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.1 li A_ H_E3 A "^ KRB3 ® R /$% ¦¦ . I D i Aa i m $L #ii % raL t&| fo $*« S i fca i til w usa ¦ _ JOKiAL MOSTRADO, HTTEBAIHO, S CIBSTIKCO E SOTICIOSO. inei. , A -UM*a Iteüi-N-B publicai uma v._ por semana com duas pagina? t gravura c seis Uc t.xto. além «lo supplcmonto*con oudo cs tampais m m W») for nossivcl Áufeiititâ na praça dá. Munici judiciado n. 31 a razão do 5U00J), nor SI c 10U00-) por anno. Para t.ra (ia capital c da província as as: KS«wSl«S«( á ra-ão dc 6.1)000 por semestre c . .Uooo por an- ho! O pagamento c scmpn> adiantado. Numero avulso -200 reis. HQIEB- li .# - i - ¦¦»->»*»- fl>O.MllVGO ISde agosto oe 18©*>. MIR01IA CUMIM As cap&llaa <i« capital. O culto catholico é a homenagem qi.e tributa- i-nos ao ser s.uprerno por>.ausa da sua sob rena tu ral *xceileneia, c de sua c.ovapo sobre nós Si este culio é externo, exige eerein nuas, e estas são as acções exteriores estabelecidas pela Igreja para tornar o servido Divino mais augusto c mais res hei tave»; E* verdade que Deos quer ser adorado de çorngao, é não lios lábios; quer *.!rJoratl..j*es'fora espirito e verdade; nem elle tem necessidade de nossas p^a- .ras liem de nossas posieõeí., ne.rj de nosso diiihei- ro ' o que quer é a nós m.-sinos ; mas nunca liou- ve/nem pode haver religião sem ceremomas, por<|ue estas servem pi»ra excita-la. Os mesmos povos bárbaros tiveram sempre ai- guih eeremoniai tanto civil como religioso. A religião Judaica linha um numero de r.eremo- nias, cujo detalhe se pode ver no livro dos Números e Levilico.. . . . ¦ Isto posto, vè-se que, embora o universo inte_.<> seia o templo de Deos, porque elle está presente em toda aparte, todavia, as igrejas sao os Uigares narticularmenle reservados, e destinados para a Mia adoração. Si' ali- que os fieis sc ajuisiain para orar para cântaros divinos louvores, e celebrar os santos mysteiios; 6 ali .pie Jesus Christo hajjala corporalmenté, e se carece por nos auseu %i ' Os templos sao unia espécie de- céo, çm qne hahi- tão os homens por alguns momentos. Tudo nos templos é objecto tocante e capaz üe infln-ninar o nosso coragão. fíhmus meti. emmu-i nratierni, e... eunetis gnnhbux. Bmtums ... Uurplo "sanotOsWO : sileat a facie ejus omni* terra. Si pois os tem-plos são a-morada de Deos, a ca/:.. ' de orarão para- todosm.chrisUios, nelles * se devem admirar a beSlézi e nsa^nidôei.csada. arcrnjelura, a grandeza do-edificiò, a "riqueza e pompa dos orna - iíièntos. Desprezar a majestade do sancl.iiirio, e A cathedral 6 um magnifiçQ templo, que esta mnilo asseiado, tem bons paramentos, c n'eila se fazem as ceremonias ecciesiastieas e oihcios divinos com o decoro devido ao logar santo. Esla iüieia, alem do grande auxilio, que tem lido dos cofres públicos, como matriz da ireguezia da capilal c «-ode do bispado, ppssue f!f!W« lonas nue lhe próduzciii uma renda nao pequena, quê lei i còàdjiivado o seu explendqr. b decência. " ücníoiS deüaestá a cajjeila d^Qg^^^Q^nteiH» da Pniiiiba, qu.* lhe não é iritfuior no asseio. ü Ifeso r&"p-o4i..cial ha despendido algumas s»nim_as seu beucíV.io, mas póde-se dizer que á devoção dos lieis, ao espi-ito religioso, que anima o no_sí> novo e ao zelo in.atigavel de um procurador ua contraria da dila cape)la,Vé devido o estado dede- i •.. ..^^ >•.•_-_ o.» .1 _¦•!•_•?i archilectiara, em que se acha,. }> desprezar oculto, é desprezar o rigoroso dever j demSnò da capital, além dalgrcjamatcb:, onde está assentada a cathedral, cmtão-se dose fmm \ Conceição do O.l.iro. N. S. «to Rosário, N # do Patrocínio, N. Si do Livramento, Espirito Santo, slM|Íl||: Sebasüão. Esta duas ulliraas .ao pa£dlCcÍdade qxistem a maím do Para.inho^. #;ÍpÍílsVtii. povoações de teoneiies, ^su.e, Siupé, Traliiry e Mecejaua. coração e i...^,T.:7 .. -... Acaoeüa do Flo.ario, não ubstaale a receita do i&jíô ter servido para o ^. ?Wí gg dWedí-ício achava-se om ruiias. Sita numa das praéns mais notavers, era um cp.igramma & chris- randade dos Fortalénses. <3 íícíul iuiz municipal.que se tem esforgndo em .rromaver o b.*m das capellâs de sua jurisdicgao, \mma a resaectiva irmandade a congelar os ••(..«aros precisos, quasi total reedmcavjao, com o .,,iminismulorcl*. i.aírimonio dainesma cape.la, o |rchit(-'c.o João Francisco de Oliveira, dando por m modo uma „ein enteiuiida «. pista '«.ppiicagao do rediiodos íoros. Por esse meio, e com ajuda ra verb. oue votada na lei do orgim-nm provincial do ani'i< "ísássado.ibi e.fti*ègue \ reqn.ssçao uo Sr. winha t Fi.raei.Tdo, a obra íazer depois de Candmda porá a c^eila em nm es!ado dv. .decaneu c niellmi-a-- nu-iit.. coadi.ano do lugar cm qne cila «.p||f>Af onA-se poderão celebrar os saci-osantjw otíicios da §m reliAião, sem n.ingoada É^^^fejlf^t Mas a despe/a do contracto absorve a receita < (; Wsmhá annos; e sendo empregada no melhoramento exU-rno e no Corro do eiliiício.íaltará para a obra in- (orna e para os ornamentos e aiiVias ;por isto muito conviria que hão arrefecesse a caridade esmolcr dos habitantes da cidade no complemento dessa obra tao pia"e necessária. 1?MTtnripnl« nro-ride. A rcspecliva irmandade e Nenhumí doação particular d. cuesçidacifra em tido ; e por essa razão a conüuiK.çno do que â existe aléin l capella-mor, ^^^^^^ annos inteiros. ^IvSétan^sehdi. acabado aquelle .emplo,prestar- se-ha talvez nara matriz de uma nova freguesia, caso-a-adnaf seja dividida. e?n duas. ,a 0 'ponto em que está' crcttii. è dos mais pres-^

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JOKiAL MOSTRADO, HTTEBAIHO, S CIBSTIKCO E SOTICIOSO.

inei., A -UM*a Iteüi-N-B publicai uma v._ por semana com duas pagina? t

gravura c seis Uc t.xto. além «lo supplcmonto*con oudo cs tampais m m W»)for nossivcl Áufeiititâ na praça dá. Munici judiciado n. 31 a razão do 5U00J),nor SI c 10U00-) por anno. Para t.ra (ia capital c da província as as:KS«wSl«S«( á ra-ão dc 6.1)000 por semestre c . .Uooo por an-ho! O pagamento c scmpn> adiantado. Numero avulso -200 reis.

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MIR01IA CUMIM

As cap&llaa <i« capital.

