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    PORTUGUESE CANADIAN NEWSPAPER Segunda-feira, 22 de Junho 2015 Ano V N.º262 www.pcnewsnetwork.com  DISTRIBUIÇÃO GRATUITA

    JORNAL DE GRANDE CIRCULAÇÃO NO ONTÁRIO

    Visto de visitante

    José Augusto

    - lembra-sedele? 

    14

    Portuga

    Mais pert

    Mayor foià College

    Medalhas para

    as Professoras

    Um comendadordos nossos

    Ontem foi diade piquenique

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    22 Junho 20152 . Nossa Gente

    Ficha técnicaPropriedade:ABC Portuguese Canadian Newspaper Ltd

    Director:Fernando Cruz Gomes

    Conselho Empresarial: Fernando Cruz G omes, Presidente; PauloFernando, Vice-Presidente; Carlo Miguel, Tesoureiro;

    e Lara Ingrid, Secretária.

    Redacção e Cronistas:

    António Pedro Costa (Ponta Delgada), António dos SantosVicente, Carlo Miguel, Conceição Baptista, Cristina Alves(Lisboa), Custódio António Barros, Edgar Quinquino(Hamilton), Fernando Cruz Gomes, Fernando Jorge,

    Filipe Ribeiro (ABC Turismo), Guida Micael, Helder Freire(Lisboa), Humberto Costa (Luanda), Lara Ingrid, Luis Esgáio,

    Luky Pedro ,Maria João Rafael (Lisboa), Pedro Jorge CostaBaptista, Sérgio Alexandre, Sónia Catarina Micael.

    Secretária de Redacção:Lara Ingrid

    Chefe Gráfico:Sérgio Alexandre

    Telefones:416 995-9904 * 647 962-6568 * 416 828 6568.

    E-mail: [email protected]  [email protected]

    [email protected] College St. PO Box 31064 TORONTO ON M6G 1C0

    Compaixãoe ódio

    Pedro Jorge Costa B. de Barros [email protected]

    Porque é que as pessoas se odeiam umas às outras? Mais uma vez a pai-xão, a emoção, e o ódio foram mais fortes e o resultado foi uma tragédia.Nove pessoas morreram devido a isso. Aconteceu em Charleston na Ca-

    rolina do Sul, estado dos Estados Unidos.

    O culpado, rapaz de 21 anos, que parece apenas conhecer ódio. Que maispode um rapaz dessa idade saber da vida? Ao acabar com nove vidas aca-bou com a sua também. Pois de uma maneira ou de outra a sua vida aca-bou com essa decisão que tomou. Sabe-se agora, que esse rapaz DylannRoof, era membro de uma organização racista num estado que durante aguerra civil se escolheu juntar à c onfederação contra a união.

    Isso foi há muitos anos. No entanto, as feridas continuam e ambos oslados as sentem. O país como um todo ficou para sempre mudado e ogoverno federal ficou bem mais forte do que anteriormente. Já a comu -nidade africana e os descendentes de escravos carregam uma dor com

    séculos e apesar de a escravatura já não existir, esta comunidade continuaa ser marginalizada. Os antigos confederados nunca perdoaram ao gover-no federal o facto da guerra ter acabado como acabou, e o facto de no seuentender o seu tradicional estilo de vida ter acabado.

    Apesar de este crime ter sido cometido com uma arma não se pode cul-par o facto de as pessoas terem armas. Este foi um crime motivado poremoção. Foi um crime que de uma maneira ou outra iria ser cometido.Isso leva-nos a pensar.

    Temos de pensar que, diga-se o que se disser, e existam as leis que existi-rem, a verdade é que se uma pessoa sente algo e senão quiser mudar deopinião então nada a fará mudar de opinião. O triste, é que ainda existatanto ódio no coração das pessoas. O ódio racial, é, e sempre foi, uma

    discussão que nos EUA sempre foi difícil.

    Os meus pêsames para os familiares das v itimas e que o jovem que come-teu este crime encontre redenção e perdão dentro de si mesmo.

     Vivemos uma nova fase

    em Portugal» - Cavaco SilvaO Presidente da República voltou a insistir, terça-feira, quea economia portuguesa poderá continuar a crescer e o de-semprego a diminuir se existir «estabilidade política e go-

     vernabilidade», tal como havia afirmado no seu discurso nas

    comemorações do 10 de junho.

    «Vivemos uma nova fase em Portugal depois do ano de vi-ragem que foi o de 2014, a economia portuguesa começou acrescer, o desemprego começou a diminuir e eu estou con-

     vencido que esta tendência se pode manter no futuro se comestabilidade política e governabilidade nós conduzirmos anossa política económica por forma a - como eu disse no úl-timo Dia de Portugal celebrado em Lamego - uma políticaeconómica orientada para quatro grandes objetivos», disseCavaco Silva durante uma cerimónia realizada na Universi-dade de Sófia, na Bulgária.

    O Presidente da República partirá para Bucareste, capRoménia, onde inicia na quarta-feira uma visita de Estdois dias, a convite do chefe de Estado romeno.

     Trigo Baker y  – 8 anos

    Duas palavras. Simples duas palavras. A lembrar o oitavo ani- versário da Trigo Bakery.

    O nosso colaborador Alberto Nogueira fez questão de ir atélá, tirar umas quantas fotografias e saudar quantos, de algum

    modo, estão com aquela padaria, muito conhecida.

    Por nós... ficamos com a água na boca, já que, pelos vistos,havia por lá petiscos que, naturalmente, não provámos. Outra

     vez será!

    Esperamos é que o A lberto Nogueira tivesse feito as honras dacasa e... tivesse provado toda aquela maravilha!

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    EDITORIAL há quem vá ao baú das coisas que ainda restam.... e encontrar por láuma oração simples. Linear. Pura. Que vale a pena tentar deixar poraí. Para que os mais novos entendam. E para que os outros... açampor entender.

    - A Tua bênção, Pai!O hábito de pedir a bênção perdeu-se no emaranhado dos tempos eoi-se finando com as primaveras que se transormaram, ràpidamen-te, em invernos. E mesmo quando os mais velhos lembram o Passa-do, já não há muitos que a recordem e a tenham usado. E aqueles queandam por aí, no emaranhado da emigração, onde se joga o dia-a-

    dia da sobrevivência... já não têm sequer nos arquivos da memória oconhecimento da rase e do conceito.A Tua bênção, Pai!

    Pois... os dias oram andando, na cavalgada dos séculos, e chegá-mos ao Dia do Pai (ontem). À data que se convencionou chamar oDia do Pai. Em que pequenos e grandes se juntam para dar ao Pai aternura de um Dia. Só um Dia.

      E a verdade é que todos os anos, por esta altura, há dificuldadesem alinhar ideias que levem à meditação sobre o que é mesmo oDia do Pai. Para muitos, perdem-se na mente os contornos do Ho-mem que nos ajudou a dar o ser. E todos os anos, por esta altura,

    22 Junho 2015   Material Editorial .

    Dia do Paifoi ontem

    Já não é a primeira vez –nem será, decerto, a última

    – que chamamos “cantinhoda saudade” a um determi-nado recanto de uma pada-ria-café da Dundas. Ondese fala de saudade, sim, masse abordam muitos outrostemas. E se diz, designada-mente, que “nunca se gos-tou de A ou B”. Ou que lhedava “com uma bengala”.Coisas assim... sem impor-tância de maior para o dia-a-dia dos nossos dias. Defalar só por falar...

    No fundo, há muitos “canti-nhos da saudade” nesta co-munidade em que vivemos.E onde, de vez em quando,falamos em coisas que po-dem ter o seu interesse. Nabeleza que a nossa Paradateve. Na força que impri-mimos, ontem, ao conceitode ser Português. E entrampor aí para acentuar quetodos vão olhar para nós,para a comunidade. Quasepor obrigação. Quase comose por aí entrasse o conjun-to de soluções para a gran-de Província e para o País.

    O “cantinho da saudade”.Onde se juntam pessoas decerta idade. Que deveriamtalvez olhar mais para osmais jovens. Para as solu-ções que eles preconizam.Para o outro mundo onde,

    pelos vistos, eles já não vãoter tempo de viver.

    E no “Dia do Pai” – que foisó a 21 mas deveria ser to-dos os dias – o “cantinhoda saudade” até preconiza,felizmente, que vamos to-dos naquele Cruzeiro quea CIRV Radio leva a efeito,para assistirmos ao “Dia doPai” festivo. Onde falamos,indirectamente, no Portu-gal eterno, nas nossas tra-dições e no nosso futuro.Como se fez um pouco portoda a parte, na tal paradaforte que, mesmo à chuva,estava cheia de calor huma-no, como ouvimos dizer natransmissão directa que le- varam a cabo.

    “Cantinho da Saudade”. Osmais velhos têm obrigaçãode olhar o futuro dos seus.E têm obrigação de enten-der as coisas que são real-mente importantes. ComFutebol? Também comFutebol. A falar no que sepassou na Arménia (trêsgolos do nosso “meninode ouro”) e no que se está apassar agora com a selecçãodos sub-21.

    Tudo, afinal, para entenderque o Passado é importan-te. Mais do que o Passado...o Presente e o Futuro de- vem pautar as nossas vidas.

     António Pedro CostaPonta Del  gada

    “Ontem” dissemos... Santas Casas gigantesda economia social

    Foi importante a divulgação de que as Misericórdias, conjun

    te com os outros agentes da economia social, oram as entque mais empregos criaram em Portugal, durante a gravíssimeconómica e social que ainda vivemos, dados do INE e que nnovidade, porquanto sempre oram estas instituições as qudinamizaram a economia, na concessão de créditos, muito antes de existirem os Bancos, tal como os conhecemos hoje Por isso, é um desiderato undacional das Santas Casas, que stituições da Igreja Católica, continuarem a ser um motor noaos mais carenciados da sociedade, cooperando com o Goveacompanhamento dos casos que necessitam de uma mão tendo em vista a promoção da dignidade do ser humano, mdos não crentes ou de outras religiões.

    Para tal, importa definir políticas concertadas no âmbito da riedade social, em ordem a se rentabilizar os recursos dispdestinados a incentivar as respostas sociais que a Igreja displiza.

    As Santas Casas sentem a necessidade de ações de ormaçãos Mesários, bem como para os quadros técnicos, tendo emproporcionar-lhes erramentas para a gestão de uma políticaadequada e apoio instrumental para a preparação da sustedas candidaturas para serem avaliadas e aprovadas pelo seuseco mérito, pelo que apelaram para que a União das Miseripromova tais diligências.

    A entrada nas Santas Casas de mulheres Provedoras, que npermitido, veio trazer uma orma de gestão mais aetiva.

