em Em Limnologia

download em Em Limnologia

of 20

Transcript of em Em Limnologia

  • 5/10/2018 em Em Limnologia

    1/20

  • 5/10/2018 em Em Limnologia

    2/20

    METODOS DE COLETA, PRESERVA(:AO,CONTAGEM E DETERMINAC;AO DEBIOMASSA EM ZOOPLANCTON DE~AGUAS EPICONTINENTAIS

    9RICARDO Morrx PrNTO COELHO

    1. INTRODU

  • 5/10/2018 em Em Limnologia

    3/20

    ISO AMOSTRAGEM EM LIMNOLOGIA

    especies podem ser coloniais, apresenrar bainhas de gelatina delgadas ou processes longose fines em forma de cerdas, antenulas, espinhos e espcroes (Pennak, 1978). Em decorrenciadisso, eras passam a sofrer rapida degradacao estrutural e metab61ica assim que sao coletadas,Dessa forma, as resultados de qualquer estudo ecol6gico envolvendo organismos planctonicospodem ser muito influenciados pelas caracterfsricas dos rnetodos empregados.o zooplancton apresenta-se distribuido de forma nso homcgenea em seu habitat, exibindo

    diferentes pad roes de segregacao espacial, com gradientes ou mosaicos (patch.es) em suasabundancias tanto verticals quanta horizontals. Esses padri5es apresentam mutiplicidadede escalas, seja na cornponente espacial, seja ao longo do tempo. Muitos padroes dedistribuicao espacial mudarn, as vezes, no decorrer de algumas horas,

    2. COLETA DE ZOOPLANCTONComo os organismos zooplanctonicos vivern disperses na coluna dagua, sua coleta,

    quase sempre, envolve concentracao previa per rneio de algum tipo de filtragem. Comotodo processo de arnosrragern, tais coletas devem ser realizadas com replicas para quese possa oterecer estirnativa da eficacia amostral, Varies metod os tern sido usados paracoleta de organismos zooplanctonicos. Descreveremos, a seguir, os rnais comuns.

    2.1 REDES DE PLANCTONEsta e a forma mais antiga de coletar plancton. As primeiras redes j a estavarn em

    operacao no seculo XIX (De Bernardi, 1984). Ha varies tipos de redes. As principaisvariacces estao relacionadas ao diametro da boca de rede, a forma do cone de filtragem,a abertura de malha empregada e ao capo coletor. Trata-se de metoda cuja eficiencia dearnostragem e . muito variavel, 0 volume fi ltrado, normal mente, e calculado pela seguinteequacao baseada no volume percorrido pela rede:

    em que:yf:::: volume filtrado;r ::::raio da boca da rede;d = distancia perc on-ida.Esse volume nem sernpre corresponde, exatarnente, ao que foi efetivamente filtrado,

    uma vez que as redes sofrem colmatagern de seus paras a medida que vao atravessandoa coluna dagua. 0 grau de colrnatagem pode variar de acordo com as condicoes do lago(presence de seston) e a forma pela qual ela e operada. Segundo Tranter &Heron (1965,1967), as redes mais eficientes devern ser dotadas de cone redutor e a area de filtragemdeve ser, aproximadarnente, tres vezes maior do que a area da boca da rede (Figura 9.1).Norrnalmente, desaconselha-se 0 uso de redes para amostragens qualitativas em lagoscom elevada turbidez.

  • 5/10/2018 em Em Limnologia

    4/20

    MHodos de Coleta. Preservacao, Contagem e Determinacfie de Biomassa.; 151

    Figura 9.1 Rede com redutor conico para coleta de zooplancton, No detalhe, copo coletor do-tado de gaze para filtragem e safda dos organismos.

    o tipo de tela empregada tern efeito marcante na seletividade e eficiencia da rede.As melhores redes possuern gaze de nailon do tipo monofilamento. No Brasil, tal Iipode gaze e conhecido pela marca MONYL, de procedencia suica. Esse tipo de tela tambemapresenta grande durabilidade e boa resistencia 11colmatagem, ja que a uniforrnidade dasfibras favorece sua autolimpeza durante 0 processo de filtragem. Telas de seda naturalforam as primeiras a ser utilizadas, mas elas apresentam rnuitas irregularidades nas fibrase, em decorrencia, os poros nao sao uniformes (De Bernardi, 1984).o tamanho dos pores pode variar de 0,0 I a 1 mm. Eismont-Karabin (1978) alerta,

    contudo, que 0 uso de poros multo pequenos nao garante boa eficiencia, Pelo contrario,redes com dimensoes de poro iguais ou menores do que 20 J . . U I l nao sao capazes de coletareficientemente rotfferos. Normalmente, os programas de amostragem de zooplancton regularesdevem considerar dois tamanhos distintos de pores. Para 0microzooplancton (organismosrnenores do que 200 urn), sugere-se uso de redes na faixa de 50-65 urn e, para organismosrnesozooplanctonicos (> 200 urn), sugere-se adocao de redes com poros na faixa de 120-160 1 J . . l U . Essa recomendacao resulta do fato de que os organismos tern diferentes dimens6eslineares (antero-posterior versus laterais), alem de poderem se curvar e se contrair emdecorrencia das ondas de pressao durante a filtragem, Par exernplo, urna larva de copepodecorn rnais de 400 urn de cornprimento podera passar atraves de rede de 200 urn de aberturade malha dependendo da posicao e de sua reacao no memento em que tocar a rede.

    o copo coletor das redes e urn acessorio que influenciara rnuito a eficiencia do aparatocomo urn todo. Normalmente, ele deve ser dotado de areas laterais forradas COlT! a rnesmarede utilizada no cone e de abertura inferior p O T onde serao coletados os organismos.o uso de coletores sem tais caractensticas ira impedir que organismos eventualrnenteaderidos ao tecido da rede sejam lavados de modo eficaz ao final do arrasto.