O culto catholico é a homenagem qi.e tributa-i-nos ao ser s.uprerno por>.ausa da sua sob rena tu ral*xceileneia, c de sua c.ovapo sobre nós

Si este culio é externo, exige eerein nuas, e estassão as acções exteriores estabelecidas pela Igreja

para tornar o servido Divino mais augusto c maisres hei tave»;

E* verdade que Deos quer ser adorado de çorngao,é não lios lábios; quer *.!rJoratl..j*es'fora espirito everdade; nem elle tem necessidade de nossas p^a-.ras liem de nossas posieõeí., ne.rj de nosso diiihei-ro ' o que quer é a nós m.-sinos ; mas nunca liou-ve/nem pode haver religião sem ceremomas, por<|ueestas servem pi»ra excita-la.

Os mesmos povos bárbaros tiveram sempre ai-guih eeremoniai tanto civil como religioso.

A religião Judaica linha um numero de r.eremo-nias, cujo detalhe se pode ver no livro dos Númerose Levilico. . . . . ¦

Isto posto, vè-se que, embora o universo inte_.<>seia o templo de Deos, porque elle está presenteem toda aparte, todavia, as igrejas sao os Uigaresnarticularmenle reservados, e só destinados para aMia adoração. Si' ali- que os fieis sc ajuisiain paraorar para cântaros divinos louvores, e celebrar ossantos mysteiios; 6 ali .pie Jesus Christo hajjalacorporalmenté, e se carece por nos auseu %i

' Os templos sao unia espécie de- céo, çm qne hahi-

tão os homens por alguns momentos.Tudo nos templos é objecto tocante e capaz üe

infln-ninar o nosso coragão. fíhmus meti. emmu-inratierni, e... eunetis gnnhbux. Bmtums ... Uurplo"sanotOsWO : sileat a facie ejus omni* terra.

Si pois os tem-plos são a-morada de Deos, a ca/:..' de orarão para- todosm.chrisUios, nelles * se devemadmirar a beSlézi e nsa^nidôei.csada. arcrnjelura, agrandeza do-edificiò, a

"riqueza e pompa dos orna -

iíièntos. Desprezar a majestade do sancl.iiirio, e

A cathedral 6 um magnifiçQ templo, que estamnilo asseiado, tem bons paramentos, c n'eila sefazem as ceremonias ecciesiastieas e oihcios divinoscom o decoro devido ao logar santo.

Esla iüieia, alem do grande auxilio, que tem lidodos cofres públicos, como matriz da ireguezia dacapilal c «-ode do bispado, ppssue f!f!W«lonas nue lhe próduzciii uma renda nao pequena,quê lei i còàdjiivado o seu explendqr. b decência."

ücníoiS deüaestá a cajjeila d^Qg^^^Q^nteiH»da Pniiiiba, qu.* lhe não é iritfuior no asseio. üIfeso r&"p-o4i..cial ha despendido algumas s»nim_asSú seu beucíV.io, mas póde-se dizer que á devoçãodos lieis, ao espi-ito religioso, que anima o no_sí>novo e ao zelo in.atigavel de um procurador uacontraria da dila cape)la,Vé devido o estado dede-

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desprezar oculto, é desprezar o rigoroso dever j

demSnò da capital, além dalgrcjamatcb:, onde

está assentada a cathedral, cmtão-se dose fmm \

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praéns mais notavers, era um cp.igramma & chris-randade dos Fortalénses.

<3 íícíul iuiz municipal.que se tem esforgndo em.rromaver o b.*m das capellâs de sua jurisdicgao,\mma a resaectiva irmandade a congelar os••(..«aros precisos, quasi total reedmcavjao, com o.,,iminismulorcl*. i.aírimonio dainesma cape.la, o|rchit(-'c.o João Francisco de Oliveira, dando porm modo uma „ein enteiuiida «. pista

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do rediiodos íoros. Por esse meio, e com ajuda raverb. oue votada na lei do orgim-nm provincial doani'i<

"ísássado.ibi e.fti*ègue \ reqn.ssçao uo Sr. winha

t Fi.raei.Tdo, a obra ií íazer depois de Candmda poráa c^eila em nm es!ado dv. .decaneu c niellmi-a--nu-iit.. coadi.ano do lugar cm qne cila «.p||f>AfonA-se poderão celebrar os saci-osantjw otíicios da§m reliAião, sem n.ingoada É^^^fejlf^t

Mas a despe/a do contracto absorve a receita < (;Wsmhá annos; e sendo empregada no melhoramentoexU-rno e no Corro do eiliiício.íaltará para a obra in-(orna e para os ornamentos e aiiVias ;por isto muitoconviria que hão arrefecesse a caridade esmolcrdos habitantes da cidade no complemento dessaobra tao pia"e necessária.

1?MTtnripnl« nro-ride. A rcspecliva irmandade eSÜ Nenhumí doação particular d. cuesçidacifra

em tido ; e por essa razão a conüuiK.çno do que âexiste aléin l capella-mor, ^^^^^^annos inteiros.^IvSétan^sehdi. acabado aquelle .emplo,prestar-se-ha talvez nara matriz de uma nova freguesia,caso-a-adnaf seja dividida. e?n duas. ,a

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Q AUHORA CEARENSE

K

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taveis para essa divisão, e demora em uma dasmaiores praças da cidade.

Ajtanella do Livraiiiento lambem se acha emgrmunsífiT^ falta de meios , si liem quena pouco lêssemos que pelo Exm. presidente fòramandado entregar certa quota votada pela assem-bléapara osegiiimento da obra dessa igreja, quetamhem se faz necessária para -o culto, attenta apopulação, que cresce, e nào encontra commodi-dade e cabimento nas igrejas, que existem acabadas-.Ajiüiiíiijajj^^ morro da Pimenta,

cuíiFpare^^ portadas do pa-vimento férreo,6 uma igreja que pela posição queoecupa, daria a edificação da cidade e á praça dosVoluntários grande elegância, e á devoção dosfieis prumplo è íacii exercício. E' pena, pois, que aintenção daquelle que primeiro lançou-lhe os fun-damefifos,b benemérito cidadão Antônio RodriguesFerreira, de saudosa memória,não lenha sido salis-feita e abraçada pelos que nelle tiveram o exem-pio de piedade , aproveitando o que está feito,que não é pouco, c dando todo o impulso a essaobra.

A capella de Arronches resente-se também dealguns reparos, de alíaiase paramentos, c não pó-de do patrimônio unicd quetem^eé uma casa dei-xada pelo padre Ahtonio de Castro, tirar os meiosde prover-se do necessário aos actos do cultoreligioso.

Este ameno arrabalde, onde a edificação augmen-ta com habitações commódas e elefantes de pessoasabastadas, corno osSrs. Albanos, Feijó e outros, nãodeixará de ser notado pela existência de uma igrejabem acabada, ornada e paramentada, pois bastaque alguns cidadãos mais proeminentes do lugarSc? esforcem por essa obtenção para que a tenhão enipouco tempo.

A capella de Mecejana .acha-se bastante adianta-da nas suas obras. Os habitantes daquella povoa-ção, e principalmente o Sr. Tjistap 4sY(;ai"i;is.ífe ¦A.ie.n-car, muito concorreram para,.iç.va:-lavao- p'é;e.m quese acha, e ultimamente innn (jQÍpn).isáS'p .compostade cidadãos -honra d os c presti,niç).sos,in'.âiLo, tem fei-fo para dar bons emprego aos 500UOQ9 .rs. que vo-tados pela ,AssembléaK lhe.íoi' entregue de ordemdo governo da província.

