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Dr. Irineu Grinberg“INSTITUTOS - INPS - INAMPS - SUDS - SUS - CORONA”, pág. 14

Dr. Yussif Ali Mere Jr“Coronavírus expõe a importância de uma saúde integrada e vigilante”, pág. 24

Dr. Carlos Eduardo dos Santos Ferreira“O Laboratório e a Pandemia de Coronavírus”, pág.10

Dr. Paulo Cesar Naoum “Causas da violência masculina”, pág. 16

Dr. Wilson Shcolnik“Coronavírus: atenção à qualidade e efetividade de novos exames laboratoriais”, pág. 8

Dra. Heloisa da Rocha Picado Copesco“Sobre o que é belo”, pág.24

Dra. Maria de Lourdes Pires Nascimento“Raça e racismo - texto 5”, pág. 27

Kelly Casimiro“A crise mundial, a Liderança e o Home Office na área da saúde”, pág.30

Dr. Rodrigo Masini De Melo“A inteligência artificial, a ciência e a tecnologia de dados no combate ao coronavírus”, pág.27

Alexandre Calegari“Adoção de nome social em laboratório é um passo para o respeito à diversidade”, pág.24

Dr. Luiz Fernando Barcelos“O coronavirus e suas consequências”, pág. 6

Dr. Walban Damasceno de Souza“Setor de tecnologias médicas: atuação conjunta, pautada pelo compromisso de salvar mais vidas”, pág. 22

Daniele Goeking“Contribuição do diagnóstico em meio ao COVID-19”, pág.6

Í N D I C E04

10SuperaçãoLivro "Ache, Abrazo Compartido"

Alerta/DengueEm tempos de Coronavírus, Brasil

entra em alerta com novo surto de dengue

A opinião aqui manifesta é de plena responsabilidade dos seus autores. Para o leitor, fica a liberdade de contatá-los diretamente através de seus próprios e-mails.

Confira a opinião dos nossos colunistas

Dr. Dácio Eduardo Leandro Campos “Parabéns aos profissionais da saúde!”, pág. 8

Entrevista exclusivaVitor Muniz Jr. fala ao LaborNews

sobre o panorama no País 12

SaúdeImportância dos Testes Rápidos para

Covid-19 na atenção primária à saúde 18Hidrocefalia

Alerta para os perigos do acúmulo 26Atenção

Levantamento de capacidade para oferecer acesso aos teste COVID-19 29

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Tudo parece acontecer num clic. Quando a realidade acontece, dizer tudo passa, vá com Deus, ore, como se essas palavras, ditas assim, são poderosas. Não são. Não passa nada se você não faz a sua parte, vagarosamente. Estudos, pesquisas demandam anos, senão séculos. Demandam investimentos, que são surrupiados ano após ano. Um jantar sofisticado, um projeto que fica para um amanhã hipotético. Mas, enfim, em casa, no

EditorialAcostumados ao imediatismo do século 21

Alerta/DengueEm tempos de Coronavírus, Brasil entraem alerta com novo surto de dengue

Mesmo com a atenção de todo o planeta voltada para o novo Coronavírus, o Brasil ainda luta contra um antigo inimigo, registrando novamente números preocupantes de dengue. Segundo o Boletim Epidemiológico divulgado neste mês de março pelo Ministério da Saúde, o país retornou à zona endêmica, registrando mais de 131 mil novos casos prováveis em 2020, entre eles dezenas de óbitos.

Causada pelo arbovírus, a dengue é uma doença viral transmitida por mosquitos fêmea das espécies Aedes aegypti e Aedes albopictus. Com período médio de incubação de 5 a 6 dias. As manifestações clínicas da doença são caracterizadas por febre alta (39°C a 40°C), de início abrupto, seguido de sintomas como cefaleia, mialgia, prostração náuseas, vômitos e prurido cutâneo. A doença se

manifesta ainda nas formas hemorrágicas, as mais graves, capazes de causar: gengivorragia, petéquias e equimoses, gastroenterorragia, choque e, até mesmo, a morte.

Neste contexto, diversos testes e metodologias foram empregados para auxiliar na precisão do diagnóstico clínico e no tratamento dos pacientes. O Diagnósticos do Brasil (DB), principal laboratório exclusivo de apoio do país, dispõe de três metodologias para a identificação da enfermidade. “O diagnóstico mais rápido é o NS1, considerado atualmente como um marcador de infecção aguda pelo vírus da dengue antes do aparecimento dos anticorpos das classes IgM e IgG, permitindo detecção precoce do vírus, 24 horas após o início dos sintomas, além de ser encontrado nas infecções primárias e secundárias”, explica Deivis Paludo, gerente de relacionamento do DB.

Outra metodologia utilizada pelo laboratório funciona por meio da detecção de anticorpos IgG e IgM sorologia, com o Método Enzyme-Linked Immunosorbent Assay (ELISA). “Atualmente, os testes captam os quatro sorotipos, e devem ser solicitados a partir do sexto dia do início dos sintomas. A detecção desses anticorpos pode ser útil na diferenciação entre infecções primárias e secundárias”, conta Deivis.

Fechando o diagnóstico dispomos do uso de métodos moleculares que são uma das principais ferramentas para o diagnóstico da dengue no Brasil. Devido a sua alta sensibilidade e especificidade, a técnica diminui o risco de resultados falso-positivos ou falso-negativos, além de contribuir muito, por sua importância nos estudos epidemiológicos, para o entendimento da distribuição da infecção dentro das populações.

“Disponibilizamos ainda a detecção específica do vírus da Dengue por PCR, (Reação de Polimerase em Cadeia, biologia molecular), que pode ser realizada de forma precoce, identificando diretamente as partículas virais circulantes. Hoje temos dois exames por essa metodologia, um para fazer a Detecção do vírus e outro que além da detectar consegue especificar qual dos 4 tipos de vírus da Dengue (DEN-1, DEN-2, DEN-3 e DEN-4) está infectando o paciente em questão”, completa Deivis Paludo.

Cada uma das metodologias usadas é primordial no decorrer da evolução da doença (Infecção inicial, fase aguda, cicatriz sorológica e reinfecção), assim conseguimos fornecer suporte total para que o médico consiga fechar rapidamente a diagnóstico, alinhado a dados clínicos, e com melhora no suporte e tratamento de seus pacientes.

cativeiro doméstico, na masmorra confortável, algo invisível a olhos nus, mas palpável no corpo, silencioso, se propaga danosamente. Aí, correm pelo socorro. Estamos todos interligados. Obrigada às respostas que valorosos pesquisadores e cientistas pelo plantão a tantos profissionais de ponta. Que entendem que a humanidade precisa, sim, se cuidar, a bem ou mal. E contribuem ininterruptamente por bens e valores reais, não efêmeros.

* Preenchimento incompleto dos tubos, em que a alta concentração, no caso de alguns tipos de aditivos, causa a hemólise;

* Utilização de materiais de coleta de um sistema não fechado, permitindo a entrada de ar ou pressão incorreta ao sugar o sangue ou ao transferi-lo para o tubo;

Dessa forma, a utilização de materiais de coleta adequados são determinantes para evitar a hemólise in vitro na fase pré-analítica. O sistema de coleta a vácuo é o mais indicado por não permitir a entrada de ar no sistema, coletar a quantidade de sangue correta, além de evitar a possibilidade de retiradas inadequadas com a utilização de seringas.

Os tubos VACUETTE® da Greiner Bio-One, pioneira quando o assunto é sistema para coleta de sangue a vácuo fabricado em plástico PET, contêm aditivos químicos que, em combinação com o vácuo pré-determinado, garantem a proporção exata de amostra e aditivo, além de seu material transparente que possibilita visualizar o processo de preenchimento, e a tampa com rosca de segurança evita o efeito aerossol e traz mais segurança tanto para a centrifugação, quanto

para o transporte das amostras.O know-how em tecnologia de produção

tornou a Greiner Bio-One especialista na fabricação de tubos a vácuo mais resistentes, que garantem resultados confiáveis e fazem da marca VACUETTE® a escolha número um de laboratórios, hospitais e dos profissionais de saúde.

A VACUETTE® possui a marca CE (Comunidade Europeia), certificação do FDA (Food and Drug Administration – USA) e certificação ISO 9001 e 13485, além de cumprir com todas as exigências do órgão de fiscalização nacional, a ANVISA.

Acesse o site da Greiner Bio-One para saber mais sobre estes e outros produtos da Linha Safety, ou entre em contato pelo e-mail: [email protected].