    Trazer os jovens para as Santas Casas oi um apelo que perpassoupor vários intervenientes no Congresso Insular das Misericórdias,realizado no Funchal, mas como elementos que decidem com assuas ideias inovadoras e não apenas como apêndices de simples “co-ladores de c artazes”.Por outro lado, os oradores enatizaram a sustentabilidade das Mi-

    sericórdias e a necessidade de se rentabilizar os seus bens, comouma das prioridades de gestão, pois passam por períodos diíceis deequilíbrio financeiro, em que as dotações governamentais são cada

     vez mais escassas, apesar do p apel das Santas Casas ser de supr ira lacuna no apoio aos cidadãos, que deveria ser tarea do Estado.A história repete-se e, tal como no tempo do liberalismo em Portu-gal, em que estas instituições passaram a pagar impostos, mormenteo predial, que era muito elevado, em resultados dos muitos prédiosdoados por cidadãos beneméritos, ala-se agora à boca pequena so-bre a pretensão do governo em taxar o IMI às Misericórdias, o queconstitui uma incongruência, por dever competir ao Estado zelarpelos que mais precisam.O tempo do voluntariado puro acabou ou vai acabando, apelando-se daqui em diante se absorver os mais novos, aproveitando-se asua capacidade técnica e profissional para valorizar a ação socialnas suas mais diversas vertentes, pelo que será boa prática omentarnovos projetos para integrar a juventude, visto que há muitos jovenscom cursos de gestão e contabilidade e serão uma mais valia para a

    instituição e para a própria sociedade.Outra das ideias debatidas é que as Misericórdias devem continuara serem caraterizadas pela transparência das suas contas, contra-riando o desleixo de algumas instituições quanto à prestação decontas aos seus associados, pois tal como no passado, em que asSantas Casas apresentavam as suas contas no dia 2 de Julho, diade Nossa Senhora da Misericórdia e da Visitação, a padroeira dasMisericórdias portuguesas, bem como a eleição naquele preciso diadas suas Mesas Administrativas, deve continuar a haver um rigoro-so cumprimento da contabilidade pública.

      O mais novo. Aquele menininho, que está por aí, em traqumil, era capaz de aprender rapidamente a dizer a rase. E a colhe o sentimento. E daí, mesmo no emaranhado desta nossa sdade de consumo, não viria mal ao mundo.  Ninguém sabe – talvez seja cedo para o saber - se os ma vos entendem esta maneira de alar no Dia do Pai. Nem sabse eles algum dia interpretam esse pedido de bênção comoque vem dos arcanos da História, atravessa os séculos e é capser, afinal, a directriz do além de quando, segundo a Bíblia (só) o Homem oi criado à imagem e semelhança de Deus, mtirando-o do barro. E lhe oi insuflado ânimo e alma... com

    pro da Bênção... da mesma Benção, que agora nós pedimodeveríamos pedir.

    A Tua bênção, Pai!-CG

    Gostar do Mundo lusófonoPara ele, “a construção da lusofonia não pode depengoverno de cada momento.» E critica, até, a presiden

    Brasil, Dilma Rousseff, que Marcelo acusou de «nãonada aos portugueses».

    Sobre o papel da lusofonia perante a possibilidade dagrega do Euro, o professor garante que vai acreditar 25.ª hora numa solução» mas lembra que «a lusofoné alternativa à Europa. Portugal fora do euro é impensrematou.

    Palavras. Palavras com nexo. Palavras que vale a pena arquivo memorial. Porque o futuro recomeça hoje, nara em que recomeça também o verão de 2015. E a veé que, falando na Lusofonia... poder-se-á juntar tamdiáspora que fala Português. Que tem um papel impoa desempenhar no conceito geral da Lusofonia...

    Segundo Marcelo Rebelo de Sousa – pensador que, pelos vis-tos, está agora na moda – “temos de aprender a gostar» do

    mundo lusófono. Até porque – é ele quem o diz e nós con-cordamos - além da cooperação económica e institucional,«a lusofonia é fascinante e tem futuro, mas implica empatia».Os países que falam a Língua de Camões registam, de facto,avanços que vale a pena ter em atenção.

    Da «emergência de Angola como potência regional», à «pre-sença do Brasil entre as maiores economias mundiais», à«histórica janela de oportunidade que Moçambique atra-

     vessa», sem esquecer a «capacidade de formação de CaboVerde», o peso da lusofonia é hoje «um facto indisputável»,lembrou o pensador e ex-líder do PSD, que alguns atirampara a ribalta como eventual candidato a Belém.

    De qualquer modo, e a fechar o seu pensar... o professor nãopoupa avisos aos governantes portugueses.

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    22 Junho 20154 .  ComunidadesMedalha de Mérito das Comunidades Portuguesas para 5 professoras

    José Cesário: A educação na comunidadetem valor e merece destaqueÀ segunda, foi de vez. Depois da cerimónia ter sido adiadado dia 14 de junho, eis que nalmente o Secretário de Estadodas Comunidades Portuguesas, José Cesário, procedeu à

    cerimónia de imposição das insígnias da Medalha de Méritodas Comunidades Portuguesas a cinco professoras do ensinode língua portuguesa em Toronto, Canadá.

    A cerimónia foi realizada na tarde do dia 16, nas instalaçõesdo Consulado-Geral em Toronto.

    “Estou aqui em nome do governo português para vosagradecer pelo vosso trabalho, pelo vosso esforço, e paravos pedir que, obviamente, continuem. Isto não é o m.Isto é sempre um ponto de partida para algo mais”,armou José Cesário.

    Também ele um professor, no caso do ensino básico, JoséCesário salientou que a cerimónia servia para relevar o papele a ação desempenhada por estas pessoas no contexto dascomunidades portuguesas, enquanto agentes formadores

    de uma comunidade, numa área especíca que é a língua portuguesa.

    Em declarações à margem, o Secretário de Estado defendeutambém que é fundamental que as famílias portuguesas que

    estão no Canadá tenham a consciência que “hoje a línguaportuguesa é um ativo muito grande que é gerador demilhares de empregos em todo o mundo”.

    Um reconhecimento merecido

    Para além de agradecer o trabalho de Luís Barros, Cônsul-Geral de Portugal em Toronto, José Cesário deixou palavrasde agradecimento para Ana Paula Ribeiro, coordenadora doEnsino do Português no Canadá, por, desde a primeira hora,ter sido uma entusiasta deste tipo de ações.

     Notoriamente satisfeita e feliz pela cerimónia, Ana PaulaRibeiro justicou que o reconhecimento dado às professorasera merecido, e que a medalha simboliza todo um trabalho ededicação de tantos anos em prol da preservação, divulgaçãoe promoção da língua e cultura portuguesas no Canadá.

     No entanto, disse sentir-se altamente reconhecida, porque adistinção vem valorizar toda uma paixão de vida pela línguae cultura portuguesas, bem como o amor pelas crianças

     portuguesas e pela comunidade portuguesa.

    Elisa Oliveira chegou ao Canadá em 1976, começando desdelogo a lecionar para as escolas comunitárias, para mais tardese juntar à direção escolar de Toronto, onde tem feito a suacarreira.

    Emoção pelo reconhecimento

    O mesmo disse Odete Melo. “Fiquei, efectivamente,emocionada. Quando começo a falar nessas coisas,

    emociono-me um bocado. Fiquei também orgulhosa damedalha que recebi. Acho que foi um acto muito bonitoe compensador, mas acima de tudo, eu continuo a dizerque já passaram 35 anos e eu estou aqui... para a luta.Venho mais gerações... que eu estou cá”.

    Aurora da Rosa foi outra Professora agraciada. Naturalmentesatisfeita por terem reconhecido um trabalho de tantosanos. “É graticante, também, ver alunos que andaramcomigo, que aprenderam o Português comigo e queagora são médicos ou advogados a falarem Português,perfeitamente, e com uma boa Cultura Portuguesa.Tenho médicos, em Portugal, designadamente pediatras,que foram formados com a Língua Portuguesa, que eulhes ensinei...”

    E falando para o público em geral. “Eu digo que não

    As agraciadas

    Professoras de língua portuguesa Maria Aurora GomCunha Soares da Rosa, Maria Odete Da Costa Dias deMaria Margarida Garcia de Araújo e Filomena TavaElisa Oliveira, do programa de Línguas InternacionDirecção Escolar Pública de Toronto.

    “Flying

    over Macau”.Por lapso, de que pedi-mos desculpa, quandoda notícia sobre a expo-sição de fotograas deMacau, dissemos queSérgio B. Perez, funcio-nário da Direcção dosServiços de Turismode Macau, aqui viriacomo funcionário da-quele serviço governa-mental.

    Ora, a verdade é qsr. Perez não vem cfuncionário daserviço governamemas sim, como cdado especial dotituto InternacionaMacau, na qualidaautor do vídeo “Fover Macau” e JoMacaense. Assim éestá correcto.

    Ligada ao ensino da língua e cultura portuguesa há 40 anos,Elisa Oliveira, uma das cinco distinguidas, admitiu que foiuma surpresa receber a Medalha de Mérito das ComunidadesPortuguesas.

    desistam de pôr os lhos a aprender a Língua Portugporque a Língua Portuguesa é um recurso enormtempos actuais em que vivemos”.

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    22 Junho 2015   Canada em foco .

    Infraestruturas urbanas e trânsito publicona mente de Harper

    *SmartTrack de Tory tem mais um aliadoO primeiro-ministro conservador, Ste-

    phen Harper, esteve num combóio regionalnuma zona de oronto. Deu o seu apoio aum plano de infraestruturas urbanas e detrânsito público, onde, por norma, o NDPganha pontos.Dias depois do líder ´do NDP, om Mul-cair, ter falado sobre o seu plano para finan-ciar o trânsito com dinheiro de impostos dagazolina, Harper abordou o historial do seugoverno, enumerando vários projectos queajudou a financiar.“Os investimentos de infra-estrutura donosso governo têm sido sem precedentesneste país”, disse Harper numa zona dedepósito da oronto ransit Commission.“Estamos a programar 80.000 milhões dó-lares para investimentos de infra-estrutura

    ao longo da próxima década.”Aó deixou cair palavras de crítica velada aolíder do NDP, Mulcair, e ao líder liberal Jus-tin rudeau, “pintando-os” como sendo deuma persuasão de impostos e de gastos, oque vai prejudicar a economia do país.“Os outros partidos, disse, estão prome-tendo grandes gastos com infraestruturas,sem explicar como eles iriam pagar isso. “Ofacto é que eles têm apenas duas opções: ou

    défices mais elevados impostos mais altosou ambos”, disse Harper. “Nós não vamospor nenhum desses caminhos.”O primeiro-ministro e o mayor John orytinham chegado a oronto para uma opor-tunidade de foto, a bordo de um GO ran-sit regional que tinha sido adiada por umacidente de carro na linha. Mais tarde, comory a olhar, Harper expressou aprovaçãode plano de transporte público do Mayor

    conhecido como Smartrack.John Tory eufóricoO governo federal, disse Harper, iria de-sembolsar um terço dos cerca de $ 7,8 bi-liões do custo do plano para melhorar otrânsito local e regional. O dinheiro viria deum novo fundo de transporte público per-manente de 1 bilião anunciado anualmenteno orçamento do governo.“Smartrack reduziria tempo para dezenas

    de milhares de cidadãos de oronto q

    balham no duro”, disse Harper. Essede linha vai significar deslocações mpidos para centenas de milhares de pe em que o nosso governo se sente orso de ser parceiro.”ory mal podia conter a sua alegria apoio de alto nível para seu plano, chdo-o de “um grande dia para a cidadgião”. Pela primeira vez, disse, um gofederal tinha cometido um financiaprevisível e estável para infra-estrutqe é uma demanda dos municípios emo país.“Estou mais confiante do que nunca asoas desta cidade vai obter o relevo qucisam”, disse ory.Conselho da cidade ainda tem que a

    o plano Smartrack e candidatar-se abinação dos fundos de infra-estrutuprovíncia e do governo federal.Quando perguntado sobre a possibde mudar a sua mente conselho soplano, Harper disse que o fato de que

     verno federa l está disposto a comprouma quantidade significativa de diem direção a ela lhe dá uma “visão ota” do projeto.

