestre de 2009, p.16-17. Adaptado. Com base na afirmação do autor, pode-se dizer que a expansão portuguesa dos séculos XV e XVI foi um empreendimento: A) puramente religioso, bem diferente das cruzadas dos séculos anteriores, já que essas eram, na realidade, grandes empresas comerciais financiadas pela burguesia italiana. B) ao mesmo tempo religioso e comercial, já que era comum, à época, a concepção de que a expansão da cristandade servia à expansão econômica e vice-versa. C) por meio do qual os desejos por expansão territorial portuguesa, dilatação da fé cristã e conquista de novos mercados para a economia europeia mostrar-se-iam incompatíveis. D) militar, assim como as cruzadas dos séculos anteriores, e no qual objetivos econômicos e religiosos surgiriam como complemento apenas ocasional. E) que visava, exclusivamente, lucrar com o comércio intercontinental, a despeito de, oficialmente, autoridades políticas e religiosas afirmarem que seu único objetivo era a expansão da fé cristã. 03 - (UDESC SC) Leia as proposições abaixo sobre as revoluções na Europa entre os séculos XVII e XVIII e assinale (V) para verdadeira ou (F) para falso. ( ) Movidos pela riqueza adquirida durante as grandes navegações, os Países Ibéricos tiveram condições de iniciar a Revolução Industrial no século XVII. ( ) Os ingleses mantiveram livres as plantações em áreas comunais e atrasaram a inserção das indústrias na Inglaterra. ( ) A partir do final do século XVIII, os franceses realizaram uma revolução que influenciaria o mundo inteiro. ( ) Os ingleses fizeram a primeira Revolução burguesa. ( ) A Revolução Industrial se iniciou em Portugal, país que teve os primeiros grandes parques industriais na Europa. Assinale a alternativa que contém a sequência correta, de cima para baixo. A) V – F – V – F – F. B) F – F – V – V – F. C) V – V – F – F – V. D) F – V – V – V – F. E) F – F – V – F – V. 04 - (UEL PR) O ser humano, historicamente, tem procurado medir e controlar o tempo. Para isso, criou instrumentos utilizando-se de elementos naturais. Sobre as diferentes formas de os homens medirem o tempo, atribua V (verdadeiro) ou F (falso) para as afirmativas a seguir. ( ) O astrolábio, ou relógio de estrelas, foi utilizado pelos povos Maia e Asteca. ( ) A ampulheta, ou relógio de areia, foi utilizada pelos gregos e romanos. ( ) O relógio atômico utiliza a meia vida de um elemento radiativo e regula atualmente a hora internacional. ( ) A clepsidra, ou relógio de água, foi utilizado pelos povos da antiguidade. ( ) O sextante, ou relógio naval, marcava o tempo da viagem na época das Grandes Navegações. Assinale a alternativa que contém, de cima para baixo, a sequência correta. A) V, V, F, V, F. B) V, V, F, F, V. C) V, F, V, F, V. D) F, V, V, V, F. E) F, F, V, F, V. 02 - (UERJ) Uma questão acadêmica, mas interessante, acerca da “descoberta” do Brasil é a seguinte: ela resultou de um acidente, de um acaso da sorte? Não, ao que tudo indica. Os defensores da casualidade são hoje uma corrente minoritária. A célebre carta de Caminha não refere a ocorrência de calmarias. Além disso, é difícil aceitar que uma frota com 13 caravelas, bússola e marinheiros experimentados se perdesse em pleno oceano Atlântico e viesse bater nas costas da Bahia por acidente. Rejeitado o acaso como fonte de explicação no que tange aos objetivos da “descoberta”, fica de pé a seguinte pergunta: qual foi, portanto, a finalidade, a intenção da expedição de Cabral? Adaptado de LOPEZ, Luiz Roberto. História do Brasil colonial. . Os descobrimentos marítimos dos séculos XV e XVI foram processos importantes para a construção do mundo moderno. A chegada dos portugueses ao Brasil decorre dos projetos que levaram diferentes nações europeias às grandes navegações. Formule uma resposta à pergunta do autor, ao final do texto: qual foi a finalidade da expedição de Cabral? Em seguida, cite dois motivos que justificam as grandes navegações marítimas nos séculos XV e XVI. 05 - (UPE) O processo da Expansão Ultramarina acabou por redefinir o mapa mundial nos séculos XV-XVI. Com a descoberta da América e a possibilidade de um melhor conhecimento da África e Ásia, por parte dos europeus, ocorreram várias mudanças na mentalidade europeia. Sobre essa realidade, é correto afirmar que: A) várias narrativas sobre as terras distantes e exóticas e seus habitantes foram publicadas na Europa, como os escritos de Hans Staden. B) os espanhóis, logo de início, caracterizaram as descobertas de Colombo, como a chegada a um novo continente até então desconhecido. C) os portugueses optaram por colonizar a África central, evitando fixarem-se na América. D) a França e a Inglaterra colheram os lucros pela antecipação às nações ibéricas no processo das descobertas ultramarinas. E) a Espanha acabou por ocupar boa parte do território africano, dominando assim o tráfico negreiro até fins do século XVIII.