    Normalmente, as redes obtern majores eficieucias quando sao desenhadas especi-ficarnente para 0 arubiente onde serfio operadas, Assim, urn Jago eutrofico, dominado por

  • 5/10/2018 em Em Limnologia

    5/20

    152 AMOSTRAGEM EM LIMNOWGIII

    pequenos organismos, podera ser convenientemente arnostrado utilizando rede pequena,com diarnetro entre 20 e 40 em e abertura de malha por volta de 70 urn, desde que as arrastossejarn relativarnente pequenos para que 3rede nfio fique colmatada. Para urn lago oligotrofico,entretanto, dorninado por grandes cladoceros e calanoides, recornenda-se uso de redesmaiores. com diametro de 60 a 80 ern e abertura de rnalha da ordem de 200 urn.

    Um dos maiores problemas relacionados ao uso das redes e que nao se pede estudarsecoes indi vidua Iizadas da coluna d' agua. Isto e particul arrnente relevan te no caso dozoop!ancton que, em muitos cases, apresenta deslocamento consplcuo, ou seja, migracaovertical diurna. Assirn, forarn desenvolvidas redes especiais dotadas de rnecanisrnos queperrmtern abertura e fechamento do cone coletor em determinadas profundidades. Narnaioria dos casas, esse mecanisme e acionado pOT mensagei ro s , H6 dois tipos dessasredes, a de Nansen e 0 planctonometro.

    2.2 REDE DENANSENRedes de Nansen sao redes tradicionais dotadas de mecanisme de trava que, ao ser

    acionado por rnensageiro, impede que a re de co ntinue a filtrar. Embora se ja r nu ito facitde o perar, a rede de Nansen apresenra o s m esrn os inconvenientes de toda rede d e p la nc to n ,sendo principal deles a inexistencia de mecanisme medidor do volume filtrado.2.3 PLANCTON6METRO

    Sao redes de plancton acopladas a uma secao cilindrica de metal onde h o i um mecanismede abertura e fechamento comandado por mensageiro. Na parte metalica, normal mente hiium medidor de fluxo que perrnite determinar , com precisao, 0 volume efetivarnente filtrado,o planctonometro rnais conhecido e 0 de Clarke-Bumpus (De Bernardi, 1984). Este e 0e qu iparne nto pre fe rido para am o strage rn de zooplilncton em g ra n d es sistemas lacustres eer n areas oceanicas, principai mente por ser muito eficiente na coleta de organisrnos de rnedioa grande porte. Apresenta 0 inconveniente de ser multo pesado, sendo, norrnalmente, operadopor guinchos eletricos ou hidraulicos fixados a embarcacao.

    Os plancronometros e alguns tipos de redes podern ser utilizados em arrastos horizontals-a diferentes pro fundidades, se 0 aparato for do rado de pesos on lastros posicion adosadequadarnente. A embarcacao deve mover-se com velocidade constante, entre 50 e125 m.s-I. A profundidade do arrasto pode ser rnedida pela seguinte formula:

    ...!"

    P = Leos aem que:

    P = profundidade de arras to;L = distancia estendida do cabo;a = ungulo entre 0 cabo e a linha vertical.

    o angulo pode ser medido acuradarnente com clinornetro. No entente, e relativarnentesimples ajustar visualmente 0 angul0 de 45, especialmente se a rede estiver sendo operada

  • 5/10/2018 em Em Limnologia

    6/20

    Metodos de Coleta, Preservacao, Contagem eDetermiuacao de Bioruassa... 153

    a partir de ernbarcacao de pequeno porte. 0 co-sene de 45 e 0,7. Assim, para obter aprofundidade de arrasto, basta estender 0 cabo por uma distancia igual a 1,4 m da pro-fundidade desejada.

    2.4 GARRAFAS E TUBOS AMOSTRADORESAs garrafas amostradoras sao muito usadas para coleta de organismos pequenos como

    rotfferos e protozoarios. Essas garrafas podem variar quanto a forma e ao volume, berncomo quanto ao material com que sao eonfeccionadas. Ha varies tipos de garrafas, mas,atualmente, apenas dois tern sido usados com maior frequencia, quais sejam: garrafa devan Dorn e garrafa de Kemmerer. Esses amostradores apresentam a vantagem de ser muitoconfiaveis e de facil operacao, Ambos sao operados por meio de mensageiro, isto e , deuma pe\=ametalica pesada que corre ao longo da corda que sustenta 0aparelho para desarmaro mecanismo de trava das tampas. Essas garrafas podem ser de metal ou de material sintetico(PVC, acrflico ou plastico). Preferem-se, normal mente, as garrafas de material sintetico,por serem mais leves e praticas de operar e por nao apresentarem risco de contarninacaodo zooplancton no easo de estudos eeotoxieol6gieos. E muito importante 0 volume dessasgarrafas. POl' exemplo, em lagos eutr6ficos pode-se usar garrafa de pequeno volume (1 a2 litros), mas em lagos oligotr6ficos sao preferidas garrafas de maior volume (5 litros).

    Tubos amostradores sao tubos cilfndricos de acrflico ou PVC, com comprimento de1 a 3 m e diametro variavel de 4 a 15 em. Normalmente, sao dot ados de mecanismosde fechamento similares as garrafas amostradoras, com fechamento por meio de men-sageiro. Apresentam a vantagem de amostrar maior secao da coluna dagua, sendo 0equipamento preferido para amostrar microzooplancton em grandes lagos e reservat6rios.