    O NDP, o partido do centro-esquerda do Canadá,que tem estado a liderar algumas pesquisas deopinião, tendo em conta as eleições de outubro,não causou surpresa, ao dizer que iria decretarsubidas de impostos às corporações. Se assumiro poder, diz ter “grande confiança” nas políticasmonetárias do Banco do Canadá.

    O NDP, visto como o mais à esquerda entre osprincipais partidos políticos, apareceu, de re-pente, como o centro das atenções com a possib-ilidade de que poderia formar, pela primeira vez,um governo federal.

    Com isso em mente, Nathan Cullen, de 42 anos,que seria um candidato a ministro das Finançasnum governo NDP, disse numa entrevista queo seu partido percebe seus pontos de vista quetinham como objectivo persuadir os eleitoresde que um Governo NDP será fiscalmente re-sponsável.

    O líder do Partido, Tomas Mulcair, tomou omesmo rumo quando, na quarta-feira, expôs aplataforma económica do NDP, prometendomais apoio para a classe média e para as uni-dades fabris.

    “Nós, de certa forma, achamos que podemosfazer melhor do que os outros partidos, quandose trata de custos e da veracidade de nossa ofer-ta, e isso é bom”, disse Cullen.

    O antigo pequeno empresário disse que o NDPinstituiria aumentos de impostos corporativos,mas sublinhou “não haverá nenhuma surpresa”,

    embora se tenha recsado a apresentar números.

    Na campanha eleitoral de 2011, o NDP disseque aumentaria a taxa de imposto sobre as cor-porações federais para 19,5 por cento. axasque são agora de 15 por cento. Para Mulcair, oseu partido iria levar os impostos corporativosaté mais próximo da média do grupo das seteprincipais nações industrializadas, mantendo-oscompetitivos.

    A taxa média do G7 é de 24,5 por cento, maisde nove pontos a mais do que a taxa federal doCanadá. No entanto, as taxas de imposto, uma vez que os impostos não federais estão incluídos,estão mais próximos: 26,3 por cento no Canadáe 29,9 por cento como média do G7.

    Pelos vistos, e segundo anota a Reuters, Mulcaircometeu erros factuais sobre as taxas de impos-

    to numa entrevista de rádio, quarta-feira, e osseus adversários rapidamente avançaram para

    reforçar a visão de que o NDP é fraco em econo-mia.

    “Isso é típico do NDP. Eles não sabem o quesão os impostos. Só sabem que os impostos detodos têm que ser maiores”, argumentou , noParlamento, o primeiro-ministro conservadorStephen Harper.

    Uma estimativa da Reuters, face às propos-tas de despesa que o NDP lançou até agora, oorçamento federal ficaria próximo do equilíbrio.Esse cálculo exclui os ainda não especificadosaumentos na ajuda externa, promessas futurasde campanha, bem como os impostos corpora-tivos mais altos.

    “A liderança Federal é necessária para trazer as

    províncias juntos ... e procurar maneiras dum programa tão eficiente e eficaz quantsível”, disse Cullen.

    Confiança no Banco do Canad

    Como se sabe, o NDP nunca formou umerno federal. em sido, no entanto, gover várias províncias e assumiu o poder em Aa província rica em petróleo. Ali pôs fimreinado conservador de 44 anos. A vitóriem Alberta, que seria impensável para mmontou o palco para um forte desafiHarper.

    Como o NDP sobe nas pesquisas, Cull visto um aumento no número de visitanporativos para seu escritório, ansiosos emsobre planos econômicos do partido.

    Cullen disse que apóia o Banco do Canadnão quis dizer se a meta de inflação decento do Canadá deve ser aumentada oupreferia um dólar canadiano mais fraco.“No geral, temos grande confiança na como o banco tem estado a lidar com as cdisse ele. “Obviamente, esta é uma conveteríamos de ter com o governador, se fôformar governo, quando a meta da inflaçà tona.

    “Mas, em geral, temos a satisfação e conem metas e estimativas do governadornão prevemos qualquer mudança signifimas vai ser uma conversa que vamos ter.”

    Tendo em mira as eleições de Outubro

    NDP procura dissipar os receios scais 

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    22 Junho 20156 . Comunidades

     Numa altura em que se celebra a Semana de Portugal –transformada em mês de Portugal ou mais ainda... – esteveem Toronto o Secretário de Estado das Comunidades, JoséCesário. À sua maneira, e como lhe compete, veio tambémfazer Portugalidade, no melhor sentido do termo.

    Ao entregar a medalha das Comunidades Portuguesas acinco professoras primárias, algumas em m de carreira,decerto que José Cesário quis homenagear estas “espinhas

    dorsais” do ensino de Português aos nossos lhos e netos.Depois, mais tarde, foi a entrega da comenda de ordem deMérito a Laurentino Esteves, um voluntário activista emclubes e associações onde o folclore parece ser o patamar

     para a prossecução do Portugal de além-fronteiras.

    Muitos dizem que os componentes dos Ranchos Folclóricossão elementos fundamentais para a continuação das nossasraizes culturais e da armação da nossa gente. Laurentino

    Esteves foi sempre a “nota dominante” quando se falaFolclore, designadamente do Norte, e muito especial

    da Póvoa de Varzim.Sou um pouco do que é aComunidadeLaurentino Esteves, humilde como sempre, acentuou,logo, que recebia a comenda c om a maior humildcomo se se tratasse de uma homenagem às colectivque ele serviu e serve. “Se esta comenda é para pro meu trabalho voluntário de 28 anos, eu aceitomuita humildade e com muita honra. Aceito-a em da comunidade, em nome dos ranchos folclóricos dtanto gosto, Mas percebo bem que isto não é só meucomunidade. O que eu sei é que, em vocês, eu mão sque sou hoje. Cada um de vocês tem algo a ver comisto”.

     No nal, era a certeza de que este género de homené merecida, bem merecida. Para o Secretário de E

     palavras que signicam muito. “O Laurentino Estdaqueles homens que nós deveríamos ter em todcomunidades. Amigo do seu amigo. Activo. Porsempre no coração. A sua terra sempre no coraçcom um espírito enorme de participação cívica e poPor isso, eu sinto-me feliz. Eu não escondo uma coivim a Toronto muito para poder ter este momento.À satisfação natural do homenageado responde aGovernante com a satisfação de ter a intervenção que Mais uma página a juntar ao cerimonial das FestPortugal em terras do Canadá.

    Comendador Laurentino Esteves

    Ordem de Mérito para um dos nossos*Laurentino Esteves, um homem que deveríamoster em todas as comunidades – José Cesário

    Carlo Miguel Cruz Gomes e Alberto Nogueira / ABC

    José Cesário visitou o AbrigoO Secretário de Estado das Comunidades

     portuguesas, José Cesário, esteve em To-ronto e aproveitou a ocasião para visitar e -car a conhecer o trabalho desenvolvido pelainstituição Abrigo. Fez-se acompanhar peloCônsul Geral, Luís Barros, e pela TécnicaSuperior, Paula Medeiros.

    O Centro Abrigo e uma instituição de carizsocial, que há 25 anos oferece uma serie deserviços á comunidade de expressão portu-guesa.

    Ed Graça, diretor do Centro, e as assisten-tes sociais Marília Santos e Cidália Pereira

     prepararam uma breve apresentação sobreos programas sociais disponíveis e sobre

    o número de utentes que anualmente são

    apoiados pelo Centro. Referiram algumasdas diculdades com que se têm deparado,

    nomeadamente, diculdades em obter ver-

     ba suciente para fazer frente a algumas

    despesas extras que vão surgido.

    José Cesário, rapidamente, compreendeu

    a relevância desta organização na nossa

    comunidade. Agradeceu ao Centro Abrigo

     pela calorosa recepção e pelo trabalho so-

    cial em prol da comunidade de expressão

     portuguesa.

    Por último congratulou toda a equipa do

    Centro por toda a dedicação e prossiona-

    lismo durante os últimos 25 anos de exis-

    tência.

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    22 Junho 2015   Comunidades  .

    First Portuguese distribuiu sorrisose... certifcados

    Sim, sim... foram sorrisos e certificados. Não houve maisnada? Claro que houve... mas aquele ambiente deu para dar-mos força ao título. Sorrisos e... certificados. Pais... muitos.Meninos e meninas... muitos, muitos. E as Professoras esta-

     vam mesmo eufóricas. Depois de um ano de trabalho, poucomais poderiam (e queriam até...) exigir do que aquilo.De resto, quando cheguei à fala com algumas... vi logo queera de felicidade os seus sorrisos e os sorrisos que distri-buíam aos meninos e seus pais, Vivam elas!Se eu tivesse que fazer uma Redacção, assim a jeito daquelasque os meninos ainda fazem começaria por dizer que... “gos-tei muito. Que a minha professora fez tudo o que podia paraeu aprender uns quilómetros de coisas e que, de verdade, euestou melhor, muito melhor...”

    Depois, iria ter com os muitos pais que estavam por ali e di-zer-lhes que também eles estavam de parabéns. Que fizeramum ano de sacrifícios, talvez, mas que valeu a pena. Vale sem-pre a pena puxar pelos nossos meninos para que eles apren-

    dam o Português e mergulhem na Cultura Portuguesa. Que éimportante, até porque o Português, hoje em dia, é mais um“asset” – é assim que se diz, não? – para o nosso futuro, já queo Português é falado quase em meio mundo.E o sorriso de felicidade da Emilia Júnior, que conseguiu ani-mar a noite com a sua apresentação de toda a sessão? E válá... até pelas palavras bonitas que achou que deveria dizer anosso respeito? A Emilia é, de facto, minha amiga. E até selembrou que eu nunca falho a uma sessão daquelas? Hoje...falho é pelo facto do meu tempo escassear e... coisas assim.E aquele menino que eu entrevistei?! O Francisco Faustinoparecia esmo que poderia estar a falar connosco... até ama-nhá de manhã. É que ele sabe, de facto, muita coisa. E comoos seus certificados até atestam isso mesmo...Imaginem que até o Rui Gomes apareceu. E apareceu, na suaqualidade de presidente da Academia do Bacalhau, que ati-rou aos meninos, umas Bolsas de Estudo, que para isso tam-

    bém serve aquela Academia. Serve para fazer Portugal(acho que foi assim que ele disse...)Ainda falei com algumas professoras. Ainda falei compara saber, especialmente, se estavam satisfeitas. Era lágunta que se fizesse... então não se via logo que estavalizes. Que o ano lectivo acabou... e que agora é prepapara o outro que vem lá para Setembro... ou coisas assi

    Celina... Celina de Melo! Gostei da sua Escola. Gostei saber que a sala não dava para mais... senão mais gentepor lá. Gostei muito.

