Exerc cios de Geometria Alg ebricaw3.impa.br/~rvilla/pdf/teach/EjerGA.pdf · 2019-10-19 · Exerc...
Transcript of Exerc cios de Geometria Alg ebricaw3.impa.br/~rvilla/pdf/teach/EjerGA.pdf · 2019-10-19 · Exerc...
Exercıcios de Geometria Algebrica
IMPA
Professor: Karl-Otto Stohr
Monitor: Roberto Villaflor
Agosto 2016/Junio 2017
Contents
1 Exercıcios Geometria Algebrica I 3
1.1 Geometria projetiva . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 3
1.2 Curvas Projetivas Planas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5
1.3 Coordenadas de Plucker e Retas sobre Superfıcies . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 6
1.4 Aneis Noetherianos, Teorema da Base de Hilbert e Modulos Noetherianos . . . . . . . . . 8
1.5 Hilbert Nullstellensatz e Variedades Algebricas Afins . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 9
1.6 Bases de Grobner . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 10
1.7 Teorema das Sizıgias de Hilbert . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 12
1.8 Espacos topologicos Noetherianos e irredutiveis . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 13
1.9 Decomposicao Primaria de ideais e variedades . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 13
1.10 Morfismos de Variedades Afins e Pull-back . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 14
1.11 Equivalencia de Categorias entre Variedades Afins e Algebras Finitamente Geradas . . . . 15
1.12 Morfismos Finitos e Dependencia Integral . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 15
1.13 Variedades Projectivas e Nullstellensatz homogeneo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 16
1.14 Afinitude . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 18
1.15 Mergulho de Veronese . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 18
1.16 Grassmanniana . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 20
1.17 Produtos e Megulho de Segre . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 20
1.18 Separabilidade . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 20
1.19 Variedades de Incindencia . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 21
1.20 Anel de Coordenadas Homogeneas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 21
2 Exercıcios Geometria Algebrica II 22
2.1 Espectro de um Anel . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 22
2.2 Pre-feixes e Feixes de Grupos Abelianos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 25
2.3 Espacos Anelados e Localmente Anelados . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 27
1
2.4 Esquemas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 28
2.5 Morfismos de Esquemas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 28
2.6 Productos Fibrados . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 30
2.7 Algebra Homologica . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 31
2.8 Feixes de Modulos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 32
2.9 Cohomologia de Feixes . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 33
2.10 Polinomio de Hilbert-Serre . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 33
Chapter 1
Exercıcios Geometria Algebrica I
1.1 Geometria projetiva
1. (Lista 1: P2) Usando a forma canonica de Jordan, discuta o conjunto dos pontos fixos de cada
automorfismo de P3(C).
2. (Exercıcios e perguntas 1: Geometria projetiva) Mostre que todas as conicas nao degeneradas sao
iguais na geometria projetiva. Fazendo uma escolha adequada da carta no plano projetivo real, prove
os teoremas de Pappus e Desargues. Utilizando a razao cruzada em P1(R) prove que as quaternas
harmonicas sao preservadas por perspectivas. Utilizando funcoes definidas sobre conjuntos de 6
pontos de P1(R) prove os teoremas de Menelao e Ceva. Utilizando uma carta afim adequada de
P2(R) prove o teorema de Pascal a partir de Menelao e o teorema das cordas (cf. Coxeter: Geometry
Revisited). Vale o teorema das cordas na geometria projetiva?
3. (Exercıcios e perguntas 1: Geometria afim no plano projetivo) Seja L ⊂ P2(k) uma reta. Mostre
que o grupo
GL = {T ∈ PGL(3, k)|T (L) = L}
e isomorfo ao grupo de transformacoes lineares afins do plano Aff(k2) ∼= (k2,+) n GL(2, k), vale
que GL � PGL(3,R)? Dado G < PGL(3,R) tal que G ∼= Aff(k2), e verdade que ∃L ⊂ P2(k) uma
reta, tal que G = GL?
3
4. (Exercıcios e perguntas 1: Realizacao geometrica dos automorfismos projetivos) Dadas duas
retas em P2(k) e dois pontos fora delas, podemos definir um automorfismo de P1(k) como composicao
de duas perspectivas. Obtemos com este metodo todos os automorfismos de P1(k)? Vale o mesmo
para perspectivas de P2(k)’s dentro de P3(k)? Vale em geral para Pn(k)’s dentro de Pn+1(k)? O
que acontece para k nao algebricamente fechado?
5. (Lista 2: P4) Dados 4 pontos A e Ai (i ∈ Z/3Z) no plano projetivo P2(k), tais que cada tres deles
nao sao situados numa reta. Para cada i ∈ Z/3Z seja Bi o ponto de intersecao das retas AAi e
Ai−1Ai+1.
Para cada ponto P ∈ P2(k) \ {A0, A1, A2} sejam
Pi := ponto de intersecao das retas PAi e Ai−1Ai+1,
Qi := imagem de Pi a respeito do automorfismo da reta Ai−1Ai+1, que troca Ai−1
com Ai+1 e deixa Bi invariante.
Mostre que as tres retas AiQi se intersectam num unico ponto, digamos Q, e considere a aplicacao
α : P2(k) \ {A0, A1, A2} −→ P2(k)
P 7−→ Q.
Quais sao as imagens inversas dos pontos A0, A1 e A2?
Mostre que a restricao de α a P2(k) \ {A1A2, A2A0, A0A1} e uma bijecao. Qual e o inverso da
bijecao?
Descreva a aplicacao α explicitamente, quando A0 = (1 : 0 : 0), A1 = (0 : 1 : 0), A2 = (0 : 0 : 1) e
A = (1 : 1 : 1).
6. (Exercıcios e perguntas 2: Principio de dualidade) Considere o plano projetivo dual (P2)∨ :=
conjunto das retas de P2. Este conjunto esta em bijecao natural com P2, dada pela correspondencia
(a : b : c) ∈ P2 7→ L(a:b:c) ⊂ P2 com L(a:b:c) = V (aX0 + bX1 + cX2). Mostre que uma reta em
(P2)∨ respresenta um pencil de retas pasando por um ponto de P2. Suponha char(k) 6= 2, mostre
que uma conica em (P2)∨ representa ao conjunto de retas tangentes a uma conica em P2. O que
acontece se char(k) = 2? Uma curva de grau d em (P2)∨, que tipo de conjunto de retas pode
representar em P2? Utilizando (P2)∨, prove a dualidade entre os teoremas de Pascal e Brianchon, e
entre os teoremas de Menelao e Ceva. Mostre que (P2)∨ pode ser obtido a partir de P2 como uma
polaridade. Dada uma conica qualquer em P2, ela induz uma polaridade que por sua vez induz uma
dualidade entre pontos e retas. Faz sentido a dualidade entre Pascal e Brianchon neste contexto?
E entre Menealo e Ceva?
7. (Exercıcios e perguntas 3: Erlangen Program) Felix Klein afirma que o objeto que distingue
as distintas geometrias e o grupo de transformacoes que preserva seus axiomas, i.e. seu grupo de
automorfismos. Vale que a geometria conforme pode ser realizada dentro do plano projetivo real,
i.e Aut(P1(C)) ↪→ Aut(P2(R))? Vale que Aut(Pm(R)) ↪→ Aut(Pn(R)) para m < n? Vale que
Aut(P1(C)) ↪→ Aut(Pn(R)) para algum n?
8. Seja char(k) 6= 2. Classifique todas as hipersuperfıcies quadricas de Pn modulo equivalencia pro-
jetiva, de modo indutivo ao respeito de n. Mostre que tem exatamente n + 1 classes diferentes.
Mostre que a maioria das hipersuperfıcies quadricas sao obtidas como um cone de una quadrica de
dimensao um a menos, e as que nao sao cones formam uma das classes de equivalencia projetiva.
Faca um desenho das classes de equivalencia projetiva das quadricas para n = 1, 2, 3.
1.2 Curvas Projetivas Planas
1. (Exercıcios e perguntas 2: Teorema de Bezout fraco no plano afim) O objetivo deste exercıcio
e provar o seguinte teorema: Sejam f, g ∈ k[x, y] dois polinomios nao nulos de graus m e n re-
speitivamente (k nao nessesariamente algebricamente fechado). Se f e g nao tem fator comum,
entao
#V (f, g) ≤ mn.