    A forma de fechamento, 0 reduzido volume e 0 pequeno diametro da abertura tornamas garrafas amostradoras inadequadas para estudo de muitos organismos zooplanctonicosque apresentam pressorreceptores ou que possuem capacidade natat6ria vigorosa, comoa maioria dos copepodes, alguns clad6ceros e larvas de dfpteros. Esses organismos seriamcapazes de evadir-se antes que a garrafa fosse total mente fechada.

    As garrafas normal mente possuem mecanismo de fechamento, em que as tamp assuperior e inferior apresentam forte deslocamento vertical ou oblfquo quando 0 fechamentoda garrafa e acionado pelo mensageiro. Tal mecanisme gera ondas de pressao relativamentefortes, que poderao causar danos a colonies delicadas como as de Conochilus unicornisou a organismos gelatinosos como os de Ptygura libera e 'Collotheca sp.2.5 BOMBAS DE SUCC;AO

    Ha varies tipos de bombas com diferentes capacidades e caracterfsticas operacionais,As mais comuns sao as eletricas (12 V) ou manuais. Bombas eletricas normal mente saoacopladas a motogeradores, que permitem seu usc em ernbarcacoes. A preferencia ternsido as bombas eletricas, uma vez que permitem manutencao de fluxo eonstante. Essasbomb as sao acopladas a tubos flexfveis de plastico ou borraeha, de 1 a 3 em de diametro,que percorrem toda a coluna dagua. Os tubos devem ser lastreados, de modo a

  • 5/10/2018 em Em Limnologia

    7/20

    154 AMOSTRAGEM EM LIMNOLOGIA

    permanecerem na posicao vertical durante a succao, Na outra extremidade do tuba saoacoplados frascos ou redes coletoras com diferentes aberturas de gaze (rnalha).As bombas permitem obter unidades amostrais integradas da coluna d'agua de modo

    relativamente facil, sendo capazes de filtrar grande volume de agua em pouco tempo.Alern disso, as bombas sao equipamentos robustos, relativamente faceis de operar, cujaeficiencia de amostragem dependera muito das caracterfsticas operacionais e da naturezado ambiente em questao, Dentre os problemas normal mente associ ados as bombas, urn refere-se aos danos sofridos pelos organismos mais delicados no processo de filtragem e outroa seletividade relacionada a pequena abertura de diametro do tubo coletor, Alguns estudosrecentes indicaram, contudo, que se trata de metodologia confiavel, com eficiencia de capturasuperior a das redes ou, ate mesmo, de algumas armadilhas (Suzuki & Bozelli, 1998).2.6 ARMADILHAS DE PLANCTON

    As armadilhas de plancton sao equipamentos especialmente desenhados para coletade organismos zooplanctonicos, Normalmente, possuem certas caracterfsticas estruturaisque tern por finalidade eliminar muitos dos inconvenientes apresentados pelos outrosmetodos. Uma de suas maiores vantagens refere-se a precisao do volume filtrado e aomodo de fechamento do equipamento. Apresentarn a desvantagem de serem aparatos decusto relativamente elevado.

    Uma das armadilhas mais conhecidas e utilizadas e a de Clarke-Juday, que possuimecanismo de fechamento horizontal que evita as ondas de pressao presentes nas garrafasamostradoras. Podem tel' volume de 5 a 10 litros e dispensam usa de guinchos (usadosnos planctonometros), baterias ou geradores (no caso de bombas eletricas). A maioriados estudos comparativos tern demonstrado que se trata de aparatos com boa eficienciade captura para a maioria dos grupos do zooplancton de aguas epicontinentais.

    Schindler desenhou outro tipo de armadilha, que vern sendo muito usado. Trata-sede uma caixa de acrflico em que as dimensoes verticais superam, pelo menos tres vezes,as laterais, de modo a minorar 0 efeito do mecanisme de fechamento (obliquo). Esse tipode armadilha apresenta a vantagem da simplicidade de construcao e da Ieveza (dependendodo tamanho, obviamente). Os principais tipos de armadilhas de zooplancton estao ilustradosna Figura 9.2. Varies .estudos tern demonstrado a elevada eficiencia da armadilha deSchindler. especialmente para captura de copepodes e organismos de grande porte (Tabelas9.1 e 9.2).

    Tabela 9.1 Comparacao da eficiencia de captura de alguns aparatos de coleta de zooplancton(Larsson, in Bottrell et al., 1976).Armadilha de Schindler Bomba manual Garrafa de Ruttner

    Polyarthra vulgaris 11,30 3,11 12.75 5.15 19.334.37Bosmina longirostris 1,07O,50 3,05 1,12 2,40 1,51Cyclops nauplii 4,48O,71 2,25 1,53 3,331,S1Cyclops copepoditos 11,97 2.50 6,50 3,54 9.60 4,12

  • 5/10/2018 em Em Limnologia

    8/20

    Metodos de Coleta, Preservacao, Contagem e Determinacao de Biomassa... 155

    Figura 9.2 Modelos de armadilhas de coleta de zooplancton, A esquerda, armadilha modeloClarke-Juday, para 5,1 litros de capacidade, construfda nas oficinas do Centro Tecno16gico deMinas Gerais, CETEC-MG, em 1985. A direita, armadilhade Schindler, com 17 litros de capaci-dade, construfda na oficina do ICBIUFMG em 1998.

    Tabela 9.2 Comparacao da eficiencia de captura de dois tipos de armadilhas para coleta dezooplancton em dois reservatorios distintos (Neto & Pinto-Coelho, 1999). Coletas realizadas em1998. Volume da armadilha de Clarke-Juday = 5,1 litros; volume da armadilha de Schindler =17,3 litros.