    Jogos de cintura..Fernando Cruz G

    Cá em casa... temos de tudo. Falando em política, sotudo na política de lá... navegamos em várias águas. Ccompete a um orgao de informação que não pretendradical, vamos andando entre os vários “fogos”. E se édade que nos apraz, hoje, falar no lado de lá... issoimpede que, amanhã, nos venhamos a entreter comesmas andanças do lado de cá.

    Na Europa, chega a parecer que os ditos partidos soc

    tas estão, nitidamente, a ficar mais fracos. De tal formchega a parecer que não querem ser Governo.

    Que preferem atirar aos ares uns seus conceitos mamenos irrealistas, porque baseados em utopias de mdo, esquecendo o povo que os serve e a quem eles driam servir.

    Quando foram Governo – e alguns ainda o são – tentmandar às malvas os conceitos mais puros e substitupor palavras ocas de significado porque não exequíveser realidade. Uma, duas, três vezes, Portugal já exmentou o sistema. Só que, quando o dinheiro acabousocialismo deixou de o ser. Abandonou o barco ou o achou que o deveria ruar. As propostas foram só isso,postas que não têm pernas para andar. E se no meio ddos estes governantes, há, por exemplo, um Guterres

    homem bom que era (e é), achou que deveria abando que chamou de “pântano”, houve outros que estenda mão à caridade, pediram dinheiro ao mundo... e fandando. Dinheiro que outros tiveram de pagar...

    Por norma esperam que outros tapem os “buracos”. Aagora, alguém dizia – e quem, senão o “inefável” Co- que, como Governo, iria reverter o processo de ptização da AP. Como se há meia dúzia de anos atrprocesso da privatização não tivesse sido proposto mesmos socialistas... que agora dizem – já o disseramhá muito – que a AP foi vendida por meio Jorge JCoisas de crianças, se não fosse doloroso ouvir isto dcandidato a primeiro-ministro.

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    22 Junho 20158. Comunidades 

    Ontem, um PiqueniqueEste ano o piquenique da Associação Cultural do Minho deToronto foi bem diferente. Foi diferente por muitos motivoscomeçando por o mais importante - este ano, estiverammais gente lá do que nunca. Em anos anteriores ao longodestes nossos quase 6 anos de existência, eram alguns dos

    seus membros a confessar que tinham passado a noite a rezaro terço ao São Bentinho que é o Padroeiro desta honradacoletividade para que estivesse um dia de sol, porque nestaaltura do ano, se houver algum constante é que o tempo ésempre imprevisível. - Ao que podemos ver, valeu mesmo a

     pena, porque o dia esteve maravilhoso.

     Não queremos queixar-nos outra vez mas... aqui vai. - Paraum jornal como o nosso que sai as Segunda feiras com asnoticias frescas em vez de sair la para o m da semanatorna se sempre uma tarefa complicada marcar presença aoseventos de Domingo (Dia dos Pais)... mas também vamosconfessar, não viramos a cara ao trabalho e gostamos dodesao.

    Este ano quando abriram as portas do gigante Parque Croata“Karlovac Park” em Milton, as 7 horas já la havia gente a

    espera para entrar. As 10:30 houve a habitual Missa Campale depois seguiu-se uma sessão arábica com “Zumba” comMichelle Soares onde este ano houve uma onda enormede mulheres e alguns homens... a participar ao are livre.

    Durante a parte da manha o grupo de “Bombos” e “Ze’sPereiras” faziam barulho em todo canto do parque parasaudar os visitantes. Houve um jogo “renhido” de futebol

    dos rapazes contra as raparigas, jogos para as crianças, jogoda malha onde ninguém queria perder e as 3:30 comecouo programa de ranchos com a participação do RanchoFolclórico do Poveiros, Rancho Folclórico do Clube

    Português de Mississauga e Rancho Folclórico de Barcos “donos” da casa R.F ACMT para divertir ainda mai

     bonito que esteve ontem Domingo.

    Gostaríamos de agradecer a todos quantos quisercompanhia da nossa equipa de reportagem a sua camos sentidos com os gestos carinhosos de tantos le

    “Os alunos com quem trabalhamos apresentam melhoriasnas notas, mas, no geral, a comunidade portuguesa continuaa ser identicada como uma comunidade que precisa deapoios adicionais em termos escolares”, armou VandaHenriques, gestora de programas do Centro ComunitárioWorking Women.

     Na sequência de um estudo que avaliou as váriasdesvantagens académicas de diversas comunidades, em2000, e que revelou que a comunidade portuguesa “tinha umdos mais baixos aproveitamentos escolares antes do ensinosecundário”, foi criado um grupo de trabalho que deu origemao programa ‘On Your Mark’, a que ABC se tem referidovárias vezes..Após a criação do programa, em 2001, a responsávelconsiderou que na atualidade as “coisas estão diferentes”.

    “Temos vericado dentro dos nossos programas que estesapoios fazem a diferença, ajudam as crianças, elas mantêm-se no programa e melhoram as notas na escola”, justicouVanda Henriques.O Centro Comunitário Working Women, fundado em 1975,desenvolve serviços de acolhimento aos recém chegados aoCanadá, dedicado às comunidades de língua portuguesa eespanhola.O programa ‘On Your Mark’ destinou-se inicialmente àcomunidade portuguesa, acabando por se expandir em 2008às comunidades espanholas.Aquela responsável recordou ainda os fatores sociológicosdas “ondas de imigração” de certas comunidades, como a

     portuguesa, facto que afeta “o aproveitamento escolar”, prejudicando os alunos nos primeiros anos e causando-lhes

    Alunos Portugueses no Canadá

    com pouco aproveitamento escolar?

     A  s s o c i a ç ã o 

     C u l t u r a l 

     d o  M i n h o

    “muito stresse”.O ‘On Your Mark’ é um programa diário da organWorking Women, apoiando através de aulas de expldiárias os alunos sinalizados dos seis aos 18 anos de que conta com a colaboração de cerca de 170 voluntáestá em funcionamento nas escolas públicas e católicaO programa já ajudou mais de mil alunos na sua integescolar, e destes cerca de 80 por cento eram portugCada aluno tem uma aula por semana.“Os portugueses em si não têm uma forte tradição de gaproveitamento escolar. Não é uma tradição bem engrna nossa comunidade. Quando viemos para o Canacom outros objetivos, tradicionalmente por causa dsegurança nanceira. O caminho académico não

     para ser um hábito. Como comunidade, temos uma trdiferente”, sublinhou.

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    22 Junho 2015   Comunidades . 9

    197 Spadina Ave, Suite 402 , Toronto

    e amigos. Para o ano, ouvimos dizer que talvez possa haverdois dias de folia no piquenique anual e assim um Sábado á

    noite vamos ter mais tempo para conviveremos em famílialusa e seremos mais uns entre o povo. Tiramos uma fotode uma destas mesas simpáticas e aplaudimos a todos os

     patrocinadores deste grande evento.

    diferente para melhor

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    22 Junho 201510. Comunidades

    46 anos de idadeque começam a

    Um sábado cheio de eventos. Sobretudo daqueles quecomeçam a andar por aí, a tutear o Verão que já apareceu. Emesmo à noite, a calma é, muitas vezes, mandada às malvase... transforma-se em animação. Animação constante. Comoaconteceu, sábado, lá para cima, no salão da Local 183,que está também a transformar-se em logradouro (quase)

     público para muitas das nossas colectividades. É, também, aforma daquela agência sindical se integrar no viver geral dacomunidade, o que só lhe ca bem.

    Sábado, era o Benca. O Benca, através da sua Casa doBenca local, a completar 46 anos de existência, e do BencaFC, uma Escola de jogadores que está a marcar presença e aentusiasmar os mais jovens.

    Desta vez, até veio a velha glória de Portugal e do Benca,José Augusto, que com os companheiros Eusébio, José Águase Mário Coluna, para falar apenas em alguns, encheu de

     júbilo e alegria os adeptos do futebol do seu tempo. Nos anossessenta – e não só – o seu nome saltava sempre que se falavano Futebol português. Com as Taças dos Campeões Europeusde 1961 e 1962, e com a sua prestação no Campeonato doMundo de 1966, em que as cores portuguesas se cobriram,de glória. Foi este José Augusto que esteve em foco, sábado,no grande jantar comemorativo do 46.º aniversário da Casado Benca de Toronto.

    Um certo conforto espiritualSentado à mesa, mesmo ao lado de um dos nossos, o FrankAlvarez, José Augusto haveria de nos dizer da sua satisfaçãoem estar entre nós. “É realmente como que um confortoespiritual que nos dá a garantia de que a mística doclube está presente, não só em Portugal, como em todoo universo benquista”. Era José Augusto a dizer-noscomo via este encontro em que estamos mergulhados. E osmeninos, aqueles que andam por aí vestidos de vermelho e aentoar, de vez em quando, o SLB... SLB. “É realmente umaalegria. É um estado de alma e é, de facto, um princípiode continuidade da vida destas crianças, dentro daquiloque é a nossa mística, a mística do clube...”

    Quando lhe falámos se não via por ali, no meio dos mais

    novos, a imagem de um José Augusto, há uns bons atrás, fezquestão de dizer um “é capaz...”, ainda que a lembrar ser daEscola Barreirense, que tantos e tão bons praticantes deu aoFutebol nacional.

    José Augusto fez questão de falar com todos. De tirar fotoscom todos quantos se chegavam até lá. Veio de Lisboa.Cumpriu a sua missão. Como o fez, de resto, Jorge Jacinto,que é o Director para as Casas do Benca espalhadas pelomundo. Logo de início, lembrou que esta Casa do Bencaé a primeira fora de Portugal. “É a casa do Benca n.º6, que foi a primeira Casa criada, já há largos anos –estamos a comemorar o 46.º aniversário – e ostenta sera primeira Casa do Benca fora do território Português.

    Onde está a verdade?resposta que os judeus deram a Pilatos provou o que ele jásabia: os judeus que trouxeram Cristo eram pessoas corruptas,sem escrúpulos, pois eles queriam que ele condenasse umhomem inocente à morte. Será que Pilatos era melhor do queos judeus? O facto de que ele consentiu na maldade deles, por conveniência política, mostra que ele praticou a mentiraao condená-lo a uma morte terrível. Cristo morreu como ummalfeitor numa cruz embora Pilatos soubesse da verdade, queele estava inocente.

    Qual foi a razão principal porque os judeus planearam amorte de Cristo? Eles não pertenciam a Cristo. Reparem queJesus disse a Pilatos: “...para isso vim ao mundo, a m de dartestemunho da verdade. Todo aquele que é da verdade ouvea minha voz” (João 18:37). Todos aqueles que pertencem a

    Cristo ouvem a sua voz e amam praticar a justiça e a verdade.Pilatos consentiu agradar aos judeus e cometeu a pior injustiçada história da humanidade porque ele também não pertencia aCristo e não ouviu a sua voz.

    A maioría dos políticos dos nossos dias são como Pilatos.Eles não sabem o que é a verdade pois eles fazem promessas edepois não as cumprem. Não foi há muito tempo que recebi umtelefonema de uma pessoa que estava fazendo uma pesquisa.Ela me fez muitas perguntas. Uma das perguntas foi se eu pensava que os políticos têm alguma agenda escondida? Eurespondi que infelizmente quase todos escondem a verdade doque realmente irão fazer quando são eleitos.