Congratula mo-nos pelo bom desempenho que oscommissipnados da obra, os Srs. padre capellão An-tonio Corroía de Sà, capitão João Leonel* de Alen-car, ,e subdelegado. iiyppoHlo Cassiano Rodrigues,teem dado cm pro! da . mesma capella, uma dasmais amplas de iodo o termo da fortaleza, e quetambém .mais lorde pode servir para uma matrh:.

A capella de Siure tem. tido alguns reparos, ecomparativamente a '.outras, apresenta senão urriestado satisfactorio, ao menos com limpeza easseiocompatível eom ..-poucos auiilios. que as leis provin-chyes lhe teem dado, e o concurso drideyoyâo doshabitantes do lugar.

A capeiíaáeSiiipé, aliás dotada de um bom patrijrionio de gados e terras, achava-se em completamina. O recinto sagrado servia de ...dormitório aaujma.es, o de habitação aos morcegos. A renda dasterras não se.arrecadava:f ou era consumida em puraperda da conservarão do teinplo. A producção dosgados dcsapparecía eir.s sapfyosías mortes oççásiona•das pela seca, emolesíi;ís de snorrlniia, uial triste,rengiiee outras semelhantes, que alacào os qua-d ru pé les vaco um e cavallar...

Ahsorv.a-se iodos os annos uma boa somma comcustas de tomada de contas üo referido dislricto, eporcentagem ao íidminislrador-.c vaqueiro, de sorteque um saldo ridículo,, e ás vezes nenhum, á favorda capella, era.o que produzia esse patrimônio, que

também jãservip para se fazer eleição E, entretan-to, a capelta ora ruinas, as imagens erão madeiroscobertos de excremento de morcego, os paramentosalimento das traças e baratas!

0 juiz municipal, o Sr. Cunha cFigueiredo indoaquelle lugar, tomou contas ao administrado!, fezarremalação do pouco gado qne restava,e com esteprodueto e dos foros de Ires annos, autorisou a ree-diíioaçãoda capella, reparando o qne estava arrui-nado,e dotando-a de paramentos e alfaias: do modoo mais econômico conseguio que esse templo estejahoje em boas condições, limpo o decentemente pre-parado para nelle se celebrar os officios divinos.

Certamente «6 importante o servido prestado poraquelle juiz.

Os que outr'ora viram o mizeravel estado daquel-Ia igreja, e hoje a vêem, bemdizem a obra meri-toria, ea conveniente e proveitosa applicação quefoi dada as quantias arrecadadas com uma promp-tidão espantosa,attenta a longitude do lugar da re-zidencia do juiz.

Além da obra da igrejai teve ¦comcgo<um eemile-rio.

Mas resta ainda a fazer alguma cousa. A quantiaapurada, e mais 500U000 rs. que S. Exe. mandouentregar ao zeloso administrador, á requizição doreferido juiz, como do oflicio abaixo, nâo che-garam para fazer o patamar, conclusão do cemitério,cruzeiro e calçada ao redor da capella, obra mui*to necessária para evitar os formigueiros.

A capella dó Trahiry, si bem que em melhor esta-do que a antiga de Sinpé, todavia sente grande faltade moveis e paramentos, bem como reparos no edi~licio. As santas imagens precisão ser -moçadas,- econfiguradas.

O juiz municipal tomou expediente igual a res-peito desta; e a somma da arrema taça o do gado etoros, que não é pequena,consta-nos quena presen-íe quadra, vai ter appiicaeüo indentlea e toda bene-fica para o culto religioso naquelle lugar.

A matriz do Parasinho tem apenas a capella-mór,isto mesmo devido aos esforços do falecido viga-rio, que a doou com unii sitio'b.enfeitorisado.

O povo desle Iogar não parece lera devoção quedistingue o de Sinpé, o qual prestou não só serviçopessoal, como oblatas para a obra da capella;e por isso talvez ío^se conveniente que a sede dafreguesia passasse paraa igreja do Sinpé, emquantoos habitantes do Parasinlio, estimulados, não coad-jurassem a edificação de sua matriz, onde actual-mente, com pouca reverencia pelo atrasado estadodo ediücio, é celebrado o augusto e sacrosantosacrifício da missa.

Além das capellas supracitadas outras existem,onde se celebrão os actos da nossa religião; masellas não merecem especial menção, porque aindanão teem forma exterior de templo.

Por íi nal destas nossas observações, faremos nmappello aos dignos representantes da província, e éque elles como bons cathoiieos, amantes do expien-dor do culto chi istão. nâo devenv esquecer na dis-tribuição dos soecorros públicos, aquellas das ca~pellas que pela exignidade dos meios, não podemapresentar a decência e asseio, que deve haver nacaza de Deos.

Esie serviço do corpo legislativo da provincia étão meriiorio, que jamais com razão pócle ser ar-%*¦

uidd pelos .maidizentes como um disperdicio.

«Juizo municipal e de cá pellas do termo dartaleza, em 4.de.janeiro.de 4866.=Iilrn.e Exm.

Sr>;== Tendo examinado pessoalmente o mão estadoda capella de Nossa Senhora .da- Soledade de Siupé.

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AURORA CEARENSE. 3

resolvi mandar arrematar os somovontes quo por-tencifio ao patrimônio da mesma, e bem assim os(ovos erendas dos respectivos terrenos, alim dc scfazerem os concertos mais indispensáveis, e se en-carnarem as imagens.

«Mais dc um conto de réis sc despendeu comestes serviços, que muilo aproveitaram ; mas a ca-pella «linda precisa urgentemente de algumas obras,como s«»jão reparos ria frente e oitões, c substitui-São das portas estragadas.

d A lei provincial ri.° 1186 dc 8 de setembro doanno próximo passado votou no $ 80 do art. 3.° aquantia de 500UO00 para essas obras.

«Como juiz dc capellas, sou obrigado a zelar naconservação e asseio dos templos do termo sob aminha jíii isdicção ; e por isso vou rogar a V. Exc.que sc digne mandar entregar a dita quantia aoadministrador da mesma capella, capitão JoaquimRodrigues de Oliveira, cujo zelo e inteireza dc ca-raeter live oceasião de apreciar nos referidos ser-Vígos* que foram conliados aos seus cuidados.—Deos guarde a V. Exe.= lllm. c Exm. Sr. Dr.Francisco Ignacio Marcondes Homem de Mello D.presidente da província.=0 juiz municipal, Mano-ei da Cunha e Figueiredo.o

« Juizo Municipal c de capellas do termo daFortaleza, em 5 de Fevereiro de 1868.== lllm.e Exm Sr. = Tendo encarregado ao engenheiroAdolplio llerbsler da examinar a capella dc Nos-sa Senhora do Rosário desta cidade, e òrganisaro plano e orçameuio das obras externas de queella necessita, foi esle trabalho executado satis-faetoriamente, orçando a mais de cinco contos dereis a despeza a fazer-se com ellas, inclusive o forro

Do referido exame veritica-se que a capella acha-se muito arruinada, e demanda urgentemente a de-moligão e reconstrucçào de um dos seus oitões, datorre e do fronlispicio.

Parte dessas obras podem ser feitas com os rendi-mentos do patrimonio,para o que authorisei a mezaregedora da Confraria a contractal-ascom o archi-tecto João Francisco de Oliveira, que é o adminis-trador do patrimônio, e merece-me plena coníian-ça por sua perícia, zelo e inteireza de caracter.

Não podendo, pois, todas essas obras externas serfeitas somente com os foros e rendas até hoje arre-cadados dos terrenos que constituem o patrimônioda referida capella, e devendo ser começadas con-junetamente com o forro da mesma, vou requisitara V. Exc. se digne mandar entregar ao referido ar-chitectoe administradora quantia de um conto dereis votada no g 71 do art. 3.<> do orçamento vi-gente.

