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a família11E0ACT0RA: JOSEPHINA DE AZEVEDO
AMO II Eio de Janeiro, 16 de Janeiro de 1W ¦t-/ff#. NUM, 45C^J
Veneremos a mulher! Santifiquemol-a egloriflquemol-a!
VlCTOll llijci.
EXPEDIENTE
ASSIÜN ATURASCORTE
Al»9 12J00OPROVÍNCIAS
Anno 15*5000
COLLUiOltAGÃO
São collaborado:*as «lo nosso jornal, asExmas. Sras. D.D. :
Analia Franco, Ignez Sabino de Pinho Maia,Carmen Freire (Baraneza de Mamanguape)Doutora Izabel Dillon, Marianna da Sil-veira, Mlle. líennotte, Adelaide Peixoto-MariaZilina líolim, Adelia Barros, LuizaThienpont, Emiliana de «Moraes, MariaHámos, Paulina A. ila Silva, Alzira lio-tíriguez e Julia Cortines.
A FAMÍLIA
liio, 16 de Janeiro de 1890.
Ao Estado livre de S. PauloA evolução que, no passar dos séculos se
vae realisando transformando inteiramente,as instituições e costumes dos povos pareceobra providencial, parece mesmo que a huma-nidade inteira procura chegar a uma confia-ternizaçáo, ligando-se todos elles por um laçoque para sempre perpetue a amisade que devefazer a felicidade do Universo.
A nossa querida pátria acaba de passar porgrande transformação, filha da ovohiçao que atoda hora trabtlhava por todos os meios com ofim de fazer o Brazil uma Republica Federa-tiva ; o modo pacifico e que de improviso ope-rou a transformação da nosso forma de governoé o mais brilhante documento do quanto osbrazileiros trabalhavam a muito para consegui-rem esse desideratum, a proclamaçáo da Re-
publica.De coração saudámos a Pátria, e com a
mesma effusão de coração saudámos a D. Pe-dro de Alcântara, que, no dia ]5 de Novembro,
dia para nós sempre memorável, mostrou queera brazileiro, e estremecia o seu berço nãofazendo a menor resistência á .vontade naçio-nal. Todos os patriotas devem preceder deigual fónna, o cada um procurar o meio demanifestar e seu affe.cto ao chefe do listado,que teve erros, mas não crimes devidos, a suareconhecida bondade, querjndo que a vontadenacional fosse uma verdade.
Pois bem, agora que o linizil é uma Repu-blica de listados confederado cada um sudeve rejubiliir com o prazer qm, lhe vae n'almapela esperança que acalenta de que seremostodos felizes; que a transformação da formade governo modifica, transforma, e altera onosso modo de viver; que o que a uns pareciaabsurdo fez-se realidade, que a utopia dos in-crédulos desappareceu, e que d'esse modomuita cousa se vae operar, e a nessa educaçãode ora avante, moldada pelos sãos princípiosda democracia moderna, que procura equipa-rar a todos sob o lenima da igualdade, terátambem o seu advento.
A mulher é unidos factores, dos melhoresauxiliares dVssas transformações que se ope-ram na civilisação, e é raro que em taesacontecimentos que tanto abalam a sociedadenão entrem a mãe, a esposa c a filha. O cora-ção da mulher cheio de affecto sempre pelasideas que dispertam a nobresa d'alma e a ge-nerosidade, niio pode deixar de despertar ago-ra esses sentimentos; ao contrario deve vircom o enthusiasmo que dispertam as sensa-ções da alegria entoar hymnos á Pátria, feli-cital-a, e fuzer votos fervorosos para nessacommunhão em que vamos viver sejamos todosum povo a quem o destino marque o tempo dasua inteira ventura.
O listado confederado de S. Paulo foi o meuberço ; a sorte, as mais das vezes ingrata, ar-redoi«-me da minha terra natal ; entretantonem um só jnstante se arrefeceo em mim oamor e a dedicação que sempre tive pela mi-nha terra e pelos meus. S Paulo, nos movi-mentos que a muito se operam no Brazil temenorme parte, como enorme é a sua respon-sabilidade nos últimos acontecimentos, emcujo resultado tambem lhe cabe grande sommade glorias. Pátria de heróes qae sehãobatidoem prol das grandes ideas está sempre na fren-te de tudo que tem referencias ao progresso, emovimento social. Pois bem, daqui onde a
sorte me collocou cheia de enthusiasmo e doamor pela terra que" me vio nascer, s,ní lo aomeu torrão natal pela attitu le syinpathica emque se collocou, e pelo modo brilhante.porquetem sabido fazer a propaganda democrática e-ver coroados seus esforços que tantos desgos-tos trouxeram aos meus patrícios empenhadosnesla revolução de idéas.
Formei família neste listado de Minas-Ge-raes onde liguei-me a um dos mais devotadoscampeões da democracia ; elle com a palavra,,cima penna sempre quo havia opportunidade.-se punha á frente dos melhores batalhadoresj.sempre prompto a todos os sacrifícios, os seus-ensinamentos foram de grande auxílio por verque taes idéas tiveram sua realisaçâo e que po-demos dizer : Somos livres, o qm* é livre o lis-tado de S. Paulo, um dos melhores coopera-dores para a Republica Federativa do Brazil.
Salve, pois, Republica Federativa do Bra-zil, salve Eslado livre de S Paulo.
Cornos últimos acontecimentos, parece quo-vem o prenuncio do reconhecimento dos direi- '
tos da mulher a intervir nas cousas publicas.Esperamos que a nova phase das cousas seja
o inicio desses acontecimentos, que contribui-rão sobremodo para a inteira grandeza da hu-mamdade.