Para isto e sugerido mostrar que #V (f, g) ≤ dimkk[x, y]/(f, g) ≤ mn. (Dica: Para mostrar
a desigualdade da esquerda, mostre que dados finitos {Pi}li=1 ⊂ V (f, g), existem hi ∈ k[x, y]
tais que hi(Pi) 6= 0 e hi(Pj) = 0 para j 6= i. Para provar a desigualdade da direita considere
Wd = {h ∈ k[x, y]|deg(h) ≤ d}. Se a gente supor que a desigualdade nao vale, entao para um d
grande mn < dimkWd/〈f, g〉, mais utilizando o fato que dimkWd =(d+2
2
)mostre que isto nao pode
acontecer, logo segue o resultado.) Usando o teorema de Bezout prove o teorema de Pascal.
2. (Exercıcios e perguntas 2: Moduli das cubicas planas) Mostre que toda cubica nao degenerada
em P2(C) e projetivamente equivalente a y2z = x(x − z)(x − λz) com λ ∈ C, ou a y2z = x3
(isto e conhecido como a forma normal de Weierstrass da cubica). As cubicas da forma y2z =
x(x−z)(x−λz) com λ ∈ C\{0, 1} sao topologicamente um toro, alem como superfıcies de Riemann
sao toros complexos. Mais ainda duas daquelas cubicas sao isomorfas, se e so se, elas sao isomorfas
como variedades complexas. Sao todos os toros complexos isomorfos? Queremos determinar as
classes de equivalencia projetiva das cubicas da forma y2z = x(x − z)(x − λz) com λ ∈ C \ {0, 1}.Prove que para λ, λ′ ∈ C \ {0, 1} os conjuntos {0, 1, λ} e {0, 1, λ′} estam em correspondencia via
uma transformacao afim da reta A1(C), se e so se, λ′ ∈ {λ, 1/λ, 1−λ, 1/(1−λ), (λ−1)/λ, λ/(λ−1)},se e so se, J(λ) := (λ2 − λ+ 1)3/(λ(1− λ))2 = J(λ′). Mostre que se J(λ) = J(λ′) entao as cubicas
correspondentes sao projetivamente equivalentes. (Dica: Pode fazer isto diretamente com mudanzas
de variaveis adequadas, mas tambem pode fazer de maneira geometrica fazendo uma transformacao
afim e utilizando o Teorema de Bezout para curvas projetivas.) Mais ainda, vale o recıproco! Assim
o numero J(λ), chamado de invariante modular, parametriza as classes de equivalencia projetiva
das cubicas planas (nao singulares). Isto mostra que o moduli das curvas elıpticas tem dimensao 1.
1.3 Coordenadas de Plucker e Retas sobre Superfıcies
1. (Lista 1: P1) Mostre que tem exactamente 27 retas contidas na suferfıcie cubica de Fermat:
C := {(x0 : x1 : x2 : x3) ∈ P3(C)|x30 + x3
1 + x32 + x3
3 = 0}
e determine suas coordenadas de Plucker. Quais sao as retas sobre C que nao intersectam as retas
V (X0, X1) e V (X0, X2)? Quais sao as retas sobre C que nao intersetam as retas V (X0, X1) mas que
intersectam V (X0, X2)? Mostre que cada uma das 27 retas intersecta exactamente 10 das demais
26 retas. Quantas retas do espaco projetivo real P3(R) sao contidas na superfıcie cubica C?
2. (Lista 1: P3) Quando um plano V (c0X0 + c1X1 + c2X2 + c3X3) em P2(k) contem uma reta com
as coordenadas de Plucker p01, p02, p03, p12, p13, p23?
3. (Lista 2: P5) Determine as retas sobre a superfıcie quadrica
{(x0 : x1 : x2 : x3) ∈ P3(k)|x21 = x0x2}.
Mostre que estas retas se intersectam num unico ponto. Qual e a imagem do conjunto destas retas
ao respeito da aplicacao de Plucker?
4. (Lista 3: P7) Mostre que a propriedade que um ponto (x0 : x1 : x2 : x3) ∈ P3(k) esteja contido
numa reta com coordenadas de Plucker (p01 : ... : p23) ∈ P5(k), pode ser expresso em termos de
um sistema de 4 equacoes lineares homogeneas em x0, x1, x2, x3, cuja matriz e anti-simetrica de
posto 2.
5. (Lista 3: P8) Determine as retas sobre a superfıcie cubica real (de Clebsch){(x0 : x1 : x2 : x3) ∈ P3(R)|x3
0 + x31 + x3
2 + x33 = (x0 + x1 + x2 + x3)3
}.
6. (Exercıcios e perguntas 3: Retas em superfıcies) Mostre que as condicoes para que uma reta L
com coordenadas de Plucker pij esteja contida numa superfıcie X ⊆ P3 dada pela equacao F = 0,
sao relacoes algebricas entre os pij e os coeficientes de F . (Isto mostra que tanto o conjunto de
retas contidas em X, como o conjunto superfıcies de grau deg(F ) contendo L, sao parametrizados
por um conjunto algebrico.) Mostre que a superfıcie de Fermat de grau d
Xd := V (Xd0 +Xd
1 +Xd2 +Xd
3 ) ⊆ P3
contem pelo menos 3d2 retas. Tem mais?
7. (Lista 4: P15) Seja L uma reta em P3(k) com coordenadas de Plucker (p01 : ... : p23) ∈ P5(k).
Para cada vetor (x0, x1, x2, x3) ∈ k4, colocamos
yi :=
3∑j=0
pijxj (para i = 0, 1, 2, 3).
Mostre que a medida que os vetores (x0, x1, x2, x3) percorrem os pontos de k4, os pontos (y0 : y1 : y2 : y3)
percorrem os pontos da reta L e o “ponto improprio” (0 : 0 : 0 : 0).
8. (Lista 7: P23) Mostre que ha uma bijecao:
P1(k)× P1(k)←→{(z0 : z1 : z2 : z3) ∈ P3(k) | z0z3 = z1z2} =: S
((x0 : x1), (y0 : y1)) 7−→(x0y0 : x0y1 : x1y0 : x1y1)
Determine as retas sobre a superfıcie quadrica S e suas imagens em P1(k)× P1(k).
1.4 Aneis Noetherianos, Teorema da Base de Hilbert e Modulos
Noetherianos
1. (Lista 2: P6) Sejam a e b ideais em k[T1, ..., Tn]. Mostre que
V (a ∩ b) = V (a · b)
onde a · b := ideal gerado pelos produtos ab (a ∈ a, b ∈ b).
2. (Lista 3: P9) Sejam a e b dois ideais em k[T1, .., Tn]. Mostre que
V (a) = V (b)⇔ ∃N > 0 : aN ⊂ b ∧ bN ⊂ a
onde aN := ideal gerado pelos produtos de N elementos de a.
3. (Lista 3: P11) Seja A um anel. Um A-modulo M e chamado artiniano se cada cadeia descendente
de submodulos e estacionaria. Seja
0→M ′ →M →M ′′ → 0
uma sequencia exata de A-modulos. Mostre que
M e artiniano ⇔ M ′ e M ′′ sao artinianos.
4. (Exercıcios e perguntas 3: Ideais finitamente gerados) Considere o anel de polinomios k[x0, ..., xn]
e d ∈ Z>0. Para cada multi-ındice α ∈ Ad := {(i0, ..., in) ∈ Zn+1≥0 |i0 + ... + in+1 = d} seja
xα := xα00 · · ·xαn
n . Considere o morfismo de k-algebras de polinomios
φ : k[{yα}α∈Ad] −→ k[x0, ..., xn]
yα 7−→ xα.
Mostre que Ker(φ) = ({yα1 · · · yαl − yβ1 · · · yβl}l>1α1+...+αl=β1+...+βl). O teorema da base de Hilbert
implica que Ker(φ) e finitamente gerado. Mostre que os geradores para l = 2 sao suficientes para
gerar todo o ideal.