Estas obras, pelo contracto já lavrado, hão de terprincipio no dia 15 do ¦¦corrente.=Deos guarde a V.Exc.—Hlm. e Exm Sr. DH Francisco Ignacio Mar-condes Homem de Mello,D. presidente da provincia.~0 juiz municipal, Manoel da Cunha e Figueiredo.»

A velhice divide-se em iros periodos : 1.° a idadeiío retrocesso, que eomp^chende o iníervallo dos 60aos 70 annos : 52.° a caducidade, dos 70 aos 80 -,j> a da deorepidez, que vai dos oóaíé o íim da vida.

Lslas épocas a liaulào-se ou rei* rdão-se no ho-mem segundo cortas circuinstaunas, como o abusodi vida/as paixões, os pezares, as òcçupíisões, ogênero do trabalho. IVincipiAo para uns aos 50, paraoulros aos 70. Sào "mais anlieipadas nas molheres.Ha a este respeito 10 annos de tLtT.rcnça entro osiíous sexos.

A parle material do nosso ente, consumida pelouso e pelo tempo, enfraquece e calie.

A porção intellectual se extingue, e sita perdaprecede Irequenlemenle a do corpo. Ornamento danatureza, orgulho da creaçào, b homem nos seusúltimos instantes nâo é mais do que uma massareduzida ás mais simpliccs.funeções do organismo,provida de uma existência toda animal.

Sabemos nó>; e sabem todos que os principaescaracteres physicos da velhice são as rugas, a côrsombria e a flaccidez da pelle ; a côr branca-edepois a queda dos cabellos; um tremor todo par-licular ; os dentes se trocão por modo de cerca ye~*l)ia,gastão-se, vacillão,e cahem; odorsose arqueia ;os ossos tornão-se mais duros e quebradiços.

Mas não nos admiramos desta partilha dos velhos,porque o tempo estragado!* devia tra/er-lhes esáâcondigão; o que nos admira ou antes oquee lasii-moso é ver que alguns se anticipão a uma velhice,que os afeia antes de tempo, é deparar por ahi alémcom tantos jovens com cara de velho.

Entretanto nota-se com singularidade que demu* •

' í l ** *\

A velhice.

Lemos no Levitico cap. ii=-Cpram cano capiteconsurge et honora personam senis :=Levan.ta-tediante do que: tem a cabeça cheia de cans, e honraa pessoa do velho.

Ouve com attenção os velhos cheios de experi-encia: nada é mais apreciável do que os seus con-selhos;

todas as funeções da vida, a digestão é a qne menosse altera nos velhos, os prazeres da mesa são quasios únicos que lhe íleão.

A faculdade da reproducção diminue e se e\tin~gue, todos os sentidos tornào-se mais obtusos, don-de provém o erro tào comimim nelles—o de creremque tudo tem degenerado no mundo- externo, por-que os mesmos objectos não podem cajsar-lhes amesma impressão. No seu tempo as pessoas valiâomelhor, os costumes erão mais puros, a vida eramenos cara; e tudo que não ó o tempo que pas-sou, é para elles de displicência.

Os velhos são os lauda iorestemporis acti, na frasehoraciana, por força da sua idade, pela tristeza desua condição desorganisada pelo azedume dos sen-timentos dos próprios inales.

Nos velhos é ainda um dos encantos a conversa-ção,gostâo de contar o que viram,os acontecimentosde que foram lesteinuhhas,e muitas vezes heróes. As-sim, o militar conta suas:batalhas/* juiz suas causascelebres, o medico suas curas, tudo isto umpoucofora da verdade; e esquecendo-se mui '¦ facilmentedo que tem contado, vem a repetição continua esem íim, que forma o caracter da sua idade.

Outro defeito traz a velhice,c vem a ser o excessivomedo da morte, medo que os velhos põe em con-tradicção comsigo mesmo; pois si elles tudo achãomau no mundo physic'u,:caté moral, porque tememdeixar esse mundo" tao detestado ou lamentado porelles ?

171Emfim os moços dizem o que fazem, os velhos oque teem feito : o rapaz diz que ludo vai'"btm, o ve-lho diz que tudo vai mal, e sempre assim hadeser ;e como por um texto da esciiplura a nossa pen nacomeçou este artigo, por ouiro acabará, e será oseguinte: Trez cousas aborrece a minhaVato^==U3iipobre soberbo, um rico avarento e um velho irisen-$>atoe apatetado. Eccl. 2o.

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4 AUROHA CEARENSE.

JM SMtiro JLm\4.Podo o promotor publico, iiòscriinos inafians

caveis sor adtniuido a reforçar a accusacaos isteulada pola parto queixosa, á pretexto dejulgaUa fraca?

Devo ser a parte queixosa, quando incompe-tente, repeilida a.itos da tormae o da culpa ?Esi a incompetência sp verifica depois, o que sedeve la/;er ?

Interposta a appcllaç o pelo promotor, quefüocc o.ioa por via de lançamento , pódc estedesistir ?

Pude o promotor publico appcllar, desistindoo queixoso da appcllaçào, quor touhâo passadooito dias, quer nào ?

'•¦•

*

,

i.

O n^sso coíligp do processo criminal dd no art. 72o direito ;de queixai aooffendido, seus pães, tutores,curadores, seiítíores, e cônjuges ; e o direito dedenuncia dá no art. 7 \ ao promotor público e qual-quer do povo nos crimes inafiançáveis e outros.

Daqui se concilie que um crime inafiançável estásujeito á queixa do (flendidp, ou dos que o repre-sen tão, ü á denuncia do promotor e de qualquerdo povo ; mas, neste caso, nunca se entendeu,nem se -praticou-formarem-se tres processos por ummesmo crime, nem reunirem-se em uni só prores-so o promotor, qualquer do povo e o olíendido,para aceusar o criminoso.

Tem-se sempre entendido e admittido uma certaprevenção, peia qua] dada a queima, cessa o direitode denuncia, e vice-versa ; e admiüida a denunciado promotor, fica tolhida a de qualquer do povo, evice-versa. Esta mleliigencia .pratica parece muitorazoável, porque nâo deve o juiz proferir segunda eterceira pronuncia pelo mesmo crime contra umdelinqüente, já pronunciado,. ,:,, \

Prevenida, dssiny-á competência do direito de ac-cusáçãò por aquelle que primeiro sc queixou ou de-nunciou, íicão excluídos d'elía lodosos mais, excep-to o promotor; mas este adquire, este direito quan-do o queixoso, o denunciante o perde em crimeinafiançável, por fanamento, conforme os arts.337, 338e 348do regulamentou.0 120 de' 31 dejaneiro de 1842.

Segundo estes princípios respondo aos quesitos daconsulta, que me é feita, peio modo seguinte :

l.c Nos crimes inafiançáveis, sendo a aceusaçãosustentada pela parte queixosa, nào pôde o promo-tor publico ser admtttido a reforça1-a, á pretextode jtilgal-a fraca ou irisuíTscieníe ; porque, quandoha parte queixosa ou deouociante,s() pócle o promo-tor suhstiUiil-a por via de lançamento. .

2.°" Sendo a parte queixosa incompetente parafazer a aceusaoào por queixa, deve ser repeilidaantes d;tformação da culpa-, como manda o 'formu-lario que baixou com o aviso circular de 23 de ma-io de 1855. Si, porem, a incompetência se verificadepois da forma-lo da culpa, pede ser excetuadaaa oceasiao da aceusação. Sí o réo não objectoua excepção, e foi julgado, segue-se que, ou sotfrea pena em qne foi condemnado, oú não pódé. tuaisser aceusado, si foi absolvido,.por virtude do art.327 do código do processo criminal. O promotorjamais pode aceusar; porque não foi denunei-ante, e nào houve lançaiweiíto da parte. O facto,'rfesle caso , posto que irregular, eslá consu-mado, e regula-st pelo principio \—Multa fie ri pro-hibentur, quod tamen fada tçnent. Considera-se aqueixa convertida em denuncia, pela irrevogabili-dade do facio.