Referências:Sociedade Brasileira de Patologia Clínica/

Medicina Laboratorial (SBPC/ML). Fatores Pré-analíticos e Interferentes em Ensaios Laboratoriais (2018).

Sistema fechado de coleta proporciona maissegurança nos resultados dos exames de sangue

Um dos problemas mais recorrentes na fase pré-analítica é a hemólise, ou seja, o rompimento das hemácias, onde o conteúdo do seu interior é liberado no sangue, o que pode influenciar nos resultados das análises laboratoriais.

Segundo a Sociedade Brasileira de Patologia Clínica/Medicina Laboratorial (SBPC/ML): “Os resultados de todas as disciplinas do laboratório podem ser afetados pela hemólise [...]. A liberação dos componentes intracelulares ao líquido extracelular pode promover interferências nas medições ou incrementar ou diminuir as concentrações dos analitos que deseja quantificar”.

O fenômeno, pode acontecer in vivo, nesse caso, por causa de doenças sanguíneas (responsável por apenas 2% das ocorrências de acordo com a SBPC/ML), ou in vitro, responsável pela maior parte dos casos e que acontecem por erros diversos na coleta da amostra, como:

* Escolha de uma agulha muito calibrosa, que permite a entrada de sangue em grande quantidade e com força excessiva no tubo, podendo causar o rompimento dos glóbulos;

* Escolha de agulha pouco calibrosa, o que força o fluxo de sangue em uma entrada estreita; www.gbo.com

Tubos de coleta a vácuo diminuem o risco de hemólise na fase pré-analítica

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De repente começamos a ouvir a respeito de um surto de gripe na China. Com o passar do tempo foi se esclarecendo que não era apenas uma gripe, mas algo mais sério provocado por outro vírus.

Ocorre que a infecção foi crescendo e, embora a mortalidade seja baixa, a morbidade é extremamente alta. Então, mesmo com este índice de mortalidade, em função da grande morbidade o número de mortos está chegando a níveis assustadores.

O tempo que os chineses levaram para entender o que estava acontecendo foi o suficiente para levá-los ao caos sanitário de tiveram.

Logo após a Itália se deparou com o problema que pensava não chegaria tão cedo. Cometeram o grande erro de, para evitar o pavor das pessoas, minimizar o problema. Também tiveram pouco tempo para se preparar. Vejam o que está acontecendo.

No Brasil, como em todos países do mundo, é inevitável que esta infecção se alastre. Nos dias de hoje é muito difícil fazer uma barreira sanitária. Porém, tivemos algo que poderá nos ajudar muito: mais tempo para nos preparar.

[email protected]

Opinião

O coronavírus e suas consequências

Luiz Fernando BarcelosPresidente da Sociedade Brasileira de Análises Clínicas - SBAC, biênio 2019 / 2020Portador do TEAC nº 0558

Ela chegou e o Ministério da Saúde, que vem fazendo um grande trabalho, está tomando providências e fazendo recomendações no sentido de achatar o pico dos casos da doença – para termos menos doentes ao mesmo tempo e termos os recursos para tratá-los.

Esta estratégia, embora acertada, levará a infecção por um período mais longo de tempo.

A SBAC ficou monitorando estes fatos e ações para verificar se o 47º Congresso Brasileiro de Análises Clínicas poderia ser mantido na data de junho ou se teríamos que transferi-lo.

Na segunda semana de março analisamos o cenário e ficamos seguros de que a infecção ainda estaria em níveis preocupantes e que, mesmo num cenário muito otimista, no qual não teríamos mais infecção, teríamos como consequência o mercado desorganizado e pessoas preocupadas com as dificuldades deixadas por ela. Também avaliamos a dificuldade em encontrar datas disponíveis no segundo semestre.

Sendo assim, tomamos a decisão de transferir o 47º CBAC para os dias 22, 23, 24 e 25 de novembro, no mesmo local e na mesma

cidade.Temos a consciência de que esta

decisão poderá não agradar ou dificultar o comparecimento para alguns, mas temos a absoluta certeza de que protegerá a todos. Afinal, a saúde e o bem estar dos congressistas e dos participantes das empresas parceiras é nossa maior prioridade.

Estamos recebendo uma grande lição, porque o mundo descumpriu uma premissa básica dos negócios, que é a de “não colocar todos os ovos na mesma cesta”. Colocaram uma grande concentração de fábricas na China e, pelo problema que tiveram com a desaceleração e até paralização da produção, teremos um grande desabastecimento – tudo porque nos acostumamos a comprar barato da China, em vez de produzirmos. Assim, faltam kits diagnósticos, faltam máscaras, etc.

Mas temos que ser otimistas, cumprir com as recomendações do Ministério da Saúde, lembrar que o bem coletivo sempre deve estar acima do individual e fazer cada um a sua parte.

De todos os bens, nenhum é maior do que a saúde.

No dia 25/03, a YouCare em parceria com a BGC realizaram um webinar sobre o impacto do diagnóstico precoce da COVID-19 e seus desdobramentos para a Saúde e Economia, junto com os speakers: Lidia Abdalla, CEO do Grupo Sabin Medicina Diagnóstica; Carlos Eduardo de Paula Gouvêa, Presidente Executivo da CBDL (Câmara Brasileira de Diagnóstico Laboratorial) e Presidente da ALADDIV; Fábio Arcuri, Diretor Latam da ThermoFisher e Presidente CBDL e Vítor Muniz Júnior, Diretor de Novos Negócios da Roche e Vice Presidente CBDL.

Os convidados responderam as dúvidas dos mais de 400 inscritos e discutiram

principalmente: • Os métodos e capacidade de diagnósticos

no Brasil atualmente;• Os esforços de trabalho que vem sendo

conduzidos pela iniciativa privada e governo, a fim de aumentar o quanto antes a capacidade de testes no país, bem como os gargalos que o mundo tem enfrentado;

• A importância do isolamento social como prevenção e o impacto que a falta deste poderia causar ao sistema de saúde;

• As farmácias como aliadas na testagem mais rápida da população;

• Perspectiva para a volta das atividades econômicas - Os próximos 15 dias serão importantes para a decisão de retomar a atividade econômica. No momento, o isolamento ainda é a melhor forma de prevenir e tratar a pandemia em sociedade. Se puder, continue em casa.

Essa conversa tomou grande proporção e alto grau de relevância, por esse motivo as organizadoras estão trabalhando a fim de

Contribuição do diagnóstico em meio ao COVID-19

Daniele Goeking

Relações Públicas de formação, trabalhou com assessoria de comunicação para empresas de diversos segmentos, até que foi convidada para compor a equipe de marketing de um grande laboratório clínico, em 2011. Desde então, tem atuado exclusivamente desenvolvendo estratégias de Marketing para empresas do setor de saúde. É consultora na You Care há 4 anos e responsável pelo núcleo de atendimento à Laboratórios e clí[email protected]

disponibilizar um resumo com os principais pontos do webinar para os interessados que não puderam acompanhá-lo. Acesse o blog da YouCare www.youcare.com.br

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Opinião

membros da equipe que mapeou o genoma do corona vírus no Brasil. O sequenciamento do vírus no Brasil aconteceu em tempo recorde, apenas 48h. No resto do mundo, o tempo médio para o procedimento ser realizado é de 15 dias. A versatilidade da profissão do biomédico atuando nesta pandemia vai das Análises clínicas (em laboratórios de urgências), o diagnóstico laboratorial do SARS-CoV-2, através de técnicas moleculares, o diagnóstico por imagem até a atuação na saúde pública, sobretudo na área de epidemiologia, que tem sido tão importante neste momento.

É o momento de fazermos cada um a sua parte, todos de alguma maneira estão envolvidos no combate ao coronavirus. A importância de cada um está intimamente ligada a um ator principal e de maior importância nesta luta, o cidadão, que seguindo as orientações de contenção e transito vai efetivamente ajudar a melhorar este panorama.

Saudações Biomédicas!

DR. DÁCIO EDUARDO LEANDRO CAMPOSPresidente do CRBM – 1ª Região

Em recente notícia da Organização Mundial da Saúde - OMS, a pandemia do coronavirus em pouco tempo, menos de três meses, já se aproxima em número de mortos da pandemia do H1N1 em 16 meses nos anos de 2009 e 2010 e impressiona saber que os casos não reportados fazem os números subirem ainda mais.

