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    PORTUGUESE CANADIAN NEWSPAPER Segunda-feira, 06 de Julho 2015 Ano VI N.º264 www.pcnewsnetwork.com  DISTRIBUIÇÃO GRATUITA

    Visto de visitante

    Aindaa tempo... 4

    São Bentinho

    da Porta Aberta  17

    ONTEM ACONTECEU...

    CentroPortuguêsde Mississauem grandemesmoao ar livre 16

     Águias de cá voam até Lisboa

    Na Galeria dos Pioneir

    também se aprende16

    GRÉCIA DISSE “NÃO”! E AGORA?A Grécia disse “não”. A primeira ideia-força éaquela que nos diz que, sem assistência externa, oPaís arriscava um colapso financeiro e, vamos lá...,a saida da zona euro. Arriscava e... arrisca, já que o“Não” votado dá a entender isso mesmo.O Governo acha que a rejeição do acordo reforçaAtenas nas futuras negociações com Bruxelas. E hámuitos a dizerem que pode ser justamente o con-

    trário e que a rejeição só contribuiria para entrin-cheirar o Governo na sua inflexibilidade negocial,

    impedindo definitivamente qualquer acordo.Falta agora saber qual será a próxima página de

    toda esta situação. A Grécia vai ganhar o quê? Al-guém acredita que a Europa vai recuar? Pergunta-do de outra forma... será que para os gregos o maisimportante é mesmo elevar os débitos e esperarpara ver?A Europa vai falar, já a partir de hoje. E é impor-

    tante que fale, também face às necessidades doPovo grego.

    JORNAL DE GRANDE CIRCULAÇÃO NO ONTÁRIO

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    06 Julho 20152 . Nossa Gente

    Ficha técnicaPropriedade:ABC Portuguese Canadian Newspaper Ltd

    Director:Fernando Cruz Gomes

    Conselho Empresarial: Fernando Cruz Gomes, Presidente; PauloFernando, Vice-Presidente; Carlo Miguel, Tesoureiro;

    e Lara Ingrid, Secretária.Redacção e Cronistas:

    António Pedro Costa (Ponta Delgada), António dos SantosVicente, Carlo Miguel, Conceição Baptista, Cristina Alves(Lisboa), Custódio António Barros, Edgar Quinquino(Hamilton), Fernando Cruz Gomes, Fernando Jorge,

    Filipe Ribeiro (ABC Turismo), Guida Micael, Helder Freire(Lisboa), Humberto Costa (Luanda), Lara Ingrid, Luis Esgáio,

    Luky Pedro ,Maria João Rafael (Lisboa), Pedro Jorge CostaBaptista, Sérgio Alexandre, Sónia Catarina Micael.

    Secretária de Redacção:Lara Ingrid

    Chefe Gráfico:Sérgio Alexandre

    Telefones:416 995-9904 * 647 962-6568 * 416 828 6568.

    E-mail: [email protected]  [email protected]

    [email protected] College St. PO Box 31064 TORONTO ON M6G 1C0

    Nova Odisseia

    económicaPedro Jorge Costa B. de Barros

     [email protected]

    O não ganhou a Grécia. Este é o resultado do referendo. Agora todos pode-mos ver o pano. Como ele realmente cai ou sobe.

    Já na semana passada, eu esperava que este fosse o resultado, mas não mequeria adiantar sem o dia chegar. O dia chegou e muito pode mudar. É bomque se compreenda que está muito em causa, e que muito pode mudardepois disto.

    Para começar tem de ser claro que a União Europeia e o seu banco centraltêm de reajustar as suas medidas e compreenderem que um empréstimo aum país não é igual a emprestar dinheiro a uma empresa ou a uma pessoa.Depois, a União Europeia, no futuro, deve proteger os seus membros deorganizações como o FMI e bancos exteriores. Também se deve no futurocompreende e actuar no interesse da União e dos seus membros e não nointeresse de países ou organizações estranhos à União.

    O resultado deste referendo não é estranho, mas interessante será observarcomo os credores vão reagir. Num mundo onde as maiores potências desteestão sempre a falar em democracia e liberdade do p ovo. Agora, que tivemosum referendo e o seu resultado... eu gostava de ver qual vai ser a respos-ta destas grandes potências campeãs da democracia que só por acaso sãoexactamente as mesmas que constituem o grupo de credores que queriamadoptar e implantar as medidas de austeridade na Grécia assim como asimplantaram em Portugal.

    Apesar de no futuro próximo as coisas possam ficar difíceis na Grécia no fimos gregos não vão perder. O dinheiro há de entrar nem que tenha de vir daChina ou da Rússia e no limite todos ganhamos pois mostrou-se que se selutar pelo que acreditamos ganhamos mais do que perdemos.

    ATÉ PARA A SEMANA!

    Cavaco pede a scalizaçãopreventiva da leido enriquecimento injusticadoO Presidente da República, Cavaco Silva, pediu ao ribunal

    Constitucional a fiscalização preventiva das normas do di-ploma sobre o enriquecimento injustificado.

    De acordo com uma nota publicada no site da Presidência daRepública, o chefe de Estado enviou duas normas do diplo-ma para análise dos juízes do Palácio Ratton.

    «Numa área com a sensibilidade do Direito Penal, onde estãoem risco valores máximos da ordem jurídica num Estado deDireito como a liberdade, não podem subsistir dúvidas so-bre a incriminação de condutas, tanto mais que a matéria emcausa foi recentemente apreciada pelo ribunal Constitucio-nal tendo, então, merecido uma pronúncia de inconstitucio-nalidade», palavras de Cavaco Silva.

    O Presidente da República também solicitou a fiscalização danorma constante do n.º 1 do artigo 1.º, na parte em que adita

    o artigo 335.º-A ao Código Penal, e onde se lê:

    «Quem por si ou por interposta pessoa, singular ou coletiva,obtiver um acréscimo patrimonial ou fruir continuadamentede um património incompatível com os seus rendimentos ebens declarados ou que devam ser declarados é punido compena de prisão até três anos», pena que pode ser agravadaaté cinco anos se a discrepância for superior a 500 saláriosmínimos.

    Cavaco Silva pediu, igualmente, a fiscalização da normaconstante do artigo 2.º, na parte em que adita o artigo 27.º-Aà Lei n.º 34/87, de 16 de julho.

    Este artigo refere-se, especificamente, aos titulares de cargospolíticos ou públicos.

    «O titular de cargo político ou de alto cargo público qrante o período do exercício de funções públicas ou nanos seguintes à cessação dessas funções, por si ou pterposta pessoa, singular ou coletiva obtiver um acrépatrimonial ou fruir continuadamente de um patrimón

    compatível com os seus rendimentos e bens declaradodeclarar, é punido com pena de prisão de um a cinco pena que pode subir até um máximo de 8 anos se a dpância for superior a 350 salários mínimos.

    O diploma fora enviado para Belém na terça-feira e sidente da República dispunha de oito dias para decrequeria a fiscalização preventiva da constitucionalida

    Os juízes do Palácio Ratton têm, agora, 25 dias para snunciar e, se o diploma der entrada na sexta-feira no nal, o prazo limite para apreciação da constitucionaliddiploma será até 27 de julho.

    Em 2012, uma iniciativa para a criminalização do encimento ilícito foi chumbada pelo ribunal Constituci

    Santuário do Bom Jesusfoi elevado a basílica

    O Santuário do Bom Jesus de Braga foi elevado à categoria de«basílica menor», notícia a agência Ecclesia.

    A cerimónia para assinalar o momento decorreu ontem, do-mingo, a partir das 11 horas.

    O arcebispo de Braga, D. Jorge Ortiga, considera que a eleva-ção do Santuário do Bom Jesus a basílica menor, por parte daSanta Sé, é um reconhecimento do papel deste local enquanto«exemplo de ação litúrgica, espiritualidade e acolhimento».

    «A nova basílica é, e deverá tornar-se ainda mais, umdadeiro livro aberto, inteligível por todos, bracarenseristas, sobre a bondade de Jesus, o Bom Jesus», escrevJorge Ortiga, num texto publicado numa das últimas edo Semanário Ecclesia.

    A atribuição do título de basílica é da responsabilidaSanta Sé, que normalmente concede esta elevação a algigrejas pela sua antiguidade ou por serem centros de dee de peregrinações.

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    EDITORIAL

    E com furar o chão para nos darem mais coisas parecidas com me-tropolitanos, a que põem outros nomes e outras classificações. Sãoobras caras que navegam lá por cima em cabeças iluminadas. Obrascaras que até são bem capazes de serem úteis para os nossos filhos enetos. Algumas são bem capazes de resultar de estudos aturados, porequipas (talvez) famosas. Com noites mal dormidas. Com dinheiroque se visiona poder ser cedido por outros níveis do Governo.São capazes de não ser obras megalómanas... mas quase. Entende-

    se que são esquemas de trabalho que seriam úteis, se não houvesseoutras coisas ainda mais úteis para o povo em geral. Pelo menos paraagora...

    Quem ouve o que se vai dizendo dos cérebros que orientam a nossagestão camarária, fica com uma certeza talvez inquietante. É que,pelos vistos, estão todos a preocupar-se com obras grandes, visto-

    sas, a olhar o futuro como nos dizem a toda a hora.E atiram com nomes sonantes, abordando auto-estradas a fazer,refazer ou reclassificar.

    06 Julho 2015   Material Editorial .

     Vere Ouvir

    Toronto sempre foi – e

    decerto continuará a ser –uma cidade segura. Semproblemas de maior, no quetoca, por exemplo, a assal-tos a casas e residências.Quase se poderia viver deportas abertas (passe o exa-gero). Isto há meia dúzia deanos atrás.Últimamente, porém, osresidentes de Toronto, es-pecialmente os de algumaszonas, têm visto aumentarcasos e mais casos que pa-recem pôr em risco essamesma segurança. Os resi-dentes estão mesmo a seravisados de que é boa medi-da dar mais segurança às ja-nelas de suas casas e fechar

    convenientemente todas asportas. De contrário, da-mos todos oportunidadesaos marginais que vão an-dando por aí.Já há “alertas”, designada-mente através de comuni-cados da polícia, a chamara determinados crimes deassalto a residências “cri-mes de oportunidade”.Com os ladrões a entrareme levarem pertences, algunsde grande valor, sem seremdetectados. Tudo a partirde uma janela aberta ou deuma porta mal fechada. Ediz-se que, mesmo que al-guns dos amigos do alheiosejam autênticos profissio-

    nais em actos marginais

    do género, há outros queaproveitam oportunidadesque lhes são dadas por uma janela aberta ou por umaporta sem segurança.A Polícia vai avisando –como lhe compete - que éimportante ter em atençãoos mais pequenos porme-nores que podem facilitar oassalto. Às vezes são peque-nos pormenores que criamas tais oportunidades. Osresidentes são, assim, en-corajados a manterem-sealerta, com cuidado e pre-paração adequada.