    Organismo Clarke-Juday SchindlerRes. da PampulhaBrachionus urceolaris 164,7 33,6 387.5 43,9Keratella tropica 61,3 60,3 140,7 14,4Keratella cochlearis 22,8 1,3 63,9 3.1Thermocyclops decipiens 36 1.9 76.1 19.3Nauplii 640,5 173,2 852 24,3Res. de Furnas (valores de 3 amostras integradas contadas na totalidade)Bosmina spp. 1,7 1.2Diaphanosoma spp. 0,8 0.3Moina spp. 1.5 0,4Copepodes adultos 1.7 3,8Copepoditos 16,7 22,8NaupJii 1,3 3,9

  • 5/10/2018 em Em Limnologia

    9/20

    156 AMOSTRAGEM EM LlMNOLOGIA

    2.7 COMPARA

  • 5/10/2018 em Em Limnologia

    10/20

    Metodos de Coleta, Preservacao, Contagem e Determinacao deBiomassa... 157

    Figura 9.3 Tecnicas de fixacao de zooplancton. a) Exemplar deDaphnia laevis (res. daPam-pulha) levemente narcotizado; b) exemplar de Bosmina sp. (res. de Furnas) fixado com forma-lina 4%, tamponada e corado com rosa de Bengala; e c) Daphnia laevis (res. da Pampulha),liofilizado.

    A preservacao qufrnica de organismos zooplanctonicos normalmente e feita em solucaoaquosa de formol. A solucao de formalina utilizada para fixacao de zooplancton deveter concentracao final entre 3% e 4%. Para obter essa concentracao, basta adicionar formolna proporcao de uma parte do fixador para nove partes de agua, j a que 0 formol e fomecidocomercialmente na concentracao de 37%.o formal normalmente tern a~ao acida que, com 0 tempo, pode causar danos aos

    animais. Dessa forma, recomenda-se tamponagem dessa solucao ao pH neutro utilizandoborax, Tecnica muito comum e a adicao de sacarose (1:4) na solucao de formalina (Haney&Hall, 1973). 0 acticar combina com a quitina dos organismos, endurecendo-a, e, portanto,toma as amostras mais resistentes a acraodo tempo. Variacraodesse metoda foi propostapor Prep as (1978), a qua] consiste no tratamento das amostras com solucao menosconcentrada do agente fixador (2% formalina + 60 g.L:' de sacarose) tamponada comborato de s6dio. As amostras assim fixadas devem ser conservadas em geladeira.

    Outro problema refere-se a rapidez de fixacao, A adicao de formal normalmente causamorte demorada dos microorganismos e muitos deles se contraem, expelem 0 conteddodos intestinos ou perdem os sacos ovfgenos durante esse processo. Recomenda-se, portanto,adiyiio de anestesico antes da fixacao. Isso pode ser realizado pela adicao de agua mineralgasosa ou entao, simplesmente, pela adicao de agua gelada (4C) antes da fixacao.

    Alguns autores recomendam fixacao com etanol. 0 material coletado e imediatamenteimerso em etanol 95%. Esse tipo de fixador causa morte imediata dos animais e evita,com isso, os problemas derivados da adicao de formalina (distorcao de corpos, perda de

  • 5/10/2018 em Em Limnologia

    11/20

    158 AMOSTRAGEM EM LIMNOLOGIA

    ovos e embrioes das carapacas e modificacoes no volumedas carapacas de c1ad6ceros).Portanto, a fixacao com etanol tern sido preferida quando se trata de estudos em queparametres dernograficos sao necessarios (Hall, 1964).

    Uma das caracterfsticas essenciais dos organismos zooplanctonicos refere-se a suaelevada transparencia. A adicao de corantes pode, em muitos casos, facilitar a contagemeo process a de identificacao dos organismos. Corante muito utilizado e 0Rosa de Bengala.Como se trata de corante vital, obtem-se melhores resultados se sua adicao for realizadalogo ap6s a coleta, antes do uso do anestesico. No entanto, tern sido cada vez mais frequenteo uso de camaras de video acopladas ao equipamento 6ptico, 0 qual geralmente permiteao usuario regular 0 contraste e 0 brilho da imagem. 0 iodo presente no corante Rosa deBengala apresenta elevado grau de opacidade, diminuindo muito a resolucao das imagens.Portanto, nao se recomenda 0 usa de Rosa de Bengala em unidades amostrais destinadasa cont~gens em equipamentos 6pticos com monitor de video CCD.

    o usa de formalin a para preservacao de protozoarios nao e indicado, uma vez queeste agente danifica as celulas mais delicadas ou as distorce, impedindo a deterrninacaotaxonomica da maioria das especies, Para ciliados e flagelados, recomenda-se 0 usa desolucao saturada de cloreto de mercuric (HgCI2) na proporcao de 1:20, junto com algumasgotas do corante azul de bromofenol na concentracao 0,04% (Pace & Orcutt, 1981). Pararotfferos e grandes ciliados, pode-se usar lugol acetico com bons resultados. No entanto,como a iodo cora todas as particulas biogenicas, torna-se particularmente diffcil diferenciarprotozoarios de outras partfculas em amostras com concentracoes elevadas de seston.

    o uso de preservativos qufrnicos e adequado somente se as unidades amostrais saodestinadas a contagens. Tecnica muito utilizada na preservacao de zooplancton e quedispensa uso de preservativos qufrnicos consiste no uso de secagem em estufa, a tem-peraturas moderadas (60C, durante 24 horas) (McCauley, 1984). Ap6s secar, as amostrassao estocadas em dissecador com sflica gel. Esta tecnica tern sido muito usada paradeterminar 0 peso seco dos organisrnos (Masundire, 1994).