Nos momentos de crise, o melhor a fazer é manter a calma e observar cuidadosamente os fatos e acontecimentos. Hoje convivemos proximamente com vários tipos de mídia e as notícias disseminam rapidamente, sendo o grande mal as notícias falsas que causam pânico e desinformação. Buscar fontes seguras de informação é essencial em todos os momentos e principalmente no que estamos vivendo.

Destacar a atuação das equipes de saúde se faz necessário; o labor deixa de ser o objeto de sobrevivência do trabalhador da saúde e passa ser a doação a cada uma das pessoas que precisam de atendimento em um ato de

Parabéns aos profissionais da saúde!solidariedade e amor ao próximo. Muitos destes profissionais se isolam de suas famílias buscando evitar o contágio. A sensação deve ser das piores! A distância, a ausência do abraço, o beijo, o toque, a demonstração de afeto é das piores privações no seio familiar. Outro ponto importante é o estado psicológico que os profissionais da saúde que estão na linha de frente no atendimento dos pacientes com COVID19, a maioria pode apresentar algum tipo de alteração seja o medo, seja a solidão e em alguns casos pânico. Um verdadeiro estado de guerra contra a doença onde os bravos e corajosos profissionais da saúde são nossos soldados.

A graduação em biomedicina possibilita um amplo conhecimento para o profissional desempenhar um papel privilegiado em endemias, epidemias e pandemias atuando na pesquisa e serviços de diagnóstico e terapia e cabe aqui destacar a biomédica Jaqueline Góes de Jesus e o biomédico Claudio Tavares Sacchi,

[email protected]

Dr. Wilson Shcolnik Médico patologista clínico, presidente da Associação Brasileira de Medicina Diagnóstica (Abramed) e do Conselho de Ex-Presidentes da Sociedade Brasileira de Patologia Clínica/Medicina Laboratorial (SBPC/ML), membro da Sociedade Brasileira para a Qualidade do Cuidado e Segurança do Paciente (Sobrasp) e da Câmara Técnica de Segurança do Paciente do CFM

[email protected]

Coronavírus: atenção à qualidade e efetividade de novos exames laboratoriais

NOTA OFICIAL

Rio de Janeiro, 20 de março de 2020.

Considerando-se a atual pandemia de COVID-19 o setor de laboratórios clínicos vem sofrendo forte pressão para fazer frente a demanda por testes diagnósticos. Há inclusive menção específica a testagem de todos os pacientes, independentemente de seu quadro clínico e até mesmo da presença de sintomas.

Tal demanda explosiva levou a escassez em escala mundial de reagentes. Com isto, existe o risco de termos no país os serviços de saúde abastecidos com reagentes de qualidade não condizente com a boa prática dos laboratórios clínicos. Ou seja, nem todo conjunto diagnóstico apresenta a qualidade desejada.

Lembramos que um teste diagnóstico antes de ter seu uso liberado é avaliado sob inúmeros

aspectos, que começam com as boas práticas de fabricação, passando pelo crivo das agências regulatórias dos países onde são comercializados e culminando com a validação laboratorial (metodológica) e a validação clínica pelos laboratórios que executam os exames.

Tudo isso é feito para garantirmos a segurança do resultado do exame entregue e este dar suporte adequado ao médico em suas decisões no tratamento dos pacientes. Até o atual momento ressaltamos que a única metodologia de diagnóstico validada é a que usa a técnica de reação em cadeia da polimerase em tempo real. Este método fornece um diagnóstico conclusivo, ao contrário de outros métodos que ainda estão sendo avaliados quanto ao seu desempenho. Estes métodos também estão sendo avaliados quanto aos resultados quando realizados na fase aguda da doença.

Alertamos que todos nós, médicos, laboratórios

e pacientes, devemos ter extremo cuidado com testes de procedência duvidosa, de fornecedores desconhecidos ou ainda que sejam realizados em condições onde não haja a garantia explícita da qualidade do resultado.

A SBPC/ML (Sociedade Brasileira de Patologia Clínica/Medicina Laboratorial), a SBAC (Sociedade Brasileira de Análises Clínica), a SBI (Sociedade Brasileira de Infectologia) e a SBM (Sociedade Brasileira de Microbiologia) têm se empenhado junto com a indústria diagnóstica, as autoridades sanitárias e os laboratórios clínicos para contribuir na avaliação e incorporação de novos métodos diagnósticos para enfrentarmos com sucesso este difícil período que passamos.

Sociedade Brasileira de Patologia Clínica/Medicina Laboratorial (SBPC/ML)

Sociedade Brasileira de Análises Clínica Sociedade Brasileira de Infectologia

Sociedade Brasileira de Microbiologia

A pandemia do novo coronavírus, declarada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) como Emergência Pública de Importância Internacional, vem avançando no Brasil e há uma pressão sobre o setor de laboratórios clínicos por conta do aumento da demanda por testes diagnósticos.

Atenta ao atual momento, a Abramed apoia o posicionamento da Sociedade Brasileira de Patologia Clínica/Medicina Laboratorial (SBPC/ML) que, em conjunto com a Sociedade Brasileira de Análises Clínicas (Sbac), a Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI) e a Sociedade Brasileira de

Microbiologia (SBM), alerta sobre a qualidade e efetividade dos novos exames para detecção de Covid-19. Leia o documento na íntegra.

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Em março, a Organização Mundial de Saúde (OMS) decretou pandemia da infecção pelo novo Coronavírus (COVID-19). Laboratórios de todo o País prepararam-se desde o início do ano, a fim de garantir que no momento que a infecção chegasse, o diagnóstico pudesse ser executado. Isso tornou-se realidade em 25 de fevereiro, quando o primeiro caso foi confirmado no Brasil -- um brasileiro proveniente da Itália.

O teste de escolha para o diagnóstico da infecção pelo COVID-19 é a Reação de Cadeia em Polimerase em Tempo Real (sigla em inglês: rt-PCR). Ele foi validado por laboratórios clínicos públicos e privados, utilizando primers (sequências sintéticas de material genético) específicos para o vírus da pandemia. O material preconizado para detecção do COVID-19 é a secreção das vias aéreas superiores e inferiores. O prazo para realização de

todos os passos do teste de rt-PCR, desde a coleta à liberação final do laudo, é de aproximadamente 24h – esse tempo varia entre os laboratórios, principalmente pelos diferentes locais de coleta, fluxos internos e demandas. Ao longo do terceiro mês do ano, o número de solicitações do exame aumentou exponencialmente no Brasil.

Outros vírus causadores de estados gripais também estão circulando pelo País e podem gerar sinais e sintomas semelhantes aos do Coronavírus. Entre os principais destacam-se: o Rinovírus, Adenovírus, Vírus Sincicial Respiratório (VRS), Metapneumovírus, Parainfluenza, outros Coronavírus e Influenzas A e B. Para a confirmação dessas infeções virais existem diferentes painéis disponíveis no mercado. Estes painéis são baseados em diagnóstico molecular dos vírus. Para alguns vírus existem testes rápidos baseados em reações

O Laboratório e a Pandemia de Coronavírus

DR. CARLOS EDUARDO DOS SANTOS FERREIRA

Presidente da Sociedade Brasileira de Patologia Clínica/Medicina Laboratorial para o biênio 2020-2021Gerente Médico do Departamento de Patologia Clínica. Laboratório Clínico - Sociedade Beneficente Israelita Brasileira Albert EinsteinCoordenador Médico do Setor de Imunoquímica do Laboratório Central do Hospital São Paulo – Escola Paulista de Medicina / Universidade Federal São Paulo (EPM/UNIFESP)[email protected]

Opinião

imunocromatográficas, que são disponibilizados em minutos. O exemplo mais comum é a pesquisa do Influenza A e B.

Outro teste disponível no Brasil que também pode constatar o Coronavírus é a realização do Viroma, que identifica de forma cega qualquer vírus RNA presente na amostra analisada. A grosso modo, nessa técnica, todo o RNA humano é extraído da amostra e, caso a amostra contenha algum RNA viral, este é amplificado e identificado com ferramentas de bioinformática. O prazo para finalização de todo este processo é de cerca de 6 dias.

Os laboratórios de todo o País que disponibilizam o exame estão se esforçando para garantir que os resultados com qualidade sejam disponibilizados o quanto antes para que as medidas de suporte epidemiológico e clínico possam ser tomadas.

Livro já editado em diversos idiomas e caso haja interesse de alguma entidade publicá-lo aqui no Brasil as autoras, irão autorizar a reprodução sem custo algum.