Cidade de Ubâ, 9 de Dezembro de 1SS9, 1 «(Ia Republica Federal.
Emiliana li. oi; I*. il OIUES
aT-,0 >V
Analyse do decreto de 15 dedezembro
No artigo antecedente dissemos que no De-creto de 15 de Dezembro do anno próximocadente havia além de certas omisssõos, errosquer de direito internacion-' nue- de direito
,-,. - i , ¦ •>«> Jod o«j,q— i ,s ,político social; arpFí^uuina un iijuiUa»..,.'.-'sociedades curam por todos os meios de con-scrval-os, como dedesenvolvel-os em prol dosinteresses d'ellas próprias.
Ua erros de direito internacional, porque to-das as nações procuram em harmonia com asque commerciam, bem como tem trata los deamisade, crear e enradicar núcleos de seussubditos por meio dos quaes possam fazer co»-
V"*Srí—
Jp rai
A FAMÍLIA
nhecidos os seus ihtor ns>'s, as suai industriassendo ellas importadas para o território dasnações amigas, destas recebendo os seus nati-vos productos ([ue sanem necessidades dus pai-zes exportadores.
Ora, pelo Decreto de lõ de Dezembro dn an-no que se findou, lia um praso obrigatório pa-ra dentro d'elle todos os estrangeiros se da cia-rarem, ou renegando n''pátria natal, ou accei-tandoo Brasil como sua segunda pátria.
Do enunciado desta disposição dn Decretovi"-se claramente que, findo esse praso fatal eirreiiiessivelmente e brasileiro t..ilo aquelleque nào tenha feito semelhante opção.
Logo, ex-vi d'aquelle Decreto é obrigatóriae nâo voluntária a acceitação dos Estados Uni-dos do Brazil ( umo única pátria dos que este-jain habitando seu solo.
Ora, nenhum direito é b nn, le^itimi, e acceitavel pelos princípios do Direito internadonai, segundo dizia o grande publicista Iliunstchli, sinão quando n.ão alfecta, ou os |interessenacionaes, ou a plena liberdade de seus subditos, quer no próprio território, quer no ter .ritorio estrangeiro,
O Decreto já citada) coaria essa liberdade nocurt') perioaio de 6* mezas,'^aos que sendo es.trangeiros habitam o território brasileiro, logoessa disposição d'aquelle decreto ofíaide opredito principio em boa hora ] sustentaria) pelosábio publicista bávaro e aoeeiM p ir ti lis anações por seus tratados ainda os ma:s recentes. Logo aquelle decreto encerra um granderro de direito internacional como dissemos,que infelizmente não é o único como vamos de_uiainstrar.
Ila ainda outro saliente err.i n'esse acto dogoverno provisório dos Jistados Unidos doBrazil, poi*a[ue provoca em todas as nações ,comas quaes temos tratados de amisade e com"mercio a promulgação de actos idênticos ati-nentes eattentatorios da liberdade dos brasileiros que se acharem n'estes paizes, logo s ,visou unicamente o governo provisório comsemelhante acto angariar e aproveitar tudo oque de bom possua e tenha os estrangeiros aqujresidentes, por outro íado perdeu e alienoutudo quanto de bom e aproveitável possuem etêm os brasileiros que se adiarem em paizeestrangeiros, que procuram n'esses paizes fazer conhecido o poder :e quanto de bom há em*^*«3rK^"^^~™ã^~* .AeSéSéerãüo .ilesa p pa re-ceu aquillo que todas as nações procuram hojeprincipalmente conservar e expan lir no terri-torio das nações amigas, isto é, a verdadeiraconcepçrào de suas forças e poder manifestadaspela intelligencia e illustração de seus subditosque habitam nesses paizes — assim pois é claroe indubitavel que o supramencionado decreto
nncerra outro crasso erro de direito interna-cional. '
Terminando, diremos ao governo provisório,não se embevi ça nos louros de suas victorias
que s.io tão legitimas como as d'i general Car-lliagmez porque coniu elle, pôde depois de en-
golphado nas delicias oriundas dYsses trium-
phos. ter a mesma sorte d'ai|iie!le general eentão nós qual o pregoeiro que acompanhavaos romanos — triumphadores diremos :
— «Memento homo esse mortatem.»Não veja 11'isso o governo provisório uma
propheciíibassandra, porém a eloqüência im-
poíiente dos factos.IZAISKt. DlLLON.
Quadras singellasArregaçando de leveO vestidinho de chita,feio trilho sinuosoVae seguindo a pequenita...
Pelas espaduas roçando,Cae-lhe a trança luzidia;li, do alvo braço pendenteLeva a cestinha vazia.
Como nuvem desmaiada,Ensombra-lhe o meigo rostoO véo nebuloso o {tristeDe indefinido desgosto.
Km roda o campo acordando,N'um frêmito de alegriaVae affagar lhe n'um beijoA pelle fresca e sadia.
E a pequenita mendiga,Colina e outeiros galgando,Percorre o trilho sinuosoE vae chorando... chorando...
Deccorre o dia... [E ã tardinhaQuando no campo dormenteUesôa d' Ave-MariaO som dorido e plangente ;
E as ovelhinhas balandoN'um tom de suave tristezaDe volta aoredil, caminhamA passo pela deveza ;
A pequenita, radiosa,Repleto o cabaz, saltando,Regressa á humilde cabana
. E vae cantando... cantando...
Maria Zalixa llousi
0 futuro presidenteUma... duas... ires... quatro. ..
o as horas foram soando n'uma leu-tidão de relógio velho, alé u décimapancada.
Era noite; pela janellinha aberta dosotão. vi„-se um pedaço do ceu es-trellado, e nada mais.