5. (Lista 9: P29) Seja A um anel, e I um ideal.
(i) Mostre que se existe a ∈ A tal que os ideais (I, a) e (I : a) sao finitamente gerados, entao I e
finitamente gerado.
(ii) Mostre que se I e maximal dentro dos ideais que nao sao finitamente gerados, entao I e primo.
(iii) Mostre que A e Noetheriano se e somente se todo ideal primo de A e finitamente gerado.
1.5 Hilbert Nullstellensatz e Variedades Algebricas Afins
1. (Lista 3: P10) Mostre que o conjunto
X :={
(t3, t4, t5) ∈ k3|t ∈ k}
e fechado em k3 e que seu ideal radical I(X) ⊆ k[T1, T2, T3] e primo. Mostre que
I(X) = 〈T 22 − T1T3, T
31 − T2T3, T
23 − T 2
1 T2〉.
Mostre que I(X) nao e gerado por 2 elementos. (Dica: Trabalhar com as variaveis T1, T2 e T3 com
pesos 3, 4 e 5 respectivamente, logo observar que o ideal I(X) e “quase-homogeneo” e procurar
geradores de pesos crescentes.)
2. (Lista 7: P24) Mostre que o conjunto
X :={
(t5, t7, t8, t9)|t ∈ k}
e fechado em k4 e que seu ideal radical I(X) ⊆ k[T5, T7, T8, T9] e primo e “quase-homogeneo”.
Determine uma base de I(X). Mostre que o numero minimo de geradores de I(X) e igual a cinco.
(Dica: Procure geradores “quase-homogeneos” por pesos crescentes. No algoritmo de divisao tra-
balhe com a seguinte ordem total:
(a5, a7, a8, a9) ≤ (b5, b7, b8, b9) ⇐⇒ (∑
ai, b5, b7, b8) ≤lex (∑
bi, a5, a7, a8).)
3. (Lista 8: P27) Seja k um corpo nao algebricamente fechado, I um ideal do anel de polinomios
k[T1, ..., Tn], e
Vk(I) := {x ∈ kn|f(x) = 0,∀f ∈ I}
o conjunto deo pontos k-racionais da variedade algebrica afim Vk(I).
Mostre que existe um polinomio f ∈ I tal que
Vk(I) = Vk(f).
(Dica: Mostre para cada m ≥ 1 que existe hm ∈ k[T1, ..., Tm] tal que Vk(hm) = (0, ..., 0) em km.)
4. (Eisenbud Exer. 4.27 e 4.28)
(i) Sejam A ⊆ B dominios tais que Frac(B)|Frac(A) e uma extensao algebrica de corpos. Mostre
que para todo ideal J 6= 0 de B, vale que J ∩ A 6= 0. Utilizando isto mostre que se A e um
corpo, entao B e um corpo.
(ii) Seja k um corpo nao nessesariamente algebricamente fechado, e k[x1, ..., xn] anel de polinomios.
Mostre que todo ideal maximal de k[x1, ..., xn] pode ser escrito na forma (f1, ..., fn) com
fi ∈ k[x1, ..., xi].
(iii) Utilizando o item (ii) obtenha uma nova prova do Teorema dos zeros de Hilbert, i.e. mostre
que se k e algebricamente fechado, entao os ideais maximais de k[x1, ..., xn] sao da forma
(x1 − a1, ..., xn − an).
1.6 Bases de Grobner
1. (Lista 3: P12) Classificacao dos pontos triplos no plano afim:
(i) Determine todos os ideais a no anel de polinomios k[X,Y ] tais que dimkk[X,Y ]/a = 3,
em descrevendo suas bases reduzidas de Grobner a respeito da ordem lexicografica.
(ii) Quando um ideal do item (i) se anula apenas na origem?
Neste caso determine dimkk[X,Y ]/〈a, bY + cX〉 para cada reta V (bY + cX) pela origem.
(iii) Classifique os ideais do item (ii) a menos de transformacoes lineares.
2. (Lista 4: P13) Detemine a base reduzida de Grobner do ideal
〈T2 − T 21 , T3 − T 3
1 〉 ⊆ k[T1, T2, T3]
a respeito da ordem graduada lexicografica inversa.
3. (Lista 5: P16) (Construcao de bases de intersecoes de ideais)
(i) Sejam b, c ⊆ k[T1, ..., Tn] ideais. Mostre que
b ∩ c = k[T0, ..., Tn]〈T0b + (1− T0)c〉 ∩ k[T1, ..., Tn]
onde k[T0, ..., Tn]〈T0b + (1 − T0)c〉 denota o ideal de k[T0, ..., Tn] gerado pelos polinomios da
forma T0f(T1, ..., Tn) + (1− T0)g(T1, ..., Tn) com f ∈ b e g ∈ c.
(ii) Seja a ⊆ k[T0, ..., Tn] um ideal, e f1, ..., fr uma base de Grobner de a a respeito da ordem
lexicografica. Mostre que os elementos da base que nao dependem de T0 formam uma base de
Grobner de a ∩ k[T1, ..., Tn] a respeito da ordem lexicografica.
4. (Exercıcios e perguntas 4: Elementos do Radical) Seja I = (f1, ..., fk) ⊆ k[x1, ..., xn]. Mostre
que f ∈√I se e so se 1 ∈ (f1, ..., fk, 1 − yf) ⊆ k[x1, ..., xn, y]. Mostre um algoritmo para decidir
quando um elemento esta no radical do ideal.
5. (Lista 6: P22) Determine todos os ideais a de k[X,Y ] tais que
dimkk[X,Y ]/a = 3 e V (a) ∈ V (Y ).
Classifique a menos de transformacoes afins os ideais a de k[X,Y ] tais que
dimkk[X,Y ]/a = 3 e #V (a) = 2.
6. (Lista 8: P26) Pontos quadruplos no plano afim:
Escreva a lista completa de todos os ideais a em k[X,Y ] tais que
dimk(k[X,Y ]/a) = 4 e V (a) = {(0, 0)}
em exibindo suas bases reduzidas de Grobner a respeito da ordem lexicografica.
7. Dada uma matriz (aij)1≤i≤m,1≤j≤n com coeficientes em S := k[T1, ..., Tr], seja A : Sm → Sn o
S-homomorfismo correspondente. Descreva um procedimento agoritmico, que para cada vector
w ∈ Sn decide se ele esta na imagem de A ou nao, e que no caso afirmativo fornece um vetor
v ∈ Sm tal que A(v) = w.
8. Mostre que a menos de transformacoes afins tem 5 pontos quadruplos no plano afim.
1.7 Teorema das Sizıgias de Hilbert
1. (Exercıcios e perguntas 4: Calculando Syzygias e Intersecao de Ideais) Seja k um corpo, S =
k[x1, ..., xn] anel de polinomios, e φ : F → M um morfismo de S-modulos livres de posto finito.
Seja N := φ(F ) e {e1, ..., en} ⊆ F uma base de F . Colocando mi := φ(ei) para i = 1, ..., n,
temos que N = Sm1 + ... + Smn. Se m1, ...,mn sao base de Grobner de N , sabemos determinar
as primeiras syzygias de N , i.e. podemos encontrar geradores para o S-modulo G := Ker(φ) ⊆ F
(mais ainda, aqueles geradores sao base de Grobner de G). No caso geral (quando m1, ...,mn
nao sao base de Grobner) mostre que para encontrar as primeiras syzygias de N basta estender o
conjunto de geradores para uma base de Grobner B, logo encontrar as syzygias para os elementos
da base de Grobner B, e logo obter as syzygias dos geradores originais substituindo em cada syzygia
os elementos de B \ {m1, ...,mn} en termos de m1, ...,mn (o Algoritmo de Buchberger fornece as
relacoes dos elementos B \ {m1, ...,mn} en termos de m1, ...,mn). Agora utilizaremos o metodo
para calcular syzygias, para determinar intersecao de ideais. Sejam I = (f1, ..., fk) e J = (g1, ..., gl)
ideais de S e considere o morfismo de S-modulos
φ : Sk ⊕ Sl −→ I + J
(p, q) 7−→k∑i=1
pifi +
l∑j=1
qjgj .