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Colégio Planeta

Lista 04 Prof.: Rodrigo Grabóis

Lista de História

Data: 21 / 09 / 2012

Aluno(a): Pré-Vestibular Turma: Turno: Noturno

01 - (FUVEST SP) Deve-se notar que a ênfase dada à faceta cruzadística

da expansão portuguesa não implica, de modo algum, que os interesses comerciais estivessem dela ausentes – como tampouco o haviam estado das cruzadas do Levante, em boa parte manejadas e financiadas pela burguesia das repúblicas marítimas da Itália.

Tão mesclados andavam os desejos de dilatar o território cristão com as aspirações por lucro mercantil que, na sua oração de obediência ao pontífice romano, D. João II não hesitava em mencionar entre os serviços prestados por Portugal à cristandade o trato do ouro da Mina, “comércio tão santo, tão seguro e tão ativo” que o nome do Salvador, “nunca antes nem de ouvir dizer conhecido”, ressoava agora nas plagas africanas…

Luiz Felipe Thomaz, “D. Manuel, a Índia e o Brasil”. Revista de História (USP), 161, 2º Semestre de 2009, p.16-17. Adaptado.

Com base na afirmação do autor, pode-se dizer que a expansão portuguesa dos séculos XV e XVI foi um empreendimento: A) puramente religioso, bem diferente das cruzadas dos séculos

anteriores, já que essas eram, na realidade, grandes empresas comerciais financiadas pela burguesia italiana.

B) ao mesmo tempo religioso e comercial, já que era comum, à época, a concepção de que a expansão da cristandade servia à expansão econômica e vice-versa.

C) por meio do qual os desejos por expansão territorial portuguesa, dilatação da fé cristã e conquista de novos mercados para a economia europeia mostrar-se-iam incompatíveis.

D) militar, assim como as cruzadas dos séculos anteriores, e no qual objetivos econômicos e religiosos surgiriam como complemento apenas ocasional.

E) que visava, exclusivamente, lucrar com o comércio intercontinental, a despeito de, oficialmente, autoridades políticas e religiosas afirmarem que seu único objetivo era a expansão da fé cristã.

03 - (UDESC SC) Leia as proposições abaixo sobre as revoluções na Europa entre os séculos XVII e XVIII e assinale (V) para verdadeira ou (F) para falso. ( ) Movidos pela riqueza adquirida durante as grandes

navegações, os Países Ibéricos tiveram condições de iniciar a Revolução Industrial no século XVII.

( ) Os ingleses mantiveram livres as plantações em áreas comunais e atrasaram a inserção das indústrias na Inglaterra.

( ) A partir do final do século XVIII, os franceses realizaram uma revolução que influenciaria o mundo inteiro.

( ) Os ingleses fizeram a primeira Revolução burguesa. ( ) A Revolução Industrial se iniciou em Portugal, país que teve

os primeiros grandes parques industriais na Europa. Assinale a alternativa que contém a sequência correta, de cima para baixo. A) V – F – V – F – F. B) F – F – V – V – F. C) V – V – F – F – V. D) F – V – V – V – F. E) F – F – V – F – V. 04 - (UEL PR) O ser humano, historicamente, tem procurado medir e controlar o tempo. Para isso, criou instrumentos utilizando-se de elementos naturais.