No interior, havia um lainpeâo dekerosene sobre uma mesa do pinho;um armário sem vidros, eom cortinasde chila; cabidos, macliinas de cos-lura e uma ruma tle caixas de papelãoempilhadas n'um canto.
Junto á mesa uma mulher mal Ira-tada, magra.de olheiras fundas e dedoscallejados, curvava-se para diante."pregando
bolòes n'uma camisa para oArsenal.
Ao pé ;l'ella, n'um berço de vime,dormia regalatlameiile um poquerru-cho, gordo e trigueiro, com a cabeçaenterrada na nlmofaih e as mansinhaspapudas o abertas, espalmadas sobrea colcha vermelha.
Além do tk lac tio relógio só se ou-viam os estalidos da agulha e a respi-ração regular da criança.
A míie de vez em quanlo tirava dacostura o seu olhar cinçadoe deixava-ooahir sobre o lilho. Os seus olhos ver-des perdiam então poueo a pouco a ne-voa de tristeza que os tornava som-brios, alé irradiarem rom a limpidezdas esmeraldas sem jaca.
0 marido tardava; talvez passasse anoile toda fóra, vigiando a linha dosboiid-, eom a sua lanterna de cores, eella aproveitaria o tempo jara cozer aadiantar serviço; a vida é liio cara eelles ganhavam tão pouco...
Pensindo na dilliculdaide de se sus-tentarem, lembrava-se do bom tempoem que o marido era furte e activo;agora o desgraçado tinha só uma pernae o juizo já não **ra como d' .nles...,
A FAMÍLIA
emfim, ajudava-o ella; e d'ahi a algunsannos haveria mais alguém a auxi-lial-os.
Esse mais alguém continuava a dor-mir Iraiiquillamenle, com as duas mão-siuhus abertas sobre a colcha.
Entretanto, a imaginação da mão ia-lhe abrindo um caminho florido e largoatravéz do myslerioso e impenetrávelfuturo.
Com a costura cahida nos joelhos,a cabeça voltada para o berço, elladizia meutalmenle:
— Este ha de ser bom, ha de seramado por toda a gente... haveráalegria nos olhos que o virem, e todasas mãos se estenderão para apertar asua máo honesta ! Meu lilho ! Comoelle dorme ! Como elle é bonito!
Hei de ensinal-o a ser caritativo...mas como ? se nós somos tão pobres...Não faz mal, ha de se arranjar ummeio de o fazer dar esmolas! Seráabençoado assim pelos infelizes...Coitadinho ! chorou tanto ho;e ! ...faltou-me o leite, talvez... com estavida de trabalho, não admira! E tãomanso que elle é ! pobro criança !...Pobre ... pobre ! E' preciso que elleseja rico para ler completa a felici-dade ! Isso é que ha de ser mais diffi-cil, ed'ahi, quem sabe? talvez não...
O pensamento ficou-lhe suspenson'essa idéa, com uni suspiro de desa-lento voltou á costura, e os seus olhos,foram se enturvando. Também o ma-rido tinha tido grandes esperanças defazer fortuna, lambem elle archicte-tara caslellos de ouro e de crystal, edeitara-se ao trabalho com amor e co-ragem-, lambem elle era probo, digno,e leal, e ahi estava agora quasi inuti-lisado desde que a maldita machina deum Irem lhe esmigalhara uma pernamudando-lhe o seu gênio desembara-cado e viril, por aquella actual inércia,doentia e triste !
A que está sujeita a gente do tra-balho rude ! Ella que, desde pequena,se mostrava timida, encolhida peloscantos, séria e franzina, era quemmais lidava e com maior animo agora !O seu esforço seria compensado? po-deria levar ao fim a creação do filho?Chegaria a vcl-o homem, bem edu-cado, poderoso e feliz ?
Lembrava-se de que da ultima vezque tinha levado loupa ao Arsenal,ouvira u'um bond, entre dous sujeitosvelhos e be n vestidos, uma conversaque lhe causara impressão.
(Continua)
Jtjli.v Lopes de Almeida.
Quantum mutatus
Quer me revisse na facedo transparente oceano ;quer, passando, me mirassen'um crystal veneziano :
Sempre o crystal, sempre as águasfielmente reflectiamaquelle aspecto que as maguasferem, cavam e annuviam.
Hoje, que outro espelho admiro,crystal du mais alto preço,em teus olhos me remira,mas já me não reconheço...
Branca da Luz,
——=w»j33as»»=
O homem amável é aquelle que pa-reco escutar com interesse as cousasque sabe, da boca d'aquelles que asignoram.
Condessa de C.
Poucas cousas desejaríamos comardor, se conhecêssemos perfeitamenteo que desejamos.
La Rochefoucauld.
Varias cores
Crê e espera ; se não conseguistehoje realisar os teus desejos, talvezque amanhã o consigas.
Na esperança eslá a felicidade.
Ha muitas ordens de dividas; as dedinheiro porém — embora não pare-çam — são as mais fáceis de saldar.
*
Os triumphos de guerra levantam-sesobre o sangue de tantas vidas, quenão podem deixar de assignalarero-se-entre laureis e prantos, glorias e ne-nias, regosijoe luto !
Quanto mais obscuro fores menosintrigas e calumnias se levantarão con-tra ti. *
Náo é concehivel estabelecer paral-leio entre a honestidade do homem aquem a sorte proporciona Iddas asventuras, á do infeliz espúrio sempreem lucta aberta com a miséria, semfamília, sem lar, sem conforto, seuttrabalho, sem honras sociaes.