Sejam π1 : Sk ⊕ Sl → Sk e π2 : Sk ⊕ Sl → Sl as projecoes canonicas. Mostre que
I ∩ J = φ(π1(Ker(φ))) = φ(π2(Ker(φ))).
Considere os polinomios f1 := y2 − xz, f2 := x3 − yz, f3 := z2 − x2y, f4 := z3 − xy3, f5 := z4 − y5
em S = k[x, y, z]. Utilizando o metodo para calcular syzygias determine a intersecao dos seguintes
ideais:I1 = (f1, f2) ∩ (f3)
I2 = (f1, f2) ∩ (f3, f4)
I3 = (f1, f2) ∩ (f3, f4, f5)
e mostre que z2f1 ∈ I2 \ I1 e y3f1 ∈ I3 \ I2.
2. (Exercıcios e perguntas 4: Quocientes de Ideais) Seja A um anel (comutativo com unidade),
I, J ⊆ A ideais. Definimos o ideal quociente
(I : J) := {a ∈ A|aJ ⊆ I}.
Mostre que
(I : (f1, ..., fk)) =
k⋂i=1
(I : (fi)).
Seja I ⊆ A um ideal e g ∈ A um elemento diferente de zero. Mostre que se I ∩ (g) = (h1, ..., hl)
entao (I : (g)) = (h1/g, ..., hl/g). Utilizando o anterior mostre um metodo para calcular o ideal
quociente (I : J) para I, J ⊆ k[x1, ..., xn] ideais finitamente gerados. Calcule
((f1, f2) : (f3, f4))
onde os fi sao do exercıcio anterior.
1.8 Espacos topologicos Noetherianos e irredutiveis
1. (Lista 9: P30) Mostre que um espaco topoloogico e irredutıvel se ele e uniao de subconjuntos
abertos irredutıveis, que se intersectam dois a dois.
1.9 Decomposicao Primaria de ideais e variedades
1. (Lista 4: P14)
(i) Determine a decomposicao em componentes irredutıveis de V (Y 4 −X2, Y 4 −X2Y 2 +XY 2 −X3) ⊆ k2.
(ii) Mostre que V (X2 − Y Z,XZ −X) ⊆ k3 e uniao de tres componentes irredutıveis e determine
geradores do ideal de cada componente.
2. (Lista 5: P17) Determine a decomposicao em irredutiveis de
V (XZ − Y 2, Z3 −X5) ⊆ k3.
(Dica: Inicie o procedimento em procurando no ideal por um polinomio redutıvel.)
3. (Lista 5: P19)
(i) Mostre que um inteiro positivo n e uma potencia de um numero primo se e somente se o ideal
nZ e primario.
(ii) Mostre que o ideal 〈XY, Y 2〉 ⊆ k[X,Y ] tem mais do que uma decomposicao primaria minimal.
4. (Lista 6: P20) Considere o ideal
I := 〈Y 2 −X2(X + 1), XZ − YW, Y Z〉 ⊆ k[X,Y, Z,W ].
Quais sao os componentes irredutiveis de V (I)? Determine geradores para√I.
1.10 Morfismos de Variedades Afins e Pull-back
1. Seja k[{xij}1≤i,j≤3] anel de polinomios em 9 variaveis, e a matriz de 3 × 3 dada por G = (xij).
Seja X ⊂ A9 a variedade algebrica definida pelos menores 2× 2 de G. O objetivo deste exercıcio e
mostrar que X e irredutivel. Para isto:
(i) Mostre que a variedade afim
Y := {(g, y) ∈ A9 × A1|g e visto como matriz de 3× 3 e det(g) · y = 1}
e irredutivel.
(ii) Mostre que Y × Y e um fechado irredutivel de A20.
(iii) Seja m uma matriz 3× 3 de posto 1, e considere o morfismo
φ : Y × Y −→ A9
((g1, y1), (g2, y2)) 7−→ g1mg2.
Mostre que φ(Y × Y ) = X e que X e irredutivel.
1.11 Equivalencia de Categorias entre Variedades Afins e Algebras
Finitamente Geradas
1. (Lista 5: P18) Seja X um espaco topologico compacto Hausdorff, C(X) a R-algebra das funcoes
continuas X → R. Seja
X := {m ⊆ C(X)|m e um ideal maximal de C(X)}
o espectro maximal de C(X), equipado com a topologia de Zariski. Mostre que o mapa
x 7→ mx := {f ∈ C(X)|f(x) = 0}
define um homeomorfismo de X sobre X. (Dica: Utilize a seguinte consequencia do Lema de
Urysohn: “Para cada dois subconjuntos fechados disjuntos A e B de X existe uma funcao f ∈ C(X)
tal que f(a) = 0 para cada a ∈ A e f(b) = 1 para cada b ∈ B.”)
1.12 Morfismos Finitos e Dependencia Integral
1. (Lista 6: P21) Considere o morfismo
π : V (XY 2 + Y + 1) −→ A1
(x, y) 7−→ x.
Mostre que π e um morfismo sobrejetivo e quase-finito, mas nao e finito.
2. (Exercıcios e perguntas 5: Morfismos Finitos) Sejam X e Y variedades afins irredutıveis, e
f : X → Y um morfismo dominante, i.e. f∗ : k[Y ] → k[X] e injetivo. Dizemos que f e finito se
k[X] e k[Y ]-modulo finitamente gerado, i.e. se k[X] e integral sobre k[Y ].
(i) Mostre que a composicao de morfismos finitos e finito.
(ii) Se f : X → Y e finito, mostre que K(Y ) := Frac(k[Y ]) ↪→ K(X) e uma estensao finita de
corpos. Neste caso dizemos que o grau de f e deg(f) := [K(X) : K(Y )].
(iii) Se f : X → Y e finito e ϕ ∈ k[Y ], mostre que f : Xf∗ϕ → Yϕ (restringido nos abertos
principais) e finito.
(iv) Se f : X → Y e finito, e Z ⊆ X e um fechado irredutıvel, mostre que f |Z : Z → f(Z) e finito.
(v) Se f : X → Y e finito, mostre que f e fechado.
3. Mostre que um morfismo f : X → Y de variedades algebricas afins e finito se e somente se cada
ponto y ∈ Y tem uma vizinhanca aberta principal V tal que o morfismo induzido f−1(V ) → V e
finito.
1.13 Variedades Projectivas e Nullstellensatz homogeneo
1. (Lista 7: P25) Seja A =⊕∞
n=0An um anel graduado (cf. Atiyah–Macdonald, p.106). Mostre que:
Se p for um ideal primo no anel graduado A, entao o ideal graduado⊕∞
n=0(p ∩ An) tambem sera
primo. Se o anel graduado A for noetheriano, entao cada ideal radical homogeneo em A sera a
intersecao de um numero finito de ideais primos homogeneos.
2. (Exercıcios e perguntas 5: Projecoes lineares e o lema de Noether)
(a) Um morfismo f : X → Y entre variedades quase-projetivas irredutıveis e finito se todo ponto
y ∈ Y tem uma vizinhanca afim V tal que U = f−1(V ) e afim e f : U → V e finito. Mostre
que as propriedades do exercıcio anterior valem neste contexto.
(b) Seja Λ ' Pk um subespaco linear de Pn e Pn−k−1 um subespaco complementario (i.e. Pn−k−1∩Λ = ∅), defina
πΛ : Pn \ Λ→ Pn−k−1
que envia cada q ∈ Pn \ Λ na intersecao de Pn−k−1 com o (k + 1)-plano gerado por Λ e q. A
aplicacao πΛ e chamada projecao linear desde Λ a Pn−k−1. Mostre que se p0, ..., pk geram Λ,
entao πΛ = π0 ◦ · · · ◦ πk|Pn\Λ onde
πi : Ei+1 \ {pi} → Ei
com Ei o espaco gerado por Pn−k−1 e p0, ..., pi−1. Utilizando isto mostre que as projecoes
lineares sao morfismos.
(c) Seja Λ ⊆ Pn um subespaco linear de dimensao k, e X ⊆ Pn uma variedade projetiva irredutıvel
tal que Λ ∩ X = ∅. Mostre que a projecao linear πΛ : X → πΛ(X) ⊆ Pn−k−1 define um
morfismo finito.