    Muitos estudos ligados a ecofisiologia e a bioqufrnica requerem fixacao do zooplanctonsern usar calor ou preservativos qufrnicos. Tecnicas mais modern as tern utilizado conge-lamento rapido e posterior Iiofilizacao (Berberovic & Pinto-Coelho, 1989). Essas tecnicasvern sendo preferidas em certos tipos de estudos, como, por exernplo, em pesquisas queenvolvem deterrninacoes mais precisas de biomassa, estudos sobre composicao elemental'(C, N e P), bioquimica (carbohidratos, Iipfdios, enzimas, acidos nucleicos) ou de naturezatoxicol6gica (metais trace, biocidas). 0 zooplancton pode ser congelado a diferentestemperaturas, no congelador (freezer) convencional (-18C), utilizando gelo seen (-440C)ou nitrogenio Ifquido (ponto de ebulicao -195,8C). Uma vez congelado, 0 zooplanctone liofilizado. A liofilizacao consiste em processo de secagem a ultra vacuo (0,6 a 1 x 10-4atm), em que a agua e sublimada, ou seja, passa diretarnente do estado solido para 0 devapor. Esse processo garante a manutencao das estruturas dos organismos, bern como aquaJidade bioqufrnica das amostras.

  • 5/10/2018 em Em Limnologia

    12/20

    Metodos de Coleta. Preservacao, Contagem e Determinacao de Biomassa... 159

    2.9 CONTAGEM DE ZOOPLANCTONA contagem do zooplancton envolve grande multiplicidade de tecnicas, Pode-se afirmarque nao hii uma tecnica ideal para contagem de zooplancton. Cada uma tern diversasvantagens e desvantagens. Normalmente, a contagem de zooplancton envolve a escolhaentre trabalhar com pequenas subamostras e conta-las em microsc6pio com granderesolucao 6ptica ou trabalhar com grandes subamostras, ou mesmo toda a unidade amostral,e utilizar estereomicrosc6pio com menor resolucao 6ptica.

    Ha, basicamente, dois metodos de enumeracao de organismos zooplanctonicos: (a)Contagem em microsc6pio, utilizando uma das seguintes laminas de contagem: Neubauer(h = 0,100 mm, A = 0,0625 mm-), Fuchs-Rosenthal (h = 0,200 mm, A = 0,0625 rnm') eSedgwickRafter (vol = 1 ml).

    As duas primeiras podem ser usadas para pequenos organismos do nanoplancton, ouseja, organismos maiores do que 2 urn. (b) Para 0 picoplancton, utiliza-se normal mentecontagem direta dos microorganismos ap6s serem retidos em filtro de membrana (0,2 urn)e previamente corados pela tecnica DAPI, no aumento 1.000X, em microsc6pio deepifluorescencia (Porter & Feig, 1980).

    Contagem de micro e mesozooplancton, cujas dimensoes estao acima dos 20 urn,normalmente e feita com a cubeta de Sedgwick-Rafter. Existem varies tipos dessas cubetas,sendo os mais comuns a de vidro, sem retfculo, que possibilita melhor resolucao optica,e a cubeta de plastico, com retfculo, que e mais pratica para dernarcacao dos transeccoesde contagem. Essas cubetas sao ideais para contagem de microzooplancton (protozoariosde grande porte, rotfferos, nauplius).

    A contagem de pequenas alfquotas em microsc6pio exige subamostragem. Esseprocedimento pode envolver erro muito grande se nao for realizado de modo adequado.Desaconselha-se 0 usa de pipetas convencionais, por terem oriffcio de abertura pequenoe, portanto, seletivo. Para essa finalidade, foram desenvolvidas pipetas nao seletivas deHensen-Stempel, capazes de realizar subamostragens aleat6rias, nao seletivas. As pipetasde Hensen-Stempel podem ser adquiridas com diversas capacidades variaveis entre 1,2,5 e 10 ml.

    As contagens realizadas em microsc6pio estereosc6pico exigem cubetas maiores eespecfficas. Ha cubetas redondas, serpentinadas, etc. A cubeta de acrflico serpentinadadesenvolvida por W. Geller, no Instituto Limnol6gico de Konstanz, e urn born exemplodessas cubetas (Figura 9.4).

  • 5/10/2018 em Em Limnologia

    13/20

    160 AMOSTRAGllM EM LIMNOLOGlA

    Figura 9.4 Cubeta de contagem serpentinada de acrflico, desenvolvida no LimnologischesInstitut, UniversitatKonstanze construfdana oficina do ICB/UFMGem 1995.

    2.10 DETERMINA

  • 5/10/2018 em Em Limnologia

    14/20

    Metodos de Coleta, Preservacao, Contagem e Dcterminacao de Biomassa... 161

    2000 Daphnia1620 a = 0,58b = 211,52r = 0,892

    . ~ 1 24 0Q)E.s:~ 860CJ480

    +100100 480 860 1240 1620 2000

    400Diaphanosoma+350

    + . a = 2,57b = -263,52

    ro 300 r = 0,477'1::Q)E.;;~ 250CJ

    20 0

    150 200 250 300 350 400Alometria

    Figura 9.5 Comparacao dos metodos alometrico e gravimetrico para dois organismoszooplanctonicos do reservat6rio da Pampulha, Belo Horizonte, Minas Gerias. Especimescoletados entre setembro e dezembro de 1994.

    o metodo alornetrico baseia-se no uso de equacoes exponenciais ajustadas a partirda relacao entre as dimensoes lineares dos organismos e seu peso seeo. Esses coefieientespodem ser obtidos por meio de regressoes entre 0 comprimento do aninal versus 0 pesoindividual. Normalmente, as equacoes tern as seguintes f6rmulas:

    B = a.L''InB = c + b.JnL

  • 5/10/2018 em Em Limnologia

    15/20

    162 AMOSTRAOEM EM LIMNOL OIA

    em que:

    a e b sa o coeficientes especffico para cada especie.Ha, na literatura, grande quantidade dessas regressoes (Tabela 9,3). Notal" que c = In

    a. 0 para metro a (ou c) refere-se a intersecao no eixo das ordenadas e 0 pararnetro b. ainclinacao da rera de regressao entre as variaveis dependente (B = ordenada, ou eixo y) eindependente ( = abscissa, au eixo x). A Tabela 9.3 fornece alguns desses coeficientespara organismos zooplanctonicos comumente encontrados em lagos e reservatori s.Tabela 9.3 Coeficientes alornetricos (a e b) para alguns organisrnos ttpicos do zooplfinctonOs coeficientes a e b devern ser aplicados na equacao apresentada anteriormente.

    Organismo Arnuliusde de a b Referenda bibliogrMicllIcompr. (mm)M esocyclops leuckani 0,33-1,14 3,56 2,26 Bouret) el ( II ., 1 97 6Thcrntocyclops 11Y(llinll.l 0,31-0,68 1,97 0,89 Bottrell ct (/1., !976

    I Cyclopoida - 5,87 2,74 Pace & Orcutt, 1981Eudioptomus gracilioides 0,36-0,81 5,10 3,19 Persson & Eckbohrn, 1980O;(ljJW/IIII.1 sicilioides -. 2,86 2,46 Pace & Orcutt, 1981Nauplii 0,16-0.30 2,01 0,57 Rosen, 1981Daphnia goteata 0,60-2,20 14,01 2,64 Boutell et ni. 1976O"p/1II i( l hyolina 0,60-2,20 I1,71 2,46 Bottrell et al., 1976Daphnia magna 1,40-:;,60 12,30 1,80 Dumont et a .l, 1 97 ::-Daphnia pulcx 0,95-3,40 4,33 3,19 Bot trell et al., 1976Daphnia pulex 0,55-1,60 11,94 2,63 Bures. 1969Daphnia parvule - 4,22 1,80 Pace & Orcuu, 1981Daphnia spp, 0,50-2,50 6,00 3.62 Pimo-Coelho.1991Diaphnnosonm brachinrum 0,40-1,20 3,63 3.04 Rosen, 1981Oi"pi1an{).wJllIII sPP, 0.40] ,50 6,95 2,07 Pimo-Coetho, 1991Moi//a micrura - 9,00 2.76 Saint-Jean & Boncu, 1994Bosmina longirostris 0.280,54 15,05 2.53 Bottrell et ai., 1976Ceriodaphnio qundrangula 0.30-0,71 12,96 3.34 Bottrell I!I (II" 1976Ceriodaphnio reiiculata - 16,94 3.15 Pace & OrcUlIL. 1981Masundire (1981) publicou regressoes de cornprimento versus peso para alguns orga-

    nis rnos zooplanctcnicos tro pica is (lag o K arib a, Africa). O s dado s de co rnprim ento estaoem urn. A aurora USOll a equacao Y = c + bx, em que x = In L (urn) e y = peso seco emm icro gra rna s (T ab ela 9 .4 ).

  • 5/10/2018 em Em Limnologia

    16/20

    Metodos de Coleta, Preservacao, Contagem e Determinacao de Biomassa... 163

    Tabela 9.4 Coeficientes alometricos para alguns organismos do zooplancton do lago Kariba(Africa) publicados por Masundire (1994).

    Organismo Tamanho(~) c b R (pearson)Bosmina longirostris 230-360 -9,18 1,60 0,81Ceriodaphnia cornuta 459-650 -13,41 2,18 0,89Thermocyclops (copepoditos) 372-614 -13,72 2,12 0,87Thermocyclops (femeas) 665-825 -14,03 2,20 0,98Thermocyclops (adultos) 620-820 .-18,87 2,93 0,97

    No caso de rotfferos, 0 usa de metodos gravimetricos e desaconselhavel, dadas aspequenas biomassas desses organismos. A metodologia usual envolve primeiro a deter-minacao do biovolume, 0qual e estimado a partir de medidas lineares simples. 0 biovolumede algumas especies de rotfferos pode ser calculado a partir da Tabela 9.5, que foi baseadaem volumes geometric os aproximados a forma do corpo de cada rotffero, Para variesgeneros, e fornecida uma f6rmula simplificada que usa uma iinica dirnensao linear,normal mente 0 comprirnento, sem espinhos ou apendices. Essas medidas devem sertomadas com 0 animal vivo, levemente narcotizado (McCauley, 1984).Tabela 9.5 Biovolume de alguns rotiferos. Modificado e simpJicado de Ruttner-Kolisko( 1977b).

    Especie Forma geometrlca A B C Biovolumeaproximada f6rmulaKeratella meiocone A=h B=2r V = 0,13 (a.bz)cochlearis - Vs=O,02(aiKeratella paralelepfpedo A=h B =0.7a C=O,33a V = a.b.ctropica Vs = 0,22 (a)3Brachionus elips6ide Compo Larg Altura V = 0,53 (a.b.c)B =O,6a C = O,4a Vs = 0,23 (a)3Conochilus esfera (colonia) A=h B =2r C=2r V =4,2 (a)3cone (indivfduo) , V =0,26 a.bzFilinia elips6ide de revel. A=2r3 B =2rl C=2r2 V = 0,52 (a.bz)(rl = r2) (r l = r2) Vs=O,13(a)3Gastropus cilindro ellptico A=2r2 B =2rl C=h V = 0,8 (a.b.c)Vs = 0,20 (a)lHexarthra cone A=h B =2r . C=2r V = 0,26 (a.b2)