A ambição é uma perigusa conse-lheira que as mais das vezes conduz ohomem ao precepicio das paixõris más.
Revocata de Mello.
Devido a acumulação do de expe-dieute e a ter parlido em viagem de
propaganda a Exma. Sra. D. .losephi-na, ledactora desta folha, só hoje en-cela a publicação do primeiro desteanno, .4 Família.
A FAMÍLIA
GALERIA ESPECIAL
sol vkm:;VII
0 ra, i i e lembrança ! Pi.is não <
que vem hoje Soarenir ociupar lugaidestinada ás collaboradora* il'.l Fa-milia !
\ erdade é que o collega é (''umedelicadeza d'escriplns supinameiile fe-
minil. E quanto ao trato nífavel e sor-ridenie é unia d,mia.
Conheço o de pairo lempo Apre-seiitou-ni'o 'jina n. ite, no theatro, osyinpailiico e laleutesu eollega Suaresde Souza.
Après rá, je me souniens loujonr*ile lui avec son [ral; //o/V, son. . .
.Meu Deus! n:n é qua julgava o.larfaztndo Una do Ouvidor, aqui, nascolumnas d'.I Familia ?!
liu queria apresentar ás niinh.s lei-toras o escriptor mais lisongeiro paraeom as damas, pelo que se o pode cha-mar um verdadeiro —- talento ada-mado.
As freqüentadoras da rua do Ouvi-<Vr, ctmhecetr. n'u, de certo, pelassuas tão famosas chr,miras diárias.
Pois bem, não o farei senão julg.in-do-o por essas chi-oiiicas, que são semduvida a expressão geniiinu do sou ca-ra der amável, da sua linguagem liar-moiiiosa o Io seu espirito juvenil: —é a abelha atilai das modas e dosolhares,
Querem mais?t ma photographià ás vezes não
po>sue a fidelidade incontestável deuma analyse completa. Demais, niin-ca se julga o escriptor senão pelo ex;.-me dos seus escriptos.
Mas, como is exigências ás vezesvão além das convenções, pediremosao collega que ni'o apresentou quearo."Ire o loueenir ás curiosas.
IROMETHEÜ
Vo dorso áspero e atroz da Caucasea montanhaS: e-iurce I roínelheu numa agonia exlranha,MMitiuilo renascer, sangrento o palpitante,S 1) .. bi:v ruaZ do ebuire devoranleO iig da, e opprimiv-lhfl a dolorosa fronteA in!.mia amplidão do iuliuilo horisonte,p, ra iiuiitfi dirige uni.a de, como a preceIn"onipreh. iiilula, o olhar, que se cança, e esmorece,Vi udo-u sempre perante a sua angustia rudeiieplci.i do siienc.o e frio e solicitude,Sem que lhe ioi\e e turve uma sombra as serenasLinhas, Calnii, cruel, impassível... Apenasbo!) e.-sa tenda azul e frigída do espaço,De um rellexj alvacento e rutilante de aço.A' libia luz do sol, nas alturas supernasPulgeni, como o crvslal, frias neves eternas...
V, da vida real num piucaro isolado,Quantos, quantos lambem, não sentiram rasgadoÔ altivo coraçãu pela garra du abutrelu-aciavel da dòr, que de sangue se nutre,Vendo mi torno de si abrir-se a immetisidadeQue o frio e mudo horror da solidão invade.l'or terem — 1'roiiktheus de uma triste aveuUira —Num momento de amor, de transporte e loucura,Querida aviventar eom a \iva sciutillaDo ukal uma estatua ama sada de argilla ?...
Jt.i.n Cortines
0 Jornal
Não ha naila mais bello e nem mais
poderoso do que o jornal, quan lo lem
ZEFA.
a consciente o elevada comprehensãoda sua missão civilisadora. Irradia eu-mo um final luminoso, qae através-sando as nevoas da tempo nos apre-senta as maravilhas que o gênio iniini-lavei da homem tem sabi lo assombro-samente desentranhar, quer no campointeressantíssimo das scieiHas, queinu tocante ao mundo infinito das phan-tasias arlislicas. Não ha uma só idéamoderna, uma só sciencia, uma soar-le (pie não lenha sido exposta á luz.pelas columnas expansivas e propaga-doras. Descrevendo a orbita que lhefoi traçada nas regiões do iuliuilo, per-e, rre por toda a parle e penetra tantono teclo do abalado, como ao abrigo
j do pobre, onde vae so insinuando pou-icoa poiro fociindande-lhes insensível-
menle a acção, iiilluindo assim na ei-vilisação da pátria e na progredir doseu desenvolvimento inslniclivo.
O jornal é o livro das famílias, afonte perenne d'onde todos recebem averdade, oen.vno, o perfume sem nemsequer presumirem em tal.
Para aqueiles cuia vida laboriosa
poucas horas tèm de repouso para dará cultura do espirito, não ha mais pro-lieuo meio de dilatar-lha a instrucçãodo que esse livro popular que espalhapor Iodos os ventos a boa doutrina queencerra. Para isso indispensável ó quese encontre sempre um guia seguro nasua luz benigna e suave, devendo tu-dos os seus esforços tenderem constan-leniente a melhorar os instiiHos, a es-dancerem as consciências, a incutir-
A FAMÍLIA
lhes um vivo sentimento de verdade ede justiça a desenvolver lhes cada vezmais a ambição d'um alto destino.