3.° Pode a" parte queixosa desistir da appeliaçaò'interposta na formado art. 301 So* mesmo código;

porque o queixoso pôde usar livremente de seudin no, sem seradslrietoá obrigarão alguma, tomoo promotor, que obra,não por satisfação dé um di*reito, mas por cumprimento dc um dever; e porisso nâo pôde o promotor desistir, como o queixoso;porque ninguém pôde desistir do cumprimento doseu il^av, como póJe desistir da satisfarão de seodireito.

4.° Desistindo o queixoso da nppellação, quertenháo passado, oito dias, quer nno o promotor pu-blico uào pode appcllar, porque nao foi denunei-ante, nem substituiu o queixoso por lançamento.Si o promotor, só pelo direito de d< n meiar, podes-se appellar nó caso de desistência, qualquer dopovo também o poderia pelo mesmo direito roquese nega. Si o queixoso appeliasse e nfio seguissea appeilaçáo, mas lambem não desistisse, a appel-laçáo se devia expedh ex-ollicio, e ainda, sem dis-posição alguma, st? poderia tolerar que o promotora continuasse, suppondo uma substituição. Digoque se poderia tolerar, não por julgar que seja dedireito, mas porque não encontra tão de frente alei.

Esle 6 o meu parecer, que submétto a melhor.Fortaleza, 21 de julho de 1888,

M, da Cunha e Figueiredo^

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ligado.Não ha instituirão de princípios que tão .justa-

mente deva ser abraçada como seja a de uma re-íigião.

A religião é o elo magnético que prende os ho-mens em harmonia social; porém entre todas, amais digna delles é a chrislã.

Não carecemos de dissertações profundas paraprovarmos o seo mereeimente; a desemjigão do ca-raeier morai dos seos fundadores e reformistas, edo bom e mau sentido, e «Heitos dos princípios porelles pregados, bastará para assinar á cada umao seo verdadeiro valor, dando á chnslâ todo o bri-iho e toda a pureza sobre as outras.

Luíhero, sacerdote Corrompido, completa a suacarreira criminosa menosprezando a casa de Deos,seduzindo a uma de suas liihas religiosas, e aposta-tando das leis do ehrisüanismo para ligar-se a eliapelo sentimento.

Calviuo, homem por excellencia iimnoral, semhonra sem dignidade, como diz alguém, eis os ins-tituidon-s do protesíanlismo, que tantos abusoscreou, tanto sangue fez derramar.

Mahomet, typo da ambição e da sensualidade, seconstitue o \erdugoda honra e ria dignidade dosseos semelhantes, aniqnilando-lhes as virtudes,pregando a corrupção, clamando contra a naturezac a ordem social; e nessas bases ignóbeis plantauma relegião que diz sua, cria um deos de quem sediz propheta.

Não-será-.certamente corrompei* a honestidade ea ordem social instalara polig.an}ia,íe^ctoi*;Orliíxo,a moleza e a sensualidade? E a quem devem osorienlaes a sua dtívassidão, barbaridade e ignomi-*tiia?=á sua religião.

Malditas sejam as-seitas que em vez de honrar ahumanidade, reduzem-na á escravidão, á mizeria eá 'infâmia.

JfcSCS CHRISTO, porem, nao "apresenta era seocaracter a menor mancha. t. .

Ainda-ncm unia voz, sem arrepender-se o coração,lançou sobre sua vida um epitheto que.o.indig-

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AURORA üEARENSg. 5.*.««>«'« *P!Íl*!»T«****=-• WM » oiirilil»»*»»*

liasse. Jesus 6, á voz dos mais sábios o maiores ho-mens, Filho de Deos, nascido por obra do lis-junto Santo, einlinílauuuiúi bom, justo e poderoso.Sua doutrina é um complexo dos sábios preceiíos,ea üiiicii verdadeira na terra. Aquelles morrerame como todas as çòtizas c mortos lièaraní e se retíu-ziram ao nada; Jesus mcí^reò para os hoinens, o re-suscitando provou que era mais do que homem, eque o espirito de Deos era o .seo*espirito.-

A Religião Christã nào é um parlo do pensamen-to humano, nem é ao acaso que se deve a sua fun-dação. Ella represento a vida celeste, e Deos é o seoautor. Os seos dogmas tem bases que o espiritomais desvairado não poderá deixar de admittii^õscomo verdadeiros. V!

A Religião, Christã sublima o gênero humano, di-rige-o ao seu bem.estar phisico e moral na \jda, ena morte do corpo, dá á afina o premio de suas vir-tudes no paraisò.

Antes da era christã, muitas religiões eram fir-madasem piienomeiios da natureza ainda não es-tudados, e a superstição reinava em quasi todo glo-bo.

0 amor, e a admiração e o medo formaram basespara ellas, é assim por muitos séculos permanece-ram. Certos povos adoravam a lua porque lhes ins-pirava amor, outros o sol porque lhes infundiaadmiração, estes pelo medo adoravam o trovão eo raio, aquelles ainda menos inteligentes criavamimagens informes attribuindo-lhes falsos poderes,ou adoravam a animaes hediondos e ferozes, dan-do a cada um dos seos Ídolos a força organisado-ra de todas us couzas e do homem.

Estes tres sentimentos, porem, na Religião Christãsão apenas preparadores que teem por íim conduziro homem á sua magneficencia.

0 amor torna a alma sem constrangimento re-verente e humilde ao Omnipotente, amigado proxi-ino, e capaz de actos ineritorios.

A admiração, o effeito da observação dos prodi-irjos naturaes praticados pela Divindade, apodera-sedo espirito, gera-lhe amor, reverencia e oração pa-ra seo autor.

0 medo, reprimindo o vicio em face de seo restil-tado, e o crime ante o castigo, o conduz ao cum-primento de seos deveres.

A Religião Christã, abrilhantando as obras, dizquem é o seo creador, cria os Santos á imagem deChristo para que o espirito não sedesvaire com ado-raeões ridículas e impróprias.da intelligencia liu-mana.

A crença no ente supremo nasceo com o homem;porem ou por decreto daquelle, ou por um princi-pio de rebeldia do espirito, que náo sabemos expli-car, a existência do Creador loi negada,e descridaÁ infalibilidade de Christo. 0 alheismo eom as suasseduceões,o mahoinelismo com a sua sensualidadee o protestantismo com as soas liberdades altrahi-ram parte da humanidade que desvairada pelosgozos do corpo, se precipitou nos antros da anar-chia, da morte e da deshonfa.

0 atheo não desfrueta felicidade, porque ou se en-trega á ignoraiída; on se quizer instruir-se, nãoresolverá iaMnitós problemas sem crer na exislen-cia de Deos,

Omahometanoé infeliz porque 'acredita ein pai-paveis falsidades; e não se anima, se não crô, a pro-clamar as suas idéas, ou pelo seryjlisMò em que omahometismo os arremessou, ou porque os seosdogmas lhe entorpeceram oenteudimento.

Nãoé mais feliz o protestante porque- sempre selembrará da maneira porque foi instituída essa re-forma, para o que foi, e o como sustentada Henrique VIII e Isabel.