    Diz o nosso povo que“cuidados e caldos de gali-

    nha nunca fizeram mal aodoente”. No caso em pre-sença, há cuidados que im-porta ter. Cuidados que tal- vez nem fossem necessárioshá uns tempos atrás. Masque hoje, pelos vistos, sãocada vez mais importantes.Até, por exemplo, quandoos residentes estão fora, emgozo de férias ou em visitasa zonas mais ou menos lon-gínquas.De facto, “cuidados e caldosde galinha nunca fizerammal ao doente”. E nós, defacto, nem queremos ficardoentes, nesta luta contraos chamados “anigos doalheio”...

     António Pedro CostaPonta Delgada

    “Ontem” dissemos... Nos Açores também foi dia do Canadáfazem do Canadá a sua pátria adotiva, que tão bem osacolher e ali labutam diariamente de uma ponta à outquela grande nação.Por outro lado também, a comemoração da data deveum desafio aos emigrantes, no sentido de manteremidentidade açoriana, preservando a cultura, as tradiçõ

    língua portuguesa. Mas também é um desafio que se aos Açores, no sentido de potenciarem o muito que asas comunidades de emigrantes, quer no Canadá, quresto de mundo, encerram ao nível económico e ao nícaptação de investimento externo, sobretudo, no camturismo, um mercado que pode ser ainda mais exploraA posição geoestratégica destas ilhas deve ser valorizabendo-se que a localização dos Açores e a sua proximafetiva ao Canadá, poderão constituir um ponto nevrpara o comércio marítimo entre as duas margens do Atico.Se foi dia de festa para aqueles que nas ilhas estão ligadCanadá, também o foi para todos os canadianos quelheram os Açores para viver e que muitos deles marpresença naquele evento dado que nunca esquecemmesmo vivendo nos Açores, também deixam um pousi no Canadá.

    Foram momentos de grande sentimentalismo, aquelque decorreu a celebração, tendo a Associação de AmAçores Canadá saudado calorosamente todos os açoque um dia partiram para o Canadá e onde encontraseu lar e contribuem para o progresso e desenvolvimegrande nação canadiana.O Canadá e os Açores gozam de uma excelente relaç

     vido aos laços históricos que nos unem e a comunaçoriana radicada, quer no Quebeque, quer em OntáManitoba, é uma presença importante que continuarámular as relações não só de negócios, mas também osculturais e históricos.

    em sido tradição celebrar o Dia do Canadá nos Açores, emcerimónias mais ou mais protocolares, com a participaçãoda administração regional e local, que se associam ao evento,na medida em que são muitos os açorianos que labutam eresidem naquela grande nação.A Associação de Amizade Açores Canadá, que foi mentorFernando Raposo, nos idos anos 80, tem sido o rosto destacomemoração, como forma de manifestar publicamente o

    grande significado do dia, não só para os que estão telurica-mente ligados ao Canadá, mas também para os que de algu-ma forma têm com ele uma relação afetiva, por laços familia-res com os que lá residem e trabalham arduamente e que sãouma parte muito significativa da nossa população.É que temos que considerar que a nossa diáspora é umagrande riqueza que se deve preservar. Os Açores não seriamos Açores sem os milhares de açorianos espalhados pelomundo fora. Os Açores não são apenas as 9 ilhas com os seus250 mil habitantes. Os Açores são constituídos também pormais um milhão de emigrantes espalhados pelos quatro can-tos do mundo. São esses emigrantes que fazem dos Açoresuma grande região.Por isso, o desfraldar da Bandeira Nacional do Canadá foium momento emotivo, naquele lugar simbólico que é o Mu-seu da Emigração Açoriana, que retrata as vivências do nos-so povo, que face às adversidades, se viu obrigado a procurar

    noutras paragens uma vida mais digna para si e para os seusfilhos.A bandeira do Canadá, esvoaçando naquele Museu, lembrouos fortes laços que unem todas as ilhas dos Açores à grandenação Canadiana, um dos mais tolerantes do mundo, ondese cruzam as mais diferentes raças, num clima de hospitali-dade, liberdade e perfeita integração.A Associação de Amizade Açores Canadá, que é uma dororganismos considerados e respeitados pelas autoridadescanadianas representadas em Portugal, pretende com a cele-bração da data, seja lembrado o trabalho, o denodo, a dedi-cação e a coragem de milhares e milhares de açorianos, que

    Quem anda pelas nossas ruas e estradas, verifica logo que algmal. Que todas vão tendo mazelas que vêm dos duros inverno vivemos. Estragam-se automóveis, estragam-se nervos. Prejuse, afinal, o andamento geral da cidade.Da Dufferin à Dundas e da Lawrence à Bathurst – para falaapenas em algumas das principais – há buracos a mais e lombquisitas a infernizar o andamento geral da cidade. Todos o sabtodos o vêem.Por tudo isso, era importante haver um limite para os gastos

    limite que dissesse, de pronto, que só se levariam a cabo quas coisas mais comezinhas e mais simples estivessem resolvidisso, de facto, não há.

    Coisas e loisas...Com risos. Com palavras de quanto baste em malquetambém.Sábado permite tudo. Permite, até, a visita a um dos nhos da saudade de que falamos muitas vezes. Onde no Benfica. No Eusébio e nas honrarias a que foi squando da lei da morte se libertou. Fala-se na luta qpelas bandas de Alvalade, alguém atira para as barbas zinho. Fala-se até no dinheiro que este deve àquele e

     versa.

    Fala-se de tudo, afinal. Aqui e além, ainda se aflora o que se está a abater por sobre a Grécia. Nas guerras – qe frias – que ainda há. E a qe o Canadá dá a mão para fPaz ao que se diz.O cantinho da saudade permite tudo isso. Mas vai meldecerto, porque já há jovens que olham de soslaio e pedesde logo, que assim não se vai a lado algum...

    No cantinho da saudade, aos sábados mais rumorejante enem sempre cordato, os de ontem ainda acreditam ter a ver-dade única na ponta da língua. E tenta-se vender essa verda-de a troco, ora de um café que se toma e se paga, ora de umsorriso cúmplice para uma bengala que está por ali mesmoà mão.Quando adregamos de passar por lá, ainda entendemos queera bom olhar o dia-a-dia da terra onde nos vai ficando a

     verdura dos anos. Sem esquecer o o pão que às vezes faltaem muitas mesas, as escolas que nos querem fechar e as ruasesventradas por onde nos obrigam a passar. alvez a habita-ção social que vai faltando e deixa andar muitos ao relento dainvernia ou da canícula do verão.Se não se fala nisso... fala-se em quê? No pontapé na bola e,às vezes, na gramática. No melhor do futebol. No melhor dodichote com que alguns teimam em considerar-se jornalistase locutores, empresários e doutores.

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     Justin Trudeau esteve na zona de Mississauga. E até conviveu com a gente miúda.

    Stephen Harper e muitos dignitários estiveram na Colina do Parlamento.

    Tom Mulcair, chefe da Oposição oficial, esteve em Toronto, na Davenport.

    Um País Fabuloso queEm edição que se sucede ao Dia do Canadá... há que lembrar oPaís fabuloso em que estamos. E que é também nosso. Um País

    fabuloso que foi cantado um pouco por toda a parte. Na Colinado Parlamento, com os principais dignitários a juntarem-se ao

    Povo. Na zona de Mississauga. Entre nós, na nossa Davenport.

    Por toda a parte, o fervor pátrio. Por toda a parte, a certeza deque a nossa gente entende a mística do País e vitoria... os avanços

    que vamos tendo, dia após dia. Um País fabuloso, de facto, a olharpara todo o mundo, com um misto de orgulho e de satisfação.

    Até porque, nos seus muros, e com os mesmos documenos de

    identidade, há, afinal, por cá, gente de todas as origens e de todasas condições.

    Particularidades fortes em País sublime

    Quem escreve este artigo tem um amigo – que não diz quem é masaponta (virtualmente)... - que costuma dizer que não gosta muitoouvir a frase que às vezes a nossa gente costuma dizer, “este foi o Paísque nos acolheu...” alvez por saber que a imigração é normalmentedura, e por também por partir do principio que tudo que temos, ou

    não temos, foi conseguido por nosso próprio mérito.

    Mesmo assim, e por esta semana passada celebrar o Dia do Canada

    lembramos o que não deixa de ser uma verdade; este é mesmo umgrande pais - em todos aspetos.

    Antes de escrever uma pequena lista de factos que para nos é

    so sobre este mesmo pais, deixamos aqui um pequeno repentão um concelho nosso para quem nos lê...

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    06 Julho 2015   Comunidades . 5

    No meio da nossa comunidade numerosa onde já se celebraramfestas da couve, bailes do feijão, e a muitas e muitas tradicionaismatanças do porco, é pena não celebrarmos de algum modo maisserio o “Dia do Canada”.

    Quando notamos com alguma surpresa o declínio da participaçãode juventude em muitos nossos clubes talvez faltasse um simples- pedir que eles organizassem um Dia do Canada onde tambémpudessem ensinar aos mais velhos coisas interessantes sobre estemesmo pais “que nos acolheu”. alvez assim fosse mais uma ma-neira de eles também sentirem mais úteis e mais interessados emdar continuidade de uma forma diferente, e levantar o estandarteportuguês...

    Alem de todos nos saberemos que este é o segundo maior pais domundo, escolhemos 7 factos interessantes sobre este nosso pais;

    Curiosidades que vale a pena anotar

    1) No Canada não é permitido que vacas recebem hormo-nas artificiais para a produção de leite. O que significa que não háprodutos lácteos, como o próprio leite, queijo ou iogurte, produzi-dos no Canadá que contêm hormonas dessa natureza sequer!

    2) Por um dia, em 1943, um quarto de hospital em Ottawa foi de-signado como sendo”extraterritorial” (internacional) para que umaprincesa holandesa pudesse nascer como uma cidadão holandesacompleta. (A exigência holandesa para que ela pudesse manter o seutítulo ou estatuto de princesa.) Em cada ano desde então a Holandaenvia para o Canadá milhares de tulipas para mostrar sua gratidão.

    3) No Canada é verdade – mesmo que não acredite – que a quali-dade de água de torneira sem filtro, é muitas vezes melhor, e menosprejudicial do que a água engarrafada.

    4) Metade das províncias do Canadá (que representam mais de 85%da população) são governados por mulheres.

    5) O nome “Canadá” vem de um mal-entendido entre Jacques Car-tier e alguns jovens Iroquois que estavam apontar para uma aldeia(usaram a palavra “Kanata”- que quer dizer isso mesmo). Estavam atentar identificar a pequena área que é hoje Quebec City, mas Car-tier utilizou a palavra de som semelhante “Canadá” para se referira toda a área.

    6) Canadá conseguia oficialmente a sua própria bandeira nem 15 de fevereiro de 1965 - quase 100 anos depois, de tornarpaís (em 1867).

    7) O número de telefone oficial do país é 1-800-O-CanCMCG

    vale a pena cantar...

    Mesmo no Canadá rico e próspero 

    Há cada vez mais reformados

    a declararem falênciaalvez não acredite. Mas a verdade é que há cada vez maisgente reformada a entrar em falência. São muitos os casosque vão sendo contados na Imprensa e nas redes sociais.Judy Southon conta nunca ter imaginado que chegaria aesse ponto. Ela e seu marido Vic tiveram bons empregos,tiveram um filho e eram proprietários. Mas, depois de umamaré de azar, a senhora, de 67 anos, acabou em dívida eteve de declarar falência. “Eu estava com medo e chocada”,diz a senhora, que vive em oronto.