Sobre as diferentes formas de os homens medirem o tempo, atribua V (verdadeiro) ou F (falso) para as afirmativas a seguir. ( ) O astrolábio, ou relógio de estrelas, foi utilizado pelos povos

Maia e Asteca. ( ) A ampulheta, ou relógio de areia, foi utilizada pelos gregos

e romanos. ( ) O relógio atômico utiliza a meia vida de um elemento

radiativo e regula atualmente a hora internacional. ( ) A clepsidra, ou relógio de água, foi utilizado pelos povos da

antiguidade. ( ) O sextante, ou relógio naval, marcava o tempo da viagem

na época das Grandes Navegações.

Assinale a alternativa que contém, de cima para baixo, a sequência correta.

A) V, V, F, V, F. B) V, V, F, F, V. C) V, F, V, F, V. D) F, V, V, V, F. E) F, F, V, F, V.

02 - (UERJ)

Uma questão acadêmica, mas interessante, acerca da “descoberta” do Brasil é a seguinte: ela resultou de um acidente, de um acaso da sorte? Não, ao que tudo indica. Os defensores da casualidade são hoje uma corrente minoritária. A célebre carta de Caminha não refere a ocorrência de calmarias. Além disso, é difícil aceitar que uma frota com 13 caravelas, bússola e marinheiros experimentados se perdesse em pleno oceano Atlântico e viesse bater nas costas da Bahia por acidente. Rejeitado o acaso como fonte de explicação no que tange aos objetivos da “descoberta”, fica de pé a seguinte pergunta: qual foi, portanto, a finalidade, a intenção da expedição de Cabral?

Adaptado de LOPEZ, Luiz Roberto. História do Brasil colonial. . Os descobrimentos marítimos dos séculos XV e XVI foram processos importantes para a construção do mundo moderno. A chegada dos portugueses ao Brasil decorre dos projetos que levaram diferentes nações europeias às grandes navegações. Formule uma resposta à pergunta do autor, ao final do texto: qual foi a finalidade da expedição de Cabral? Em seguida, cite dois motivos que justificam as grandes navegações marítimas nos séculos XV e XVI.

05 - (UPE) O processo da Expansão Ultramarina acabou por redefinir o mapa mundial nos séculos XV-XVI. Com a descoberta da América e a possibilidade de um melhor conhecimento da África e Ásia, por parte dos europeus, ocorreram várias mudanças na mentalidade europeia. Sobre essa realidade, é correto afirmar que:

A) várias narrativas sobre as terras distantes e exóticas e seus habitantes foram publicadas na Europa, como os escritos de Hans Staden.

B) os espanhóis, logo de início, caracterizaram as descobertas de Colombo, como a chegada a um novo continente até então desconhecido.

C) os portugueses optaram por colonizar a África central, evitando fixarem-se na América.

D) a França e a Inglaterra colheram os lucros pela antecipação às nações ibéricas no processo das descobertas ultramarinas.

E) a Espanha acabou por ocupar boa parte do território africano, dominando assim o tráfico negreiro até fins do século XVIII.

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06 - (UEL PR) Observe as figuras a seguir.

Figura 3: Globo Terrestre (CARRARO, Fernando. Atividades com mapa. São Paulo: FTD, 1996.)

Figura 4: Planisfério (CARRARO, Fernando. Atividades com mapa. São Paulo: FTD, 1996.)

Oceanos abrigaram, uniram e separaram povos no decorrer do tempo. Representações artísticas, literárias, cartográficas e narrativas históricas sobre os oceanos contribuíram para ampliar a sua compreensão. Com base no enunciado e nos conhecimentos históricos, considere as afirmativas a seguir.

A) Grande parte das terras banhadas pelo Mediterrâneo, denominado Mare Nostrum pelos antigos romanos, foi por eles colonizada no decorrer do seu Império.

B) Os portugueses, nos séculos XV e XVI, dominaram oceanos com caravelas e conhecimentos náuticos, anotando, em suas viagens, as rotas marítimas.

C) As narrativas sobre as criaturas míticas que habitavam os oceanos apavoraram o homem no período medieval, retardando as Grandes Navegações.

D) No período colonial brasileiro, os holandeses, através de seus empreendimentos de navegação, conquistaram a capitania do Rio de Janeiro, por meio século.