    Onde está a verdade? Jesus disse: “Eu sou o caminho, e averdade e a vida. Ninguém vem ao pai senão por mim” (João14:6)

    Jesus foi examinado pelo governador de Roma, Pilatos, porqueos judeus clamavam que ele cometera acções que mereciam a pena da morte. No meio do exame Pilatos perguntou a Cristose ele era rei. Jesus respondeu: “Tu dizes que eu sou rei.Eu para isso nasci, e para isso vim ao mundo, a m de dartestemunho da verdade. Todo aquele que é da verdade ouvea minha voz” (João 18:37). Pilatos cou surpreendido com aresposta e perguntou: “Que é a verdade?” (João 18:38).

    Pilatos era um político já há muito tempo e estava habituadoa viver num mundo de mentiras. Ele próprio vivia na mentira edizia mentiras. E, as pessoas que ele conhecia, os seus colegas,faziam a mesma coisa. Pela experiência da vida, Pilatos sabiaque a verdade era raramente praticada, tanto pelos políticosromanos como pelo povo. Por isso quando Jesus disse queveio ao mundo para dar testemunho da verdade ele achou aresposta de Jesus inacreditável. Como é que Jesus podia serrei quando ele nem tinha um palácio, nem uma nação destemundo para governar e nem um exército para defender os seusinteresses. A resposta que Jesus deu acerca do seu reino nãoser deste mundo era um absurdo para Pilatos. De facto, Pilatos,ao ouvir Jesus dizer que o seu reino não é deste mundo, pensouque Jesus era um pobre tolo que tinha ilusões de ser rei e deter um reino. Todavia, ter imaginações tolas não signica quea pessoa é um malfeitor e que merece ser condenada à morte.

    Embora Pilatos duvidasse da verdade que Jesus fosse reie tivesse um reino noutro mundo, ele sabia perfeitamente deuma verdade: os judeus que trouxeram Cristo para ser julgadonão estavam interessados na justiça. Isto é evidente quandoapós ter examinado Cristo ele disse aos judeus: “Não achonele crime algum” (João 18:38). E, como ele suspeitou, a

     Rev. João DuarteReligião e Fé

    B e n f c a  e m  g r a n d e 

     m e s m o  e n t r e  n ó s

    Se bem que aquilo que nós entendemos em Toronque estamos em território Português. Uma cidadeesta com cerca de 500 mil Portugueses, com este f

    todo, onde, se há 500 mil Portugueses, há, pelo me300 mil benquistas... é uma base de apoio muito gpara este clube”.

    Mesmo com um ou outro exagero pontual... palavrsignicado evidente. A demonstrar que o SLB de cá.

    irmanado ao de lá. E desde há muitos anos.

    José Carlos estava eufóricoJosé Carlos, o homem forte da Escola de Futebol estaali. Feliz. Cheio como um ovo de felicidade, como soese. Acredita no futuro da Casa e na Escola que está a ava passos de gigante. “Eu estou a ver isto... fantáEstou até emocionado ao ver todo um trabalho dano e, para mim, dois anos de Casa do Benca, e umde Futebol... está-me a encher as medidas...”

    E a verdade é que os meninos que por ali andavam

    meninos e meninas, claro - parecem dar a entender quea pena todo o esforço. “Para eles, tudo isto é uma surpTudo isto é um nascer, dia a dia, para eles, já que npassaram por isto...” Assim sendo, o que é que seesperar? “O que esperamos é muito simples. Eu quesaúde, para continuar o meu projecto, o projecto dado Benca. Isto incluindo a minha equipa técnicaTêm sido todos fantásticos. Penso que num curto esmuito curto, nós podemos surpreender tudo e todo

    E insiste: « Estamos a levar isto mesmo a sério. DevCom calma. Sem querer passar à frente de ningua fazer o nosso trabalho. Mesmo os que vieram dboa estão surpreendidos, principalmente com a foção, com o Futebol, com a Direcção da Casa do Benestes dois a caminho de três anos… tem sido fantánotável mesmo… »

    *A Escola Benfica marcha a contento

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    22 Junho 2015   Comunidades . 1

    e muitos sonhosconcretizar-seO que dizem os outrosAna Bailão estava, naturalmente, por ali. Dizem-nos que nãoé adepta do Benca. Bem ao contrário. Isso não a impede,

     porém, de estar presente. « Estou aqui por que respeito acomunidade benquista que está aqui, o trabalho que aCasa do Benca aqui faz. E, no fundo é um grande clubee é visível o trabalho que os adeptos fazem por cá. Osadeptos do Benca são realmente cheios de garra, e tra -zem isso também aqui para Toronto. E, portanto, venho

    aqui mostrar o meu apreço por todo trabalho e dar-lhesforça para continuarem a trabalhar mais e a trazeremessa garra benquista, aqui para Toronto… »

    Muito bem. Batemos palmas, como batemos palmas à depu-tada provincial, Laura Albanese, que estava ali, em apoio ní-tido, a despeito de não ser adepta do Benca nem de origem

     portuguesa. « De resto, a Casa do Benca tem agora a suanova sede no círculo que eu represento, na Rogers Road.Há também por aqui muitas famílias, com as crianças aparticipar na Casa do Benca, que vivem na minha área.E eu tenho de os apoiar. Apoiando até o bom trabalhoque os mais velhos fazem na ajuda aos mais novos… »

    E o Presidente da Casa ?

    Uma boa resposta. Viva, sr. Mario Mirassol ! É o presidenteda Casa do Benca, quase sem tempo para falar connos-co. Quase sem tempo. Mesmo assim, porém, ainda nos vaidizendo que sente uma felicidade enorme. « Enormíssima

    mesmo. Tanta gente aqui dentro. Tanta gente a apoiara Casa do Benca… dá-me uma satisfação enorme. E aemoção só amanhã é que passa, se calhar… » Parece que aCasa do Benca está mesmo no bom caminho para avançar.E falando na nova casa… diz que vai ser uma casa à Ben-

    ca. « Muito sacrifício, mas brevemente vai estar mesmo àBenca… uma coisa nunca vista por cá ».

    Entendemos o convite de Mário Mirassol, dizendo quemunidade deve mesmo visitar o Benca. Sem ligar afor caso disso, ao clube de que é adepto. « Até por tgente de outros clubes que têm sido muito imporpara nós… »

    Por nós, um voto sincero. Que a Casa do Benca singrevá em frente !

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    22 Junho 201512 . Desporto

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    Portugal vence Itália

    quase 40 anos depois

    Portugal empata com Itália (0-0)e sobe à liderança do grupo B

    terou o esquema tático ao fazer entrar GonçaloPaciência, que deu maior capacidade ofensiva aPortugal. José Sá esteve mais uma vez em destaqueao realizar defesas de excelente nível, permitindo àequipa das quinas somar o segundo jogo consecu-tivo sem sofrer golos no Europeu.

    Nos instantes finais da partida, Portugal podia terchegado à vitória, com Carlos Mané e Iuri Medei-ros perto do golo.

    Bernardo Silva foi, mais uma vez, considerado ohomem do jogo.

    Classificação do grupo B:

    1. Portugal, 2 jogos / 4 pontos2. Inglaterra, 2 jogos / 3 pontos

    Portugal empatou, ontem, domingo, frente à Itália(0-0), um resultado que permite à Seleção Nacio-nal saltar para a liderança do grupo B do Europeude sub-21.

    Na primeira parte a Itália entrou forte, criandoalgumas ocasiões, às quais José Sá respondeu sem-

    pre com segurança. Berardi foi uma constante dorde cabeça para a defesa portuguesa, que demoroua acertar as marcações.

    A partir dos 20 minutos, Portugal assentou o seu jogo e passou a controlar a partida. João Mário, àboca da baliza, podia ter inaugurado o marcador,naquela que foi a melhor oportunidade da etapainicial.

    No segundo tempo, o selecionador Rui Jorge al-Portugal-Suécia, 2.45 horasInglaterra-Itália, 2.45 horas

    3. Suécia, 2 jogos / 3 pontos4. Itália, 2 jogos / 1 ponto3.ª e última jornada, 24 junho

    A seleção portuguesa de futebol acabou na terça-feira comuma ‘seca’ de quase 40 anos e 11 jogos sem vencer a Itália, aobater a formação transalpina por 1-0, num particular realiza-do em Genebra.Um golo de Éder, o seu primeiro à 18.ª internacionalização‘AA’, aos 52 minutos, depois de uma assistência de RicardoQuaresma, selou o triunfo do conjunto de Fernando Santos,que soma a sexta vitória, todas pela margem mínima, em oito

     jogos.A formação das ‘quinas’ somou apenas o quinto triunfo em25 encontros com a ‘squadra azzura’ e o primeiro desde 22 dedezembro de 1976, quando venceu em Lisboa por 2-1, tam-

    bém num particular, graças a um ‘bis’ de amagnini Nené.

    «Há qualidade

    para trabalhar»

    Jorge JesusSegundo conta “A Bola”, o novotreinador do Sporting esteve,quarta-feira, em Alcochete,para conhecer a Academia doclube. À saída, Jorge Jesus con-fessou que gostou do que viu.

    «Foi uma visita de estudo paraconhecer as instalações porquenão conhecia. Gostei do que vi.O Sporting tem sido pioneiro nas Academias. Há qualidadtrabalhar», disse.

    Questionado se aproveitou a visita para analisar alguns prorelacionados com compra e venda de jogadores, Jesus atirou

    - Nada disso. Vim só para conhecer a Academia. Agora voucom mais alguns elementos da equipa técnica para irmos con

    do as instalações em conjunto.

     S U B - 2 1

    *A seleção venceu os transalpinos por 1-0.

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    22 Junho 2015   Desporto . 1

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    InovaçãoCORTIÇA 

    eExcelência

    «Qualquer equipa que tenhaRonaldo é Ronaldodependente» - Fernando Santos

    Resposta surpreendente do internacional brasileiro, Bola de Ouroem 2005, quando questionado sobre o desempenho do Brasil naCopa América.

    «Para dizer a verdade não estou a acompanhar (a Seleção). Não gos-to de ver futebol, gosto mesmo é de jogar.

    Não tenho paciência para ficar a ver 90 minutos... Prefiroresumos», disse, durante a visita ao museu de Pelé, em Santo

    «Espero que a Seleção ganhe e desejo toda a sorte, mas nãomuito a opinar», concluiu.

    O treinador de Portugal, Fer-nando Santos, acredita que Por-tugal mereceu a vitória rente àItália no jogo da noite de terça,apesar de reconhecer que oium jogo equilibrado.

    «Portugal mereceu a vitória, oium jogo equilibrado, a equipa

    sabia muito bem o que estavaa azer em campo e acreditavaque podia vencer», reeriu otécnico português, na zona deentrevistas rápidas.

    «Qualquer equipa que tenhaRonaldo tem que ser Ronal-do dependente», disse quandoquestionado se a Seleção Portu-guesa era Ronaldo dependente.

    «A seleção tem um grande es-pírito de equipa», acrescentouainda, acerca da pergunta an-terior.

    Portugal venceu a Itália por 1-0com um golo de Éder, avançadodo SC Braga aos 52 minutos.

    Com dez anos de casa, Helton nunca tinha passado dois anos segui-dos no FC Porto sem conquistar um título. Situação que o veteranoguarda-redes espera inverter na próxima temporada.