(d) Mostre que para toda variedade projetiva irredutıvel existe um morfismo finito
ϕ : X → Pm
para algum m.
(e) (Lema de Noether) Mostre que para toda variedade afim irredutıvel X existe um morfismo
finito
ϕ : X → Am
para algum m.
3. (Exercıcios e perguntas 5: Dimensao e morfismos finitos) Seja f : X → Y um morfismo finito,
mostre que:
(a) (Lying over) ∀Y ′ ⊆ Y fechado irredutıvel, ∃X ′ ⊆ X fechado irredutıvel tal que f(X ′) = Y ′.
(b) (Going up) ∀Y ′, Y ′′ ⊆ Y fechado irredutıvel, com Y ′′ ⊆ Y ′ e ∀X ′ ⊆ X fechado irredutıvel tal
que f(X ′) = Y ′, ∃X ′′ ⊆ X ′ fechado irredutıvel tal que f(X ′′) = Y ′′.
(c) (Incomparabilidade) ∀X ′ ⊆ X fechado irredutıvel: f(X ′) = Y ⇒ X ′ = X.
(d) dim(X) = dim(Y ).
4. (Exercıcios e perguntas 5: Ramificacao)
(a) Seja f : X → Y um morfismo finito entre variedades irredutıveis, com Y normal, i.e. tal que
possui uma cobertura por abertos afins {Ui} tais que k[Ui] e dominio integralmente fechado
(i.e. e igual a seu fecho integral dentro de Frac(k[Ui])). Para cada y ∈ Ui, escreva f−1(y) =
{x1, ..., xm} e considere a ∈ k[Ui] tal que a(xj) sao todos distintos. Seja F ∈ Frac(k[Ui])[t] o
polinomio minimal de a. Mostre que F ∈ k[Ui][t] e que #f−1(y) ≤ deg(F ) ≤ deg(f).
(b) No mesmo contexto do item (a) f e dito nao ramificado em y ∈ Y se #f−1(y) = deg(f), no
caso contrario e dito ramificado em y (y e chamado um ponto de ramificacao). Seja ∆(F ) o
discriminante de F em k[Ui]. Mostre que y e ponto de ramificacao se e so se ∆(F )(y) = 0,
logo os pontos de ramificacao sao um fechado de Y , mais ainda, mostre que se K(X)|K(Y ) e
separavel este fechado e um subconjunto proprio de Y .
5. (Lista 8: P28) Seja f ∈ k[T0, T1, T2, T3] um polinomio homogeneo nao constante. Mostre que
as retas sobre a superfıcie V (f) ⊆ P3 correspondem bijetivamente aos pontos de uma variedade
algebrica projetiva em P5. Para isto de duas provas, uma usando a cobertura do P5 por seis abertos
afins
P5 =
5⋃i=0
A5i ,
e a outra baseada no problema P15 da Lista 4.
6. (Lista 10: P33) Considere a variedade afim
V = V (Y 2 −X2(X + 1), XZ − YW ) ⊆ A4.
Mostre que a decomposicao em irredutıveis de V e
V = V1 ∪ V2,
onde V1 = V ∩ V (X) e V2 = V \ V (X). Determine equacoes para V1 e V2.
(Dica: Considere V ′ = V (Y 2U −X2(X + U), XZ − YW ) ⊆ P4 no lugar de V .)
1.14 Afinitude
1. (Lista 9: P31) Seja U um subconjunto aberto nao-vazio em Pn e f : U → Pm um morfismo que
nao pode ser estendido para um aberto maior de Pn. Mostre que cada funcao regular sobre U e
constante, logo U nao e afim.
2. Sejam Hi e Hj os hiperplanos de Pn definidos por xi = 0 e xj = 0, com i 6= j. Mostre que toda
funcao regular em Pn \ (Hi ∩Hj) e constante (logo a variedade nao e afim).
1.15 Mergulho de Veronese
1. (Lista 10: P34) Considere o mergulho de Veronese
νd : Pn → PN
com N =(n+dd
)− 1, que envia cada tupla (x0 : ... : xn) na tupla ({yα}α∈I) = ({xα}α∈I) onde
I = {(α0, ..., αn) ∈ Zn+1≥0 : |α| := α0 + ...+ αn = d}
na ordem lexicografica (note que #I = N + 1), e yα = xα = xα00 · · ·xαn
n . Mostre que
I(νd(Pn)) = 〈{YαYβ − YγYδ}α+β=γ+δ〉 ⊆ k[{Yα}α∈I ].
(Dica: Utilize o algoritmo de divisao com a ordem graduada lexicografica inversa em k[{Yα}α∈I ].)
2. (Lista 10: P35) Mostre que as superfıcies quadricas em P3 que contem a curva cubica torcida
C := {(s3 : s2t : st2 : t3) ∈ P3|(s : t) ∈ P1}
sao exactamente da forma
V
det
c0 c1 c2
T0 T1 T2
T1 T2 T3
onde (c0 : c1 : c2) ∈ P2.
Mostre que cada par destas superfıcies quadricas se intersectam na uniao de C com uma reta.
3. (Hartshorne I.3.1, I.3.7)
(a) Mostre que se uma variedade projetiva irredutıvel e afim, entao ela deve ser um ponto.
(b) Utilizando o mergulho de Veronese mostre que se Y ⊆ Pn e variedade projetiva irredutıvel que
nao e um ponto, e se H e uma hipersuperfıcie de Pn, entao Y ∩H 6= ∅.
(c) Mostre que A2 e P2 nao sao homeomorfos com a topologia de Zariski.
4. Consideramos a curva monomial ou curva racional normal C ⊆ Pn definida por
C = νn(P1).
(a) Mostre que se p1, ..., pkn+1 ∈ C sao diferentes, entao todo polinomio F ∈ k[x0, ..., xn]k tal que
F (p1) = ... = F (pkn+1) = 0 pertece a I(C).
(b) Mostre que a imagem de
φ : P1 −→ Pn
(s : t) 7−→(
1µ0s−ν0t : ... : 1
µns−νnt
),
para (µi : νi) ∈ P1 distintos, e projetivamente equivalente a νn(P1). Mostre entao que por
qualquer n+ 3 pontos em Pn em posicao geral passa uma unica curva monomial.
(c) Sejam {p1, ..., pn+3} ⊆ Pn e {p′1, ..., p′n+3} ⊆ Pn. Sejam ϕ1, ϕ2 as parametrizacoes das unicas
curvas monomiais passando por tales conjuntos respetivamente. Sejam qi = ϕ−11 (pi), q
′i =
ϕ−12 (p′i). Mostre que {p1, ..., pn+3} e {p′1, ..., p′n+3} sao projetivamente equivalentes (nesse
ordem) se e so se λ(q1, q2, q3, qi) = λ(q′1, q′2, q′3, q′i) ∀i = 4, ..., n+ 3.
(d) Considere em Pn os subespacos lineares Λi = V (xi−1, xi), para i = 1, ..., n, e para cada λ ∈ P1
os hiperplanos contendo Λi parametrizados por Hi(λ) = V (λ0xi−1 + λ1xi). Mostre que os
Hi(λ) se intersectam num ponto p(λ) e que λ 7→ p(λ) parametriza a curva monomial.
1.16 Grassmanniana
1. (Lista 9: P32) Sejam d e n inteiros tais que 0 ≤ d < n, e seja X um sobconjunto fechado do
Pn. Mostre que os d-planos contidos na variedade algebrica projetiva X formam um subconjunto
fechado da variedade Grassmanniana Gn,d.
2. (Lista 11: P37) Sejam 0 ≤ m ≤ d ≤ e ≤ n inteiros. Mostre que
{(A,B) ∈ Gn,d ×Gn,e|dim(A ∩B) ≥ m}
e fechado em Gn,d ×Gn,e.
1.17 Produtos e Megulho de Segre
1. (Lista 10: P36) Uma variedade algebrica G equipada com a estructura de grupo e chamada um
grupo algebrico se a aplicacao
G×G→ G
definida por (x, y) 7→ xy−1 e um morfismo. Mostre que o grupo linear geral GLn(k) e um grupo
algebrico irredutıvel.