    A verdade é que os anos dourados tornaram-se um capítulonegro para alguns. Há idosos a levar cada vez mais dívidaspara a reforma e, como resultado, um número crescenteestá a ir à falência.

    De acordo com o Serviço Federal da Superintendência deFalências, 10 por cento das pessoas que declararam falênciaem 2014 tinham entre 65 e mais anos. Isso é um enormeaumento de 20,5 por cento a partir de 2010.

    Uma das razões é na verdade o facto de se viver mais. “Paramuitos de nós, estamos sobrevivendo à nossa economia”,explica Nora Spinks, do Instituto Vanier da Família, umaorganização de pesquisa sem fins lucrativos.

    Outra explicação é que há cada vez mais idosos a reforma-rem-se no “vermelho”, como é de uso dizer-se. De acordocom os números mais recentes das Estatísticas do Canadá,em 2012, 42,5 por cento das pessoas com idade acima de 65anos ainda tinha dívidas. Isso é um aumento impressionan-te de 55 por cento desde 1999.

    O Administrador de falência, Doug Hoyes, culpa a dípersistente em grande parte, “a nossa dependência depréstimos a juros baixos. Se você tem crédito decente, pode sair e obter uma hipoteca por 2,5 por cento. Enpor que não comprar a casa maior?” diz. “Hoje não psamos de poupar muito porque todos nós temos uma lde crédito.”

    Despesas com a saúde

    Um novo estudo, examinando os canadianos mais velhas suas finanças descobriu que os grandes eventos inerados, como despesas de saúde, desafiaram grandes pl

    financeiros dos idosos.

    O relatório Ontario Securities Commission entrevmais de 1.500 canadianos com mais de 50. Para aqcom menos de 75, o evento mais comum que faz descaros planos financeiros é uma reforma precoce não planemuitas vezes devido a problemas de saúde.

    Spinks, do Instituto Vanier, diz que a melhor maneira proteger contra a cair em armadilhas financeiras nos mos anos é desenvolver um plano de longo prazo. “Qdo se trata de dívida sénior, mais entendemos sobre nopróprios gastos e nossa própria situação financeira naadulta, e melhor equipados estaremos para ser capaz ddar com o futuro e menos propensos a cair em dificuldfinanceiras”, diz.

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    A cidade de Brampton continua a crescerA Mayor Linda Jeffrey escreveu, há dias, queum dos seus lmes favoritos é um clássicode 1989, “Field of Dreams” - “Campo dosSonhos” - com Kevin Costner a interpretaro papel de um fazendeiro de Iowa, queouve uma voz misteriosa, no seu milharal,sussurrando: “Se você construir, ele virá.”O agricultor, Ray Kinsella, interpreta esta

    mensagem como convite a construir umcampo de beisebol no seu milharal. Vizinhos param para assistir e importunar até ao veremos arados em cima do campo de milho. Porum tempo nada acontece. Mas, numa noitequente de verão vários praticantes do BlackSox da equipa World Series chegaram ecomeçaram a praticar e jogar no campo.

    A construção da cidade – assim o diz LindaJeffrey - é semelhante à construção do campode basebol em Iowa. Exige, frequentementeum salto de fé e uma visão de fututo. Ondeuma pessoa vê uma oportunidade... háoutros que são tão cautelosos que perdem aoportunidade de participar.

    E conta que, em Outubro passado, oseleitores, deram a este novo Conselho ummandato forte para fazer as coisas de formadiferente e eu sei que cada um dos meuscolegas quer tomar as decisões certas queajudarão a nossa comunidade alcançar seu

     pleno potencial.

    Eu própria, imediatamente, foi entrando emcontacto com níveis superiores do governosobre transporte e trânsito, as necessidadesde Brampton. Enquanto a província estavadeliberando sobre o que incluir no seuorçamento falei com a Premier e váriosMinistros da necessidade de Brampton paraum plano de trânsito e de transporte regional.

    Financiamentosque importa aproveitar

    Em abril, a Província anunciou a sua intençãode nanciar integralmente o Hurontario-Main LRT e expandir e melhorar o serviçoferroviário GO em Brampton.

    Por se comprometer a fazer essesinvestimentos - mais especicamente parananciar o Light Rail Transit – a Pprovínciasalvou aos os contribuintes de Brampton 100milhões nos custos que outras cidades comoOttawa e Kitchener estão a nanciar atravésde impostos sobre a propriedade.

    Isto foi uma oportunidade única que deve ser

    aproveitada, caso contrário, potencialmentearriscamo-nos a perder para outracomunidade.

    Em cada dia dezenas de milhar de cidadãosde Brampton saem da nossa cidade paratrabalhar, fazer compras e jogar emmunicípios vizinhos. Este êxodo diárioreforça o estereótipo de que Brampton é uma“comunidade-dormitório”.

    E, no entanto, Brampton tem sido e continuaa ser um óptimo lugar para se viver.Infelizmente eu, e muitos cidadãos , nemsempre mantivemos o ritmo com os tempos.Ela tem sido negligenciada e os numerosasmontras tapadas e falta de clientes são provade que o nosso centro requer a nossa atençãoimediata.

    Temos de ter um centro dinâmico

    Cidades bem-sucedidas têm todos os seuscentros dinâmicos e acessíveis com parquesvibrantes e espaços públicos emocionantes.Baixa de Brampton pode e deve ser um ímãque se torna um destino para as pessoas afazer compras, comer e divertir. Bramptontem um monte de qualidades que denemuma cidade de classe mundial - segura,

    limpa e habitável, até graças ao nosso

    sistema de ensino, aos nossos parques eravinas, e à nossa diversidade. Todos estescomponentes são importantes para atrairinvestimentos. Mas sem abordar a gravesituação de congestionamento rodoviário queenfrentamos e a incapacidade de obter emtorno de nossa cidade, estamos a roubar àsfamílias muitos tempos juntos e a aumentaro custo de se fazer negócios em Brampton.

    O Hurontario - Main LRT vai levar a umamobilidade a sério no trânsito do centro ,Two-Way, All-Day GO serviço ferroviário

     para na nossa estação baixa, integrar comZum e Brampton Transit e será como queo pino de chamamento para potencialinvestimento, crescimento económico eemprego.

    De facto, um sistema de trânsito regionalintegrado representa um dos melhores

    investimentos para a criação de emprego.

     No Canadá, cidades como Calgary eEdmonton têm operado LRTS que passam

     para a cimeira de uso. Especialistas em planeamento e transporte da cidade estão deacordo com Metrolinx que esta proposta iráatender às necessidades de nossa comunidadehoje e amanhã.

     No entanto, há aqueles que são crítsentimos que estamos de alguma foobter um mau negócio da Provínciaesses críticos, deixo a garantia de que alcançado um acordo muito melhor deu própria poderia ter imaginado - mais cedo do que eu poderia ter imag

    também.A LRT Hurontario-Main tem o potde ser uma mudança na iniciativa qurevitalizar o nosso centro e futuro da cidade, mas não é a única solução.

    O novo LRT nos dará a vannecessária que precisamos para comcom a Região de Halton se o Condecidir em um campus de base urbannossa universidade. Trânsito superionecessário para ajudar a mover os esp10.000 alunos e funcionários parnovo campus universitário que es

     perseguindo agressivamente com o Blue Ribbon.

     Nos próximos anos, nós, como ciremos fazer um lobby forte para a implementação dos planos Metrolingrande mudança para Brampton, se

     primeira uma linha de trânsito Queen que nalmente vai ligar o centro de Bra

     para o projeto Viva Bus Rapid TranHighway 7 em Região de York.

    Enfrentamos muitos desaos nos prómeses, mas nestes desaos estão as semda oportunidade.

    Enquanto vamos frequentemente sediferentes pontos de vista, e debater soque é certo para Brampton daqui para é absolutamente crítico que nós slembremos o nosso objetivo nal: Brampton mais forte..A história de Ray Kinsella é aquela quno tema da realização dos sonhos - Eque em 08 de julho, a Câmara Mun

    de Brampton vá aproveitar coletivaisso uma vez na vida uma oportunidadtransformar a nossa cidade e o nosso cEsta é apenas a primeira de muitas deque precisamos de fazer e vou votar ado nanciamento HM-LRT oferecidoProvíncia de Ontário, que nos vai ajudenir o caminho da construção deBrampton melhor.

    Olivia Chow pode recuperaro lugar de deputada federalAs sondagens à opinião pública já o dizem. A ex-deputada NDP, Olivia Chow, poderá recuperar oseu lugar no Parlamento, se ela decidir concorrerà próxima eleição federal.

    A sondagem, feita pelo telefone, a 606 residentesno cúrculo eleitoral da Spadina-Fort Yorkmostrou que Chow tem o apoio de 36 por centodos inquiridos em comparação com 30 por cento

     para o Liberal MP Adam Vaughan e 12 por cento para um eventual candidato conservador (aindanão nomeado).

    Entre os eleitores decididos, Chow tem o apoio de44 por cento dos inquiridos em comparação com36 por cento para Vaughan e 14 por cento para umcandidato conservador.

    Spadina-Fort York é um novo círculo eleitoralfederal que inclui partes do Toronto Centre e doantigo Trinity-Spadina, que Chow representou noParlamento.

    Esta sondagem surgiu dois dias depois de Chowter dito à CP24 que é “possível” decidir concorrerna área que ela representou durante oito anos.

    “Estou feliz no ensino, mas há algumas que realmente me incomoda, tais como C51”, disse Chow, que deixou o Parlamenconcorrer a Mayor.

    A pesquisa, que foi realizada no sábado, anChow fazer os seus comentários a CP24, desque a ex-deputada goza de fortes níveis deentre aqueles com idade entre 50 e 64 ano

     por cento e idosos (42 por cento). Chow tacou melhor classicada entre as mulher

     por cento) do que entre os homens (35 por

    Recorde-se que Adam Vaughan tem represo círculo eleitoral desde que venceu uma

     parcial para suceder a Chow no verão pass

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    Carabram 2015 também fala Português*Depois de 7 anos de ausência volta o Pavilhão de Portugal

    Houve, depois, um almoço na mesma sala de evento

    comida portuguesa e chinesa e com música do mesmo Musical Amigu di Macau.

    Fez-se ainda a entrega de lembranças aos convidadhonra (1 DVD em comemoração do 15º aniversário daMacau e 1 livro com fotograas que tem o título “MaFestas e Festividades”.

    Tudo visto, era a prova de que a nossa gente se int por tudo quanto seja divulgação do que tem a ver nosso Passado e, naturalmente, com o nosso futurexposição de fotograas denominada “Macau –História de Sucesso”, que cou patente ao público, dese a comemorar o 15.º aniversário de Macau como RAdministrativa Especial da República Popular da Chin

    Esta exposição fotográca especial, que é patrocinadFundação Macau, vai ser apresentada em várias regiõglobo, especialmente em áreas onde os originários de Msão ais numerosos. São cerca de 50 fotos legendadanecidos pela Associação de Fotograa de Macau. Retanal, novos projectos e acções já em curso, feiras cue exposições de arte organizados anualmente.