Trata de uma estória real de uma criança que foi acometida de um câncer e aquilo que foi feito pelos amigos e pessoas próximas para ela superar a doença.

Livro "Ache, Abrazo Compartido" O livro se destina a locais onde hajam crianças nessa

mesma situação para terem uma palavra de carinho, o livro é muito bem ilustrado . Está em espanhol porque foi escrito inicialmente na Argentina porém já foi editado em Israel, EUA e outros países e posso traduzi-lo.

Caso haja interesse estou à disposição. Link https://contaconache.com/

Superação

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Entrevista exclusiva

Como podemos dimensionar, hoje, fatores e tendências de avanço, palavra chave do mercado de medicina diagnóstica?

O mercado de medicina diagnóstica hoje já movimenta algo em torno de R$ 42 bilhões por ano e o investimento constante em inovação é fundamental para oferecermos soluções e tecnologias que realmente fazem a diferença na vida das pessoas. A Roche, como a empresa líder em diagnóstico, tem sido pioneira e protagonista da transformação da saúde. Ao liderar diálogos frequentes e iniciativas de colaboração com diversos stakeholders da saúde, reforçamos o nosso compromisso em inovar o diagnóstico, transformar a saúde e mudar vidas. Colaboração e transparência são fundamentais para avançarmos a maneira que damos suporte para a melhor gestão da saúde.

Existem também outros componentes essenciais, como ferramentas de gestão, novos testes, qualidade, automação, informação e implantação na medicina. Considera que as inovações são uma meta?

Inovação está em nosso DNA. Hoje, a Roche investe 20% do seu faturamento global em P&D para desenvolver soluções que realmente mudam a vida das pessoas. Além de garantir

Vitor Muniz Jr. fala ao LaborNews sobre o panorama no País

a qualidade, segurança e precisão de nossas soluções, oferecemos sistemas integrados e automatizados de ponta que permitem agilizar significamente a entrega de resultados, além de possibilitar uma melhor gestão baseada em dados. Ao mesmo tempo, sabemos que para inovar constantemente é preciso fortalecer a colaboração com diversos stakeholders, sejam clientes, autoridade locais ou sociedade, para co criar caminhos que, no final do dia, farão a diferença na vida das pessoas - dentro e fora dos laboratórios.

É uma tendência para melhorar a saúde das pessoas?

Oferecer soluções para que as pessoas vivam mais e melhor é o nosso compromisso na Roche. Mas entendemos que os desafios do setor vão além da oferta de novas tecnologias. Precisamos encontrar juntos - Indústria, governos e sociedades - maneiras de ampliar o acesso à saúde e fazer isso de forma sustentável. Neste sentido, a medicina de precisão torna-se cada vez mais relevante por auxiliar em toda a jornada do paciente - da prevenção ao monitoramento dos tratamentos mais complexos. Um diagnóstico correto impacta não só a vida do paciente, como toda a cadeia de saúde. Neste sentido as novas tecnologias são grandes aliadas. Com elas, é possível detectar, por

exemplo, um vírus que causa grande impacto na sociedade como é o caso do HPV, ou mesmo, do novo coronavírus como estamos acompanhando. Podemos ainda promover de forma virtual tumorboards essenciais para auxiliar no atendimento a pacientes oncológicos, como faz o NAVIFY.

É uma mudança, principalmente suscitando novas estratégias?

Com certeza. Hoje, buscamos alternativas para romper fronteiras e barreiras, colaborando fortemente com diversos stakeholders. Nosso olhar vai além das soluções. Queremos oferecer todo o suporte para auxiliar nossos clientes em seus desafios de negócio e, com isso, impactar diretamente a vida das pessoas.

Além dos grandes mercados consolidados, como a Roche Diagnóstica, também atende o mercado regional?

A tecnologia tem nos auxiliado até nisso. Hoje, atuamos de forma intensa ao lado dos times globais e regionais trocando boas práticas e auxiliando na criação de estratégias que auxiliam os países a superarem seus desafios. Nosso time regional tem uma atuação muito importante unindo elos para garantir que consigamos impactar o maior número de pacientes.

A Roche Diagnóstica também se preocupa com a competitividade?

Nós possuímos o portfólio mais abrangente do setor e buscamos uma contínua expansão de novos serviços para beneficiar nossos clientes/pacientes. Oferecemos automação, digitalização e integração que levam o diagnóstico além dos laboratórios.

Quais são as metas em seu nome e importante cargo dentro da empresa?

Estou muito orgulhoso de me unir ao time Roche Diagnóstica. O que vi até hoje foi um grupo de talentos focados em fazer a diferença na vida das pessoas apoiando toda a cadeia de Saúde. Meu papel aqui é reforçar a equipe comercial abrindo portas em novos mercados, com novos modelos de negócios e uma abordagem com foco no cliente.

O diretor de Desenvolvimento de Novos Negócios da Roche Diagnóstica Brasil, Vítor Muniz Jr,é o novo vice-presidente da Câmara Brasileira de Diagnóstico Laboratorial (CBDL)

Vitor Muniz Jr.Com mais de 20 anos dedicados à indústria da saúde, Muniz passou os últimos quatro na Abbott, como Gerente Geral da Divisão Diagnósticos e Diretor de Soluções Empresariais, tendo atuado também em posições estratégicas na Coloplast, como Diretor Geral, e BD (Becton, Dickinson and Company) como Diretor de Negócios. O executivo é formado em Administração com pós-graduação em Gestão de Marketing, pela FAAP, MBA em Gestão Estratégica, pela USP, e liderança executiva, pelo INSEAD (França).

..."Inovação está em nosso DNA. Hoje, a Roche

investe 20% do seu faturamento

global em P&Dpara desenvolver

soluções querealmente mudam

a vida das pessoas..."

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LUMIRATEK TESTES RÁPIDOSDiagnóstico rápido e específico para COVID -19

Com o compromisso em atender à crescente demanda durante a pandemia do Coronavírus, a LumiraDx oferece ao mercado diagnóstico, o teste rápido imunocromatográfico Lumiratek COVID-19 IgG/IgM.

O teste Lumiratek COVID-19 IgG/IgM utiliza uma combinação de partículas revestidas com antígeno SARS-COV-2 para a detecção qualitativa de anticorpos IgG e IgM em amostras de sangue, soro ou plasma. Com apenas 10µL de amostra os resultados são disponibilizados em até 10 minutos.

Apresentando alta especificidade para anticorpos IgG igual a 99,5% e para IgM igual a 99,2%, o teste rápido Lumiratek COVID-19 IgG/IgM permite de maneira rápida e acessível o diagnóstico simples e confiável do vírus COVID-19.

O kit Lumiratek COVID-19 IgG/IgM possui uma apresentação completa e pronta para uso, contendo 20 cassetes de testes embalados com lancetas, capilares descartáveis e álcool em saches, acondicionados em temperatura ambiente.

Apresentação do kit

1. Cassete de teste2. Dessecante3. Solução tampão4. Lanceta estéril5. Álcool em sache6. Tubo capilar7. Embalagem do teste

Para maiores informações, entre em contatoatravés do e-mail

[email protected] ou (11) 5185- 8181.

Opinião

Dr. Irineu GrinbergEx-Presidente da SBACDiretor da Lab Farm [email protected]

INSTITUTOS - INPS - INAMPS - SUDS - SUS - CORONA Um pouco de históriaHá, aproximadamente, 70 anos a assistência

em saúde no país, de forma não remunerada, era destinada apenas aos vinculados e familiares às empresas enquadráveis nos diversos institutos de assistência e aposentadoria que os assistiam. Comerciários, industriários, marítimos, bancários, ferroviários e servidores federais recorriam aos seus diversos institutos em situações assistência médica, licença para tratamento de saúde (perícia) ou solicitações de aposentadoria.

O atendimento variava de parcial a quase total, de acordo com as possibilidades econômicas de cada categoria. Exemplo clássico, os bancários eram privilegiados pois, à época, constituíam a categoria laboral melhor remunerada. Seu instituto (IAPB) possuía a maior arrecadação.

Na década de 70 foram transformados em realidade uma série de estudos que visavam fornecer melhor produtividade, abrangência e eficiência aos serviços assistenciais. Os diversos institutos foram unificados em apenas um, o INPS (Instituto Nacional da Previdência Social) que passou a administrar a grande divisão responsável pela assistência à saúde, o INAMPS (Instituto Nacional de Assistência Médica da Previdência Social). Tanto o INPS como o INAMPS seguiram sob a tutela ao Ministério do Trabalho.