Assinale a alternativa correta. A) Somente as afirmativas I e IV são corretas. B) Somente as afirmativas II e III são corretas. C) Somente as afirmativas III e IV são corretas. D) Somente as afirmativas I, II e III são corretas. E) Somente as afirmativas I, II e IV são corretas. 07 - (UFSC)

Universalis Cosmographia Secundum Ptholomei Traditionem e Et Americi Vespucci Aliorum Lustrationes (mapa mundo) – Martin Waldseemüller, 1507.

Disponível em: <www.novomilenio.inf.br/santos/major18.htm> Acesso em: 19 set. 2011.

As grandes navegações foram responsáveis por transformações importantes, tanto na Europa como nas Américas.

Sobre as grandes navegações, assinale a(s) proposição(ões) correta(s). 01. Portugal possui um grande litoral e, consequentemente, só

poderia se dedicar ao comércio marítimo: o pioneirismo português nas navegações se deu exclusivamente a uma dádiva natural.

02. Dois importantes concorrentes portugueses nas grandes navegações foram França e Inglaterra que, assim como Portugal, foram países favorecidos pela paz reinante em seus territórios durante os séculos XIV e XV.

04. São consequências importantes das grandes navegações o crescimento de operações comerciais e a diversificação de produtos provenientes das Américas, como o tabaco, o milho, a batata e o cacau.

08. A conquista espanhola nas Américas ocorreu de forma pacífica, uma vez que os incas tiveram a liberdade de exercer suas atividades culturais e econômicas de modo independente da Espanha.

16. Dentre os habitantes das Américas estavam astecas, incas e maias. Os maias desenvolveram um sistema matemático e astronômico bastante apurado.

08 - (PUC RJ)

“Historicamente, a incorporação de novos espaços à

economia mundial tem levado à decadência dos eixos econômicos tradicionais e ao surgimento de novos polos econômicos e de poder.”

“Até o século XV o Mediterrâneo era o centro das sociedades ocidentais, em seguida a hegemonia passou para o eixo Atlântico, que atualmente está sob a ameaça de um eixo emergente na bacia do Oceano Pacífico”.

Adaptado de PIRES, M. Cordeiro. O deslocamento do eixo econômico

mundial in Revista PUC VIVA, 32, 2008. Sobre esses processos, não é correto afirmar que: A) o deslocamento do eixo comercial para o Oceano Atlântico

relacionou-se às Grandes Navegações e à Colonização da América, pelos europeus.

B) no século XIX, a abertura do Canal de Suez permitiu um acesso mais rápido ao Pacífico e a emergência de novos países industrializados, como a Coréia do Sul e Cingapura, entre outros.

C) entre os séculos XVI e XIX, a navegação atlântica conectou a África à Europa e à América, permitindo acesso às riquezas do Oriente e a captura de milhões de africanos.

D) o crescimento econômico da Coréia do Sul, da China e Índia colaborou para o incremento de relações comerciais na Bacia do Pacífico.

E) no século XX, a hegemonia econômica norte-americana suplantou a hegemonia européia, reafirmando o Oceano Atlântico como principal cenário do comércio mundial.

09 - (UFRN) Analise o fragmento textual e a imagem abaixo.

“A História do Brasil, nos três primeiros séculos, está

intimamente ligada à da expansão comercial e colonial europeia na época moderna.

Parte integrante do império ultramarino português, o Brasil-colônia refletiu, em todo o largo período da sua formação colonial, os problemas e os mecanismos de conjunto que agitaram a política imperial lusitana.

Por outro lado, a história da expansão ultramarina e da exploração colonial portuguesa se desenrola no amplo quadro da competição entre as várias potências, em busca do equilíbrio europeu [...]. A pressão das demais potências europeias cresceu a partir da união dinástica de Portugal e Espanha”.

NOVAIS, Fernando A. O Brasil nos quadros do antigo sistema colonial.

In: MOTA, Carlos Guilherme (Org.). Brasil em perspectiva. 15.

ed. São Paulo: DIFEL, 1985. p. 47-54.

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Fortaleza dos Reis Magos – Monumento histórico do Rio Grande do Norte. Disponível em: <www.fja.rn.gov.br>. Acesso em: 13 jul. 2010.