    «Não tinha ainda acontecido nestes anos em que estou no FC Porto.Infelizmente aconteceu e esperamos que seja a única vez. Mas é paraanalisar e ver onde pecámos para que, a partir de agora, não voltea acontecer», disse o brasileiro durante uma iniciativa em em VilaNova de Gaia.

    «Estou a pensar acabar a carreiraaos 52 anos» - Helton

    Com contrato renovado por dois anos, Helton aparece como pal para t itular na baliza do FC Porto, condição que o jogadonas mãos do treinador Julen Lopetegui:

    - eria todo o gosto, mas tenho de trabalhar no relvado para toportunidade. O treinador tem de ver se estou apto para isso

    Questionado sobre quando pensa abandonar os relvados, contornou o assunto com ironia: «Estou a pensar acabar a caos 52 anos. Como fiz 37, estou muito longe...»

    «Não gosto de ver futebol...» - Ronaldinho

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    22 Junho 201514 . Ainda a tempo

    A “NOSSA” COLLEGE ENCHEU-S

    O Alberto... viu isso. Não quer é dizer-nos por continuar ainsistir que as fotos falam por si. É, é... até aquela em que

    alguém o fotografou a si. Mas... vamos em frente, que a nósobrigam-nos a escrever, a escrever...Pois, voltando ao ponto de partida, ali mesmo naquele café

    Vá lá, Alberto Nogueira! Diga-nos, de pronto, o que é que viu na “nossa” College?! O Alberto fez, sem dúvida, boas fo-tografias. Mas... o que é que viu? É que a College é uzeira e

     vezeira em fazer coisas de maravilha. Abrir o Verão com este

    género de festas ao ar livre, dar um colorido muito seu a tudoo que por lá aparece. Entusiasmar-se até com os visitantes doPassado. Sim, sim... muita e muita gente – de origem Italiana

    e de origem Portuguesa – que “voltou à rua dos seus afectos”.E vibrou com tudo aquilo. Integrou-se no viver geral da ruaque hoje é, afinal, quase cosmopolita!

    Diplomático, que viu chegar muitas e muitas c omunidajudando-as a encontrar o seu norte... também nós v

    gente e mais gente. Nossa e dos outros. Gente que acopara a realidade do Canadá, ali mesmo, naquelas cadNo Verão – como o destes últimos dias – até na esplana

    Uma centena de voluntários da Davenport reconhecidosNa quinta-feira, realizou-se uma cerimónia para homenagear 288indivíduos que têm contribuido significativamente como voluntá-rios nas suas comunidades.  O Governo do Ontário, através do Ministério de Cidadania, Imi-gração e Comércio Internacional, lança anualmente os Prémiospara Serviços Voluntários (Ontario Volunteer Service Awards). Osprémios reconhecem voluntários com 5, 10, 15, 20, 25, 30, 40, 50 e60 ou mais anos de serviço contínua a uma organização. Este anomarcou a 29ª edição desta iniciativa.

    A cerimónia teve lugar no Isabel Bader Teatre na baixa da cidadede oronto. Cristina Martins, na função de Assisstente Parlamentarao Ministro de Cidadania, Imigração e Comércio Internacional eMPP para Davenport, e Han Dong, Deputado Provincial pela ri-nity-Spadina, estiveram presentes e ambos entregaram certificadose “rillium Pins” aos recipientes, perante a audiência composta defamiliares e amigos.

    Entre os 106 recipientes do bairro da Davenport, cerca de 70 são

     voluntários da comunidade Luso-Canadiana de oronto: dirigentesde Clubes e Associações, Organizações Sem-Fins Lucrativas, Ran-chos Folclóricos etc., que foram homenageados pela primeira vezpelo governo provincial.

    Desde Outubro passado Cristina Martins, atravês do seu gabinete,deu conhecimento aos clubes e associações destes prémios, atribui-dos anualmente pelo governo provincial, e incentivou-os a nomea-rem os seus voluntários. A Deputada está orgulhosa do resultado.Mais de 70% dos recipientes do bairro da Davenport, são membrosda comunidade Luso-Canadiana, a primeira vez que haja um nu-mero tão significativo de recipientes portugueses a serem reconhe-cidos pelo seu voluntarismo, pelo governo do Ontário.

    Voluntários são fundamentais para o deccorrer das nossas orga-nizações comunitárias. Sem eles, muitos dos programas, serviçose eventos não existiam. Os seus esforços inspiram outros a daremtambém do seu tempo e suas habilidades. Eles são modelos parauma nova geração de jovens voluntários.

    Mais de seis milhões de voluntários contribuem mais de 860 mi-lhões de horas de trabalho voluntário anualmente em Ontário.

    A Deputada Provincial para Davenport na sua alocução afirmouque “voluntários desempenham um papel significativo na provínciado Ontário. Seja a ajudar com o assentimento dos recêm-chegados,a passar os domingos com idosos numa casa de repouso, a organizareventos culturais ou a treinar jovens numa equipa de futebol. Vo-luntários fazem contribuições inestimaveis para a nossa província,tornando-a mais compassiva e vibrante, sem qualquer remuneraçãoou expectativa de reconhecimento.”“Orgulho-me por ter muitas organizações, dirigidas por voluntá-rios ativos, no meu bairro. O trabalho alcançado por vós tem umimpacto enorme na qualidade de vida de milhares de moradores daDavenport” disse Cristina Martins.Este ano o governo do Ontário reconhecerá mais de 9,000 volun-tários em 54 cerimónias por toda província, entre Abril e finais de

    Junho. Inscrições para 30ª edição dos prémios Ontario VolunteerService Awards (entregues em 2016) já estão abertas atravês do por-tal: www.ontario.ca/honoursandawards.

    Os recipientes deste anoYasmin Harrison, Rupinder Singh, Erika Squires, Kay Squires-A-mey, Gurbeen Bhasin e Dora Micheli, do Aangen Community Cen-tre. Elisabete Dias, Maria eresa Moura, Sergio Sarmento, MariaZélia avares, Venilde Ferreira e Donzília Veiga, do Abrigo Centre.Joe Andrade, Katia Caramujo, Joaquim Simões, Laurentino Esteves,Rosa de Sousa e Fernando Rio, da Aliança dos Clubes e AssociaçõesPortuguesas do Ontario. Marta Gonçalves, Michelle Gonçalves,Paulo Pereira Jr, António Gonçalves, Alexandrina Pereira, MariaMelo, José Amorim e Alexandre da Silva, da Associação Culturaldo Minho. Marta Gabriela Fernandes, Lucy de Oliveira, Lúcia Fi-gueiredo, André Lebão e Brian Vasconcelos, da Associação Migran-te de Barcelos. Jason Sousa, Maria Almeida, Jenny Machado, OlgaRodrigues, Diamantino Assunção, Bernardino Nascimento e Lúcio

    Oliveira, da Casa das Beiras. Maria Auxiliadora Medeiros,nio Simas, Lucília Simas, Gabriela dos Reis, Luis dos Reis e de Sousa, da Casa dos Açores do Ontario. Maria Natália daMaria José de Medeiros, aria Eugénia Maiato, Maria do Car veiros, Marta Guerreiro e Maria Madalena Raposo, do Firstguese Canadian Cultural Centre. Mathew Correia, Peter C

    Alex Pombeiro, Levi Pombeiro, Eduardo Aguiar, Miguel CoGabriel eves, do Grupo de Cantares e Bailares de São Miguexandra Frias, Cristiano Martins, Susana Moreira, JonathanMathew Pontes, José Dias, Avelino Paula, Maria Sobral e Lidroda, do Rancho Folclórico Estrelas do Norte. Bill George, BJackel e Ed Lyons, do Spadina-Museum Historic House andens. Flora Benevides, Heather Jones, Russell PochmurskRybachok, Christel Schindler e Joyce Beaven, do St. Joseph`th Centre. Christine Webber, Gnaneswary Alagiah, SubramChandrabose, Mary Ragavan, Manikkam Ratnalingam e NaSrikanthan, de amil Cooperative Homes. Nonna Rogers, ABagatin, Ettore Salituro, Alfredo Massai, da 13.ª Divisão da de oronto. Maria Conceição Arruda, Ana Maria Costa e JoMartins, do Grupo Folclórico ransmontano. Entre os joventher Macel, da Aangen Community Centre, Beianna Estevelanie Esteves, da Associação Migrante de Barcelos; Nicole ASteve Assunção, da Casa das Beiras; e Alisa Fitisova, MaggieSan ran, do St Joseph`s Health Centre.

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    22 Junho 2015    Ainda a tempo . 1

    Paulo Mastrangelo que o dia! E ele até lá esteve, não é?A batuta era da CHINE a Música que por ali se toca?! A força que se imprime atoda aquela zona? Este ano... a CHIN pegou na batuta e foi

    dizendo das suas. Foi fazendo das suas. Partindo ao meiotudo o que seria saudade. Com a certeza de que o próprioJohny Lombardi – que faria agora 100 anos – era bem capazde dizer para mandarem às malvas a tristeza e mergulhar emtodo aquele ambiente gostoso. De resto, o Lenny tambémandava por lá e decerto que deu os mesmos conselhos. Emfrente, em frente... vamos em frente.Até gente veio para a rua bailar. Sim, sim...

    De resto, aquele menino que o pai pôs às cavalitas há-de di-zer no seu amanhã... que a College é a rua mais interessanteda cidade.Que foi ali que começou a admirar mais a cidade (claro, àscavalitas do pai...)Até o MayorDepois, até o Mayor por ali apareceu. Com aquele seu ar às

     vezes macambúzio, mas a maior parte das vezes alegre e atéfolgazão. E até achamos que, desta vez, não trouxe um certoempecilho – não dizemos o nome, não – que ainda há bempouco tempo barafustou aos nossos ouvidos porque nós pu-zemos o Mayor a falar... sem lhe pedir licença. Desta vez pa-rece que o não trouxe.Acho que temos ainda um pouco de espaço para escrever.E nós que queríamos que fosse o Alberto Nogueira a escre-

     ver… tivemos de ser nós que, de facto – dizemo-lo agora...– passámos por lá muito ao de leve... já que outros trabalhos

    nos impediram a visita. Vê, Alberto... vê porque é que quería-mos que fosse você a escrever?

    DE GENTE E ANIMAÇÃO

    Talvez... faltem calculadoresna City Hall?!