    A 10, 11 e 12, no Century Gardens, em Brampton... abre, para Portugal e para os Portugueses, o Carabram 2015. Pelosvistos, o Pavilhão Português daquele Festival das Culturas

     – que outra coisa não é – já não abria desde há sete anos.Acharam os organizadores que valeria a pena trazer, denovo, as nossas coisas, à visão geral dos que se interessam

     por este Festival.Um Festival de Culturas. Com Música, História, Cultura eComida de várias regiões do Globo. De Portugal, também,claro.

    O Pavilhão de Portugal já há sete anos que não se apresentava.Razôes? É capaz de haver. Paulo Vicente, por um lado, eManuel Alexandre, por outro, dão-nos a visão geral de umFestival que agrada, decerto, à nossa gente.“Portugal esteve ausente mais de sete anos. O Pavilhãode Portugal não foi estabelecido. E este ano, com doisportugueses na Direcção do Carabram, nós decidimosque tínhamos de fazer o maior esforço para que Portugalretornasse”. Era Paulo Vicente a falar-nos sobre o tema.Oportnidade para lhe perguntar o que é que o faz andar.“Sabe, a comunidde portuguesa em Brampton já égrande e as pessoas vão dizendo sentirem falta da própriacomunidade, porque, às vezes, vivem longe umas dasoutras e, no fundo, a Carabram é uma festa que ajuda acelebrar as diferentes Culturas do mundo...”

    Dinheiro angariado...para o HospitalE, no entanto, os 7 anos não zeram esquecer muitas dascoisas que por ali se podem aprender e testemunhar. Bemao contrário, aguçaram, talvez, o gosto por aquilo que, pornorma, se aprecia no Pavilhão de Portugal.Paulo Vicente acentua, anal, que muita gente emBrampton gostava de ver a comunidade a festejar a CultruraPortuguesa, a espalhar até a mensagem de que valeria a pena.Começaram, então, a bater às portas e o Pavilhão vai avante.“Este ano estou muito feliz em saber que o Carabram vaiter uma presença portuguesa, graças até ao Clube Vasco

    da Gama e aos Amigos Portugueses do Peel Memoriual”.E aí entra, naturalmente, Manuel Alexzandre.“Para já temosuma parte muito importante, que é a seguinte: todos osfundos que nós angariarmos na venda dos passaportese no Pavilhão, durante aqueles três dias (10, 11 e 12 deJulho) revertem para o Peel Memorial Hospital. Deforma que quando o Paulo Vicente e a Angela vieramter comigo para ver se fazíamos o Pavilhão Português equando mencionaram que os fundos poderiam ser usadospara o Hospital... concordei imediatamente”.

    O Vasco da Gama em focoO Vasco da Gama serve de apoiante el. Desde sempre.Clube que tem nome que enche muitas das páginas da nossaHistória. Clube que vai, anal, enchendo o nosso dia-a-dia,naquela zona da Província.Para Manuel Alexandre, o uso do Vasco da Gama deve-seao facto de ser uma entidade portuguesa em Brampton. Emconjunto com os Amigos Portugueses do Peel Memorial, vaiser uma organização que desperta desde já o maior interesse.Até porque é mesmo bom que os outros países representadosno Carabram vejam como os Portugueses estão a ajudar o

    Hospital e façam o mesmo.Pormenores. Importantes alguns. Só que importante...importante vai ser a presença de todos. A nossa gente é quefaz grandes as coisas que vamos organizando por cá. “Éimportante... então não é?! Eu peço às pessoas que vão,que experimentem a nossa comida – Catitas Catering eCristina Bakery são os responsáveis por essa parte – quecomprem os bilhetes (custam 10 dólares) “.

    A 10, 11 e 12, no Century Gardens, em Brampton.. para Portugal e para os Portugueses, o Carabram Vamos estar presentes? Decerto que sim.

    Visite e Explore – É convite!Os pavilhões da Carabram estão divididos por 4 locaiAfrica, Caraíbas e Eelam – Brampton Soccer CentreSandalwood Parkway East.Irlanda, Filipinas e Portugal – Century Gardens Rec. C340 Vodden Street East.Havai, Macedonia e South Asia – South Fletchers Sport500 Bay Lawson Boulevard.Canada – Union Local 1285, Union Hall, 23 Regan R

    Foi há dias, na sala de eventos do Angus Glen Community

    Centre em Markham. Ao meio-dia de sábado passado, erao início do programa a que já zemos referêncvia. Logo noinício, era o Grupo Musical do Amigu di Macau a entoar osHinos nacionais do Canadá e da RP da China.

    Entre os convidados de honra presentes o vice-cônsul da R.P.da China, Chuanbing Zhang; Nancy Siew, Juíza de Imigra-ção e de Cidadania; Vereadores das Câmaras de Toronto,Markham e de Richmond Hill, e Presidentes das Casas deMacau Toronto e Macao-Canada Economic and Trading As-sociation. Cerca de 180 pessoas assistiram à apresentaçãofeita por Sérgio Perez, vindo de Macau, a convite do Institu-to Internacional de Macau.

    O tema em foco era, anal, o desenvolvimento e transforma-ção de Macau nos últimos 15 anos. Isto para além de se abor-dar a temática das festas e festividades celebradas durante oano todo em Macau.

    Para a exposição , era a cerimónia do corte de ta efectuadaem frente da biblioteca das mesmas instalações onde estáfeita a exposição.

     “Macau – Uma História de sucesso”

    em exposição fotográca

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    Uma acção de Formação

    A “base” local foi a Casa das Beiras. No fundo, com ligaçõesindirectas – nós sabemos – à organização de muitas e variadasactividades que têm a ver, também, com a Confraria dos Saberese Sabores da Beira Grão-Vasco, cujo “almoxarife” – é assim quese diz, não é?! – está entre nós para uma acção de formação paraRanchos Folclóricos locais. Uma acção de formação “requisitada”

     pela Casa das Beiras e apoiada pela Secretaria de Estado dasComunidades. Uma acção de formação, em que estiveram a

     participar duas dezenas de Ranchos Folclóricos de cá.Formação. Mais uma sessão de formação. Daquelas que podem,anal, dar mais força anímica à nossa gente. Sobretudo à nossagente mais jovem, àquela que enche os nossos ranchos folclóricos.Aquela gente que vai ser, no fundo, o futuro da counidade.José Ernesto Pereira da Silva diz-nos que a Confraria Saberes eSabores da Beira Grão Vasco, de que é presidente, tem estadoa desdobrar-se em acções do género. “Para mim tudo isto émaravilhoso. No fundo, sentir o amor que estes nossos irmãostêm, aqui em Toronto, por aquilo que é a nossa Culturaportuguesa... só isso, para mim, bastava para eu estar aqui...”

    A dinâmica dos jovensVem então, depois, a dinâmica dos jovens, já que são eles, no

    fundo, que fazem andar o Folclore também entre nós. “Claro. Eé isso que me faz feliz em estar aqui. É que vejo, aqui, nestacomunidade, jovens, muitos jovens, ligados ao Folclore, que épara mim importante, até por ser o sinal de que esse folclorevai ter muitos anos de vida. Cada vez acho mais fundamentalque as comunidades se juntem, nesta partilha que hoje já poraqui há de vários clubes que estão representados no Folclore. Éimportante, é”.De resto, numa primeira sessão de formação... já estiveram presentesmuitos jovens de cá. E também dirigentes e ensaiadores. Comonos disse o prof. José Ernesto Pereira da Silva, aqui de Toronto jáestiveram duas jovens – a Cátia Karamujo e a Melissa Pimentel –em formações anteriores. Estiveram, em Viseu e em Lisboa, tendo

     partilhado com outros colegas da Europa, dos Estados Unidios edo Brasil o saber desses clubes. E que hoje parecem estar, de facto,em parceria.

    José Cesário em focoO Secretário de Estado das Comunidades Portuguesas,Cesário, já esteve, de resto, noutras edições do chamado Mundial de Formação de Dirigentes Associativos da DiEsteve, designadamente, nos dias 6 a 9 de maio, em Lisbodo Arelho e nas Caldas da Rainha. Tal como aconteceu,em Toronto, os dirigentes associativos oriundos de dif

     países do mundo (europa e fora da europa) tiveram a possibde ter acesso a programas de ação e gestão associativa, tr

    experiências, saberes, conhecimentos e contatos com assoclocais.

    Também esta edição de Toronto teve, portanto, o apoio da Secde Estado das Comunidades. Que acompanha, no fundodias de formação que vão dar, decerto, os seus frutos. Nestatravés de José Governo, assessor da Secretaria de Estado.“Estamos aqui com muito gosto pela decisão do sr. SecretEstado ter percebido que a candidatura que a Casa das fez, nesta iniciativa de reunir vinte Ranchos Folclóricos dde Toronto, era interessante. Valeria a pena apostar nela

    Era como que a razão de ser desta visita. “Juntar esteRanchos tem também a particularidade de juntar pPara além da questão técnica do folclore e da etnograessa nota fantástica de reunir estes 20 ranchos, a jeito pessoas, e onde estão representados jovens que são o futu

    Não é para “ensinar” nada

    Odete Madeira é uma das formadoras. Tem experiência. Temdadas. Cartas que vai querer continuar a dar. Para ela, não de vir ensinar nada. Vem, isso sim, dialogar. “Vimos talve

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    *Uma acção de formação apoiada pelaSecretaria de Estado das Comunidades

      N a  C a s a 

     d a s   B e  i r a s

    Cuidado com as ervas

      Algumas ervas são teimosas. Se deixar uma pequena raiz naterra, elas voltam outra vez ainda com mais força. Muitas vezes aotirar as ervas do quintal me lembro da parábola de Jesus acerca dosemeador que semeou a boa semente. Uma semente caiu “entreespinhos, e os espinhos cresceram, e sufocaram-na” (Mateus13:7). Os apóstolos não compreenderam o signicado da parábolae então pediram a Jesus o seu signicado. Jesus então explicou:“E o que foi semeado entre espínhos é o que ouve a palavra, mas

    os cuidados deste mundo, e a sedução das riquezas, sufocam a

     palavra, e ca infrutífera” (Mateus 13:22).

      A natureza foi criada por Deus para nos ensinar lições espirituais.Reparem que até as ervas que Deus criou e aparecem nos nossosquintais e nos campos da lavoura nos ensinam uma grande liçãoespiritual. Tal e qual como o fazendeiro precisa de tirar as ervasdaninhas que crescem à volta da boa semente assim tambémaqueles que desejam seguir a Cristo precisam de tirar as ervas queo diabo semeia para que a sua vida espiritual não seja sufocada eassim possam dar fruto para Deus. Por isso, tanto na parte materialcomo da parte espiritual devemos ter cuidado com as ervas.

      Quais são as ervas daninhas que o diabo semeia na vida das pessoas para sufocar a sua vida espiritual? O Senhor Jesus Cristonos diz que são “...os cuidados deste mundo, e a sedução dasriquezas.” Uma das regras para evitar tais tentações é nunca pôras coisas deste mundo em primeiro lugar na nossa vida. Jesusdisse: “Mas buscai primeiro o reino de Deus e a sua justiça...”  