Todos os colaboradores de empresas legalmente constituídas passaram a ter direito à atendimento, com verbas retiradas da contribuição previdenciária, descontada dos salários, mais a participação governamental, que complementava a manutenção do sistema.

Em 1988, promulgada nova Constituição Federal, aconteceram as grandes modificações, cujos alicerces perduram até a presente data. O INAMPS teve sua denominação modificada para SUDS (Sistema Único Descentralizado de Saúde). Único pois passou a atender toda a população, independentemente de vínculo de trabalho e descentralizado, pois a execuções dos trabalhos de atendimento em saúde passaram à responsabilidade das Secretarias estaduais e municipais de Saúde

O passo seguinte foi a unificação dos Ministérios do Trabalho com o da Previdência Social, que

absorveu os setores de benefícios e aposentadorias. A assistência em saúde, dirigida à tutela do

Ministério da Saúde, com a denominação de SUS (Serviço ÚNICO de Saúde). A continuidade de todas as ações de saúde executadas pelas mesmas secretarias regionais (estaduais e municipais).

Em janeiro de 1999 foi criada a ANVISA (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), sob a seguinte conceituação:

“a ANVISA é uma agência reguladora, sob forma de autarquia de regime especial, vinculada ao Ministério da Saúde. A agência exerce o controle sanitário de todos os produtos e serviços (nacionais ou importados) submetidos à vigilância sanitária, tais como medicamentos, alimentos, cosméticos, saneantes, derivados do tabaco, produtos médicos, sangue, hemoderivados e serviços de saúde.“

Desta forma, todo o financiamento, orientações e competências técnicas, ficaram sob a responsabilidade do Ministério da Saúde e as regulações e regramentos, em relação ao funcionamento das instituições de saúde, públicas ou privadas, sob tutela da ANVISA, também descentralizadas para as Vigilâncias Sanitárias, estaduais e municipais.

A implantação de todas modificações acarretaram mudanças e impactos de monta. A começar, pela adequação orçamentária para sustentar uma organização que se tornou o maior sistema de saúde do mundo. Nenhum tipo de contrapartida, por parte dos usuários, que ultrapassem aos descontos legais na folha de pagamento daqueles que possuem algum vínculo empregatício. O sistema foi criado para toda a população, de forma geral, ampla e irrestrita.

Um país como o Brasil, com todas as peculiaridades, desnecessário citá-las, encontrará sempre grandiosas dificuldades para administrar um sistema de saúde eficiente, voltado à totalidade da população, em que parte significativa não possui cobertura sanitária para uma existência sadia.

O atendimento amplo, cobre todas as ocorrências, desde uma simples consulta em unidade básica de saúde, até aos mais complexos transplantes de órgãos.

Inflação sempre presente, cobertor curto. Desta

forma os níveis de remuneração resultaram muito baixos, para todos os personagens que orbitam em torno do SUS. Os serviços próprios são insuficientes, em número e capacidade de atendimento.

A descentralização, se por um lado favorece a uma adaptação regional, o conhecimento mais apurado das enfermidades regionais, à implantação das atividades em localidades mais distantes, por outro estimula um empoderamento político, nefasto por favorecimentos muitas vezes incompreensíveis.

Os aspectos econômicos estimulam as prefeituras a realizarem licitações de serviços complementares, declarando vencedor aquele que oferecer o maior desconto sobre a tabela SUS. Perda irreversível da qualidade.

A total ausência de interoperabilidade favorece à existência de gastos desnecessários, com inúmeras repetições de procedimentos, terapias e internações, entre outros.

Um sistema de saúde com o porte do SUS não resiste à falta de compartilhamento de dados, que transformam todo e qualquer atendimento, como se fosse o inicial. As soluções em tecnologia da informação resolvem essas lacunas.

Todas essas lembranças são fundamentais, pois além de rever uma história que, apesar de todas dificuldades e contratempos, deve ser enxergada como exitosa.

As ações e atitudes do Ministério da Saúde no atual episódio da pandemia causada pelo COVID 19 estão a comprovar um “case” de sucesso em gestão de crises.

Com todas as dificuldades impostas pelo aparecimento de uma enfermidade de fácil contágio e, em princípio, desconhecida o Ministério da Saúde, através do SUS e outros fundamentais contingenciamentos, o combate à doença tem tido a aprovação da maioria dos players com influência em saúde e, com certeza, sobreviveremos a essa devastação.

Restarão cicatrizes emocionais e econômicas, que nortearão importantes reflexões ao planejar da melhor forma o futuro da saúde, ou a saúde do futuro.

Queira o Altíssimo que ambos caminhem de mãos dadas.

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PROF. DR. PAULO CESAR NAOUM

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Uma pergunta que se faz com certa constância é se a maldade humana provém da própria pessoa ou é adquirida do ambiente. Este tema tem raízes há mais de dois mil anos quando o pensador chinês Mencio Mong Tse (371 a.C. – 289 a.C.) afirmou que os seres humanos são naturalmente bons, agem dentro da moralidade, são dotados de compaixão e da capacidade de distinguir o bem do mal e, por isso, o mal é resultado de influências externas. Em contraposição a esse conceito um outro pensador, Han Tse (280 a.C. – 233 a.C.), também chinês, declarou que os seres humanos são naturalmente maus e precisam da educação para se tornarem bons.

Essa discussão continua nos dias atuais e sem uma explicação crível das causas que resultam em ultrajes físicos, morais e mortes. Com os conhecimentos que dispomos atualmente é possível verificar que o pensamento dos dois chineses se complementam. Mencio e Han não tinham às suas disposições o mapa do genoma humano quando ambos usaram a palavra naturalmente. Literalmente quando se refere à natureza humana, a palavra naturalmente está relacionada aos nossos genes. Um importante

gene que regula as emoções humanas, o gene MAO (monoamino-oxidase), produz uma enzima que capta o excesso de serotonina e, assim, controla o nível de adrenalina em nosso corpo e suas ações nos neurônios. Se uma pessoa tiver um defeito no DNA do gene MAO ocorrerá a diminuição desta enzima, e obviamente teremos excessos de serotonina e adrenalina intoxicando os neurônios. Pessoas com este tipo de defeito buscam sensações fortes, por exemplo, esportes radicais, agressividade, crueldade etc. Pesquisas científicas mostram que o estímulo do funcionamento de nossos genes, com destaque para o gene MAO, são influenciados por pressões advindas do ambiente em que vivemos, incluindo estímulos construtivos (educação) ou destrutivos (agressões, álcool e drogas alucinógenas, por exemplo). Neste âmbito há uma explicação sobre o homem ser mais violento que a mulher.

O homem tem um gene MAO, enquanto a mulher tem dois genes MAO, isto porque este gene está no cromossomo X. O homem só tem um gene MAO porque tem apenas um cromossomo X (XY), e quando este gene falha a produção de enzimas que controlam as emoções se torna extremamente baixa. Por outro lado, a mulher

Causas da violência masculina tem dois genes MAO por ter dois cromossomos X (XX), portanto, a falha de um gene MAO é compensada pelo outro normal. Se um homem (criança, adolescente ou adulto) com deficiência no gene MAO, crescer num ambiente hostil onde é espancado constantemente, agredido, ofendido, etc., buscará por revidar, quando possível, o que sofreu, ou que foi submetido a sofrer. Por esta razão a educação passa a ter função fundamental no comportamento humano. A educação familiar, em linhas gerais, nos ensina regras de convivência social, enquanto que a escolar nos ensina regras que regem a cidadania. Assim, as causas que dispomos atualmente para explicar a violência são estabelecidas por enzimas que controlam as emoções, o ambiente em que vivemos e a educação que recebemos. O resultado social das falhas desta tríade se observa na população carcerária brasileira, composta por 94,5% de homens e apenas 5,5% de mulheres, ¾ dos quais são de analfabetos e analfabetos funcionais. Diante deste quadro resumido, conclui-se que a solução para diminuir a violência humana está na qualidade do meio se vive e na educação (familiar ou social, e escolar).

Professor Titular pela UNESPDiretor da Academia de Ciência e Tecnologia,Acadêmico da ARLC

Opinião

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Saúde

Vinícius Pereira - Farmacêutico de empresade diagnóstico associada da CBDL

Cassyano J Correr - Farmacêutico, doutor emmedicina interna. Professor da UFPR

Importância dos Testes Rápidos para Covid-19na atenção primária à saúde

O COVID-19 é uma doença respiratória causada pelo novo coronavírus (SARS-CoV-2). O período de incubação varia de 2 a 14 dias, sendo de 5 dias em média. Os sintomas surgem após esse período e geralmente persistem por 5 a 7 dias. Após sete dias, começa o período de maior transmissibilidade, isto é, quando é maior o risco das pessoas passarem o vírus a outras pessoas.