Ninguém ignora que todus os inte-resses, desde os mais justificáveis aléos que menus razão teriam para sc ma-nifeslar, fizeram do jornal uma dasmais características feições da civilisa-
ção actual. Ií' elle que tem c. nlribiii-
quanto nntes debellar a miséria, rc-cuar quanto possivel os limites da igno-rancia, e íazer compreneuder aos quese revollam famiulos desesperados,que o reino da venlaoe e da juslira sevae approximando dia a dia, e tpie hãode alcançal-ij os que lidarem, os quesoffrerein, os que abnegarem de si, enao os que se atiram comsigo desnor-
do poderosamente para imprimir forte içados e eulontecidos, á vertigem dasimpulso á evolução moral e religiosa I''evoluções sempre contraproducentes,
que se tem operado n'ulma das muder-nas sociedades.
Nada ha porém que possa fazeimaior bem, ou causar maior mal do
qne o jornal, pela educação, pela sei-encia o pela sublimidade dos sentimen-tos qne inspira, on pela impiedade.corrupção, ou desprc.-o orgulhoso ao¦censo universal dos homens e das ida-des. conforme desempenha ou dese*.-nhece o sou elevado encargo social.
Toina-se pois um dom funeslo quan-do falsos apóstolos, quando mentidosevangelisadores transformani-u'o emfoco inephiliro onde muitos vão recebercomo um hálito einpeslado a fruuxidão,ou desfalle -iiiionto dos bom prineipios,E nu is pernidoso ainda se torna quan-do os falsos amigos da humanidade ab-dicando da própria consciência, cheijsde egoísmo, cegueira o interesse vil,conyerlom-n'o em facho incendiario,cujo clarão sini.-lru vae lavrando sin-dainenle uas ciilraiihas da sociedade oespantoso processo da anarchia.
A aquelle; que suppõom que só des-
nioronando, demolindo e reduzindo lu-do finalmente a uni nuvo cabos é qim
pode refundir a humanidade e eleval-a
á um ideal de harmonia, de paz e de
verdadeira felicidade social ; em con-
clusão, diremos como um illuslre o.-
cri pio r: «Para que um daa noasabella civilisação não steumba iPuma
cataslrophe final, mais medonha do quetodas as invasões da barbaria, cumpre
e sempre fiiue.-las.»
30 de Dezembro de 89.
Analia Fiunco.
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A Familia
Completou no dia 1" deste,longo anno de existência, o útil perio-dico cujo titulo emeima eslas liuhas.li, digo, longo anno, porque foi dispo-tado pela proprietária com verdadeiroheroísmo, não olliaulo a privações, adespezas, tudo islo a troco de esforçoingente da sua vontade do forro ; ondecomo premiu, vio 1). Josephina de Aze-vedo, a curvada admiração que lhelem liibulailo toda a Imprensa emg'i'„l, e o sem numero de assignantesque sôfregas pedem a honra de umaserie pur sei-; mezes uu pur um anuo,o que animou-a a proseguir na árduatarefa que encetara ajudada pur umapleiado de trabalhadoras da idéa que anão abandonam e que se orgulham defazerem echo na senda do progressoda a lualid de.
<A>m o desenvolvimento das dou-Irina.s allrui.-ticas em que se escuda o
pensamento hodyer-io, com a iulluencia ilo meio sociológico em que vi-vemos, com o progresso da philo o-
phia pi siivii, o cérebro feminino em-boi a peze conforme a medida scienli-lica somente duas libras e onze onças,
com ludo a evolução n'elle se vae ope-rando, assim, naturalmente, sem es-forço, allastando-se por lauto ria reto-grada cartilha que a coudemnava a umrude espasmo eslacionario, atirandosobre a mulher que se salienta, a se-ciedade mal educada, as ebufas asmai.-idespresiveis, o sareasino ornaiscruel !
Porém, embora queiram espesi-nhal-a, cila mostrará pela lueta, quenão ésomente o talento, predicado doshomens ; o sexo feminino tem igualdireito na commiinhão da intelligenciae do estudo.
A mulher moderna já não é umasimples figura de ornato; ella pensa,aclúa, e caminha sobranceira, leii('ocomo lemina —Emancipação e Pro-gresso!
No entanto, eu julgo que a faltacompleta nos homens, do conheci-mento de certos phenomenos que sur-gem sem serem devidam-nle apreci-ados o analysados, a fali i da syslhe-matizirção racional, que sondo apenasum r»'|)ouso mental sem conseqüênciaaproveitável, dá Ingira que se julguesub maus auspícios a mulher que altas-ta-se da bitola commum, impostasnelles, ainda, pela ausência da eduçãoesthetica das idéas.
Emquanto a meu ver, o aperfeiçoa*mcnlo du peu-ar baseado na moral, éo caminho único (pie conduzirá aomeio, quo vendo-se impedido exer-cera acções e movimentos sob a inílu-encia de novos agentes até aqui des-'Niiliecido-», produzindo então o com-
pleto equilíbrio das ci nvicções espon-taneas, o dando á mulher da actual
geração o direito (pie lhe compete.
A vista dos fados, lemos necessi-dade, nós mulheres, de adberir-mosásleis e phenomeiijs da iatellige.icia ;temos precisio de entrai' nas grandesbatalhas oriundas do estudo e da me-
6 A FAMÍLIA
ditações; temos quasi necessidade,obrigação mesmo de como impulsorasdo progresso, ir avante nessa vanguar-da do «Fiai Lux» do adiantamento in-telleclual das escriptoras brasileiras.
Sim ! Liicteinos.,, e tenhamos es-
perança, de aiuda podermos ser com-
prehendidas, porque, como acima dis-se*. — já não somos uma simples ti-
guia da orn.ito, nem uma charyatide,lambem.
O jornalismo como é sabido, foi fun-dado em Pariz por uma dama distin-cia, que, com seus amigos; collecciona-va as ultimas noticias passai. Jo-as alimpo, e, á noite, ii'um circulo esco-lliido, erão estas lidas no meio do mais
profundo silencio provocando no limuma chuva de applausos.