    (Mateus 6:33). Aqueles que buscam o reino de Deus em primeirolugar estão sempre alerta para tirar qualquer erva daninha que odiabo põe no seu caminho (I Pedro 5:8).

    O povo português, em geral, tem gosto de ver a sua casa e o seuquintal bem arranjados e em ordem. Isto não signica que outrasraças não façam o mesmo.

      Não foi há muito tempo que visitei a minha tia e quando lácheguei estava ela com o marido e lho tomando conta do quintal.Enquanto um cortava a relva o outro estava tirando as ervasdaninhas. A relva estava viçosa e verde. Os canteiros de ores earbustos estavam limpos de ervas. Realmente dá prazer sentar-sena varanda e ver tal quintal.

    Eu sou lho de Portugueses mas estou no Canadá desde a idadede doze anos. Já estou neste país há 48 anos e a cultura Canadiananão conseguiu eradicar os costumes e habitos que herdei dos meus

     pais. Eu gosto de ver a minha casa e o meu quintal na melhor

    condição possível. E todos os anos luto com a natureza para tirarqualquer erva que aparece no meio da relva ou nos canteiros deores e de vegetais.

    As ervas daninhas de várias variedades aparecem no quintalsem eu as ter semeado. Elas não precisam ser regadas nem seremsachadas ou levarem adubo. Se eu as não tirar imediatamenteelas crescem com força e robustez e em pouco tempo alastrame matam a boa relva, as ores e os vegetais. Tenho reparado quealgumas pessoas cam cansadas com a continua luta com aservas, admitem a derrota e os seus quintais parecem uma selva.Talvez elas tenham razão porque assim podem tirar tempo paraoutras coisas. Todavia, eu tenho vergonha de ver o meu jardimem tal condição. O resultado é que todos os dias eu sou como umsoldado vigiando pela vinda do inimigo e quando vejo uma ervadaninha não tenho piedade. Eu pego na minha arma... e a erva étirada imediatamente.

     Rev. João DuarteReligião e Fé

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    197 Spadina Ave, Suite 402 , Toronto

    de termos técnicos. Como é que o povo traja, como é que o povodança e canta, o que é que um grupo folclórico deve ou nãodeve fazer...”Para Odete Madeira, é perfeitamente natural que estes Grupos,longe como estão, não dancem nem cantem nem trajem, de acordocom os cânones obrigatórios da Federação. “A verdade é que seestamos a tentar representar uma época – e neste caso concreto,os grupos tentam representar o início do século XX e nais do

    século XIX – é claro que é obrigatório. Porque, se naqueletempo não havia verniz, não havia pinturas, não vamos nós,hoje, pô-las nos grupos...”De qualquer modo, entende que  “as comunidades são um casoàparte” e o importante é mesmo a presença dos jovens que vão ser

     – estão a ser – o futuro das comunidades da diáspora.O Cônsul mais do que satisfeitoPor tudo isto, a despeito de o dizer por outras palavras, o Cônsul-Geral de Portugal, Luis Barros, estava satisfeito. “Primeiroporque gosto muito de ver aqui jovens. Nós, que já passámoscertas escalas etárias - ele disse a escala dos 30, meio a rir meioa sério... – já não temos a agilidade, para avançar nestas dançasque são sicamente exigentes. (...) Já o disse que todas estas

    nossas tradições têm raizes às vezes mais antigas do que osnossos 900 anos de História. Têm raízes milenares ou mesmobi-milenares. Falei no Cante alentejano, mas posso falar emmuitas outras danças...” E mais, e mais... “As nossas tradições

    para Ranchos Folclóricos locais

    com os ritmos antigos de colheitas, de vestígios antigos, decelebração, da fartura que a terra dava, da própria preparaçãopara guerras... têm muito a ver com tudo isto”.

     No fundo, somos nós todos, também, a aprender. Formação.Relacionada com os Ranchos Folclóricos. Formação. É bem capaz

    de dar os seus resultados.Presenças de formadores como Odete Madeira, António MJosé Governo e José Ernesto Pereira da Silva. Um na“formadores”, no melhor sentido do termo, que estiveram ene que regressam, hoje mesmo, a Portugal.

    Na Galeria dos Pioneiros... a lição Na Galeria dos Poioneiros, na Saint Clair, interessaram-se, anal, pelo dia-a-dia dos que vieram primeiro.Formação, nãpo é? Desta feita... foi também de formação a visita. Os formadores

     – se assim nos podemos expressar – foram, anal, os que vieram primeiro, os pioneiros. Que, através de artigos e utensílios, documentos ou simples papéis,deram a entender o que foi a epopeia (que outra coisa não foi) da adaptação.Bernardete Gouveia, uma das fundadoras da galeria, acompanhou a visita.José Govermo insiste no que se pode aprender neste género de visitas. Aprender,sim. Nem toda a gente sabe o que foram os tempos heróicos dos primeiros...Odete Madeira também estava presente. Interessada na visão geral de tudo oque foi vendo.O mesmo com José Ernesto Pereira da Silva.Bernardino Nascimento, presidente da Casa das Beiras, esteve na base de tudoaquilo. Trouxe aquelas entidades até Toronto e decerto que ajudiu a escolher o

     programa de visitas.Presenças de formadores como Odete Madeira, António Meneses, José Governoe José Ernesto Pereira da Silva. Um naipe de “formadores”, no melhor sentidodo termo, que estiveram entre nós e que regressam, hoje , a Portugal.

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    “Se tiver de escolher entrecredores e idosos, escolho os idosos”

    A última sondagem dava vantagem à coligação, o que ‘as-sustou’ o PS. Mas para a ex-bloquista, “as sondagens têm fa-lhado”. Ainda assim, diz, “não me surpreenderia assim tantose viesse a acontecer. As pessoas olham para o PS e para as

     propostas do PSD e CDS e não encontram diferenças subs-tantivas. Ficam ali indecisos, se é a maçã vermelha, verde.São maçãs. O PS acantonou-se”, arma.Relativamente ao que faria caso o seu partido fosse eleito,Joana Amaral Dias garante que o único interesse é o bem-estar do cidadão português. “Estamos interessados no queé bom para o povo português e para os povos europeus”,vinca.“Em primeiro lugar, o combate sem tréguas à corrupção.Dentro desse combate, uma das medidas é uma auditoriacidadã à dívida que nos diga com seriedade que parte é legí-tima e com que os contribuintes portugueses têm de arcar”,

    explica.Para a secretária-geral do PTP, não se pode consentir q

     portugueses quem em segundo plano. “Não podemosentir que tenha havido dinheiro para resgatar bancos

     parcerias público-privadas que criam contratos milion para swaps, e que nós tenhamos de pagar essa dívidmesmo tempo, não há dinheiro para pagar reformas esões condignas”, destaca.“Não temos só de honrar compromissos com os credmas também com pensionistas, reformados, criançavão para a escola sem pequeno-almoço, pessoas que chàs urgências”, frisa, acrescentando que “se tiver de escentre honrar compromissos com os credores ou com pidosas, vai escolher as pessoas idosas, que é uma quesvida ou de morte”.

    Joana Amaral Dias diz querer combater a corrupção e paraisso, pretende fazer uma auditoria cidadã à dívida para per-ceber o que é legítimo e o que os contribuintes vão ter de“arcar”.O rosto do PTP/Agir, Joana Amaral Dias, quer alargar estemovimento e chegar ao poder. Em entrevista ao jornal Públi-co, publicada, segunda-feira, tece duras críticas ao PS, PSDe CDS.

    Parlamento levantaimunidadea Miguel Macedo

    A Comissão Parlamentar para a Ética, a Cidadania e a Co-municação levantou, quinta-feira a imunidade parlamentarao deputado social-democrata Miguel Macedo, ex-ministroda Administração Interna, para que possa ser ouvido comoarguido no caso dos vistos dourados.

    A decisão foi aprovada por unanimidade.

    Miguel Macedo é suspeito, no âmbito do caso dos vistosdourados, de prevaricação de titular do cargo político, umcrime punido com dois a oito anos de prisão.

    Esta situação levou a que ministro pedisse, há tempos, a de-missão do Governo, tendo retomado o seu mandato de depu-tado à Assembleia da República.

      J  o  a  n  a 

      A   m  a  r  a

      l 

      D  i  a  s  :

    va o dia todo, sintonizada com a Radio Maria. Oferlhe um quadro de Cristo. Noutro momento, levei-lhecalendário das nossas Missões em África». Por sugede Claudia, Laura tinha começado a escrever a histórisua conversão.Aliás, o percurso da própria Claudia Koll também davalivro. Actualmente, forma actores e promove espectáccom intuitos de evangelização, mas dedica a maior pdo tempo a ajudar crianças com Sida, em África. Comeassim:

    «Um dia, entrei numa igreja em Roma. Queria que Dme ajudasse. Aproximou-se um padre e perguntou: “queres de Deus?” Eu respondi: “Nada, sou uma pecadoFez-me o sinal da cruz e senti o coração transformaDobraram-se-me os joelhos, tive que me sentar, comechorar... Era a resposta de Deus».Poucos dias antes da morte de Laura Antonelli, a homdo Papa Francisco tinha sido sobre guardar o coração amar Deus com todas as forças. «Temos de estar aten

     para quando Deus passa pelo nosso coração», para is preciso «guardar o coração», «afastar todo aquele rque não vem do Senhor», ter «um coração livre das

     paixões», «um coração guardado pela humildade, mansidão...», «um coração aberto ao Senhor que passaLembrou-me aquela história contada por Mariano Fazilivro que escreveu, de jacto, quando o Cardeal Bergo

    foi eleito (intitulado «O Papa Francisco – Chaves do pensamento»):«Numa dessas visitas, quando lhe falei de um lme, ctou-me que, há muitos anos, na véspera da festa de Nsa Senhora das Mercês, estava a ver televisão com ou

     pessoas quando apareceu um programa inconveni Naquele momento, prometeu a Nossa Senhora nunca ver televisão. Cumpriu a promessa e só via alguma noquando os seus colaboradores lhe diziam que era importe. Preferia informar-se pelos jornais».

    Fiquei surpreendido de encontrar em jornais católicos, deItália e de outros países, a notícia da morte de Laura Anto-nelli, no passado 22 de Junho. Não era uma actriz escan-dalosa?!Bem, o mundo dá muitas voltas. A beleza de outrora per-dera-se um pouco, por causa de uma operação plástica quecorreu mal, mas o interessante foi que trocou de amigos.Cortou com a pandilha dos anos frenéticos e caram outras

     pessoas, em quem ela não tinha reparado. Eram os da paró-quia, a sua paróquia, nos arredores de Roma. Nos últimosanos, já não atendia mais ninguém, somente o pároco, oirmão que vive no Canadá, os amigos da paróquia e doisactores dos antigos tempos, também eles mudados. LauraAntonelli distribuiu a fortuna que lhe restava e vivia com omínimo. Não tinha televisão, o seu contacto com o mundoexterior era apenas a Radio Maria.