Iguaes foram em sorte todos os povos que aber»rando dos santos principios qne um Deos justo eclemente lhes outorgara, inventaram seitas inoiis-truosas e imagens a seo bel-prazer, a iftórtni sucriti-cavam sem pezar, o pudor; a honra e ã sabedoria;e isso lhes agradava porque satisfazia os ímpetosda matéria dirigida pelas paixões desordenadas. Asatisfação do corpo superava as forças dalma, e nostemplos elevados á imaginaria Veniís ambos se con-fundiam. Esses monumentos embellrzando a terraenegreciam os homens, seos idolos,exallando-lhes ossenti:los,os arremessavam no abismo da perdição.

Veríüs a maisquerida divindade, porque suppu-nham proteger o sensualismo e pennittil-o em osactos mais públicos e solemnes, foi chamada a deosado amor; eram ósseos templos os mais ricos e assuas festas as mais soberbas; a seos pés sob a signi-íicaçào de sacíilicios se dava completo desenvolvi-n.ento ás paixões desregradas, e se praticavamquantos actos a libertinagem e impudicieia podiamsugerir iia mente do homem. Esquesitos perfumesenibalsamavam as abobadas dos templos, os sacer-dotes criam e pregavam a existência do Élysio e doAverno, dos anjos e das fúrias, do bem e do mal, dopremio e do castigo eterno; porem nem a doçuradas graças, nem o martyrio da punição afastavamas viclimas do engano. Nesse tenebroso desarranjoa verdadeira divindade parecia insensível; mas náo,um niysterio é annunciado, um ente singular con-cebido" E' o Pilho de Deo» nascido da Virgem Ma-ria que vem remir os mortaes. E' Jesus Christo=Mestre na religião de seo Pae confirma aos homensas palavras dos antigos prophetas, quando predisse-ram a vinda do Messias para con seo sangue lá-varas culpas dos peccadores, e elle cumprio—expi-rando em uma cruz.

0' religião de Jesus Christo, ventura do espirto,laço suave que prende as almas ao céo, mágicoperfume dos sentimentos, tu que ensinas a dar decomer a quem tem fome, de b<'ber a (piem tem se-de, vestir os mis, curar os enfermos, suavisar aspenas aos desgraçados, confortar os fracos, úngiipos moribundos de sacrosanto balsamo para a apre-sentaçâo cie sua alma á face do Eterno, és a luz dasociedade. Tu o' Religião de Jesus Cbristo qne en-sinas a perdoar aos inimigos, a reprovar o vicio, aamar a virtude e a fugir do crime, és a mais subli-me emanação da providencia, és a mais digna cren-ça dos homens. Quando outras religiões os cor-rompem c os perdem, tu puriíicas-lhe a alma,

j conseryas-lhes o corpo, e os agradas- com o gozoda gloria eterna.E quem ousará lançar anathernas sobre o Chris-

Liauisiuo que logo nâo seja ferido com o castigo deíào abominável proceder? Boiou de Burythenesne-«ava a existência de Deos; porem no leito da dor,quando a morte se debuxava em seo semblante,crô no Altíssimo, abraça a religiãq de seo Filho, elivre do perigo se torna grande religioso. Voliiéy,geralmente reputado atheo, e anti-religioso, emuma tempestade que o attàeára no mar, prosta-seao céo, e contricío dirige 'supplicas a Deos. Lordliyron, tâ o aff errado aos principios de incredulida»de, escolhe um asylo Christao para nelle sua filhao objecto que mais amava, receber educação. Quan-do a França seguindo cegamente as theorias dosphilosoplios demagogos incendiava os templos, des-truia os altares e ridicuhirisava as imagens, pagoucaro a impiedàtiç dos filhos do século da encyçlo-pedia, ea innocencia- opprimida, injuriada e ex-íiocta no cad a falso foi vingada pela mão suprema0 Oriente trocando pelo Corão a Santa Bíblia voítonao estado de barbarismo, perdeo a liberdade, o es-

odor, o brio e a- honro. Entre seos oriundos as;

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6 AUR0BA CEARENSEll»M»(l»*Hiri».-i WWisiltWMs-st''!-

paixões dominam. Senhor e escravo são as únicasdislinçgõe$, e .si cm seos livros ainda se divulgamalguns frizos de, honestidade sào devidos á palavrado :Rè1deinptor, o extraídos de suas santíssimas leis.A íriuíber que soinp.rc consliluio o ornamento sociale que tão sublimes quadros de morai, de amor, e deternura teni imprimido nii historia de todos ostempos, vive escrava e acorrentada ao ignominiosotronco dp serralho,, que os tyrannos envolvendoenvexplendido, luxo tentam excitando a ambiçf.o,fazprrlh|è esquecer sua aviltada condição; |>orem3tiaiti

infeliz é ella?! o ouro não dá virtudes, o quan-a rio vicio. §e bebe a exisleneia,elie não a |>ode pu-rifiçar. Peloíçpntráriooíide a alamjiada do Christia-nismo resplandece e espalha seo clarão, a mulherem vez de carregar aviltantes algemas, eleva-se j>e-los lagos; do atjaibr ao Sacramenio do matrimônio.

Homens ingratas que ainda duvidais da pureza esublimidade dá Religião Christã, |>arai vosso pen-saipíértiOjfecliai voséfi boca se nâo vos quereis arre-pender.

rmL1TTERAIUM

A uma donzella.

Pe,rpla augusta de celeste manto,Que Anjo perdeu-te a divagar no espaço?De quei capella tro vador angélico

Deixou cahir-te?

Eras p esmalte de algum ceu mais puro,Que alem se arque.*! deste ceu que vejo ;Foste ornamento primo* ioso e bello

Do solio eterno.

Que vens no mundo procurar sosinha,Pobre innocente !=r~-o coração dos homensNão tem amores com que pague affectos

De uma alma puta.

Aqui fenecem sentimentos nobres ;Morrem no peito as efliisões mais docesD'alma ternura, no áãlílo embebidas

De paixão torpeY

JÊ' todo o mundo um horroso pelagoDe torpes vicios, de nefandos crimes:Teme .por tan to chaturdar tuas azas

No charco immundo.

Foge das turbas de insensatas virgens,Que nas orgias a belleza murchaoAp quente bafo da lisonja fétida

Dòs vis maucebos.**¦«. ¦

Demores loucos, como o fumo leves,Suspiros falsos, fementidas jurasRô^ãó os lábios dé um monehto á outro

b-essás loureiras.

E nos ardores de nocturnas festasQuantas cajiellas virgihaes não queimãpDP fogo intenso de paixões itnpuràs

Lavas teimosas !

Anjo! na terra as emoções mais ternas,Qaep amor per feilo, que a virtude geraNas alojas limpas dc torpezás, vicios

Achar pão podes.

Volve ao Eterno !.=.No cahir da. tardeBem yês das ílores o perfume o o cantoDas intimas aves se elevar na brisa.;

De Deus ao seio !•o'

O que há de bello, de mais lindo ecastoNa terra Ioda só a Deus pertence :Tu, que 6á o lypo do ideial do immenso,

Volve ao Eterno.

í ¦*> r%\(¦*. Seu nome.

Que lindo nome 6 o delia,Daquella virgem tão bella.Rainha da creaçào !E' como nota saudosaD'algum'hurpa maviosa,Tangida na solidão.

E' como o canto mimoso,Que se perde docoroso.Na nave do Satictuario ;E' como o tanger do sino,Chamando á ofiicio divinoNo alto do campanário.

E* como um ai ! de ventura •Nos transportes de ternura,Soltado do coração ;E' como luz matutina,Como rosa purpurinaPerfumando a viração.

E' como o orvaího celeste,Que a flor do prado revesteDe transparente candor ;E' como aquella palavra,Que se solta; ardente lava,Do peito, que sente amor.

E* como a leve conchinha,Que innocente creancinhaA' beira mar encontrou ;E' como o hymno da tardeNas horas que o sol não arde,Que o rouxinol entoou.