Os principais sintomas da doença incluem febre, tosse e dificuldade respiratória. O quadro clínico nos pacientes mais graves assemelha-se mais a um quadro de pneumonia do que a uma gripe.

Durante a epidemia, quando se tem transmissão comunitária do vírus, a identificação rápida dos pacientes com quadro de síndrome gripal, na atenção primária à saúde, e posterior isolamento, são medidas importantes para conter a disseminação. Casos mais graves devem ser identificados pelo médico, estabilizados e encaminhados para centros de referência.

Os exames diagnósticos, incluindo os testes rápidos, podem desempenhar um papel fundamental no processo de triagem e diagnóstico, em que pacientes infectados com coronavírus e diversas outras infecções respiratórias virais, podem se presentar concomitantemente, apresentando quadro semelhante de síndrome gripal.

O processo imunológico de resposta ao coronavírus

Para entender a diferença entre os diversos testes disponíveis, é preciso compreender a história natural da COVID-19, observando a resposta imunológica (Figura 1).

Após infecção pelo vírus, a carga viral no organismo aumenta rapidamente em poucos dias. Mas o paciente pode permanecer assintomático, pois ainda está no período de

incubação. O vírus permanece incubado durante dias.

Após 2 a 14 dias de incubação, surgem os primeiros sintomas, como febre alta (acima de 37, 8 graus) e tosse seca. Esses sintomas duram em torno de 1 semana e o maior risco de complicações respiratórias, como pneumonia, ocorre entre 8 a 9 dias.

A partir desse período, o organismo inicia a produção de anticorpos, a fim de combater e, na maioria dos casos, vencer a infecção. A concentração sanguínea de IgG e IgM cresce rapidamente a partir de 8 a 9 dias da infecção.

Teste rápido para detecção de anticorpos Testes rápidos que detectam a presença

de IgG e IgM não são adequados para a fase aguda da doença, pois é alta a probabilidade de falso negativo.

Segundo alguns estudos, a eficácia de 100% se dá somente a partir de 10 dias da provável infecção. Com 7 dias, a sensibilidade é de até 80%. Antes disso, o paciente com COVID-19 ainda não produz anticorpos e o teste rápido pode apresentar um resultado negativo para IgM ou IgG, levando o paciente a retornar para sua residência com alto risco de disseminação.

Portanto, para termos segurança diante de um resultado “Negativo”, os testes rápidos de IgG e IgM são adequados somente a partir de 9/10 dias da provável infecção. Importante lembrar que as especificidades destes testes são muito altas, com poucas chances de reação cruzada com outras doenças respiratórias.

A grande preocupação com os testes sorológicos por imunocromatografia são as informações incompletas que estão circulando, devido ao pânico gerado pela doença. Os fabricantes devem ter responsabilidade e indicar, de maneira clara, a real efetividade (sensibilidade) do uso desses testes sorológicos.

Um falso negativo pode ser um grande problema para a própria população.

Além disso, as associações de classe, como SBAC e SBPC, devem se posicionar e criar um protocolo de usabilidade de todos os testes rápidos no Brasil, além de uma validação de eficácia em um laboratório de referência, comprovando as informações contidas nas instruções de uso de cada kit.

Diagnóstico rápido para detecção de antígeno (Ag) do Covid-19

O diagnóstico rápido que detecta a presença de antígeno é útil na fase aguda da doença, desafogando as filas nos hospitais e auxiliando nas tomadas de decisões imediatas, como o isolamento do paciente positivo até o recebimento do teste confirmatório.

Como forma de screening, o teste para detecção de Ag é uma ferramenta mais útil do que a detecção de IgM e IgG, por ter uma janela de detecção menor (em torno de 5 dias da infecção), o que é ponto chave no combate de qualquer epidemia.

Importante ressaltar que um resultado positivo no teste rápido de detecção do Ag, indica presença do SARS-CoV-2, mas é necessário ser confirmado em laboratórios de referência, normalmente através da técnica PCR-RT.

Diagnóstico diferencial de outras doenças respiratórias

Testes rápidos para outras doenças respiratórias podem ser úteis para descartar o Covid-19.

Doenças como influenza, vírus sincicial respiratório (RSV), Adenovírus ou mesmo faringite estreptocócica têm sintomas que podem ser confundidos com COVID-19. Assim, o médico precisa descartar essas condições para um diagnóstico correto.

Vale lembrar que com a chegada do inverno no Brasil, a incidência de doenças respiratórias vai aumentar e outros vírus irão circular com maior força.

O mundo ideal, sem dúvidas, seria o uso de painéis multiplex respiratórios (já existentes no mercado) por Biologia Molecular, mas sabemos que, ainda, não é a realidade do Brasil por vários motivos: alto custo, demora no resultado e áreas remotas onde o envio do swab pode comprometer a pesquisa do vírus, dando falso negativo.

Por isso, os testes de pesquisa de antígenos de outras doenças respiratórias, sejam por imunocromatografia, fluorescência ou biologia molecular, devem ser considerados e colocados na linha de frente, também para o combate a COVID-19.

Figura 1. Resposta imunológica esperada após contado com o novo coronavírus e manifestação da doença.

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2020

Teste sindrômico da bioMérieux identifica 21 patógenos causadores de doenças respiratórias e apoia, por exclusão, diagnóstico do coronavírus

Os coronavírus (CoV) integram uma grande família viral, conhecida há mais de 50 anos. O contágio ocorre pelo ar e os sintomas incluem infecções das vias aéreas superiores, semelhantes ao resfriado (coriza, febre e dificuldade respiratória), até pneumonia e insuficiência respiratória grave.

Com alguns casos já confirmados no Brasil do Covid-19 e centenas em monitoramento, cresce a importância de evitar a transmissão e obter um diagnóstico rápido e confiável, imprescindível para diminuir a letalidade das doenças, já que o vírus pode causar quadros graves.

Nesse sentido, os testes moleculares de diagnóstico rápido são um trunfo para os profissionais médicos tomarem as melhores decisões para o paciente.

Seguindo este conceito, a bioMérieux, líder mundial em diagnóstico in vitro, disponibiliza no

Brasil a tecnologia do Diagnóstico Sindrômico com FilmArray, sistema exclusivo capaz de detectar, em até uma hora, dezenas de microrganismos, vírus, bactérias, fungos e protozoários, entre eles os causadores de infecções na corrente sanguínea e de diversas infecções respiratórias, gastrointestinais e meningite/encefalite.

O FilmArray Respiratory Panel, por exemplo, abrange 21 vírus e bactérias respiratórias. Isso significa que, ao fazer uma varredura nesses patógenos, que normalmente infectam o trato respiratório superior, o sistema irá indicar se a infecção investigada é causada por algum deles.

Neste caso, uma coinfecção com o novo coronavírus seria muito improvável, o que já indica, por exclusão, alternativas de tratamento para a equipe médica.

Na hipótese de o resultado ser negativo para qualquer um deles, se o paciente apresenta sintomas de infecção do trato respiratório, aí a probabilidade do Covid-19 aumenta consideravelmente.

No atual cenário, a utilização de testes

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sindrômicos para identificar mais do que 21 patógenos dentre os mais comuns causadores das ITRs é uma importante aliada, ainda que não identifiquem especificamente o novo coronavírus.

A tecnologia, que já está sendo utilizada no País, foi desenvolvida pela BioFire, empresa do grupo bioMérieux. O equipamento é aprovado pela ANVISA (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), no Brasil, e pelo FDA (Food and Drug Administration), nos Estados Unidos.

A abordagem sindrômica com a tecnologia FilmArray leva a resultados mais rápidos, melhorando a administração de antimicrobianos e antivirais, detecção e rastreabilidade de surtos e investigação de patógenos desconhecidos.

O CQC preocupado em distribuir o que há de melhor no mercado diagnóstico em parceria com a Biomerieux, dispõe das melhores soluções para seu laboratório.

. Fácil de usar e resultado em 15 minutos: o teste qualitativo pode ser utilizado para triagem ou com pacientes assintomáticos. O Celer One Step COVID-19 Test detecta anticorpos anti COVID-19 em sangue total, soro ou plasma humano.