    A Radio Maria começou em 1987 como uma antena pa-roquial e, pouco a pouco, alargou o seu raio de acção, di-vulgando orações, programas de catequese e informaçõessobre a Igreja.Um dos actores com quem manteve contacto depois dostempos das lmagens foi Lino Ban: «Laura era uma mu-lher que se dava com toda a gente, divertida, auto-irónica,sempre com a piadinha pronta, era uma grande amiga».

    «Metíamo-nos com ela: “não contas até 10 antes de te lan-çares a qualquer coisa, só até 3...”, era uma pessoa semregras, ava-se dos outros e muitas vezes era gente desas-trosa». Os últimos anos de Laura foram de má saúde e di-culdades económicas. Ban conta que no m de uma dasúltimas visitas lhe deixou um pacotinho de notas: «Doisminutos depois vi que dava uma grande parte a uma rapari-ga que estava lá em casa. Disse-lhe: “Laura, eu dei-te essedinheiro porque tens mesmo necessidade”. Respondeu-meque havia quem tivesse mais necessidade do que ela. Eraassim a Laura».O outro contacto com o antigo mundo do cinema era aClaudia Koll, também ela uma ex-actriz atrevida, que re-corda: «Tínhamos muito em comum: ambas tínhamos sidoactrizes, belas, e num certo período da nossa vida tínhamosencontrado Deus. A Laura tinha encontrado a Fé e reza-

    Laura Antonelli, uma actriz destravada José Maria C.S. André

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    ‘Lotaria’ atira Portugal para forados ‘manuais’ da história 

    Seleção portuguesa foi mais forte durante os 90 minutos,passou por dificuldades no prolongamento e foi-se a baixonas grandes penalidades ao perder por 4-3 nas grandes pe-nalidades, após nulo em 120 minutos. Esgaio e William fa-lharam para Portugal e Suécia é campeã europeia de sub-21pela primeira vez. al como em 1994, Quinas voltaram a nãobrilhar.alvez inspirado pelo resultado frente à Alemanha, mas tam-bém confiante pela qualidade do futebol apresentado pelaformação das Quinas, Rui Jorge manteve o mesmo onze do

    encontro da meia-final e começou mais forte. Ricardo Pe-reira e Sérgio Oliveira, este segundo com uma bola à trave,foram os primeiros a avisar a Suécia.A partir da meia-hora a partida equilibrou-se, com ibbling

    e Telin como elementos mais rematadores dos azuis e ama-relos. Bernardo Silva, muito tapado, foi a forma que a Suéciaencontrou de bloquear o perigo de Portugal, para depois sairem contra-ataque.

    Maior domínio de Portugal, mas...João Mário, aos 37 minutos, teve nova oportunidade paradesfazer o nulo, mas rematou contra a defensiva da Suécia,após boa jogada colectiva. Assim se chegou ao intervalo, commaior domínio de Portugal e com a turma adversária a tentarcriar perigo em contra-ataque.Ambas as equipas procuravam ficar na história da categoria,tentando conquistar o título europeu no Eden Stadium, emPraga, algo que nunca conseguiram. Os lusos regressavam auma final das camadas jovens 21 anos depois e os nórdicos jánão o faziam há 23.A partir da meia-hora a partida equilibrou-se, com ibbling

    e Telin como elementos mais rematadores dos azuis erelos. Bernardo Silva, muito tapado foi a forma que a encontrou de bloquear o perigo de Portugal, para depoem contra-ataque.

    João Mário, aos 37 minutos, teve nova oportunidaddesfazer o nulo, mas rematou contra a defensiva da Sapós boa jogada coletiva. Assim se chegou ao intervalomaior domínio de Portugal e com a turma adversária acriar perigo em contra-ataque.As selecções:Portugal: José Sá; Esgaio, Paulo Oliveira, Ilori e RGuerreiro; William Carvalho, Sérgio Oliveira, João MBernardo Silva; Ivan Cavaleiro e Ricardo.Suécia: Carlgren; Lindelöf, Milosevic, Helander, Auguson; Khalili, Lewicki, Hiljemark, ibbling; Guidetti eTelin.

    *Nos 90 minutos, selecção portuguesa foi mais forte

    “Somos a melhor equipa masquem ganha também é o melhor

     – João MárioJoão Mário viu o título europeufugir-lhe para a Suécia, mas omédio sportinguista preferiuolhar para a participação dePortugal de forma positiva e ex-plicou a derrota com o desgasteda equipa.Para o internacional luso, acampanha de Portugal demonstra que há bons valores no despor-to-rei.“Somos a melhor equipa mas também defendo que quem ganha é omelhor. Parabéns à Suécia mas devemos estar orgulhosos pelo quePortugal fez. Os portugueses têm de estar descansados em relaçãoao futuro, temos uma excelente geração”, atirou depois.

    Rui Jorge:“Jogamos sempre com paixão”O selecionador português esta- va triste com a derrota de Por-tugal frente à Suécia nos penál-tis (4-3). Rui Jorge lamentou afalta de eficácia, mas elogiou aentrega dos seus pupilos.“O que faltou? Faltou ser umpouco mais eficazes e um poucomelhores que o adversário. Foium jogo muito equilibrado, ti- vemos as nossas oportunidades em que podíamos ter marcado enão conseguimos. Quem gosta de assumir o jogo como nós poderáfaltar algum discernimento, mas não deixámos de tentar procurara vitória, por vezes com menos lucidez, como no final da segundaparte, mas sempre com muita paixão e muita entrega”, afirmou emdeclarações à RP.Rui Jorge confessou que é frustrante perder quando se está tão pertoda glória.“Gostaríamos que o resultado tivesse sido outro, fizemos tudo paraque assim fosse. Estes jogadores disputaram 15 jogos oficiais, nãomarcaram em dois. Este foi um deles. iveram um comportamentoincrível nestes dois anos. É de alguma frustração chegar a uma final,um momento muito importante... Não é igual ficar em primeiro ouem segundo. Estou muito triste pelos jogadores mas muito orgulho-so. Mereciam outra coisa”, concluiu.

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    06 Julho 201512 . Desporto

    COPA AMÉRICA

    Chile vence Argentina nos penalties e conquistatítulo histórico

    Cláudio Bravo, guarda-redes da Roja foi eleito o melhor guades. Os defesas que compõe o onze são Gary Medel (Chile), M(Colômbia) e Otamendi (Argentina), os médios Christian(Peru), Marcelo Díaz (Chile), Mascherano (Argentina) e(Chile), já no ataque aparecem Vargas (Chile), Messi (ArgenPaolo Guerrero (Peru).

    O Chile ganhou a primeira Copa América do seu palmarés frenteà Argentina, sendo a seleção mais representada na equipa ideal daprova, com cinco jogadores e o selecionador Jorge Sampaoli.

    Destaque para a presença do ex-portista Nicolas Otamendi, e p ara aausência de brasileiros no melhor onze da competição.

    Otamendi no melhor onze da provaonde não há brasileiros

    terem falhado para Argentina. Messi foi o único a marcarpela seleção das pampas.

    Pelo Chile marcaram ainda Matías Fernandez, Vidal, Aran-guiz e Alex Vidal.

    Enquanto o Chile celebra título inédito, a Argentina volta asofrer grande revés depois de ter caído também na final doCampeonato do Mundo de 2014 frente à Alemanha.

    O Chile sagrou-se pela primeira vez campeão sul-americanoao bater a Argentina na final da Copa América, disputada

    em Santiago do Chile. O título foi decidido na marcação dasgrandes penalidades (4-1), depois do empate a zero no finaldo tempo regulamentar e do prolongamento.

    Alexis Sanchez marcou à ‘Panenka’ o penalty decisivo, depoisde Higuaín (por cima) e Banega (defesa de Cláudio Bravo)

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    06 Julho 2015   Desporto . 1

     A partir de hoje há três candidatos em Portugal»- Jorge JesusNas primeiras palavras como treinador do Sporting, Jorge Je-sus deixou a promessa de voltar a fazer do leão um candidatoa todos os títulos em Portugal.

    «Está na hora de caminharmos todos juntos, está na hora dea família sportinguista perceber que o mais importante é o

     Atacada a página de Jorge Jes

    na Wikipédia

    Sporting Clube de Portugal e está na hora de assumirmosque queremos ser candidatos a todos os títulos em Portugal.A partir de hoje não há dois candidatos em Portugal, há trêscandidatos», afirmou, convicto, para gáudio dos cerca de dezmil adeptos que se deslocaram ao Estádio José Alvalade.

    «emos de acordar o leão adormecido. Viva o Sporting Clu-be de Portugal», exclamou Jorge Jesus.

    Jesus emocionado com vídeo de boas-vindas

    A cerimónia de apresentação ficou marcada pela exibiçãode um vídeo, no ecrã gigante de Alvalade, de boas-vindas aonovo treinador dos leões. Vídeo que ser viu, igualmente, parahomenagear Virgolino Jesus, pai de Jorge Jesus e antiga glória

    do Sporting, que incutiu no filho o amor pelo clube vbranco.

    «Não foi fácil ver estas imagens. Obrigado por não tercado em casa», agradeceu Jorge Jesus, visivelmente emnado.

    «Jorge Jesus, bem-vindo de volta a Alvalade», podia lerfinal do vídeo.

    A página do treinador foi ataca-da e o apelido Jesus foi substi-tuído por ‘Judas’.Durante breves minutos, otécnico que treinou o Benficadurante os últimos seis anosdeixou de se chamar Jorge Jesuspara se chamar Jorge Judas.Foi esse o nome com que se de-pararam os internautas que vi-sitaram a página na Wikipédia

    do agora treinador do SpSegundo o Jornal de Notpágina da enciclopédia latacada pela segunda vano. O primeiro ataque ceu em abril.

    Além da alteração do some do treinador, foi-lheacrescentado o apelido ‘ras’.

    O armão militar, que transportou os restos mortais de Eusébioda Silva Ferreira, chegou ao fim da tarde ao Panteão Nacional,após um cortejo por vários locais de Lisboa, tendo sido recebidopor mais de 500 convidados

    A cerimónia que marcou a deposição da urna no monumento

    começou com a interpretação do Hino Nacional pela cantoraDulce Pontes, seguindo-se o elogio fúnebre feito pelo amigoAntónio Simões, que afirmou estar perante «um dos desafiosmais emocionantes da sua vida», recordando um «companhei-ro inesquecível» e o «melhor desportista português de todos ostempos».

    Após o segundo momento musical da cerimónia, por Rui Velo-so, seguiram-se os discursos do presidente da República, Aní-bal Cavaco Silva, e da presidente da Assembleia da República,Assunção Esteves. Os dois governantes e o primeiro-ministro,Pedro Passos Coelho, assinaram, posteriormente, o ermo deSepultura no Panteão, sendo depois executado o Hino Nacional

    pela Banda da GNR.No final, a urna foi transportada pela GNR para o interior do

    Panteão Nacional até à Sala onde se encontra a Arca umular,onde ficou depositada. A cerimónia encerrou com o toque de cla-rim pela GNR.