2. (Lista 11: P38) Mostre que o grupo PGLn+1 dos automosrfismos do espaco projetivo Pn e um
grupo algebrico afim.
1.18 Separabilidade
1. (Lista 11: P39) Sejam X, Y , Z variedades quase-projetivas, e f : X → Z, g : Y → Z dois
morfismos. Mostre que o produto fibrado
X ×Z Y := {(x, y) ∈ X × Y |f(x) = g(y)}
e um fechado de X × Y .
1.19 Variedades de Incindencia
1. (i) Considere a Grassmanniana de k-planos em Pn, G = G(k, n), e a variedade de incidencia:
Φ = {(p,Λ) ∈ Pn ×G|p ∈ Λ}.
Mostre que Φ e um fechado de Pn ×G.
(ii) Considere X ⊆ Pn uma variedade projetiva. Mostre que
ΓX := {Λ ∈ G|X ∩ Λ 6= ∅}
e um fechado de G.
(iii) Dados dois fechados X,Y ⊆ Pn definimos a ligacao de X e Y por
J(X,Y ) :=⋃
Λ∈LΛ
onde
L = {Λ ∈ G(1, n)|Λ ∩X 6= ∅,Λ ∩ Y 6= ∅}.
Mostre que J(X,Y ) e um fechado de Pn.
2. (Variedades de Schubert de G(1, 3)) Fixamos uma bandeira V em P3, i.e. uma escolha de um ponto
V0 ∈ P3, uma reta V1 ⊆ P3 contendo V0, e um plano V2 ⊆ P3 contendo V1. Definimos as variedades
de Schubert
Σa,b := {Λ ∈ G(1, 3)|dim(Λ ∩ Va) = 0, dim(Λ ∩ Vb) = 1},
para 1 ≤ a+ 1 ≤ b ≤ 3.
Mostre que as variedades de Schubert sao fechados irredutıveis de G(1, 3).
Para cada (a, b), considere a celula de Schubert Σa,b definida como o complementar em Σa,b da
uniao de todas as outras variedades de Schubert propriamente contidas em Σa,b.
Mostre que Σa,b ' Aa+b−1.
1.20 Anel de Coordenadas Homogeneas
1. (Hartshorne I.3.9) O anel de coordenadas homogeneas nao e invariante por isomorfismos. Por
exemplo, considere X = P1, e Y = ν2(P1). Mostre que X e Y sao isomorfos, mais seus aneis de
coordenadas homogeneas nao sao.
(Dica: Mostre que C(Y ) \ {(0, 0, 0)} ⊆ k3 e um aberto principal (e por tanto afim) de C(Y ).)
Chapter 2
Exercıcios Geometria Algebrica II
2.1 Espectro de um Anel
1. (Lista 1: P1) Seja A =∏ni=1Ai o produto direto dos aneis Ai. Mostre que Spec(A) e a uniao dis-
junta de subespacos abertos (e fechados) Xi, onde Xi e canonicamente homeomorfo com Spec(Ai).
Reciprocamente, seja A um anel qualquer. Mostre que as seguintes afirmacoes sao equivalentes:
(i) X = Spec(A) e disconexo.
(ii) A ' A1 ×A2 onde nenhum dos aneis A1 e A2 e o anel zero.
(iii) A contem um elemento idempotente diferente de 0 e 1.
2. (Lista 1: P3) Seja X = Spec(A) onde
A := k[T1, T2]/〈T 21 , T1T2〉.
Determine os elementos nilpotentes e os divisores de zero do anel A. Mostre que existe um divisor
de zero f de A tal que o aberto principal Xf e denso em X.
3. (Lista 2: P4) Considere o morfismo Spec Z[T ]→ Spec Z induzido pelo homomorfismo de inclusao
Z ↪→ Z[T ].
(i) Mostre que para cada numero primo p a fibra sobre o ponto fechado 〈p〉 ∈ Spec Z e homeomorfa
a Spec Fp[T ].
(ii) Mostre que a fibra sobre o ponto generico de Spec Z e homeomorfa a Spec Q[T ].
22
4. (Lista 2: P5) Seja A um anel local com o ideal maximal m.
(i) Mostre que os pontos fechados do esquema
X := (Spec A) \ {m}
correspondem bijetivamente aos primos p ∈ Spec A tais que #V (p) = 2.
(ii) Mostre que o esquema X nao possui pontos fechados se A e um anel de valorizacao cujo grupo
de valores e isomorfo ao grupo das sequencias de inteiros (n1, n2, n3, ...) equipado com a ordem
lexicografica.
5. (Lista 2 : P7) Seja A um anel booleano, i.e. um anel satisfazendo x2 = x ∀x ∈ A. Mostre que:
(i) 2x = 0 para cada x ∈ A.
(ii) Cada ideal de A e um ideal radical.
(iii) Cada ideal primo de A e um ideal maximal cujo corpo residual tem apenas dois elementos.
(iv) O mapa x 7→ Ax define uma bijecao
A←→ {ideais principais de A}.
(v) Cada ideal finitamente gerado de A e principal.
(vi) Definindo em A a ordem parcial
x ≤ y ⇐⇒ Ax ⊆ Ay
tem-se para cada x, y ∈ Asup(x, y) = x+ y + xy
inf(x, y) = xy.
6. (Lista 3: P10) Seja X o espectro de um anel booleano A. Mostre que:
(i) Os elementos f ∈ A correspondem bijetivamente aos abertos principais Xf de X.
(ii) X \Xf = X1−f , ∀f ∈ A.
(iii) Xf+g = (Xf ∪Xg) \ (Xf ∩Xg), ∀f, g ∈ A.
(iv) Os abertos principais de X sao os abertos-fechados de X (clopen subsets os X).
(v) A topologia de X e compacta (e nao apenas quase-compacta).
(vi) O anel booleano A e isomorfo a algebra das funcoes continuas X → F2 onde o corpo F2 e
equipado com a topologia discreta.
7. (Lista 4: P12) Mostre que a topologia de Zariski do espectro de um anel booleano e totalmente
desconexa, i.e., cada subconjunto conexo nao-vazio consiste de um unico elemento.
8. (Lista 5: P15) Seja X um espaco topologico e B o conjunto de fechados-abertos de X. Mostre
que B e um anel booleano, se a soma e o produto de dois elementos Y, Z ∈ B sao definidos por
(Y ∪ Z) \ (Y ∩ Z) e Y ∩ Z, respectivamente. Mostre que X e homeomorfo ao espectro de B se e
somente se X e compacto e totalmente desconexo.
9. (Lista 6: P17) Sejam k um corpo, N um conjunto infinito, p.e. N = {0, 1, 2, 3, ...}, e seja A o anel
das funcoes N → k. Para cada f ∈ A seja
V (f) := {n ∈ N |f(n) = 0}.
Seja a ( A um ideal. Mostre que
F := {V (f)|f ∈ a}
e um filtro de N , i.e. um conjunto nao vazio de subconjuntos de N satisfazendo
(i) ∅ /∈ F ,
(ii) X,Y ∈ F ⇒ X ∩ Y ∈ F ,
(iii) X ∈ F , X ⊆ Y ⇒ Y ∈ F .
Mostre que tem uma bijecao monotona
{ideais ( A} ←→ {filtros de N}.
Mostre que o ideal a contem o ideal das funcoes de suporte finito se e somente se cada subconjunto
cofinito de N pertenece ao filtro F. Neste caso, o filtro F e nao trivial, i.e.
(iv) X ∈ F ⇒ #X =∞.
Mostre que os ideais maximais de A que contem o ideal das funcoes de suporte finito correspondem
bijetivamente aos ultrafiltros nao triviais sobre N , i.e., aos filtros nao triviais sobre N satisfazendo
(v) N = X t Y ⇒ X ∈ F ou Y ∈ F .
Observacao: Na logica matematica usa-se a existencia dos ultrafiltros nao triviais para provar o
Princıpio de Lefschetz da Geometria Algebrica (cf. Prestel-Delzell, Mathematical Logic and Model
Theory).