. Qualidade e confiança: a Celer possui elevada capacitação técnica, além de estreitos laços com universidades, centros de pesquisa e empresas do ramo de diagnósticos, o que confere seriedade e confiabilidade aos produtos da empresa.

Diferenciais doCeler One Step COVID-19 Test

. Mais adequado ao momento: detecção de anticorpos IgG/IgM simultaneamente. O organismo demora um período para a produção desses anticorpos. Em um momento onde a maioria da população ainda não teve contato com o vírus, os testes com detecção isolada de IgG e IgM se tornam menos demandados, pois a maioria da população ainda produz anticorpo IgM e pouco ou quase nenhum IgG.

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Já em uso no Brasil!

Relacionamento Wama Diagnóstica:Tel: +55 16 3377.9977 SAC: 0800 772 9977

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WAMA Diagnóstica apresenta os dois kits paradiagnóstico de Malária em até 20 minutos

Destaque no mercado nacional de kits para diagnóstico, a WAMA Diagnóstica orgulhosamente anuncia seus novos kits para diagnóstico da Malária: o Imuno-Rápido Malária Pf/Pv Ag e Imuno-Rápido Malária Pf/Pan Ag.

A Malária é uma doença parasitária que registrou mais de 190 mil casos em 2017, concentrados no norte do país. Ela é causada por protozoários do gênero Plasmodium transmitidos através da picada da fêmea infectada do mosquito Anopheles. Atualmente, são conhecidos cinco tipos de Malária humana: Plasmodium falciparum, Plasmodium vivax, Plasmodium malariae, Plasmodium ovale e Plasmodium knowlesi. No Brasil, são encontradas apenas as três primeiras espécies, sendo predominantes as espécies Plasmodium vivax, responsável por 83,7% das infecções, e Plasmodium falciparum, espécie mais virulenta responsável por 16,3%.

Após a picada da fêmea infectada do mosquito, os parasitas migram para o fígado onde se multiplicam intensamente e, rapidamente alcançam a corrente sanguínea onde infectam

eritrócitos provocando a destruição das células vermelhas, ocasionando febre. Os sintomas geralmente são febre com calafrios, sudorese, fraqueza, vômito e cefaleia. A evolução da infecção para formas mais graves dependerá da espécie do plasmódio infectante e da eficiência do tratamento. Essa evolução no quadro clínico origina a Malária grave, síndrome que pode causar a Malária cerebral, anemia severa, insuficiência renal aguda, edema pulmonar, hipoglicemia, colapso hemodinâmico e acidose metabólica.

Os kits Imuno-Rápido Malária Pf/Pv Ag e Imuno-Rápido Malária Pf/Pan Ag desenvolvidos pela Wama Diagnóstica possuem alta sensibilidade e especificidade, fácil execução e exigem apenas 5 µL de amostra de sangue total permitindo sua aplicação em áreas isoladas e de difícil acesso, além de apresentar resultado em menos de 20 minutos, auxiliando o diagnóstico precoce da Malária.

Novamente a WAMA Diagnóstica reforça sua seriedade e comprometimento com seus clientes com o lançamento de um novo produto aliado no combate às doenças infecciosas com a qualidade e excelência garantidas pelo seu forte controle de qualidade ao longo de seus 27 anos no mercado.

Apresentações: 10, 20 e 40 testes.

O kit para diagnóstico de Malária anunciado pela WAMA Diagnóstica permite a detecção qualitativa, simultânea e diferencial de antígenos HRP2 e pLDH.

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por consenso hoje, é que os profissionais devem continuar se atentando às medidas preconizadas pelo documento intitulado: “Cartilha de Proteção Respiratória contra Agentes Biológicos para Trabalhadores de Saúde” (3).

Estamos atravessando um momento de muitos desafios, onde todos precisarão de todos. A Biotécnica reforça o seu compromisso em servir à vida, mantendo com precaução, segurança e efetividade a operação da fábrica de kits, de forma a suprir os laboratórios com alguns dos diversos produtos necessários ao Diagnóstico In Vitro. Conte com a Biotécnica!

*Os nomes dos grupos de pacientes foram alterados para facilitar a compreensão do estudo.

Referência Bibliográfica1. Huang C, Wang Y, Li X, Ren L, Zhao J, Hu

Y, et al. Clinical features of patients infected with 2019 novel coronavirus in Wuhan, China. Lancet. 2020;395(10223):497-506.

2. Livingston E, Bucher K. Coronavirus Disease 2019 (COVID-19) in Italy. Jama. 2020.

3. Cartilha de Proteção Respiratória contra Agentes Biológicos para Trabalhadores de Saúde, disponível em http://portal.anvisa.gov.br/, acessado em 24.03.2020 às 18:00 horas.

Covid 19, considerações laboratoriais e de segurança Em dezembro de 2019, uma série de

casos de pacientes com pneumonia de origem desconhecida emergiu em Wuhan, na província de Hubei na China. Prontamente, o antígeno até então desconhecido foi isolado e identificado como pertencente à família Coronaviridae, sendo então intitulado 2019 novel coronavirus (2019-nCoV). No Brasil, o novo vírus ficou conhecido como Covid 19.

O Covid 19 é um vírus de RNA envelopado pertencente à família Coronaviridae que pode produzir dedes de uma infecção assintomática, até complicações respiratórias graves, como a síndrome respiratória aguda, que pode levar a óbito. No esforço de conter a propagação do vírus, muitos estudos acerca de terapias, métodos preventivos e métodos de diagnóstico da infecção vêm sendo desenvolvidos. Em fevereiro de 2020, um grupo chinês publicou no período “The Lancet”, um estudo (1) com os achados clínicos, radiológicos e laboratoriais de 41 pacientes com diagnóstico confirmado de Covid 19 através da técnica de RT-PCR (Reverse Transcription Polymerase Chain Reaction). Os pacientes foram divididos em três grupos*, sendo eles: Pacientes Totais, Graves e Ambulatoriais. Dentre os achados referentes às alterações laboratoriais, o artigo destaca:

- Linfócitos: Foi avaliado que 63 % dos grupos pacientes totais e 85% do grupo pacientes graves apresentaram linfopenia;

- Tempo de Pró-trombina e dímero D: Valores elevados em pacientes graves, quando comparados aos pacientes ambulatoriais;

- AST (TGO) Níveis elevados em 62% dos pacientes graves;

- Troponina I (Ultra Sensível): Valores substancialmente elevados em pacientes com acometimento cardíaco;

- Lactato desidrogenase (LDH): Aumentado em 73% dos pacientes totais e em 92% dos pacientes graves.

Dada a origem infecciosa, outros marcadores de atividade inflamatória como a Proteína C Reativa também estão alterados em pacientes portadores de Covid 19. Apesar da pequena quantidade de pacientes avaliados por este estudo, os resultados auxiliam na triagem dos pacientes potencialmente infectados pelo Covid 19, reduzindo o risco de transmissão do vírus desses pacientes para outros indivíduos hígidos.

Ainda que a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) tenha aprovado em 19 de março de 2020 oito novos kits para diagnóstico do Covid 19 (e em breve certamente teremos mais algumas opções), o país ainda conta com pouca disponibilidade de testes confirmatórios. Por essa razão, é de suma importância a divulgação de dados que auxiliem na triagem desses pacientes, como os que foram acima apresentados.

Outro fator importante a ser observado é a paramentação de segurança necessária para evitar o contágio pelo Covid 19. Essa questão é tão importante que um estudo (2) publicado na Itália mostrou que, dos 22.512 pacientes diagnosticados com Covid 19, 2.026 eram funcionários do sistema de saúde. O que se tem

Álvaro Tavareswww.biotecnica.ind.br

[email protected] +55 (35) 3214-4646

Opinião

A recente aprovação pela Diretoria Colegiada da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) – referente às normas de classificação de petições de alteração de dispositivos médicos – representou um ganho relevante para todos os setores envolvidos. Trouxe celeridade aos processos, padronização de regras e maior facilidade de adaptação do registro de produtos às novas normas da Medical Devices Regulation (MDR) da União Europeia. Para as associações que representam as empresas do segmento de serviços e tecnologias médicas, o avanço desta proposta simboliza o resultado de uma visão compositiva, que cada vez mais deve se fortalecer, em prol de uma atuação conjunta.