    «Não importa a profissão de Eusébio...» - Rui CostaO administrador da SAD do Benfica desvalorizou a polémica emtorno do facto de Eusébio da Silva Ferreira ter sido o primeirodesportista a garantir honras de Panteão.  «Faz-me confusão porquê tanta surpresa por ter sido o primeirodesportista. Estão aqui os nomes mais importante deste País e Eu-sébio é um dos nomes mais importantes deste País. Não importaa profissão mas sim a importância que tinha para o País. Eusébiolevou Portugal aos quatro cantos do mundo e faz todo o sentidoque esteja aqui», disse o antigo internacional português após acerimónia.

    Eusébio no Panteão Nacional

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    06 Julho 201514 . Desporto

     Atendimento Espectacular

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    FC Porto-Benfca na 5.ª jornada,

    Benfca-Sporting na 8.ª

    O sorteio da temporada 2015/16 da Liga ditou um clássicoentre FC Porto e Benfica, no Dragão, na 5.ª jornada marcadapara 20 de setembro.

    rês jornadas depois, na oitava, já em outubro, o Benfica re-cebe o Sporting naquele que será o primeiro derby da tem-porada e que ficará marcado pelo regresso de Jorge Jesus aoEstádio da Luz.

    Já o clássico entre Sporting e FC Porto está marcado pde janeiro de 2016, na 15.ª jornada.

    O Benfica inicia a defesa do título em casa diante do EO FC Porto também joga em casa na primeira jornada Vitória de Guimarães, ao passo que o Sporting vai ao tedo recém-promovido ondela.

    Já se conhece o Calendário

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    06 Julho 2015   Comunidades . 1

    dos Poveiros fez a sua festa, com bazar, petiscos onde a

    sardinha, bifana e o caldo-verde se destacavam.

    Atuaram 3 ranchos; os Camponeses, as Tricanas e o dos

    Poveiros, muita música além duma dança ritmada praticada

     por um pequeno grupo de elementos femininos. E bem,entenda-se.

    Leilão de ofertas e sorteios de prémios dos quais uma

     bicicleta.

    Um Arraial de São Pedro... feito à nossa maneira. Com

    muitos e variados motivos de interesse. Com petiscos

    regionais. Com muito Folclore. Com gente de palmo e meio

    a saracotear-se por entre os Ranchos e à espera da sua hora.

    O que não pode deixar de ser benéco para o cumprimento

    Arraial bem participado para festejar o São Pedro, padroeiro

    desta nossa

    Casa Regional e da Cidade de Póvoa do Varzim. Sábado,

     pelas 17 horas, no

     parque de estacionamento da Royce Dupont Plaza, a Casa

    das tradições que trouxemos de longe. E para perpetua

    mesmas tradições.

    Laurentino Esteves – o comendador Laurentino Est

    também lá esteve. De resto, sempre foi “peça fundam

    em todas estas coisas que impliquem folclore e

     populares. Entendendo o que está em causa, não há

    dizia-nos que... a tradição já está a car por cá. M

    aquela tradição do Arraial de São Pedro que é, de rest

    das principais – senão a principal – festas populares d

    da Póvoa.

    Anuncia-se que a SATAInternacional em breve vai

     passar a designar-se AzoresAirlines, contando com umaestratégia reforçada, em que sedestaca a nova imagem, novosaviões e um serviço ainda mais

     próximo das comunidades.Este processo constitui umaevolução das operações da

    companhia, desde logo pelaimagem mais moderna eatrativa, como também pelosdois novos aviões AirbusA330-200 que vão aumentara qualidade do transporte e acapacidade da companhia.

    A chegada do primeiro dosnovos aparelhos está prevista

     para o período de verão, alturaem que as rotas de longocurso sairão reforçadas, comum serviço mais ável e maisqualicado.As rotas da América do Norte,Toronto (Canadá) e Boston(EUA) serão as primeirasa sentir os benefícios destaaposta da companhia aérea,e que segundo o presidente

    da SATA, Luís Parreirchegada a hora de intene melhorar a nossa rcom as comunidades resnestes destinos e com ligPortugal, em especial a Autónoma dos Açores.  Os novos apaairbus A330-200, pouma capacidade para

     passageiros e um volucarga de 136 metros cúA decisão pela opção aviões foi tomada tend

     base um estudo técniresponsabilidade da conMach Aviation Consue pelo Instituto SuperEducação e Ciências.  Para o presidentcompanhia, “o transporte

     para os Açores adquirimportância relevante, a natureza e localizaçarquipélago. Com estaoperação e estratégia,

     proporcionar as pecondições para os

     passageiros viajarem maior frequência e satisf

    Uma delegação da LIUNA Local 183, com o BusinessManager Jack Oliveira, Bernardino Ferreira e Luis Câmara,esteve no Consulado-Geral de Portugal, onde foi recebida

     pelo Cônsul Luis Barros. I ibjectivo era entregar um chequede dez mil dólares para o Banco Alimentar do Porto.O Sindicato achou que deveria ser o Consulado a escolher

    uma instituição de solidariedade para beneciar deste actode partilha. Recorde-se que beneciaram já a Casa doGaiato, o Banco Alimentar de Lisboa e o Banco Alimentarde S. Miguel. Desta vez foi o Banco Alimentar do Porto.  O cônsul Luis Barros agradeceu o gesto que é, no fundo,uma demonstração de solidariedade.

     Azores Airlinesreforça-se

    Casa dos Poveiros em festa popular

    Arraial de São Pedro “à nossa maneira...”

    Dez mil dólares para o BancoAlimentar do Porto- Oferta da LIUNA Local 183

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    06 Julho 201516 . Ainda a tempo

    Centro Cultural Português d

    Mar vermelho no Aeroporto de Toronto- Sonia Micael /

    No Sábado era um mar de vermelho no aeroporto deoronto. O Benfica Clube deoronto preparava-se paramais uma ano poder enviaralguns dos seus craques parao patamar mais alto do clu-

    be. Eram perto de 20 queiam viver duas semanas emLisboa na Academia do Ben-fica, e os sorrisos e tambémchoros eram visíveis... Paramuitos deles esta seria a pri-meira viagem sem os Pais.

    Um destes, Mateus Machadode Almeida, diria que “é umsonho, tenho estado a jogarfutebol desde os três ou 4anos mesmo e pronto, estasduas semanas vão ser issomesmo, um sonho.” Haviamais quem sonhasse e Mar-cel Martins também nos dis-

    se que “os meus pais sempreapoiaram esta minha ideia eeste vai ser uma oportunida-de única de poder mostrar omeu valor.”

    Para José Carlos, DiretorDesportivo do Clube, “istoSignifica muito trabalho.Isto significa também queestamos no bom caminho.O ano passado levamos 10miúdos para lá, este ano são16, de idades em media entre

    os 12 e 16 anos. Em 2 anosé bom, é muito bom. Mi-lhões de crianças gostariamde viver este sonho e estes

     vão conseguir. O Benfica

    não está aqui para enganarninguém, está aqui para aju-dar e dar oportunidades. Sealguns destes conseguiremum, dia ir para alem de ama-dores conseguimos o nossopapel.”

    Parabéns aos Pais, aosdores ao clube de lá e em especial aos volundo clube de cá que, aodos anos, e em especiataque nestes últimosconseguem fazer - mlhas.

    Deixem-nos atirar aqui primeiro um pedido, um reparo, um“puxar a sardinha a nossa brasa” vá lá... Se não fizermos pornós mesmos quem vai fazer?! Porque sempre piqueniquesao Domingo? Porque não Sábado? Será que ninguém gostede fazer piqueniques num Sábado e prefere fazê-los ao Do-

    mingo no dia antes de uma semana de trabalho? Bem, poro lado que nos toque... Há só um jornal na comunidade quesai as Segundas-feiras. Por essa ordem de ideias e normal

    também concluir portanto que há só um jornal onde as noti-cias da Comunidade Luso Canadiana do Ontário por normase leem primeiro... esse jornal é o ABC. É uma verdade,sem malícia. ambém por seremos os Primeiros, e por vezespor não termos tanto tempo para preparar uma historia ouacontecimento do dia anterior... Se por acaso esquecemos demencionar este ou aquele nome... desculpe.

    O cheiro da sardinha na brasa, um sorriso nos lábios de umacriança que passa a rir para Mãe, musica típica portuguesaa tocar num radio de uma mesa cheia de gente, um jogo decartas entre velhos amigos, e ranchos e mais ranchos a con-

     viver ao are livre entre uma multidão de gente. udo isto emuito mais visto e concretizado mais uma vez no piqueniqueanual do PCCM. Ontem Domingo foi a vez de o PortugueseCultural Centre of Mississauga voar ao ar livre no Korlovac

    Croation Park situado na Britânia e Tompson Road Southem Milton. As portas, ou portões, abriram as 8:00 da manha,a feijoada que esteve uma delicia - já tradicional do clube foiservido ao meio dia. Com o céu azul e o sol a brilhar o pique-nique 2015 passou-se da melhor forma.

    Um mini-festival de folcloreEmbora como já o dissemos o parque abrisse as 8 dnha, as 11 houve missa celebrada. Este ano como tambaconteceu o ano passado la estiveram muitos Ranchos ricos, e para fechar o Rancho do PCCM foi, como se d

      U m  p  i q u e

     n  i q u e 

     g o s  t o s o

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    06 Julho 2015    Ainda a tempo . 17

    Oakville como centro de devoção

    São Bentinho da Porta Aberta já é tradição de cá?Já noutra ocasião o dis-semos. Daqui a uns anos,

    quando o nosso tempo pas-sar, o São Bentinho da Por-ta Aberta ainda vai estar

     por ali. No nicho da igrejade São José Operário que osaudoso Padre Lima Este-ves fundou. E que o PadreFernando Pinto tem estadoa Melhorar, se é possível di-zermos assim. Ainda vai es-tar por ali a dar a sua bênçãode santo protector a toda estagente portuguesa que habitanas cidades muitas que cer-cam Oakville. E onde osMinhotos – que são muitos,nós sabemos – já têm a com-

     panhia dos outros. Sobretu-do dos Açorianos, já que osAçorianos juntam-se sempreonde há Fé viva e aqui pa-rece estar bem viva a fé detoda esta gente.

    É isso, é. A Fé conseguetudo. Foi a Fé que impulsio-nou João Dias a trazer paraestas paragens a imagem dosanto. E que fez com quenele espalhe ainda mais adevoção. A Fé, de facto,consegue mover montanhas.Fazer nascer tradições, onde,numa primeira análise, elasnão entrariam.