    Este fim de semana foi a primeira vez em 4 anos... que “abriu” para opublico o Queens Quay Boulevard – conhecido por o bairro a “Bei-ra lago” em oronto. Bairro este que agora tem um “novo visual” eque este fim de semana celebrou o “Redpath Waterfront Festival”.Palhaços, mágicos, bandas, e até uma competição de cães fez partedas celebrações e fez com que aquela zona da cidade fosse uma dasmais frequentadas para alem da College Street este fim de semana.Na segunda-feira passada, descobrimos que o projeto de renova-

    ção da Union Station (que era preciso), mas com um orçamentado

    inicial que previa qualquer coisa como $640 milhões de dólares ecom a previsão de estar concluída em 2015, agora vai custar $800milhões de dólares para cidade e só vai estar pronta em 2017... Arenovação da Câmara Municipal de oronto também deveria custarperto dos $40 milhões, com aparentemente $24 milhões de dólaresque vinham de patrocinadores corporativos, e com uma conclusãoem 2012 agora tem um preço atual bem perto dos $60,4 milhões de

    dólares (que pode vir a ser maior ainda), e 100% financiadocontribuintes, porque também não há patrocinadores corpoe com uma data prevista agora só para 2016.Embora houvesse grande festa na zona, parte daquele bairrolago”que este fim de semana esteve cheio de gente (financiadcidade, contribuintes, governo federal e provincial) no prorevitalização era suposto estar todo ele concluído este mês, apara os Jogos do PanAm Games, e com um custo de bem pe$93,2 milhões de dólares, agora, tem um custo que já ron

    $128,9 milhões de dolares e com uma data de estar concluidprevisto para 2016... Mais palavras parta que?Não é preciso um calculador, estes senhores e senhoras da

    ra assim levam a cidade a falência e depois respondem a quCMCG / ABC

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    22 Junho 201516 . Ainda a tempo

    Uma Associação de Pais dignados maiores elogios

    Este ano adicionaram um mini mercado ao evento ondpresários e firmas locais poderiam alugar um espaço eos seus serviços e produtos. udo com a intenção de anfundos para a escola e seus estudantes.

    Avelina Pires, Presidente da Associação de Pais, diz“muito contente por ver que esta iniciativa tem sido bcebida dentro da comunidade e só gostava de ver aindaPais e Mães juntarem-se a uma causa tão importante c

     vida escolar dois nossos mais novos”. PatrocinadoresMetro Stockyards, Loblaws (Dundas e Jane) e até Waentre outros fizeram deste evento um sucesso.

    Pensamos que numa comunidade tão numerosa como sa em oronto e arredores é inaceitável que nestes úanos os índices de estudo demonstram que somos deuma comunidade muito pobre no que diz respeito a vcolar...

    Será que não incentivamos os nossos filhos? emos dque seja verdade, mas os números, esses não mentem.béns a esta associação de Pais.

    Nos anos anteriores como também neste, a festa anual tematraído ainda mais atenção de figuras publicas como por

    exemplo o Vereador César Palácio e o Concelheiro EscolarFrank D’Amico que marcaram mais uma vez presença e quedoaram em boa parte também o seu próprio dinheiro para acausa, como nos disse César Palácio. “Eventos como este queconseguem ajudar os nossos mais novos e ao mesmo tempotambém ajudar a criar um relacionamento entre famílias domesmo bairro é a única razão porque eu e o Frank D’Amicofazemos parte disto”, como disse César Palácio. Quem tam-bém esteve presente foram os Policias que conviveram comos mais pequenos. udo isto... organizado pelos pais.

    Na Sexta Feira, a Associação de Pais da Escola de BlessedPope Paul VI em oronto levou a efeito o seu tradicional“Barbecue comunitário” que começou há poucos anos atrásmas que agora já parece ser uma tradição naquela zona. Numbairro escolar, situado na St Clair e Laughton, em oronto,onde os estudantes são em grande maioria de origem portu-guesa, esta associação de pais, diga-se, é composta em grandemaioria por Luso-descendentes tem mostrado ao longo des-tes últimos anos varias maneiras de como se envolver na vidaescolar dos seus filhos.

    Mesmo na Casa do Alentejo

    Escola Portuguesa Novos Horizontesentregou certicadosFoi dia de festa no parquepara os alunos, familiares eprofessoras da Escola Portu-guesa Novos Horizontes deoronto. Houve jogos tradi-cionais, rifas, entrega de cer-tificados e muita diversão...

    No fundo, era a altura deir para férias antes de maisum ano letivo que terá início

    em setembro, com aulas delíngua e cultura portuguesaspara crianças e jovens dos 3aos 18 anos, aos sábados demanhã ou no turno da tar-de e o reconhecimento decréditos para os alunos que

    frequentam o ensino secun-dário canadiano.Na festa estiveram presentesa coordenadora do ensino

    português no Canadá, AnaPaula Ribeiro, e CristinaMartins, deputada lusocana-diana no parlamento provin-

    cial do Ontário, cujos filhosfrequentam aquela escola.Por nós, boas férias para to-dos!

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    22 Junho 2015   De tudo um pouco . 1

    Despiste na Via do Infantmata três turistasO despiste de um autocarro,com 33 holandeses a bordo,causou três mortos e 31 feri-dos, entre eles uma criança detrês anos, na A22 (antiga Via doInfante), na zona de Paderne,no Algarve. Os turistas tinhamchegado ao aeroporto de Faro

    e estavam a ser encaminhadospara os respetivos hotéis. Umaquarta vítima foi anunciada on-tem, domingo.

    No local estiveram 156 opera-cionais, apoiados por 60 veí-culos, chegando mesmo a serdisponibilizados dois helicóp-

    teros. O autocarro despiembateu na separação e capotou para a outra vsendo conhecidas as cauacidente, uma vez que orista está entre os feridos

    Uma das vítimas foi tranda de helicóptero, para pital de São José em Lisbrestantes foram distrentre os hospitais de Farotimão.

    O acidente, que ocorreu pta 11.30 horas, levou ao cA22 que só foi reaberta horas.

    Portugal no top 5 dosmais corruptos

    e do Médio Oriente, Índia e África – 83% concordam queas práticas de suborno/corrupção são práticas generalizadasem Portugal.

    «No último ano e meio, Portugal tem sido fustigado por casosde corrupção. Por isso, os entrevistados terão mais propen-são para responder positivamente» a questões relacionadascom corrupção e fraude, afirmou Pedro Cunha, da Ernest &Young, na apresentação dos resultados do inquérito, esta ter-ça-feira, em Lisboa.

    Um inquérito realizado pela consultora Ernest & Young so-bre fraude e corrupção coloca Portugal como o quinto paísmais corrupto dentro de um universo de 38 países, suplanta-

    do apenas por Croácia, Quénia, Eslovénia e Sérvia.

    Dos trabalhadores portugueses inquiridos – total de 3.800entrevistados, de 38 países da Europa Ocidental e de Leste

    «Qualquer coisa de grande,de imaterial»

    Contemporânea em Lisboa: um homem e uma mulher estãote a frente, nus. A composição sugere simetria, igual digne, ao mesmo tempo, uma diferença patente, sem estereótidistinção joga-se em curvas imperceptíveis, em proporçõesmente diferentes. É evidente quem é o homem e quem é a mAssim como é evidente que a harmonia da conjunção só é poporque a simetria acontece num plano de igualdade em qpapéis são diferentes. As esculturas encaixam-se idealmentenão se tocam. Há um gesto de respeito, de pudor, que exclui aexuberância da carne. A forma estilizada dos dois corpos sque não se expõe tudo, mas também não se esconde. A carnpresente, mas elevada num amor pausado, cheio de cerimque sabe apreciar e honrar o outro. Os olhos cerrados de aparece que vêem (como é que o escultor conseguiu esta proOs dois admiram-se, para além até dos corpos, de olhos feca fitarem um horizonte que nós não vemos, mas eles sim. Aparece que vai abrir-se, mas é como se os lábios não chegasdizer nada, como quem adora em silêncio, ou como quem reHá oferta e acolhimento naquelas figuras, no entanto, a in va generosa do homem é diferente da dádiva da mulher. plementam-se, oferecem-se, não se copiam. Não nos passcabeça separar o grupo escultórico em duas partes, apesar

    duas esculturas serem, de facto, peças totalmente soltas. Neimaginamos a rodar as figuras, de modo que deixassem deuma diante da outra, frente a frente. À medida que a atençprende aos pormenores, começamos a perceber que, para aluma tonalidade idêntica e de serem constituídos por um m

    material, não há vdeiramente duplientre o homem e lher. Cada figura ra outra e a simconsiste nessa cpondência, mais dna exactidão da foÉ igualmente insante apreciar o eque se cria entre opos: os dois braçhomem e o braço to da mulher de

    um recinto protO movimento deum dirige-se primmente ao outro,esse mesmo gestamor (espiritual, tância) cria o lugque a mulher co

    com a outra mão, o fruto simbólico do amor. Por isso o eschamou à composição «Hino do Amor».Mas também chamou à escultura «Adão e Eva», sugerindo ponsabilidade do ser humano. Quando não se vigia, mesmParaíso ideal, o mal pode infiltrar-se e ferir o amor.Não tenho culpa. Estas esculturas não são para descrever. Qquiser ver Canto da Maia e não puder ir proximamente a Delgada, pode ir à Gulbenkian, ou ao Museu Soares dos RPorto, ou ao Museu de Arte Contemporânea em Lisboa. Mmelhor é mesmo fazer uma viagem aos Açores.

    Mais de 30 esculturas de Canto da Maia podem ser admiradas até31 de Dezembro de 2015 no Museu Carlos Machado, de PontaDelgada. Ernesto Canto da Maia foi um dos nossos mais origi-nais escultores de meados do século X X, o que diz muito, porquenessa época Portugal teve várias figuras de nível verdadeiramentemundial.Na minha opinião, o período artístico mais fecundo de Canto daMaia foram os seus longos anos de Paris, mas não me esqueçode que ele nasceu e morreu nos Açores, além de que é evidenteque ele colheu inspirações na cultura açoriana. O Museu CarlosMachado está de parabéns por hospedar, até finais de Dezembro,esta exposição.Para quem acompanhaas preocupações pasto-rais do Papa Francisco,o legado artístico deCanto da Maia cobrauma oportunidade sin-gular, porque ele sou-be esculpir, de formamagistral, o amor nafamília. Não vou redu-

    zir a riqueza multifa-cetada do seu trabalhoa uma só perspectiva,mas qualquer admi-rador reconhece queele foi particularmentebrilhante e original atratar este tema. É só visitar a exposição, sal-ta à vista...A obra de Canto daMaia inclui painéis degrande escala, figurasde heróis, estátuas comemorativas, que se podem admirar em várias cidades do país, e um conjunto singular de peças mais pe-quenas. As grandes esculturas foram geralmente feitas por enco-menda, mas o melhor que ele deixou para a posteridade é o talconjunto de peças não monumentais, que ninguém lhe pediu, masele sentiu necessidade de realizar. O mistério do amor conjugal

    e o vínculo familiar foram a inspiração central destas esculturas.Pegando no tema sob vários ângulos, ele enfrentou o desafio dedizer, com a força da imagem, o que há de mais espiritual e subtilna vida humana.Canto da Maia tinha a consciência de que há mistérios tão subli-mes que não cabem em palavras. Em 1913, ele escrevia aos paisque «a escultura devia realizar qualquer coisa de grande, de ima-terial, na via para atingir a intensa verdade do infinito».Esta espécie de milagre que lhe inspirou a vida, cumpriu-se. Mo-delada pela sua arte, a terracota foi capaz de exprimir qualquercoisa de grande, de imaterial. ransfigurou-se. Até atingir umaeloquência sublime. Contempla-se cada uma daquelas peças epercebe-se. entamos explicar e não somos capazes.Repare-se em peças como «Adão e Eva» ou «Hino do Amor»,«Bendito seja o Fruto do eu Ventre», «Baiser», ou a «Virgem comMenino», ou qualquer das outras, sobretudo do período de Paris.Por exemplo, a primeira, «Adão e Eva» ou «Hino do Amor», quetem várias versões em Ponta Delgada e uma no Museu de Arte

    Lesados do BEStentam invadirsede do Novo Banco

    Os lesados do BES estiveram, na quarta-feira, a realizar umanova manifestação, em Lisboa, junto à sede do Novo Banco.