A partir da análise do fragmento textual e da imagem: A) mencione e explique três fatores que impulsionaram a

expansão marítimo-comercial europeia. B) cite e comente duas razões que levaram, nesse contexto, à

construção da Fortaleza dos Reis Magos. 10 - (UFV MG) é incorreto afirmar que o processo de conquista e formação dos impérios coloniais na América no século XVI: A) foi favorecido pela expansão comercial e marítima, pelo

fortalecimento das monarquias absolutistas e pela política mercantilista.

B) dizimou populações indígenas e destruiu as estruturas sociais existentes anteriormente.

C) colocou em contato civilizações que se confrontaram pelo choque de culturas e pelo reconhecimento do Outro.

D) deslocou o eixo econômico do mar Mediterrâneo para o oceano Atlântico, passando o comércio a ter proporções de empreendimento regional.

11 - (UFRN) Durante o século XVIII, ganhou corpo na Europa o Iluminismo, um movimento intelectual que propunha a transformação das relações sociopolíticas que caracterizavam o Antigo Regime. Montesquieu e Rousseau, citados abaixo, são pensadores cujas ideias exemplificam as posições iluministas.

Tudo estaria perdido se o mesmo homem ou o mesmo corpo dos principais, ou dos nobres, ou do povo, exercesse esses três poderes: o de fazer as leis, o de executar as resoluções públicas, e o de julgar os crimes ou as divergências dos indivíduos.

MONTESQUIEU, Charles de. O espírito das leis. Brasília: Editora Universidade de Brasília, 1982. p. 187. (Pensamento Político).

A primeira e mais importante consequência decorrente

dos princípios até aqui estabelecidos é que só a vontade geral pode dirigir as forças do Estado de acordo com a finalidade de sua instituição, que é o bem comum, porque, se a oposição dos interesses particulares tornou necessário o estabelecimento das sociedades, foi o acordo desses mesmos interesses que o possibilitou.[...] Somente com base nesse interesse comum é que a sociedade pode ser governada.

ROUSSEAU, Jean-Jacques. Os pensadores. São Paulo: Nova Cultural, 1987. p. 43.

A) A partir dos fragmentos textuais acima, identifique uma

característica do Antigo Regime e explique-a. B) Explique outras duas características do Antigo Regime às

quais se opunha o pensamento iluminista. 12 - (UEG GO) David Hume nasceu na cidade de Edimburgo, em pleno Século das Luzes, denominação pela qual ficou conhecido o século XVIII. Para investigar a origem das ideias e como elas se formam, Hume parte, como a maioria dos filósofos empiristas, do cotidiano das pessoas. Do ponto de vista de um empirista, A) não existem ideias inatas. B) não existem ideias abstratas. C) não existem ideias a posteriori. D) não existem ideias formadas pela experiência.

13 - (UFES) No apogeu da crítica ao Antigo Regime, o filósofo e escritor francês Denis Diderot (1713-1784) afirmou: “Os homens somente serão livres quando o último rei for enforcado nas tripas do último padre”. Ao lado de D´Alembert, Rousseau, Montesquieu, Voltaire e outros pensadores do seu tempo, Diderot produziu a famosa Enciclopédia, obra em 33 volumes, com 71.818 artigos e 2.885 ilustrações, redigida entre 1750 e 1772. Essa obra integrava um importante movimento filosófico conhecido como Iluminismo, que realizou forte crítica às monarquias de então e aos costumes da época, consolidando a modernidade. A) Aponte duas das principais ideias do Iluminismo. B) Analise a relação entre o pensamento iluminista e o

surgimento do despotismo esclarecido, adotado por algumas monarquias europeias.

14 - (PUC RS) Considere o texto abaixo, do filósofo John Locke (1623- 1704), extraído da obra Sobre o Governo Civil.

Jonh Locke (1623-1704)

“Se o homem em estado de natureza está tão livre quanto se disse, se é senhor absoluto de sua pessoa e bens (...), sem estar sujeito a quem quer que seja, por que abandonará sua liberdade? Por que (...) se sujeitará ao domínio e controle de algum outro poder? Ao que é evidente responder que, embora em estado de natureza tenha esse direito, o seu gozo é muito incerto (...), a fruição da propriedade que tem nesse estado é muito arriscada e muito insegura; e não é sem razão que procura e está disposto a formar com outros uma sociedade (...) para a preservação mútua de suas vidas, liberdades e bens, a que chamo pelo nome geral de – propriedade”.