    V = 0,13 (a)lPolyartha paralelepfpedo A=h B =0,7a C=0,4a V = a.b.cVs = 0,28 (aiSynchaeta A=h B =2r V = 0,26 (a.b2)one B = O,6a -Trichocerca cilindro + cone A=2h B =2r - V = 0,52 (a.b')Vs = volume simpliflcado utilizundo apenas a maier dimensllo linear, geralmente 0 comprimentodo animal (a),

  • 5/10/2018 em Em Limnologia

    17/20

    164 AMOSTRAGEM EM LIMNOLOGIA

    Uma vez calculado 0 biovolume, e realizada conversao para peso fresco. utiIizandofator de conversao. Ha varies fatores para conversao de peso fresco em peso seco, sendoque a maioria deles esta dentro da faixa de 0.05 a 0,1 (McCauley. 1984). Ja ha na Iiteraturacoeficientes de conversao especfficos para diferentes especies de rotfferos (Pauli. 1990).

    3. SUGESTOES E PERSPECTIVASConsiderando 0 anteriormente exposto, recomendam-se as metodologias de coletas

    apresentadas na Tabela 9.6 para a coleta de organismos zooplanctonicos nos diversos tiposde ambientes.Tabela 9.6 Sugest6es para metodologias de coleta de zooplancton em diferentes tipos de am-bientes.

    Local Mlcrozooplaucton Mesozooplancton 200 um) (> 200 um)Aguas abertas ern lago s e a rr na d il ha s d e S ch in dl er /C l a rk e -reserva to rio s co rn pro f. supe rio r garrafas, tubo s o u bo rnbas J uday. plancto no m en tro s o u re de sa 3 rn co rn co ne

    a rm a di lh as , tu bo sLago s raso s (z < 3 rn) garra fas, tubo s o u b o rnbas (d 5 ern) o u

    re de s co rn co neLago s co rn ve getacao o u zo na g ar ra fu s, t ub o sgarrafas, tubo s o u b omb as (d> 5 ern),l itoranea re de s co rn co ne

    R io s de gran de po rte g ar ra fa s o u b o rn ba sgarrafas,

    re de s co rn co ne

    4. OUTRAS RECOMENDAC;OESQ Cuidado especial deve ser tornado com 0 uso do termo zooplancton. Organismos

    planctonicos formam comunidade composta de organismos especialmente adaptadosa vida em aguas abertas durante a maior parte de seu ciclo vital. Deve haver distincaoentre esses organismos e aqueles tfpicos da fauna psamica, da zona litoranea delagos e reservat6rios ou aqueles que vivern associ ados as macr6fitas, sejam elassubmersas ou flutuantes. Tais organismos podem estar presentes em amostras deplancton, principalmente na zona de influencia dos rios nos reservat6rios ou entaodurante a estacao chuvosa. Nesses casos, e comum a presenca de organismos naoeuplanctonicos, como protozoarios (certos tipos de tecamebas), clad6ceros (Alona),copepodes harparticoides ou larvas de quironomfdeos. A analise desses organismosdeve ser realizada de modo apropriado, considerando sua origem e seus verdadeiroshabitos de vida.

    Q Usar sempre que possfvel dados de biomassa juntamente com os dados de abun-dancia em censos sobre dinamica sazonal e espacial de zooplancton,

  • 5/10/2018 em Em Limnologia

    18/20

    Metodos de Coleta, Preservacao, Contagem e Determinacao de Biomassa.i, 165

    Q Recalibrar as equacoes alometricas para determinar a biomassa dos principaisorganismos zooplanctonicos no Brasil.Q Estabelecer program as de intercalibracao de metodologias de coleta, preservacao,identificacao e enumeracao de organismos planctonicos encontrados nos principais

    ecossistemas lacustres e fluviais brasileiros e sul-americanos.Q Em estudos sobre bioqufmica e ecofisiologia dar preferencia a metodos ffsicos para

    a preservacao do zooplancton,s . AGRADECIMENTOSo autor agradece ao prof. Carlos Eduardo de Mattos Bicudo pelo convite para participar

    do Simp6sio BiodiversidadelFAPESP, realizado entre os dias 20 e 23 de junho de 1999na cidade de Campos do Jordao (SP). Esta contribuicao foi parcial mente financiada peloconvenio Secretaria Municipal do Meio AmbienteIPrefeitura Municipal de Belo Horizonte(SMMA-PBH), em convenio com a Fundacao de Desenvolvimento da Pesquisa da UFMGe pelo convenio FUNDEPIUFMG mimero 3443, Curso Fundamentos de Ecologia e T6picosem Gestae Ambiental (curso de atualizacao),LITERATURA CITADABERBEROVIC, R; PINTO-COELHO, R. M. Dry first, measure later: a new procedure to preserveand measure zooplankton for ecophysiological studies. 1. Plankton Res., v. 11, n. 5, p. 1109-1116, 1989.BOTTRELL, H. H. et al. A review of some problems in zooplankton production studies. Norw. 1. Zool.,v, 24, p. 419-456, 1976.BURNS, C. W. Relation between filtering rate, temperature and body size in four species of Daphnia.Limnol. Oceanogr., v. 14, p. 693-700, 1969.DE BERNARDI. R Methods for the estimation of zooplankton abundance. In: DOWNING, 1.; RIGLER,F . H. (Eds.). A manual on methods for the assessment of secondary productivity in fresh waters. BlackwellScientific Publication, 1984. p, 59-86. (lBP Handbook, n. 17).DUMONT, H. J.; VAN DE VELDE, I.;DUMONT, S. The dry weight estimate of biomass in a selectionof Cladocera, Copepoda and Rotifera from the plankton, periphyton and benthos of continental waters.Oecologia, v. 19, p. 75-97, 1975.DUSSART, B. H. Les differentes categories du plancton. Hydrobiologia, v. 26. p. 72-74, 1965.EDMONDSON. W. T . (Ed.), Whipple fresh-water biology. New York: John Wiley & Sons. 1959. 1248 p.EJMONT-KARABIN. J. Studies on the uselfulness of different mesh-size plankton nets for thikeningzooplankton. Ekol. Pol., p. 479-490, 1978.GIGUERE, L. A. et al. Can we estimate the true weigth of zooplankton after chemical preservation?Call. 1. Fish. Aquat. Sci., v, 46, p. 522-527, 1989.HALL, D. J. An experimental approach to the dynamics of a natural population of Daphnia galeatamendotae, Ecology, v. 45, n. I, p. 94-112, 1964.HANEY, J. F; HALL. D. I. Sugar coated Daphnia: a preservation technique for cladocera Limn.Oceanogr., v. 18, p. 331-333, 1973.LANGFOLD, R. R. Methods of plankton collection and a description of a new sampler. J. Fish. Res.Board. Can., v. 10, p. 238:252, 1953.