E* como vaga indolentè,Que suspira docementePrateada do luar;E' como luz scintillanteD'algum astro fulguranteEm ceu cTanil a brilhar.

E* como terna caricia,Como suave blandiciaDa mulher, que adora alguém;Que a mulher, que. menos amaiQuandu em volúpia se inflamma,Desfeita em requebros vem.

Aquelle nome singelloE'como tudo o que é belloNos céus, na terra e no mar.Só quem sabe aquelle nomeSabe a dòr que nos consomeNos zelos de o publicar.

.•(, -x

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AURORA CEARENSE

SfflAMIlIf•=A assembléa provincial occupon-sc no dia 4 do

corrente com a discussão do projeclo que marcalimites ao districto de paz de Soure : foi approva-do. Approvou em 2.* o que concede seis inezes delicença com ordenado ao ajudante do administra-dor das obras publicas Vicente José Fiúza Lima,em i.a o que annexa òs officios de jusliça da VillaViçosa; em 2.» o que approva posturas da cama-ra municipal da capital ;cm l.V o que aulorisa aedificação de um cemilerio na villa de S. João doPrincipe. Addioti, diseulindo-se em l.a,o que extin-gue alguns impostos do município da capital ; eapprovou, finalmente, em 3.a discussão o que ap-prova as posturas du câmara do Aracaty.

No dia 6 adttiou em 1.» di.scussêsáo ò projecto desteaniiõ que altera os limites das freguesias de Mila-grés e Jardim, alim de ser ouvida a câmara mu-nicipal do Jardim. Entrando em 3.« discussão o queapprova artigos de posturas da câmara municipalde Canindé, ficou addiado por falta de numero le-gal para ser votado.

No dia 7 approvou eni 3.* discussão p projectoque concede seis mezes de licença ao ajudante doadministrador das obras publicas, Vicente JoséFiúza Lima. Approvou igualmente o de posturasda câmara municipal de Canindé, c em 2.» discussãoo que extingue diversos impostos municipaes.

No dia 8 oceupou-se com a discussão do projectoque extingue diversos imjyostos -municipaes: ficouaddiado até a discussão do orçamento. Descutio em1.» o que concede seis mezes de licença ao professorde Baturité.

=i=No dia 9 approvou os nrejecíos seguintes: em{.«* discussão, o

"projecto que auíoris.*. o presidente

da provincia a conceder seis mexes de licença comordemido ao professor de -Baturité, e o qne orga areceita, e fixa a despeza proviucia no fniuro exer-

2.* o que reúne aos oíneios de justiça

vencimentos correspondentes a 18 annos, 10 mezese 10 dias de exercicio daquelle cargo.

=Para ensinar particularmente l.as letras na po-voaçüo de Campo-Grande foi concedida licença aD. Quiteria Gcraciana Lobo Lima.

—Na ultima columna publicamos um agradeci-mento do Sr. Augusto Carlos Bodriguesaò nossoamigo o Sr. Dr. José Lourenço de Castro Silva. E*uma homenagem rendida á gratidão para com odistincto e desinteressado medico.

=0 Diário OIficial publicou a seguinte notieiare-Ialivamérité a viagem de suas Altezas o Sr. Duciuee aSr.* Duqucza de Saxe: • .,,. !«No dia 11 de junho chegaram Suas A!te,as a Os~tende, onde os foi receber o ministro,'do Brazil comsua fámilia. Na berlinda real, annexa á estrada deferro, que el-rei puzera á sua disposição, partiramlogo para Bruxellas onde encon ira raro, além doaddido á legaão, dò cônsul geral e do ministro doBrazil em Paiiz,ascamiágéhs dá corte eo «eoefal

de Brialinunt que os fôrá receber c comprimentarcm nome ele el-rej.c de líl se dirigiram parao ho-tei de Flandres: ..:..'.

No dia seguinte, pela volta do meio dia. foram ei-rei, e o conde de Flandres fíizer-lhes a nriiTieira vi^zita, e á noite assistiram a hm grande jantar de«¦pparato "em LeBken,a que foram tíiriibem convida-das todas as pessoas do séquito dos princines oministro do Brazil, os grandes funecionarios 'daCorte etc.

Passaram Suas Á!iezas ainda em Bruxellas o dia

cicio ; emde Viíla-Viçoza o de escrivão do jury ; em 3. *? o

13, em que receberam, riòseo hotel, aos renresen-t-untes dus soberanos mais de perto alliados coma família imperial, os dc Portugal, de Áustria e deHespanha; reeeheram também, na legncnodo Brasil.ios brasileiros que os íbram comprimentar entreou ros o consejlie.ro Marques 'Lisboa, qne nara es*sc (mi tora de Paris com sua senhoi-a, e participaramdepois cm LeBken còm clMei, de um jantar de fa-

que aulorisa o presidente da provincia a contractarcom a companhia'do encanamento d'agua do Bem-fica a collocaçâo de mais trez chafarizes, e o queregula os limites do distrii-ío de paz de SanfAnnado Aearacu' e outros.

=0 Sr. Dr. José Lourengo.de Castro Silva foinomeado para prestar seus serviços médicos nocoilegio de educandos e corpo de policia, durante oimpedimento do respectivo -'proprietário, que seacha com assento ua assembléa provincial.

=r=Foi nomeado José Modesto Brasil para o lugarde fiel d 'alfândega desta cidade.

=Foinos obsequiado coin o quarto numero doOriente, jornal catholico, po.-li.lico eíiüerario, queacaba de ser publicado na'ca.piíal (lê Pernambuco.

Saudámos o contemporâneo,¦ a.¦•.-quem desejamoslonga duração, e agradecemos muito aquella re-messa.

= -Tambem fomos obsequiadp com os quatro ul-limos números ila Esperança, jornal religioso, po-litico,scienUtico e litterario^qüe se publica naquellacapital. J ! "

A mesiíia saudação e o mesmo agradecimento áillustre redacção.

—Foi demiüido do cargo de 1.° siipplenlc dosubdelegado de policia de ..Baturité- 'Antônio "JoséFernandes Bossas, por haver mandado por? em li~berdade tres guardas nacionaes ..designados .para oi?rvíçoda guerra com pParaguay.

=rrO professor prinvirio da cidade do leó, Rufinode Alcântara Moníesuma, loi aposentado com os

milia.Na dia ií sempre nas carruagens reaes, foramacompanhadosapelo conde dc Flandres alé a èstícâoepartn-am ás .?eW da manhã para Vienna,™ K

pda.de el-rei. O min.stro do Brazil acompanhou aSuas Altezas alé Cologne, onde esperava o conse-lheiro Araujo, ministro em BerlinSuas Altezas partiram depois para (lóíogne ondechegaram a 1), e ali, toram recebidos pelo #Sda legarão imperial. Seguiram depois' mM atéBonn oiiüo pernoitaram. No dia seeminte Sna" Al-tezas dirigiram-se diredamente a Vienna. O ni^alda legaçao imperial teve a honra de'aoomKnfiíSuas Altezas durante sua passagem pelos eS£prussianos. tsiduosA 20do dito jíiéz ficavam Suas Altezas em Vienna lio palácio do príncipe Augusto de S.ixe CobureÕe Grorha, o goso da mais perfeita saúde ¦«? SO ministro da liarão brasileira em Vienna no-companhado de) sen secretario, foi-se pôr ás ordensdos augustos viajanies „a estrada ferréa de Passaufronteira ot™,.^ u^Mt:jiii,^ri0, onde Suas Altezascnegaram a hora e moia depois de meia-noiteCiintinuaneo a viagem, chegaram Suas Altezas aVienna ás 10 horas da manhã, encontrando n-, ««i».