2.2 Pre-feixes e Feixes de Grupos Abelianos
1. (Lista 1: P2) Seja Y um subconjunto de um espaco topologico X. Mostre que as seguintes
condicoes sao equivalentes:
(i) Cada subconjunto nao-vazio localmente fechado de X contem um ponto de Y .
(ii) Cada subconjunto fechado Z de X e igual ao fecho de Z ∩ Y em X.
(iii) O mapa Z 7→ Z ∩ Y define uma bijecao entre o conjunto dos fechados de X e o conjunto dos
fechados de Y .
(iv) O mapa U 7→ U ∩ Y define uma bijecao entre i conjunto dos abertos de X e o conjunto dos
abertos de Y .
2. (Lista 2: P6) Sejam s, t ∈ F(X) secoes globais de um feixe F sobre um espaco topologico X.
Mostre que o conjunto dos pontos x ∈ X, onde os talos sao sx e tx coincidem, e um aberto em X.
3. (Lista 3: P9) Mostre que os feixes de grupos abelianos sobre um espaco topologico X, formam
uma categoria abeliana.
4. (Lista 4: P11) Seja X um espaco topologico noetheriano. Seja {Fi}i∈I um sistema direto de feixes
de grupos abelianos sobre X. Mostre que o pre-feixe
U 7→ lim−→i∈IFi(U)
e um feixe
5. (Lista 4: P13) (Colagem de feixes) O objetivo desta pergunta e provar o seguinte resultado:
“ Seja X um espaco topologico. Cosidere {Ui}i∈I uma cobertura aberta de X. Suponha que
para cada i ∈ I temos um feixe Fi sobre Ui, e para cada i, j ∈ I temos um isomorfismo de feixes
ϕij : Fi|Ui∩Uj→ Fj |Ui∩Uj
tais que:
(1) ϕii = idFi, ∀i ∈ I,
(2) ϕik = ϕjk ◦ ϕij sobre Ui ∩ Uj ∩ Uk, ∀i, j, k ∈ I.
Entao existe um feixe F sobre X, junto com isomorfismos ψi : F|Ui→ Fi, tais que para cada
i, j ∈ I, ψj = ϕij ◦ ψi sobre Ui ∩ Uj . Dizemos que F e obtido por colagem dos feixes Fi via os
ismorfismos ϕij . ”
Para isto, antes de provar o caso geral, faca um anunciado e uma prova no caso particular, onde a
cobertura de X consiste de apenas dois abertos.
6. (Lista 5: P14) Seja X um espaco topologico, Z um subconjunto de X, i : Z ↪→ X a aplicacao de
inclusao, e F o feixe de R-algebras sobre X cujas secoes locais sao as funcoes continuas U → R.
Para cada aberto V em Z define-se
F|Z(V ) := {f : V → R|∀p ∈ V,∃Up vizinhanca aberta de p em X e fp ∈ F(Up) t.q. f |V ∩Up = fp|V ∩Up}.
Mostre que:
(a) F|Z e um feixe sobre Z.
(b) Se Z for fechado em X, entao
(i∗F|Z)x =
Fx se x ∈ Z
0 se x ∈ X \ Z
e o morfismo natural de feixes F → i∗F|Z e um epimorfismo (mais ainda, ele e um epimorfismo
nos abertos).
(c) Se X = R e Z = R \ {0}, entao as duas afirmacoes do item (b) nao sao verdadeiras.
(d) Trocando o corpo R por C em todas as partes anteriores, redefinimos os feixes F e F|Z .
Considere X = C e Z = R. Seja H o sub-feixe de F dado pelas funcoes holomorfas nas secoes
locais. Mostre que H → i∗H|Z e um epimorfismo, mas nao e sobrejetiva nas secoes globais.
7. (Lista 6: P19) Seja X um espaco topologico, F um feixe de grupos abelianos sobre X, e Z um
subconjunto de X equipado com a topologia induzida. Para cada aberto V de Z define-se
S(V ) := lim−→V⊆U
F(U)
onde U percorre os abertos de X contendo V . Mostre que para cada par de abertos V ⊆ V ′ tem
de modo natural um homomorfismo S(V ′) → S(V ), e que S e um semi-feixe sobre Z. O feixe
associado ao semi-feixe S e denotado por F|Z e chamado a restricao de F a Z. Mostre que
(F|Z)z = Fz , ∀z ∈ Z.
8. (Lista 7: P20) Seja α : X → Y uma aplicacao continua de espacos topologicos, e sejam F e Gfeixes de grupos abelianos sobre X e Y , respectivamente. Para cada aberto U de X define-se
S(U) := lim−→α(U)⊆V
G(V )
onde V percorre os abertos de Y contendo α(U). Mostre que S e um semi-feixe sobre X. O feixe
associado a S sera denotado por α−1G. Mostre que :
(α−1G)x = Gα(x) , ∀x ∈ X.
Os morfismos α−1G → F correspondem bijetivamente aos morfismos G → α∗F . (Dica: Considere
ainda os morfismos S → F .) Tem morfismos naturais
G → α∗α−1G
α−1α∗F → F .
Forneca exemplos onde α∗ nao e inverso de α−1 (a direita e a esquerda).
9. (Lista 8: P22) Exercıcio 1.19 do capıtulo II do livro de Hatshorne.
10. (Lista 9: P25) Exercıcio 1.15 do capıtulo II do livro de Hatshorne.
11. (Lista 10: P30) (Lema da serpente) Mostre por uma cacada num diagrama que o Lema da
Serpente vale para feixes de grupos abelianos sobre um espaco topologico X.
12. (Lista 11: P31) Exercıcio 1.10 do capıtulo II do livro de Hartshorne.
2.3 Espacos Anelados e Localmente Anelados
1. (Lista 3: P8) Sejam X e Y espacos anelados, e X = ∪iUi uma cobertura aberta de X. Considere
morfismos αi : Ui → Y tais que
αi|Ui∩Uj= αj |Ui∩Uj
, ∀i, j.
Mostre que existe um unico morfismo α : X → Y tal que
α|Ui= αi, ∀i.
2. (Lista 6: P18) Seja (X,OX) um espaco localmente anelado e f ∈ OX(X) uma secao global de X.
Mostre que o conjunto
Xf := {x ∈ X|f(x) 6= 0 em kX,x}
e aberto em X.
2.4 Esquemas
1. (Lista 5: P16) (Colagem de esquemas) Seja (Xi)i∈I uma famılia de esquemas. Suponha que para
cada par de ındices distintos i, j ∈ I tem um aberto Uij em Xi e um isomorfismo de esquemas
ϕij : Uij'−→ Uji tal que ϕji = ϕ−1
ij ,
e tal que para cada tripleta de ındices distintos i, j, k ∈ I tem-se
ϕik = ϕjk ◦ ϕij sobre Uij ∩ Uik e em particular ϕij(Uij ∩ Uik) ⊆ Ujk.
Mostre que existe um esquema X e para cada i ∈ I um aberto Ui em X e um isomorfismo de
esquemas ψi : Xi'−→ Ui tal que
X = ∪i∈IUi , ψi(Uij) = Ui ∩ Uj , ψi = ψj ◦ ϕij sobre Uij para todo i, j ∈ I distintos.
Mostre ainda que X, Ui e ψi sao unicamente determinados a menos de isomorfismo.
2. (Lista 7: P21) Seja X um esquema, x um ponto de X e SX,x a intersecao de todas as vizinhancas
abertas de x em X. Mostre que SX,x equipado com (a topologia induzida por X e) a restricao do
feixe estrutural OX e um esquema afim isomorfo ao espectro do anel local OX,x.
3. (Lista 8: P23) Exercıcio 2.16 do capıtulo II do livro de Hartshone.
4. (Lista 9: P26) (Criterio de afinitude) Exercıcio 2.17 do capıtulo II do livro de Hartshone.
5. (Lista 12: P34) Exercıcio 2.14, itens (a), (b) e (c), do capıtulo II do livro de Hartshorne.
2.5 Morfismos de Esquemas
1. (Lista 10: P28) (Morfismos afins) Seja f : X → Y morfismo de esquemas. Dizemos que f e afim
se f−1(V ) e um aberto afim de X para cada V aberto afim de Y .