    E mesmo hoje, João Dias en-tende que ajudou a enraizarentre nós uma devoção que

    não morre. E uma Roma-ria que, lhando raízes noMinho distante – Terras doBouro e muitas outras loca-

    lidades entre as 34 que têmermidas de São Bentinho –vai cando um poucoi portoda a parte. Lá como cá háromeiros que vêm de longee se misturam na jornada de

    Fé e de confraternização quese vai vivendo.A Fé de alguns Minhotos,com especial incidência emJoão Dias, fez com que vies-se até nós, uma imagem deSão Bento da Porta Aberta.Sábado e domingo, 4 e 5 deJulho, Romaria a São Ben-tinho da Porta Aberta. Nos+abado, era a Missa Soleneem honra a São Bento. De-

     pois, as actuações dos RF:Arsenal do Minho, Associa-ção Migrante de Barcelose Associação Cultural do

    Minho. Cantares ao desaocom Conceição da Trofa(vinda de Portugal) e Ma-nuel Leituga. No Domingo,

    uma Missa Solene com oGrupo Coral, ao meio dia.Procissão em honra de SãoBento com a Banda Filar-mónica Lira Bom Jesus deOakville.A vrdde é que Sábado eDomingo, Oakville e a suaigreja de São José Operárioviveram a Romaria a SãoBentinho da Porta Aberta.Que começa a car enrai-zada no coração de muitos,como já estava no coraçãodos Minhotos. Quem esteveenvolvido nos festejos desteano foi dizendo que já houve

    mais gente.

    Claro que, a exemplo do queacontece, lá longe, em Terrasdo Bouro e emuitas outrasdas 34 pequenas ou grandesermidas de São Bentinho,houve a parte popular com

     petiscos tradicionais, caldoverde, bifanas, sardinhasassadas, etc. Era a romaria

     popular.

    E a verdade é que Oakvillefoi centro de interesse deuma grande comunidade mi-

    Mississauga... ao ar livre

    nhota, espalhada por regiões limítrofes. A q

     juntou a parte oriundAçores, que, pelo semero e religiosidade, sempre este género dciativas.

    A devoção a São BenPorta Aberta é daquel

    veio para car. E quegiu muita gente. Sobraqueles que nascera

     para as bandas do vGerês, onde pontica aSanto, cuja história seno emaranhado dos a

    que ninguém é capaz contar em toda a sua pSobretudo na compoda “porta aberta”.Como acontece setambém em Oakvilleve, naturalmente, o bido sagrado e do profcasar harmoniosament

    Inglês, “the Cherry on the cake” ( a cereja no topo do bolo)- isto para quem sabe apreciar. Um verdadeiro mini festivalde folclore.

    Sem esquecer de falar do Presidente ony De Sousa, e todaDireção que andou incansavelmente por toda parte para ga-

    rantir que nada faltasse... Foi bom passar pelo bar e ver re-presentantes dos vários ranchos folclóricos que lá estiverama em conjunto.Este ano, também se plantou mais uma semente. A sementeda Juventude. A semente do amanhã, do futuro, daquilo que

     vamos passar aos nossos filhos e netos, e futuras gerações.Em Mississauga, o Centro Português parece não mingar mascrescer. Este ano os jovens organizaram vários jogos e di-

     versões para os mais pequenos. Se o piquenique fosse numSábado, podíamos estar mais tempo para contar aqui histo-rias e também seremos mais uns entre os que se divirtiram,e ainda bem que assim foi... com tanta gente maravilhosa

    (este ano seguramente foram mais de 1500 que marcarampresença) quem ganhou foram as famílias. Obrigado à nossafamília de Mississauga.

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    Conceição Baptista

    06 Julho 201518 . Ler e contar

    Um rico e grande País onde vivemos. Para alguns... foi a escolhaque fizeram. Para outros, porém, foi a necessidade com que a vidalhes acenou. E por aqui estamos, trabalhamos, lutamos, construi-mos e... votamos. E ensinamos os nossos filhos a amá-lo, comotambém os ensinamos a amar o outro, que está longe, o que nos viu nascer.

    É um País vibrante, colorido, pela cultura de muitas etnias, cons-truido por muitas mãos de diferentes cores de pele, diferentesideologias crenças e opiniões. Um País que tem tudo para serrico... onde vamos crescendo, até em testemunho, do que quere-mos deixar ás gerações vindouras.

    E por aqui aprendemos a conhecer, a respeitar e a admirar outrasculturas, a gostar de ver as suas demonstrações de orgulho - tal e

    qual como os outros povos respeitam as nossas!

    E é neste mosaico humano que todos os dias lutamos por uma vida melhor. Por uma educação de qualidade para os nossos fi-lhos e netos, pela igualdade de direitos, pela valorização do nossotrabalho e participação na sociedade, pela nossa integração – semno entanto abdicarmos das nossas tradições e raízes.

    É aqui, também, que usufruímos de direitos e que devemos terconsciência dos nossos deveres. E por estes tempos não pode-mos esquecer, nem por um minuto, a nossa obrigação de sabercumprir o dever de votar e decidir o que é mais justo para o Povo.

    Que saibamos distinguir, por entre o “brilhar das luzes”, o que éhonesto, o que tem valor, para que possamos com o nosso votocontribuir para o bem das nossas crianças, da juventude, que me-recem um ensino de qualidade e para que os seus pais tenhamempregos seguros, para o sustento da família.

    Que os governantes (e os candidatos ao governo...) tenham emconta que hoje em dia, mesmo por aqui... vão muitas criançaspara a escola com fome.

    Tudo isso me faz pensar. Em que deveria haver mais consciência,mais ajuda governamental para os mais necessitados e menos“promessas e sorrisos”, que muitas vezes só servem para encobrira falta de competência em saber apresentar assuntos mais sérios!

    É que neste país, nesta província e nesta cidade, há milhares e

    milhares de cidadãos que gostariam de ver pôr fim ao crime, queafecta o povo e que cresce de dia para dia. C onhecer melhor o queo povo pensa e anseia sobre o sistema de saúde e sobre a alta taxade desemprego, que nos preocupa cada vez mais.

    Felizmente ainda há políticos (com provas dadas) que o fazem,mas outros há que já nos cansam com tantos “espectáculos napassarela” e gastos enormes que em nada beneficiam o Povo.

    Será sonhar alto? Neste País tão lindo e tão vasto... que também énosso e que muito amamos?Para este País... onde vive tanta boa gente, honesta e trabalhadora- merecedora de uma política que lhes dê mais perspectivas deum futuro melhor?!

    EUA mostram cartão vermelho a Angolaem matéria de direitos humanos

    Este País Onde Vivemos...

    O Departamento de Estado americano divulgou agora oRelatório sobre os Direitos Humanos no Mundo referente a2014, que regista abusos cruéis, excessivos e castigos degra-dantes, como tortura e espancamentos, em Angola.Mortes ilegais por parte da polícia e de outros agentes desegurança, restrições à liberdade de culto, de associação, de

    expressão e de imprensa e impunidade à corrupção pintam asituação dos direitos humanos em Angola.Anda de acordo com o Departamento de Estado americano,em 2014, registaram-se vários outros atropelos aos direitoshumanos, como a privação arbitrária ou ilegal da vida, máscondições nas cadeias e potencialmente fatais, prisões e de-tenções arbitrárias, prisões preventivas prolongadas e impu-nidade dos violadores do direitos humanos.O relatório cita ainda a ineficiência da justiça, à qual acres-centa a inexistência de processos legais em muitos casos queenvolvem opositores ao regime, bem como a invasão da pri-

     vacidade de cidadãos e despejos forçados de moradores semqualquer remuneração.Ao analisar o trabalho das organizações não governamentais,apesar de reconhecer a existência de muitas, o Departamen-to de Estado americano destaca as várias restrições que lhessão impostas, entre elas dificuldades para se registarem como

    tais.Em muitas ocasiões, o Governo de Luanda não respeitou alei e “restringiu de forma arbitrária as actividades das ONG”,como, por exemplo, ao impedir que elas observassem as ac-tividades do censo da população realizado no ano passado.No entanto, diz o relatório, o Executivo “favoreceu as organi-zações ligadas ao Governo e negou a permissão para outrosconsideradas críticas das iniciativas governamentais”.

    Trabalho “forçado”No campo político-partidário, em geral, afirma o Demento de Estado, os partidos da oposição foram autora organizar e realizar reuniões, mas vários dirigentes nuam a relatar obstruções ao livre exercício dos partidoexemplo, vários membros foram ameaçados se participem reuniões dos partidos da oposição.

    As mulheres continuam a ser discriminadas e alvo dlência, as crianças são vítimas de abusos, o tráfico de pcontinua a ser uma realidade em Angola, onde os ddos trabalhadores continuam a ser limitados e há regitrabalho forçado.

    No capítulo da corrupção, o Relatório sobre os DHumanos no Mundo em 2014 do Departamento de Eamericano considera haver uma cultura de impunidcorrupção governamental generalizada em Angola.Apesar de algumas medidas tomadas para processar onir funcionários que cometeram abusos nessa área, “elsido muito incipientes e incapazes de impedir” a corrusegundo a imprensa e relatórios de organização não namentais.A nível da liberdade de imprensa, o Departamento de Econcluiu que apenas dois meios de comunicação estãda área de influência do Governo e só os órgãos públirádio e televisão têm autorização para chegar a todo o Há pressões de todo o tipo, económicas e outras, o Gno controla a agenda da imprensa, os jornalistas recorautocensura para evitar represálias e os que têm criticGoverno têm sentido na pele as consequências.

    Dezenas de jovens angolanos foram presos no C afunfo numarusga que as autoridades dizem ter tido como alvo imigran-tes ilegais, disse o líder do Movimento do Protectorado dasLundas José Mateus Zecamutchima.

    Zecamutchima, cuja organização luta pela autonomLundas, disse à Voz da América que 174 jovens prtransportados depois para o Cuango são “cidadãos da chokwe”.

    Aquele activista recordou que recentemente registarconfrontos no Cafunfo entre jovens e a polícia pelo detenção desses jovens é suspeita.

    José Mateus Zecamutchima acrescentou, por outro ladcorpos foram vistos no rio Cuango desconhecendo-seidentidade, mas afirmou que no passado pessoas mortpolícia foram deitadas ao rio. Admite, no entanto, que opos sejam resultado de confrontos entre garimpeiros.O dirigente do Movimento do Protectorado das Lundaque ao início da semana, nenhum dos jovens levados Cuango tinham sido deportados para a República Demtica do Congo.

    Dezenas de angolanos presos em rusgcontra imigrantes ilegais

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    06 Julho 2015   Ler e contar . 1

     A Síria a ferro e fogo

    Estado Islâmico divulga vídeo de execuçãode 25 soldados em PalmiraO grupo Estado Islâmico partilhou, nosábado, na internet, um vídeo que mos-tra cerca de 25 soldados do regime sírioa serem executados por adolescentes na

    antiga cidade de Palmira, na Síria.

    Segundo noticia a agência France-Pres-se, a execução terá ocorrido a 21 demaio, após os combatentes radicais suni-tas assumirem controlo da cidade, lar deantigas ruínas mundialmente famosas eclassicadas pela Unesco como Patrimó-nio da Humanidade.

     No vídeo pode-se observar os militares aserem baleados no teatro romano da an-tiga cidade de Palmira.

    Tinham-nos dito que os meninos vinham. Que esta

    mesmo a vir para a ponta primeira de umas f

    curtas que há muito nos prometiam. Que o outro r

    da família – onde, pelos vistos, o amor fala mais aia ter tempo para o abraço que tardava.

    Tinham-nos dito que os meninos vinham. E ele

    facto, não vieram. Talvez lá para o outro mês que h

    vir. Talvez no Agosto de outro tempo. Talvez...

    Armazenara