OSqao augustos pães do Sr. duque de" Saxíasnrincezas suas irmãas, o núncio apostólico,' Exm".Monsenhor Falcinelli, o visconde de Santa Quiteriaministro dé Portugal, a senhora do ministro doBrazil c outras pessoas de disíincção7 Na tarde desse mesmo dia recebeu'Sua Alteza aSr.» Princeza D. Leopoldina, a visita da archidu-queza Sophia, mãi de Sua Magestade Apostólica eno dia seguinte a de Sua Magestade o Imperadore dos archiduques e archiduqüezas que nesta'esta-

Page 8: HQIEB- limemoria.bn.br/pdf/717487/per717487_1866_00011.pdf · 2012. 5. 8. · .1 li A_ H_E3 A "^ KRB3 ® R /$% ¦¦ . I D i Aa i m $L #ii % raL t&| fo $*« S i fca i til w usa ¦

8 LRORA CEARENSE

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íjao residem nos an odores da cidade. Sua Magesla- Cli&r&cE&iB*de a imperatriz não visilou a Sra. princvza D. Leo-poldinu, nor se achar actual i ente em [selii. 4."

SuasAliezas lencionavão partir no dia 2 para o Sou parte oceidç-nlal, que está metlidacastello de Ebenthal, onde (jasàaràó o verão ern Debaixo da bandeira implumeeida:companhia do príncipe e princeza Augusto de Saxe |Coburgo e Golba,**. Son parle oriental, ou recta ou torta

Do imporio abd-midnal precisa porta:Quem tres vezes me multiplicarO todo meu ha de achar.

2..Ao meio partido sou primeira

Variavâo de-pronome,^4Mj,unt.lq de veras sou marisco>;/' Qijiè/gostosose come.

Por sustento ou serviço dos lmmaiio__-Me criào desde cinco a seia mil armosu

As sylabas quatro juntandoSou peixe e bem conhecido,Inda mais o conceito clareando.

Por nota de musicaTé digo que sim,Começa meu nomePor outra tem lim.

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A um natalício.-;* Era a estação formosa; jas--mina, cravos, tpsas, lírios, saudades, bemmequcres,âtigeliCas, inugoris, açucenas, maravilhas, per-petuas, boniiias, e todos as flores, q ie esutaltão osamenos campof,euebiào a atmosfera de suaves ira-gaticias, de aromas odorifei os; os pássaros canta-vâo a desafio vqítigantlo sobre os viridenies ramosdas floridas arvores, os gaviões e caracarás de par-Céria com as pombas ; as variegadas mariposasbalouçavào alegres nos tenros pimpolbos ; os gallflsufanos e garbosos marciiaV-ão peitudos peio terreiroem Iiarniortia com os seiís ri vaes ; os rios còrriaodocemente, murmurando sobre os límpidos seixi-níios; òs peixes brincando á llor dagoa ; o marnâo mostrava fluxo e refluxo ; os bois não reínoiao,e deespiiitados (leixavâo correr da bocci a babaeín íid ; ós cordeirinhos b iilaváo reiougaudo pelasvêrdejan.ès coiíinas ; as cobras tinhão deposto o sooveneno ; ós ratos passcavâo com os gatos, os loboscom as ovelhas ; as raposas tinhão feito paz còinte galinhas ; as espaiitadigas corças e veados ap-piroxihiavâo-se da gente sem temor; as rans. não sai-tavão tímidas nos charcos ; as lebres, e os preássem temer o caçador --pasta vão tranqujllas nas en-oruzilhadas; osbo.ies por desenfado «se ascornieha-vão com as cabras; os lagarlose calan-rros quedosSe deixavgoápfuíhar pelas camUs ; as pasíoras toa-catías de gi-inald-is de primaveras" e auiarantos, pa-poUlas, jacintose tulipas se recrearão prasenleirase facetas pela reiva entoando ao*spn dasdiaramelasdos pegureiros as suas árias pastoris.

0 céo estava sereno, o venío nao zinia, lia-s-etoda a natureza, e Júpiter mesmo tinha de con-tente descido. alguns degiaus do soiio dumanüuo,quando o astro do dia lan^uida-mente radiamegalgava o pi Uo'-fida' abobada esíeiifera, quando aExm.a Sr.a Úona?F... vio pela Ia vez a luz do dia !'!!"...

Que peripiiráse !.. safa .. . A, que cheirará ella ? .

Aneedota^erdadm doudo de Mecejana (po-voação do Ceará) cuja mania era passar por um se-gundo Doas na omnipotencia, pois que, dizia elle,tinha o poder de encadear os ventos; remover asestréllas; fcfoguear o brilho suave üu lua; lazer parar,qual outro Josué, o sol na abobada celeste; inundard a goa o globo terráqueo, rasgando o bojo pronhedas nuvens; retroceder o curso incessante dos rios;abalar, o mundo em seus eixos; domar as feras bra-vias;dérribarthronos; aniquilar moimrchias; revo-lucionar finalmente ambas'as espheras, celeste eterrestre; não sei porque de.sarraujo da bola, of-fensivo áordeiri e tranqüilidade do lugar, foi postoem custodia.

Unia tarde soltava elle ao vento junto a grade daprisão, extensa infieira das suas atrevidíssimas hy-

/perboles ou blasphemias, quando aproximei-me, eperguntei-ilie admirado: Tu qué podes tanto, portpfl não' sahes, desta prisão?! -—Estaé bôa! respon-Jíeu-me elle hnmedialamente. E' porque não ene

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o»Não admito demoraE de um bobo faço parteSignal sou de • approva çãoEm qualquer sciencia ou arte

Mas repara que no caboMeio sultão representoE vou soberbo nn meos laresOra apressado ora lento.

Por entre agudos penedosVolve rápida corrente,Que os humanos refrigeraNa estação caimosa ou quente.

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A«jr5Mlecim©ralo.A gratidão, um dos sentimentos mais nobres do coração nu-

mano, mo obrga a recorrer á imprensa para fazer; publica adivida, que reputo iüsoívavel, por mim contrahâda para coaa odistineto medico, Dr. Joèé Lòurenço.dc .Castro Silva.

Prostrado no leito da drn* por espaço de muitos dias, recorriá perícia czelo do Dr. José Lou ronco; c, quando julgava conta-dos os meus dias, á vista de complicação do moléstias, encon-tres no '.Ilustrado medico o salvador da minha vida.

Nào se limitando a cumprir o dever inherenteá sua profis-são, elle mpstravà>se tão des vel lado,o me tro ixc tantos inomcn-»tos de esperança, que jamais seu nome será por mini esque-cido cm qualquer tompo, o cm qualquer lugar, onde a sorte meeolloear. AA:'^

Acomettido de uma febretyphoide, que prodígio immcrisóstumores pelo ^i!|)^ufi!^à moléstia seguida tres dias depoispor uma pneumonia, e mais tarde por uma retenção dc ourina,sezões e câmaras de sangue; c o Sr. Dr. José Lòurenço, appli-cando-me com acerto os recursos da sciencia conseguio o meucompleto restabelecimento, sem querer receber pa&a pecunia*ria, si é que cu poderia realKsal-a, lal é. a. qualidade da divida-

Tantos desvelos, tanto desinteresse, nào podiâo ficar sem alu»da publicidade, e nem meu reconhecimento—concentrado noco-ração. Venho, pois, á imprensa manifestar ao Sr. Dr. José Lou-ranço os votos de minha sincera gratidão, c protcstar-Ihe amaisviva e im morre doura amisade.

eza 10 agosto dc 186(3.• ' Augusto Carfo$ Rodrigues,,

m 58 4 Typ. da Aurok4 CEAQENàE«==Impressoíriii-ffio Magno. .' .,.,...' '•. .