(a) Sejam X um esquema, U e V dois abertos afins de X. Mostre que para cada x ∈ U∩V existem
g ∈ OX(U) e h ∈ OX(V ) tais que x ∈ Ug = Vh ⊆ U ∩ V , i.e. que e possivel cobrir U ∩ V por
abertos que sao principais tanto em U como em V .
(b) Mostre que f e afim se e so se existe uma cobertura Y = ∪i∈IVi por abertos afins tais que
f−1(Vi) e afim, ∀i ∈ I. (Dica: P26 da Lista 9.)
2. (Lista 10: P29) (Imersoes fechadas) Seja f : X → Y morfismo de esquemas. Dizemos que f e
uma imersao fechada se, no nivel dos espacos topologicos, f define um homeomorfismo de X sobre
um fechado de Y , e alem disso f# : OY → f∗OX e um epimorfismo.
(a) No caso que X = Spec(A), Y = Spec(B) sao afins, mostre que f e uma imersao fechada se e
so se ϕ : B → A e sobrejetiva, onde ϕ := f#Y : OY (Y )→ OX(X).
(b) Mostre que um morfismo de esquemas f : X → Y e uma imersao fechada se e so se f e
afim e existe cobertura Y = ∪i∈IVi por abertos afins tais que f#Vi
: OY (Vi) → OX(f−1(Vi)) e
sobrejetiva ∀i ∈ I.
3. (Lista 13: P37) Exercıcio 3.12 do capıtulo II do livro de Hartshorne.
4. (Lista 14: P40) (Teorema de Chevalley) O objetivo do exercıcio e provar o seguinte teorema de
Chevalley:
Seja f : X → Y morfismo de tipo finito entre esquemas Noetherianos. Entao a imagem de
qualquer subconjunto constructivel de X e um subconjunto constructivel de Y .
Dizemos que C ⊆ X e constructivel se C = C1 t · · · t Cr onde cada Ci e localmente fechado (i.e.
Ci = Ui ∩ Fi, onde Ui ⊆ X e aberto, e Fi ⊆ X e fechado).
Mostre o principio de inducao Noetheriana: Exercıcio 3.16 do capıtulo II do livro de Hartshorne.
Mostre o teorema de Chevalley por inducao Noetheriana seguindo os itens (a), (b) e (c) do Exercıcio
3.19 do capıtulo II do livro de Hartshorne.
Concluir que se f : X → Y e morfismo de tipo finito dominante entre esquemas Noetherianos,
entao f(X) contem um aberto nao vazio de Y .
Nota: Nao e necessario mostrar o resultado de algebra comutativa do item (b) do exercıcio 3.19.
Para uma prova deste resultado veja o livro de Atiyah & MacDonald, Proposicao 5.23, p. 66.
2.6 Productos Fibrados
1. (Lista 13: P38) (Imersoes fechadas sao estaveis por mudanca de base)
(a) Seja f : X → Y um morfismo de esquemas, V ⊆ Y um aberto e i : V ↪→ Y o morfismo dado
pela inclusao (onde V possui a estructura de esquema induzida por Y ). Mostre que o produto
fibrado X ×Y V e naturalmente isomorfo a f−1(V ) (com a estructura de esquema induzida
por X) e que o diagrama
X Y
f−1(V ) V
f
f
e cartesiano.
(b) Considere o diagrama comutativo de morfismos de esquemas
X ′ Y ′ Z ′
X Y Z
e suponha que o quadrado da direita e cartesiano. Mostre que o quadrado da esquerda e
cartesiano se e so se o quadrado exterior e cartesiano.
(c) Mostre que os morfismos afins sao estaveis por mudanca de base, i.e. que se f : X → Y
e um morfismo afim, e g : Y ′ → Y e um morfismo qualquer, entao o morfismo induzido
f ′ : X ×Y Y ′ → Y ′ e afim. (Dica: P28 (b) da Lista 10.)
(d) Mostre que as imersoes fechadas sao estaveis por mudancas de base, i.e. que se f : X → Y e
uma imersao fechada, e g : Y ′ → Y e um morfismo, entao o morfismo induzido f ′ : X×Y Y ′ →Y ′ e imersao fechada. (Dica: P29 (b) da Lista 10.)
2.7 Algebra Homologica
1. (Lista 8: P24) Seja M um modulo sobre um anel A.
Um A-modulo injetivo I equipado com um monomorfismo M → I e chamado envelope injetivo
de M se para cada A-modulo N um homomorfismo I → N ja e um monomorfismo se o homomor-
fismo composto M → I → N e um monomorfismo.
Um A-modulo projetivo P equipado com um epimorfismo P →M e chamado recobrimento projetivo
de M se para cada A-modulo N um homomorfismo N → P ja e um epimorfismo se o homomorfismo
composto N → P →M e um epimorfismo.
Embora que e conhecido que envelopes injectivos sempre existem, mostre que: O envelope inje-
tivo e o recobrimento projetivo de M sao unicamente determinados a menos de isomorfismos. Se
A = Z e M = Z/mZ onde m ≥ 2 inteiro. entao nao existe um recobrimento projetivo de M .
2. (Lista 9: P27) Seja R um anel e sejam
0←M ← P0 ← P1 ← P2 ← · · ·
0← N ← Q0 ← Q1 ← Q2 ← · · ·
duas sequencias exactas infinitas de R-modulos.
Mostre que: Se os modulos P0, P1, P2, ... sao projetivos, entao cada homomorfismo f : M → N
define uma famılia de homomorfismos fn : Pn → Qn (n = 0, 1, 2, ...) unicamente determinada a
menos de uma homotopia (vide o anunciado mais detalhado no inıcio da aula 17).
3. (Lista 11: P32) Dado um diagrama comutativo de grupos abelianos
......
...
0 C20 C21 C22 · · ·
0 C10 C11 C12 · · ·
0 C00 C01 C02 · · ·
0 0 0
cujas linhas sao exactas a menos da primeira e cujas colunas sao exactas a menos da primeira.
Mostre que os grupos de homologia da primeira linha sao isomorfos aos grupos de homologia da
primeira coluna.
2.8 Feixes de Modulos
1. (Lista 11: P33) Seja (X,OX) um espaco anelado. Mostre que:
Se I for um OX -modulo injectivo, entao para cada aberto U de X o OX |U -modulo I|U tambem
sera injectivo.
(Dica: Associe a cada OX |U -modulo F um OX -modulo em estendendo o feixe F fora de U por
zero, c.f. P22 da Lista 8.)
2. (Lista 12: P35) Exercıcio 5.3 do capıtulo II do livro de Hartshorne.
3. (Lista 14: P41) Seja X um esquema Noetheriano, F um OX -modulo coerente, e r um inteiro nao
negativo. Mostre que
U := {x ∈ X|Fx e um OX,x-modulo livre de posto r}
e um subconjunto aberto de X, e que F|U e localmente livre de posto r. Se o esquema X ainda e
integral, entao existe um aberto denso V de X e um inteiro nao negativo n tal que F|U e livre de
posto n.
2.9 Cohomologia de Feixes
1. (Lista 12: P36) Sejam A = k[T1, T2] anel de polinomios em duas variaveis sobre um corpo k,
m = A〈T1, T2〉 e X = Spec(A) \ {m}. Determine Hn(X,OX) para cada n ≥ 0.
2. (Lista 13: P39) Seja A = k[T1, ..., Tm] anel de polinomios em m variaveis sobre um corpo k,
m = A〈T1, ..., Tm〉 e X = Spec(A) \ {m}. Determine Hn(X,OX) para cada n ≥ 0.
2.10 Polinomio de Hilbert-Serre
1. (Lista 14: P42) Determine o genero aritmetico dos seguintes esquemas projetivos sobre um corpo
k:
(a) Prk := Proj(k[T0, ..., Tr]).
(b) X = Proj(k[T0, ..., Tr]/〈f〉) onde f e um polinomio homogeneo de grau d.
(c) Y = Proj(k[T0, ..., Tr]/〈f, g〉) onde f e g sao polonomios homogeneos sem divisor comum de
graus d1, e d2 respeitivamente.