  • 5/10/2018 em Em Limnologia

    19/20

    166 AMOSTRAGEM EM LIMNOLOGIA

    MCCAULEY, E. The estimation of the abundance and biomass in samples. In: DOWNING, J.; RIGLER,F. H. (Eds.). A manual 011 methods for the assessment of secondary productivity in fresh waters. BlackwellScientific Publication, 1984. p. 228-265. (lBP Handbook, n. 17).MAROALEF, R. Limnologia. Barcelona: Ediciones Omega S.A., 1983. 1010 p.MASUNDlRE, H. Mean individual dry weight and length-weight regressions of some zooplankton ofLake Kariba, Hydrobiologia, v. 272, p. 231-238, 1994.PACE, M.; ORCUTT JR., J. D. The relative importance of protozoans. rotifers and crustaceans in afreshwater zooplankton community. Limn. Oceanogr., v. 26, n. 5, p. 822-830, 1981.PATALAS, K. Comparative studies on a new type of self acting water sampler for plankton andhydrochemical investigations. EkoL. Pol., v. 2, p. 231-242, 1954.PAULI, H. R. A new method to estimate individual dry weights of rotifers. Hydrobiologia, v. 1861187, p. 335-361. 1990.PENNAK. R. W. Fresh-water invertebrates of the United States. 2nd. ed. New York: Wiley-Interscience.1978. 803 p.PERSSON. G.; ECKBOHM. G. Estimation of dry weight in zooplankton populations: Methods appliedto crustacean population from lakes in the Kuokkel Area. Northern Sweden. Arch. Hydrobiol., v. 89,p. 225-246, 1980.PINTO-COELHO, R. M. Zooplankton grazing ;1 1 LAke Constance: in situ measurements of temporalvariations, relative contributions of size fractions and major herbivores, regulatory factors of specificfiltering rates and potential impact as loss factor for phytoplankton. 1991. 200 f. Thesis (PhD) -Universitat Konstanz.PORTER, K.O.; FEIO, Y. S. The use of DAPI for identifying and counting aguatic microflora. Limnol.Oceanogr., v. 25, n. 5, p. 943-948, 1980.PREPAS, E. Sugar-frosted Daphnia: an improved fixation technique for Cladocera. Limnol. Oceanogr.,v. 23, p. 557-559, 1978.ROSEN, R. Length-dry weight relationships of some freshwater zooplankton. J. fresh. Ecol., v. I, p.225-227. 1981.RUTTNER-KOLISKO, A. Comparison of various sampling techniques and results of repeated samplingof planktonic rotifers. Arch. Hydrobiol. Beih. Ergebn. Limnol., v. 8, p. 13-18, 1977a.RUTTNER-KOLISKO, A. Suggestions for biomass calculation of planktonic rotifers Arch. Hydrobiol.,v. 8, p. 71-77. 1977b. (Beih.lErgebn.).SAINT-JEAN, L.; BONOU, C. A. Growth, production, and demography of Moina micrura in brackishtropical fishponds (Layo, Ivory Coast). In: DUMONT, A.; GREEN, H. J.; MASUNDlRE, J. (Eds.).Studies on the ecology of tropical zooplankton. Hydrobtologla. v. 272, p. 125-146,1994.SCHINDLER, D. W. Two useful devices for vertical plankton and water sampling. J. Fish. Res. BoardCan., v. 26, p. 1948-1955, 1969.SUZUKI, B. K.; BOZELLI, R. L. Avaliacao da eficiencia de tres amostradores na estimativa deabundancia de organismos zooplanctonicos na lagoa Cabiunas. In: ESTEVES, F. A. (Ed.). Ecologiade lagoas costeiras do parque nacional da Restinga de Jurubatiba e do Municipio de Macae (RJ).Rio de janeiro: Nucleo de Pesquisas Ecol6gicas de Macae, UFRJ, 1998. p. 273-282.TRANTER, D. J.; HERON, A. C. Filtration caracteristics of Clarke Bumpus samplers. Aust. J. Mar.Freshwat. Res., v. 16, p. 281-291, 1965.TRANTER, D. J.; HERON. A. C. Experiments on filtration of plankkton nets. Aust. J . Mar. Freshwat.Res., v. 18, p. 89-111,1967.WAITE. S. W.; O'GRADY, S. M. Description of a new submersible filter-pump apparatus for samplingplankton. Hydrobiologia, v. 74, p. 187-191, 1980.

  • 5/10/2018 em Em Limnologia

    20/20