Apud FENTON, Edwin. 32 problemas na história universal. São Paulo: Edart, 1974, p. 90-1.

Considerado um dos fundadores do pensamento liberal, Locke, no texto, examina os motivos que levam os indivíduos a saírem do “estado de natureza”, fundando a chamada “sociedade política” (o Estado). O conceito de propriedade está no centro desses motivos, sendo esta considerada como: A) uma concessão parcial da sociedade política aos

indivíduos. B) uma prerrogativa que nasce com o estabelecimento da

sociedade política. C) o fundamento moral para o exercício do poder absoluto do

Estado. D) o fruto material da exploração do homem pelo homem. E) um direito natural a ser protegido pela sociedade política. 15 - (UNEB BA)

As eleições da semana passada na Inglaterra acabaram sem vencedores, o que não acontecia desde 1974. [...]

A democracia inglesa funciona (e bem) sem a separação de poderes. Todos os ministros têm de ser membros do Parlamento, formado pela Câmara dos Comuns (eleitos) e pela Câmara dos lordes (indicados). O Gabinete, o Poder Executivo, é um comitê da Câmara dos Comuns. Até o ano passado, quando foi criada uma suprema corte, um comitê dos Lordes era o órgão máximo da justiça. [...]

Esquisito? Para as cabeças presidencialistas, sim. Mas natural para uma nação que há 795 anos impôs a um rei a Magna Carta, a primeira Constituição da história.

(TEIXEIRA, 2010, p. 96).

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A separação dos três poderes e os princípios democráticos conquistaram seu espaço na civilização ocidental como fruto da: 01. luta dos revolucionários jacobinos franceses que, entre outros,

defendiam a abolição da propriedade privada e a aplicação das teses marxistas como instrumentos para a adoção dos princípios da cidadania.

02. luta da burguesia contra o Antigo Regime, que, baseando-se no pensamento de filósofos, como Montesquieu, defendeu a teoria dos Três Poderes como instrumento de crítica ao governo absolutista e de defesa da cidadania.

03. ação dos operários que participaram das revoltas liberais da primeira metade do século XIX, que resultou na Declaração Universal dos Direitos do Homem e do Cidadão e na destituição do poder real na Rússia czarista e na Prússia militarista.

04. Guerra de Independência dos colonos norte-americanos, que, com o apoio do governo napoleônico, romperam com a dependência política inglesa e estabeleceram um governo democrático baseado em uma constituição que aboliu a escravidão e estabeleceu a igualdade de direitos para toda população.

05. participação da classe operária mundial na superação dos efeitos da crise de 1929 e no estabelecimento do Estado de Bem-Estar Social, baseado no liberalismo econômico e na defesa dos princípios de cidadania.

16 - (PUCCamp SP) A guerra franco-prussiana de 1870 inspirou romances de diferentes categorias. A obra, porém, de maior fôlego sobre o tema foi sem dúvida o romance La Débâcle, de Émile Zola. Este autor documentou-se antes de escrever sobre a derrota do exército francês. O iniciador da literatura naturalista consultou diversas testemunhas do conflito. No século XIX, a história não representava mais simplesmente um pano de fundo para os romances, mas se tornava protagonista.

(www.linhaseveredas.blogspot.com. Ana Luiza Bedê, 01/07/2010)

Considere a gravura de 1763 representando Frederico, o Grande, rei da Prússia.

(Antonio P. Rezende e Maria T. Didier.Rumos da História: Brasil e Geral) O reino da Prússia ganhou prestígio e tornou-se uma potência europeia no reinado do personagem retratado na gravura (1740-1786), conhecido também como rei filósofo. Nesse governo:

I. As medidas tomadas pelo rei consagraram alguns dos princípios defendidos pelos filósofos da ilustração, razão pela qual ele ficou conhecido como um dos déspotas esclarecidos.

II. O incentivo dado ao mecenato, possibilitou a criação de uma arte típica, caracterizada pelo enfoque no cotidiano, nos costumes que atestavam a satisfação de uma classe social enriquecida e vitoriosa.

III. A adoção de medidas, que resultaram no controle político e social de situações pré-revolucionárias, assegurou à Prússia as condições para se tornar uma das principais potências marítimas da Europa, tendo por base a organização capitalista da sociedade.