Lá mesmo na Fiança Mllle. de Seu-der1" introduziu nos salões o methodode uma conversação seria, agradável einstiuctiva, chamando para o mesmo o
que houve de mais notável nas lettras,scieuciase artes.
Madame de liambouillet no séculodezoito, ainda no grande foco de civi-lisaçào foi a maior inílueucia de seulempo, tendo como apreciadores lio-mens da estatura de Bacon, Balzac eos próprios membros do gabinete deRichelieu.
A inílueucia lilleraria, eslava então.10 seu apogèo, e tudo devido ao tale..-to másculo de uma simples mulher.
lYuma meia dúzia de palavras defelicitação não me é dado estender-memuilo sobre o assumplo que nu meuestudo «obre «A Mulher e a Civilisa-çàu» tanto me alonguei, mas cedenduaiuda um puueoxinho ao enthusiasmoque sinto pelo que é superier.apiesenloa Steel como poliliea — A nobre des-torrada, na sua «Allemanha» salientacom toda a pujança o seu talento forado eommum.
Entre nós, por emquanto, nos é ne-
gado ainda o direito da acção, nãoobstante jé termos senhoras médicas,bacharellas, e pharmaceuticas, asquaes si, por alguém são encaradascom enlhiisiasmo, por outros, sem cri-lerio possivel mesmo, inimer.-as, quasisegregadas do lar quo se lein em contade severo e que não abraça a mulheremancipada.
Eu fallei em politica. Justamenten'este ponto os relogrados são por de-mais injustos para com o sexo frágilaqui no meu paiz.
A mulher brasileira, molerna, il-luslrada, apta para que se llie concedaapenas o direito do voto !
Que contra senso, dizem, que affoiteza, que descalabro social ! ! Umamulher votando ! Lm sorriso de qua-si compaixão fríza logo os lábios dosexo forte.
Em Minas, um accordão disparatadodos membros d,i Relação, apoz unsconsiderandos fora de propósito negaás pretendentes o direilo que é conce-dido a todo o ser pensante e racional,só purque em vista dos costumes faze-rem letsu mulher deve submeller-se .inação caseira, imitando as nossasaualphabetasavós !
O cérebro feminino enche-se da luzdo progresso e da razão, e da mulherpode-se ainda ter grande aproveita-mento na vanguarda social.
O jornalismo pode nesse caso seroptimo agenie.
Terminando, eu a mais obscura dascolliiboradoras constantes da Família,abraço a collega que lão srbranceira-menle ergue o lenho da instrucção sa-lienlando-se doque é chato e vulgar,encarando com estoicismo os rudes agi-Ihões dos preconceitos sociaes, eespar-so sobre o seu semanário inslruclivo eheróico, uma chuva de rosas, ede fio-res da minha admiração igualmente.
I&oNEZ Saii.no.
Historia de um ninholira no tempo dt primavera, quando mesmo
nas mais inhospitas montanhas ha sempre umtom de amenidade e belleza. E' quando as-avesinhas, chili-eando o voejando, vão por en-tra os arvoredos formar os seus pequenos egraciosos ninhos.
Kra por esse tempo que na margem direitado Douro, junto .ia foz do rio Pinhão, demo-rava uma família, na qual havia um pequeno-dei a 8 annos de idade. Kra elle vivo e des-inquieto, e quando se via em liberdade corriaafadigado por aquellas escabrosas montanhas,-subindo aos alcantis, descendo aos valles, tre-pando ás arvores, saltando charcos, através-sando ribeiros e internando-se ontre silvedos,lá ia procurai- os ninhos dos pobres passarilnhos, os quaes bem faziam por esconder-sedaquelles olhos prescrutadores, que em toda a,parte iam descortinai a sua pequena e melin-drosa prole.
N'uma d'cssas excursões laboriosas, a crean-ça lobri-ou no cimo do uma parede, n*um pro-fundo buraco, o ninho do uni melro fragueiro.Ofgequeno tn-pon a alta parede até conseguirpôr a cabeça em frente do ninho da pobre ave-zita, a qual estava cobrindo os seus pequenos,ovos. Olhou timida para o pequenoenão semecheu ; elle entoio, doido de alegria, contem-plou-a por algum tempo e não lhe locou, jul-gando-se feliz por haver uma ave qne não fugiaá sua approximação. Depois disse comsigo —hei de ver-lhe nascer e crear os íilhinhos,Desceu e foi para casa, saltando de contente,com o coração a transbordar de júbilo,
Eil-o em casa, mas logo que podia furtar-seás suas pequenas lições e no fim das suas refei-ções, desapparecia |e lá ia appressado e offe-gante vêr o seu pequeno thesouro, o qual nun-ca lhe fugia ; só olhava paaa ellc com os seuslindos olhos tímidos e talvez medrosos:
N'uma bella manhã, indo elle fazer a sua vi-sita do costume, eueontrou a descer junto doninho uma rapariguila, que era nem mais nemmenos a sua companheira de brinquedos, asua amiga dileeta.
Que fazias ahi ? lhe diz elle, desconfiado.Fui buscar os ovos (.'aquelle ninho.Tu bem sabias que aquelle ninho cra
meu, diz o pequeno em cujos olhos romperamas lagrimas. E, mais rápido que um relampa-go, lança mão des ovos e arremessa-os ao rostoda pobre rapariga, a qual começou a grilar e achorar por se vêr toda emlabusada e desfeitea-da pelo seu amigo.