    O protesto reuniu cerca de 100 pessoas, sendo que houvedistúrbios junto às entradas principais do edifício, com ma-nifestantes a tentar invadir a sede das instalações.

    As forças policiais cortaram a circulação de trânsito no cru-zamento da rua Castilho com a rua Barata Salgueiro.

    Exercício naval paracenário de crise contacom quatro mil militares

    Cerca de quatro mil militares participaram num exercício naval en-

    tre quinta e sexta-feira. O objectivo era testar um cenário de crise.

    A iniciativa é da responsabilidade da Marinha, Força Aérea, ForçaNaval Permanente da NAO e Força Marítima Europeia.

    De acordo com o comunicado divulgado à Imprensa, o exercíciotinha como objetivo proporcionar às unidades envolvidas, nomea-damente forças navais, anfíbias e aéreas, treino para manterem os«seus elevados padrões de prontidão e interoperabilidade».

    Além disso, serviu ainda para as unidades testarem e colocarem emprática os procedimentos e táticas associadas às várias disciplinasda guerra naval, incluindo vigilância naval, interdição marítima,desembarque anfíbio e operações integradas no combate ao terro-rismo e pirataria.

    Um total de 20 navios, oito dos quais estrangeiros, provenientes deEspanha, França, Holanda e Alemanha, e dois tipos de aeronaves daForça Aérea Portuguesa foram usados na iniciativa.

     José Maria C.S. André

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    Conceição Baptista

    22 Junho 201518 . Ler e contar

    Na ordem do dia, sim. A Saudade está, hoje, e com grande evi-dência, na ordem do dia. A minha alma está cheia de recorda-ções, sempre tão vivas, apesar da distância que me separa daminha terra. Todas estas recordações decerto que não matam assaudades... mas, sem dúvida, que as aliviam.

    E porque estamos a festejar, por estes dias, os Santos Populares,lembro algumas das nossas tradições. Em primeiro lugar quero,no entanto, reconhecer o valor desmedido de um digno filho ter-ceirense, que muito tem contribuido para a promoção dos nossosusos e costumes. Refiro-me a Álamo Oliveira. Nasceu na pitores-ca freguesia do Raminho, na Ilha Terceira.

    É uma figura notável da Cultura Açoriana, com uma extensa obraque abrange a Poesia, o Teatro, o Romance e ainda o Conto e oEnsaio. Para além de es critor, Álamo Oliveira possui uma extensa

     variedade de o utros talentos . É encenad or, actor, pint or, artistagráfico e animador de cultura popular.

    Fez os seus estudos no Seminario de Angra do Heroismo e éfundador do famoso Grupo de Teatro “ O Alpendre”.

    Durante longos anos tem mantido uma grande apróximação comos emigrantes açorianos, radicados na América do Norte. O seulivro “Já Não Gosto De Chocolates” trata exclusivamente dotema migratório.

    Logo após o 25 de Abril, a cultura popular ganhou novas dimen-sões e vários animadores culturais, promovendo os nossos costu-

    mes antigos, fomentaram o orgulho da juventude pela cultura dosseus pais e avós. Álamo Oliveira tem sido um desses animadoresculturais, organizando cortejos etnográficos e ranchos folclóri-cos, em suma, fazendo reviver a riqueza de todo um passado,ignorado até então...

    A ele, devemos a participação de freguesias inteiras nas MarchasPopulares.

    E assim... não poderia falar das grandiosas Sanjoaninas da IlhaTerceira sem reconhecer toda a obra e arte deste filho terceirense.

    A alegria e culto popular, que por estes dias se vivem na nos-sa terra, é contagiante. Nesta ocasião, a Terceira é uma Ilha toda

    em Festa! Durante estes dias de festejos dos Santos Populares, aformosa Cidade de Angra do Heroísmo é a uma perfeita anfi-triã, saudando os milhares de pessoas que a visitam, ao som dasmarchas populares, da arte dos carros alegóricos, dos desfilesetnográficos - e de muitos outros eventos culturais, que bemexpressam a forma de ser e estar do hospitaleiro povo terceirense!

    E que numa só voz, bem timbrada pela saudade, o Povo assimcante:

    “É a Festa que começa,Pelas ruas da Cidade,Meu amor, anda depressa,Para a festa da amizade...”

    Britânicos manifestam-secontra a austeridade

    É a Festaque começa...

    Milhares de pessoas reuniram-se, sábado, em Londres, paraefectuar uma marcha contra aausteridade, noticia a agênciaFrance-Presse.

    rata-se da primeira manifesta-

    ção desde que David Cameronfoi reeleito primeiro-ministrobritânico.

    Os participantes no protesto«End Austerity Now» [Acabara Austeridade Agora] preten-dem a suspensão e reversão doscortes impostos pela anteriorcoligação governamental e ou-tras medidas colocadas em prá-tica pelo ministro das Finanças,George Osborne.

    Recorde-se que o Partido Con-

    servador obteve a maioria ab-soluta nas eleições legislativascontra todas as expectativas.Após a vitória, Cameron afir-

    O colapso de uma varanda na cidade universitáBerkeley, na Califórnia, fez cinco mortos e oito ferido

     ves, na madrugada de quarta-feira.

    Segundo inforações das televisões locais, a varanda esttuada no último andar do prédio de três pisos da resiuniversitária, desconhecendo-se ainda as razões do cda estrutura.

    A maior parte dos jovens eram irlandeses, sendo que fe vam o 21º aniversário de um dos amigos.

    Pelo menos três pessoas morreram e 50 ficaram feridas, dez emestado grave, como consequência de um atropelamento em Graz,Áustria.

    Segundo noticia o Te Independent, o jovem, de 26 anos, atropeloudezenas de pessoas numa rua da Áustria. Posteriormente, o suspeitosaiu do carro e começou a esfaquear quem se aproximava.

    Horas depois do incidente, as autoridades austríacas conseguiramdeter o homem.

    O governador de Graz, Hermann Schützenhöfer, condenou o atoperpetrado por um «desequilibrado mental», enquanto o diretor dapolícia da cidade, Josej Klamminger, excluiu a possibilidade de seter tratado de um acto terrorista.

    Colapso de uma varanda provoca

    cinco mortos e oito feridos

    mou estarem reunidas as con-dições para cumprir todas aspromessas eleitorais, nomeada-mente a redução dos impostos,

    a criação de emprego, osàs famílias e o referendoa permanência do Reinona União Europeia (UE)

    Na Áustria

    Condutor mata três pessoas e provocaferimentos a outras 50

     Varoufakis arma que Merkel«está perante uma escolha decisiva»

    O ministro das Finanças grego, Yanis Varoufakis, considerachanceler alemã, Angela Merkel, tem em mãos uma escolha bte complicada na próxima reunião de chefes de Estado e de Gno da zona euro.

    «Merkel está perante uma escolha decisiva. Pode entrar num digno com um governo que rejeitou o ‘pacote de resgate’ eprocura de uma solução negociada, ou seguir os apelos do (queles) governo que querem lançar ao mar o único governoque tem sido fiel aos seus princípios e que é capaz de levar ogrego no caminho da reforma», declarou o responsável hecitado pelo jornal alemão Frankfurter Allgemeine Zeitung .

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    22 Junho 2015   De tudo um pouco . 1

    Toronto Weston Flea Market

    15 anos ao serviçode todos aos sábados e domingos

     

    Uma Feira? Chame-lhe Feira, de facto, àquele recanto daOld Weston Rd, bem perto da Saint Clair. Uma Feira onde,

     pelos vistos, há de tudo. E onde, aos sábados e domingos – só aos sábados e domingos – muita gente por ali passa.Em demanda de pechinchas, de preços baratos, de coisas quesão necessárias em casa ou para “abonecar” o viver geral detoda a gente. Há por ali de tudo. Até porque a publicidadeque ouvimos diz que “toda a gente pode ter o seu local devenda...” e muita gente por ali vai, alugando o seu espaço, eexplorando o seu negócio.

    O Toronto Weston Flea Market já entrou, de facto, noshábitos dos cidadãos de Toronto. Já entrou nos hábitos dacidade. Se lá forem aos sábados e domingos... verão algumasmultidões – às vezes algumas multidões – para se abastecerde coisas úteis.

    Agora era o décimo quinto aniversário. Um sábado diferente.Com coisas diferentes. E com os “maiorais”, é o termo,

    satisfeitos com o negócios e com tanto gente. Anthony é o pai. Começou tudo aquilo, com um sócio, há cerca de 15

    anos.

    15 anos de bons serviços

    Perguntámos-lhe o que é que signicava tudo aquilo. “15anos de um grande local, e em que as pessoas podem vir

     – estão a vir – podem abastecer-se, tranquilizar, a jeito derelax, montes de boas mercadorias a bons preços. Tudo oque precisam e mais...”  Se nós aparecermos, de repente, oque é que nos oferecem? “Poupanças, muitas poupanças,um lugar interessante, onde temos tudo o que precisa.Desde ferramentas, novas mobílias, vestuários, tudo...”

    Para Anthony, “há clientes que quase não podem esperarpara isto abrir aos sábados e domingos. Nós temos, efec-tivamente, clientes leais sempre...”

    O pai Anthony diz isto. Os lhos anam pelo mesmo diapa-são. A Tony perguntámos nós o que é que espera que tudo

    aquilo seja dentro de 10 anos. “No futuro... tudo isto vaiduplicar. Mais clientes virão. Interessar-se por tudo isto.Pelos especiais. Pelos produtos que temos em saldo… te-mos quase toneladas de artigos… Joalharia, com ouro eprata, etc.”

    Domenic, o outro lho, diz o mesmo. E fala designadamenteem gelados para o verão que agora começa. E que há lá den-tro. Ainda pedimos o nosso. “De facto, isto é um local paratodos. E agora pelo verão... talvez valha a pena vir até cá.Não é apenas o gelado... mas temos um local de comidas

    internacionais...”

    Música para animarPor estranho que pareça, para nós era a primeira visita. Kar -ma Banda estava cá fora a animar as artes, no seu estilo ha-

     bitual. Tocava e cantava Música da boa... Tocava e cantava para animar a área. Das 2 da tarde em diante, foi mesmo ummar de muita gente... que nós já não apanhámos, por que,quando lá chegámos, já o ponteiro do relógio estava a apon-tar para as seis horas. Outra vez será...

    Toronto Weston Flea Market. Um ponto a visitar. Uma para-

    gem quase obrigatória. Vamos lá...?

    A história chegou até mim vezes sem conta. Em várias LínguA última veio em Inglês, mas já ma tinham mandado – via Indas nossas angústias... – em Português, em Francês, em Italiase a conto hoje é porque ela me chocou agora, hoje, mais dontem... nem eu sei porquê. Adivinho, porém.

    Era uma família feliz. Pai e lho – ricos por fora e por den

    tinham a mesma paixão. Gostavam de Arte. Colecionavam de Arte. Contava-se por milhões o valor monetário de obraPicasso a VanGogh – que estavam por ali, em improvisada gna mansão rica doos homens ricos.

    Um dia, o lho entende que é chegada a hora