IV. Foi promovida uma grande obra de unificação nacional nos Estados pertencentes à casa de Hohenzollern, base para a posterior unificação alemã e atraiu sábios e escritores, sobretudo franceses, como Voltaire, para a academia de Berlim.

É correto o que se afirma somente em: A) I e II. B) I e IV. C) II e III. D) II e IV. E) III e IV. 17 - (PUCCamp SP)

Se há muito riso quando um partido sobe, também há

muita lágrima do outro que desce, e do riso e da lágrima se faz o primeiro dia da situação, como no Gênesis. [...] Os liberais foram chamados ao poder, que os conservadores tiveram de deixar. Não é mister dizer que o abatimento de Batista era enorme. Batista passeava, as mãos nas costas, os olhos no chão, suspirando, sem prever o tempo em que os conservadores tornariam ao poder. Os liberais estavam fortes e resolutos. D. Cláudia levantou-se da cadeira, rápida, e disparou esta pergunta ao marido: − Mas, Batista, você o que é que espera mais dos conservadores? Batista parou com um ar digno e respondeu com simplicidade: − Espero que subam.

(Adaptado de Machado de Assis. Esaú e Jacó. Rio de Janeiro: Nova Aguillar, v.I. p. 1003)

Os liberais mencionados no texto assim se denominavam por se considerarem seguidores do liberalismo. Assinale a alternativa que apresenta alguns dos princípios e bandeiras do liberalismo. A) Defesa do regime constitucional, respeito às liberdades

individuais e aos direitos civis. B) Apoio às organizações trabalhistas, como os sindicatos, e

às organizações empresariais e às mobilizações sociais. C) Oposição ao poder absolutista, aos valores do Antigo

Regime e ratificação das decisões tomadas no Congresso de Viena.

D) Repúdio aos valores iluministas, às monarquias constitucionais e aos privilégios nobiliárquicos e eclesiásticos.

E) Estímulo à ilustração, ao despotismo esclarecido e à disseminação das ideias mercantilistas do Antigo Regime.

18 - (UESC BA)

Com um tiro certeiro de cidadania e autoridade, o

governo do Rio de Janeiro conseguiu finalmente alvejar um inimigo que há décadas aterroriza a população do Estado. O tiro tem nome e sigla: Unidades de Polícia Pacificadora, as UPPS, projeto de policiamento comunitário que já resgatou, nos últimos dois anos, mais de 300 mil favelados do mundo de terror, instaurado historicamente pelos traficantes de drogas. O inimigo que foi gravemente ferido é o crime organizado.

Ao instalar as UPPS em favelas, o governador Sérgio Cabral rompeu com a ordem até então vigente nas comunidades carentes: a violência dos bandidos é que determinava o que podia ou não ser feito. As armas eram a lei e o crime organizado detinha o controle territorial. Isso acabou nas 12 comunidades pacificadas até agora, atingindo diretamente a receita do narcotráfico.

(ALVES FILHO; AQUINO, 2010, p. 46).

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As sociedades se constituíram através de normas e leis, cujos aparatos jurídico-político e ideológico fundamentaram os estados criados, como se observa: 01. na Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão, que

estabeleceu direitos universais, pautados nos valores burgueses, como a preservação da vida, da liberdade e da propriedade.

02. no pensamento de Montesquieu, defensor do Estado democrático como instrumento para a evolução do homem e a limitação da propriedade privada, apontada por ele como a origem dos males sociais.

03. no racionalismo renascentista, que criticou o obscurantismo medieval e estabeleceu o teocentrismo, contribuindo para a fusão entre fé e ciência.

04. nos preceitos morais do Corão, defensor da ação armada para a divulgação da fé e responsável pelas guerras e conflitos armados que ocorrem, atualmente, entre povos de diferentes culturas.

05. na Lei do Talião, fundamento do Direito Romano, que sustentava a sociedade escravista, ao preservar a vida dos escravos, fundamentais para a produção econômica.

Texto Comum às questões 19, 20.