Elle, voltando-lhe as costas, disse-lhe :E' para que não tornes a mecher no que-
te não pertence.
E lá foi para casa contar todo choroso a tristehistoria do desgraçado ninho
A avesinha perdeu os seus ovos, mas a rapa-riga foi bem castigada, pois desde aquelle diaperdeu a amisade dosou companheiro predi-Jecto.
Lbcnor Adelaide de Fuá eiiiedo
As vendeanasAcredita-se, geralmente, que durante a
«grande guerra» e os annos tumultuosos quese lhe seguiram, as Vendeanas fidalgas ecamponezas, tomaram uma parte activa na in-surreição, e quo nos combates, figuraram aolado dos homens, corajosas como elles, e comoelles, não raro, cruéis até á ferocidade. E' estaa opinião, geralmente acceita, sem nenhumaespécie de documento eomprovativo, simi-lhanteáquoliaque benevolamonte se attribueá pretendida influencia que exerceram sobre osacontecimentos os padres e os gantis-homens.Visitando a Ven léa, propuzemo-nos apurara verdade eseparal-a dajlegenda. da exagera-çãoe da mentira.
Sem nenhuma duvida, as mulheres seguiramseus maridos até ao campo da batalha. Masexiste uma enorme distancia entre as'que dis-pararam, tomando parte na carneficina, eaquellas que, eomo anjos consoladores, seinterpozeram com uma nobre audácia entrevencedores e vencidos, disputando á morteas suas victimas, partilhando, com uma cora-gem heróica, os porigos de seus maridos, nsseus sofrimentos materiaes e as suas angustiasmoraes.
As primeiras eram, na maior parle, mulhe-res do povo, expulsas dos s<>us lares peloferroe pelas chammas,quasi sempre reduzidasadefenderem a tiros de espingarda a sua honra ea vida de seus tiIlios. A valentia que lhe ex-probrani era para ellas uma necessidade. Evi-dentemento, foi grande, e ainda hoje é, a in-fluencia das mulheres nobres sobre o povovendeario ; mas isso despende de uma razãoque se deve esclarecer.
As castellás e as damas aristocratas, raroabandonavam as suas residências. Aquellascujos maridos náo exerciam logares ua corte,passavam na sua terra grande parle da exis-tencia, organisada de uma maneira seria, eforte, sem prejuízo nenhum para o seu desen--volvimento intellectual e para as suas relaçõessociaes, mas com grande proveito para o povo,<jue considerava o castello como a casa pater-fiai, onde tinha certeza de achar soccorro, in-diligencia, protecção e perdão.
Madame Geohkes GllAIJX.
A FAMÍLIA _
UMA DAGTA
(A minha talentosa collega Josephina de Azevedo)PELO PItIMEIllO ANNIVERSARIO DE SUA FOLHA A FAMÍLIA
Deixa raiar o sol nas esplanadasE no verde tapiz «fossas campinas,1 'ta do ll/ics viçusas, oivalludas,
Juncar luas ollicinas !
Campo em fora vou colher mais rosas,llogaris, e, dos lírios os mais singelos,Para vel-os nas vagas ondulosas
Do mar dos teus cabellos !
Lm anuo e ouiro mais que venha e passeComo esle de trabalho e gloria iinineusa ;Pois creio leu renome Deos talhasse
INo mármore da imprensa !
E quem por esses trilho-; de proseriplos.lá assomou da hist« ria a seu proscênio,Sem escutar da turba ignaros gritos,— A maldição do gênio ?
Não, pegureira audaz ! Sempre quebrandoDa humanidade o preconceito e os elos,Yer-te quero, pois te ailmiro quandoOiço gemer a musica dos prelos !
i° de Janeiro de 1890.IZAIIEL DlLLON.
NIIYHIAMS
Gordelia W.
Em uma das suas inleressantissi-mas chronicas, sob escriploras brasi-loiras, a il lustrada escriptora Corde-lia W., referindo-se com justiça eisenção á nossa illustre rollliiga CoriuaCoaracy, faz lambem uma lisongeirareferencia a minha humilile inlividua-lidade, elogiando lodo o esforço quelenho despendiilo na su tentação d'ÂFamilia,
Agradecendo lào vontajoso elogio,devoassignalar (se me permille a es-criptora) que o que tenho feito nãolem sido mais do que correspondr áconliança einmim depositada por todos
eisso mesmo, escudada no auvilio «Iapleiade brilhante do collaboradoras,que me tem favorecido com os seustrabalhos e prestigio.
A estas, s im, deve A Família maisdo que a mim, e por isso em nomed'ellas agradeço lambem a Corde-lia W.
A terrina fluminense
Visitamos hontem o grande estabelecimentodos Srs. Costa & Comp., á rua da Assembléan. 104, e verificamos o rico sortimento quepossuem de porcellanas. crystaes, objectos paratoilette, louças, trens de cosinha, espanadores,vassouras e mais utencilios próprios para umacasa de familia. Neste genem é a casa que me-lhor se recommenda, quer em preços, querembom gosto, no fornecimento de taes objectos.
Kecommendamos pois com todo o prazer essacasa ás nossas leitoras, que náo podem encon-trar no gênero outro estabelecimento que me-lhor lhes possa servir.
8 A FAMÍLIA
CWUU NOS TRATAM
Disiribui-se hontem o n. 44 d'.l
Familia, o criterioso o ulilissimo pc-dedico redigido par D. Josephina Al-
Mires de Azevedo.
Cmn esle numerou sympalhica píí-
blicação doutrinaria e propagandistactniplela o 1". anno dc existência : c é
bem de ver quantas lulas equantos sa-
crifU ios represenla csr-e lapso do tempo
tãocurlo relativamente e para a vida
de um periódico fluminense lão longo.