“O homem nasce livre, e por toda a parte encontra-se a ferros. O que se crê senhor dos demais não deixa de ser mais escravo do que eles. (…) A ordem social, porém, é um direito sagrado que serve de base a todos os outros. (…) Haverá sempre uma grande diferença entre subjugar uma multidão e reger uma sociedade. Sejam homens isolados, quantos possam ser submetidos sucessivamente a um só, e não verei nisso senão um senhor e escravos, de modo algum considerando-os um povo e seu chefe. Tratase, caso se queira, de uma agregação, mas não de uma associação; nela não existe bem público, nem corpo político.”

(Jean-Jacques Rousseau, Do Contrato Social. [1762]. São Paulo: Ed. Abril, 1973, p.

28,36.) 19 - (UNICAMP SP) Sobre Do Contrato Social, publicado em 1762, e seu autor, é correto afirmar que: A) Rousseau, um dos grandes autores do Iluminismo, defende a

necessidade de o Estado francês substituir os impostos por contratos comerciais com os cidadãos.

B) A obra inspirou os ideais da Revolução Francesa, ao explicar o nascimento da sociedade pelo contrato social e pregar a soberania do povo.

C) Rousseau defendia a necessidade de o homem voltar a seu estado natural, para assim garantir a sobrevivência da sociedade.

D) O livro, inspirado pelos acontecimentos da Independência Americana, chegou a ser proibido e queimado em solo francês.

20 - (UNICAMP SP) No trecho apresentado, o autor A) argumenta que um corpo político existe quando os homens

encontram-se associados em estado de igualdade política. B) reconhece os direitos sagrados como base para os direitos

políticos e sociais. C) defende a necessidade de os homens se unirem em

agregações, em busca de seus direitos políticos. D) denuncia a prática da escravidão nas Américas, que obrigava

multidões de homens a se submeterem a um único senhor.

GABARITO: 1) Gab: B 3) Gab: B 4) Gab: D 2) Gab: Garantir a posse de terras a oeste do Atlântico que pertenceriam a Portugal, segundo o Tratado de Tordesilhas, como estratégia para controle da rota atlântica que levava às Índias. Dois dos motivos: • busca de especiarias • propagação da fé católica • busca de metais preciosos • busca de terras pela nobreza decadente • busca de matérias-primas rentáveis para o comércio europeu • afirmação do poder territorial por parte dos Estados modernos recém-implantados 5) Gab: A 6) Gab: D 7) Gab: 20 8) Gab: B 9) Gab:Em Sala 10) Gab: D 11) Gab: A) CARACTERÍSTICAS DO ANTIGO REGIME

IDENTIFICADAS NOS TEXTOS • Absolutismo monárquico: concentração dos poderes nas mãos dos reis, a quem cabia fazer as leis (poder legislativo), executar as resoluções públicas (poder executivo) e julgar os crimes ou as divergências entre os indivíduos (poder judiciário). • Ideologia do “direito divino” dos reis: a concepção de que o poder dos reis derivava diretamente de Deus servia de justificava ao poder absolutista dos monarcas. B) O ANTIGO REGIME À LUZ DAS CRÍTICAS DO

ILUMINISMO • Ausência de leis que garantissem as liberdades individuais, sendo a vontade do soberano a “lei” da nação. • Sociedade estamental, em que os costumes tornavam quase impossível qualquer mudança de condição social, e a nobreza-clero tinha mais direitos do que os artesãos-camponeses. • Manutenção dos privilégios da nobreza, que perdera o poder típico da ordem feudal, mas transformara-se numa nobreza cortesã, vivendo à sombra do monarca e recebendo privilégios da parte deste. • Restrições à participação política da burguesia, classe que emergiu na época final da Idade Média e se consolidara durante a Idade Moderna, mas que continuava alijada do poder. • A política econômica do Mercantilismo, caracterizada pela grande interferência do Estado na ordem econômica, com vistas a alcançar aquilo que se tinha como fundamental para a prosperidade nacional: a acumulação de metais preciosos e a balança comercial favorável. • Manutenção de muitas práticas fiscais (impostos/taxas) do período medieval (corveia, por exemplo), as quais sustentavam o modo de vida da corte e da nobreza cortesã. • Profunda relação entre a Igreja e o Estado, restringindo, muitas vezes, a liberdade religiosa e de pensamento. 12) Gab: A 13) Gab: Em Sala 14) Gab: E 15) Gab: 02 16) Gab: B 17) Gab: A 18) Gab: 01 19) Gab: B 20) Gab: A