Enfrenlanto obstáculos e [vencendo-os galhardamente, o periódico de D
Josephina dc Azevedo tem adquirido
mais e mais prestigio e dcsuivolvi-
mento, e occu|ia hoje dislinclanienlc
o seu poslo na nossa imprensa.
Saudamol-o pelo seu anniversario
D'0 Vaiz.
A FAMÍLIA
O n. 41 desla cxcellente revisla feminina,redigida pela elegante escriptora D. JosephinaAlvares de Azevedo, é um verdadeiro mimo,tantos são os artigos dignos de leitura e medi-taeão que nelle se encontram.
Além dos edictoriaes firmados pela roda-ctora, sobresahem os artigos firmados porIgnezSabino e Julia Lopes.
A Família gosa merecidamente de bomnome no jornalismo brazileiro, ainda mais
que, dedicada ás mães de familia, é uma dasrevistas doutrinárias que mais tem contribuído
para a instruccào da mulher, sem duvidaalguma a rosa da creação.
Eelicilamos a sua digna redactora pelos es-forcos que lia feito e nos quaes lem sido bemsuecediria. e desejamos-lhe sempre a maior
prosperidade e vida possivel acompanhada dostriumphos de uma causa tão justa e santa.
Do Jornal, do Povo.*
Recebemos A Família, o deliciosojornal habilmente redigido pela nossa-estimrvel collega Josephina do Aze-vedo. Magnífico.
Do Diário do Gram-Pará,
O ii. 44 da Familia, que acabamosdo receber, é um dos melliores que nostem dado a sympalhica e bom redi-
gida folha. Com o titulo o Nosso Anui-cenário, publica :; redactora principal,I). Josephina de Azevedo, uni excel-lente arligo, no qual criloriü-amenloanalysa o írabnIho feilo por aquellafolha em prol do sexo cujos direitosdefende, com galhardia c pujança de-vemos assignalar. Bellos artigos e bonsversos illuslrain a inlcressaiite collega.
Da Gazela de Noticias.
INDICADOR
Médicos
Dr. Mohkiiia GuniAüÂi-s— Medicoe o-ulisla; consultas, rua do Ouvidorn. 145, das 9 as 10 da manhã e l ás4 da larde, residência, rua Conselheiro1'eieira da Silva n. 3.
Dit. HoimiGuus Barcellos—Medi-co e parteiro. Consultório e residênciaã rua da Prainha n. 82.
Dn. Daniel De Almeida, parteiro—Consultório, rua do Ouvidor n. U, das3 ás 5 lioras da tarde; residência,Villa Izabel— Asylo dos meninos des-validos.— Chamados a qualquer hora.
Dr. Souza Dias— Medico e opera-dor —Con«. das 12 ás 2. rua de S.Pedro n. 53. Residência rua da Igre-jinha n. 1.
Dr. Eduardo de Magalhães-— Tra-lamento de febres, tendo longa nralicana casa de sande de Nossa Senhorad!Ajuda. ViiT.inn aossabhados. E'en-conlrado íi rua dos Ourives n. 153,onde recebe chamados a qualquer horado dia ou da noile.
Dit. Queiroz Birros —Med ien e nperador,de volta de sua viagem, dá consultas das 34 horas da tarde aí rua Primeiro de Jlarco n. 21Resid. Praia de Botafogo, 60.'
Dr. Rebello — Consullorio, rua daQuitanda n. 47.
Dn. Bulhões Marcial — líesid.S. Januário n. 25 I). Consult S. Pe-dro n. 53, das 2 ás 4.
Du. Eduardo íloscoso. — lísp. Operaçõese moléstias de crianças. Cons. Primeiro deMarço 103. Res. Malvino lieis 6 A —Teleph5027.
Dit. Alberto de Sequeira — Medico e ope-rador. Especialidade : febres, syplules aílec-ções cardíacas e pulmonares. Resid. e consult-Ilua do General Câmara n 74, das 12ás 3
Dn. Me.no inça — Medico o opera-d r. Cirurgia geral, moléstias dos ossoso vias ourinaiias. Cons. Uua da Al-1'uidoga n. 65. lies. rua SouzaFranco n. 28 I!. (Villa Izabel)
ADVOGADOS
Dit. Xavier Silveira —Escriptorio, rua doRosário, 44, das 9 ás 4 lioras da tarde, resi-dencia, Praia do llussell, lli D.
Con. Saldanha Marinho — rua dollosario n. 57, das 10 ás 2 da tarde.
Dit. Pedro Soares - Escriptorio rua de S.Pedro 23, das 11 hora; ás 3 da tarde, residen-cia, Olinda 24.
DENTISTAS
Dr. Nogueira da Ga.ua —rua deGonçalves Dias n. 7Í, das 10 ás 3horas da larde.
Dr. L P. Cosia—Cirurgião den-tisla.Ouvilorl45. Ext. e obtur. abso-lulamenle sem dor, (Anest. local).Dentaduras por todos os systemas, Ira-balhos garantidos, preços ao alcancedc todos.
Dr. A. F. de Sa' Hego. cirurgiãodentista Denladuras e oblurações per-feitas. Todas as operações sem a mi-nima dôr. líua de Gonçalves Dias n. 1.
Dr. Mart.ns Cardo/.o, formado pela facul-dade de medicina do llio dc Janeiro, tem o seuconsultório á rua dos Ourives 55, 1°. andar,das 10 ás 4.
Cartomante— Mme. Mercedes me-dia vidente e de transporte para qual-quer descoberta; rua do Kegente n. 17,sobrado.
Typographia d' A Familia