A Associação Brasileira da Indústria de Alta Tecnologia de Produtos para Saúde (ABIMED), por sua representatividade, tem buscado trabalhar do modo mais coordenado possível com as demais entidades do nosso segmento. Este é um trabalho integrado, que iniciamos há alguns anos. Priorizamos o consenso de que as normas somente serão assertivas se conseguirmos com que todas as associações reguladas compartilhem do mesmo entendimento acerca das propostas que levamos adiante. Temos avançado de forma construtiva, com um alinhamento prévio em discussões para tratar de diferenças de posições. Melhoramos nossa articulação, para que prevaleça a unidade de discurso, com foco na evolução constante de um diálogo integrado junto à Anvisa. É assim que visamos colaborar, de forma estruturada, e fazer sugestões de melhorias às regras que são

colocadas em consulta pública.Nesse sentido, vale salientarmos a

contrapartida positiva por parte da Anvisa. Um exemplo é a implementação da Avaliação de Impacto Regulatório – um tema pelo qual nossas associações advogam. Temos observado ainda, na postura da agência reguladora, uma abertura maior para essa composição no relacionamento com setores regulados. Isso demandou uma preparação mais efetiva das associações, para trilharmos os próximos passos das nossas contribuições, norteadas por um embasamento prioritariamente técnico. Nossa proatividade conferiu legitimidade e respeitabilidade à interlocução com as diversas diretorias do órgão regulador. Outra parte essencial desse processo é assegurada pela participação dos profissionais das empresas associadas em grupos e comitês das entidades. É por meio dessa interação que conseguimos captar evidências e previsibilidades, bem como oportunidades de desburocratização, celeridade e racionalização, a serem endereçadas no âmbito regulatório.

Globalmente, a Anvisa também tem dedicado esforços voltados à convergência regulatória internacional. Trata-se de um movimento significativo, que hoje já coloca o Brasil entre os países-membros do International Medical Device Regulators Forum (IMDRF) ao lado de Austrália, Canadá, China, Estados Unidos, União Europeia, Japão, Rússia, Singapura e Coreia do Sul. Em algumas iniciativas da agência, já percebemos um propósito de alinhar e internalizar práticas do IMDRF.

Setor de tecnologias médicas: atuação conjunta, pautada pelo compromisso de salvar mais vidas

Outra frente que materializa a continuidade da atuação conjunta das entidades é estreitar o relacionamento com o Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro). O ganho reputacional gerado com o início da atuação do instituto, ao atestar a qualidade segurança e eficácia dos produtos que chegam ao mercado consumidor nacional, é o referencial que nos inspira no desenvolvimento desse diálogo. Seguimos pautados pela perspectiva de compartilhar com o Inmetro contribuições e oportunidades de otimização aos processos referentes ao setor de tecnologias médicas.

Todos esses avanços foram, são – e continuarão a ser – possíveis a partir da coesão já demonstrada pela cadeia do nosso setor. Ainda há espaço para evoluirmos na discussão coordenada do que é fundamental para um ambiente mais favorável a novos negócios e ao futuro do nosso setor, por meio da inovação. As causas que nos orientam não vislumbram conquistas individuais, mas vitórias conjuntas. Quando conseguimos atuar dessa maneira integrada, sem competição, tivemos mais sucesso nos nossos propósitos. Esta é uma jornada, não podemos perder o foco, nem o comprometimento. Devemos ter em mente que só atingiremos nosso compromisso quando, na ponta do processo, as tecnologias médicas proporcionadas pelas empresas que representamos pode meio das associações, ajudam a prevenir doenças e a salvar cada vez mais vidas.

Dr. Walban Damasceno de Souza

www.abimed.org.br

Presidente do Conselho de Administração da Associação Brasileirada Indústria de Alta Tecnologia de Produtos para Saúde (ABIMED)

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Opinião

A humanidade passa por um momento delicado, vivendo uma pandemia de enorme proporção e transmissibilidade, algo inimaginável há alguns meses. Os números da Covid-19 (doença transmitida pelo Coronavírus) crescem diariamente. Na data em que escrevo este artigo (24 de março), eram mais de 435 mil casos da doença em todo o mundo e quase 20 mil mortes, segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS). No Brasil, 2.271 casos e 47 mortes, sendo que o Estado de São Paulo detém aproximadamente 40% dos casos do país. Os números crescem com muita velocidade e certamente, na data de publicação deste artigo, estarão desatualizados, mas isso também serve como parâmetro para medir a extensão da pandemia no Brasil.

O Ministério da Saúde está atento ao Coronavírus - e ao que até então ocorria na China - desde o início do ano. Em 22 de janeiro foi montado, no Brasil, um Centro de Operações de Emergência para monitorar a situação do Coronavírus, e coordenar as ações de emergência. E nossas autoridades, com destaque para o ministro Luiz Henrique Mandetta, têm adotado ações enérgicas e corretas na prevenção e controle da pandemia, como medidas para o isolamento social, que tem se mostrado o principal

agente de contenção da transmissão até agora.A importância de um sistema de saúde integrado

e uma vigilância sanitária e epidemiológica bem estruturadas nunca foram tão importantes. O Brasil até agora está passando no teste, mas não podemos deixar de registrar que talvez estivesse mais forte para enfrentar essa crise se o financiamento público de saúde fosse mais condizente com a realidade do país. Afinal, apenas 22% dos brasileiros possuem algum vínculo com operadoras de planos de saúde e, mesmo assim, a saúde privada movimenta 4,4% do Produto Interno Bruto (PIB) do país, e o Sistema Único de Saúde (SUS), única alternativa assistencial para 78% dos brasileiros, responde por apenas 3,8% do PIB, segundo relatório do Banco Mundial. É claro que o SUS sofre com o subfinanciamento.

Há anos que entidades representativas da saúde denunciam o sucateamento da rede médico-hospitalar brasileira que atende ao SUS. Levantamento da Federação Brasileira de Hospitais (FBH) e da Confederação Nacional de Saúde (CNSaúde) mostra que, de 2010 a 2019, foram fechados 560 hospitais no país, sendo que boa parte deles (42,6%) atendia ao SUS. Isso representa quase 35 mil leitos a menos.

Coronavírus expõe a importância de uma saúde integrada e vigilanteEnquanto isso, a população brasileira saltava de 196,8 milhões para 210,1 milhões no período, um crescimento de 6,76%. Esses leitos e hospitais hoje fazem falta no combate à pandemia.

O fato é que o Coronavírus está colocando os sistemas de saúde e econômicos em xeque. Pela primeira vez em um histórico de 124 anos, uma pandemia adia a realização de uma Olimpíada. Só em três ocasiões nesse período os jogos deixaram de ser realizados: em 1916, 1940 e 1944, em decorrência das duas grandes guerras mundiais. Do ponto de vista econômico, ainda é impossível avaliar o tamanho do impacto que a pandemia causará. A Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) afirmou que se trata de uma ameaça sem precedentes para a economia mundial.

Acredito no Brasil, nas nossas instituições e nos profissionais de saúde. Temos, sim, condições de enfrentar e sair dessa crise. Como resultado desse momento difícil espero que fique, para todos, a importância de contarmos com um sistema de saúde organizado hierarquicamente e com integração entre público e privado. E que, enfim, saúde e educação sejam SEMPRE prioridades de todos os governantes.

DR. YUSSIF ALI MERE JR

[email protected]

Presidente da Federação e do Sindicato dos Hospitais, Clínicas e Laboratórios do Estado de São Paulo(FEHOESP e SINDHOSP) e do SindRibeirão

Quem não gosta de ser bem tratado ao chegar num laboratório para fazer um exame clínico, ainda mais pelo fato de, geralmente, estar em jejum ou ter passado por alguma restrição que o deixe mais sensível. A mesma coisa acontece na questão do nome social. Para que um cliente se se sinta aceito da forma em que se identifica, sendo respeitado e apoiado neste caso, é fundamental que o laboratório adote o nome social nos seus processos, desde a fase inicial do atendimento.

O nome social é aquele pelo qual as pessoas escolhem ser identificadas em seu meio social. Travestis, transexuais, transgêneros e intersexuais podem ser autodenominar com um nome diferente daquele que foi registrado. É definido como a adoção ou adequação do senso de identificação da pessoa, referenciando o nome que o representa. Assim, a pessoa evita a exposição desnecessária e

o constrangimento de ser tratada de uma forma que não condiz com sua condição humana, psicológica, moral, intelectual, emocional e que não a representa.

Algumas entidades já regulamentaram o uso do nome social, independentemente da autorização judicial para troca de nome nos documentos civis de funcionários de órgãos públicos, tais como a Administração Pública Federal, regulado pelo Decreto nº 8.727 de 28 de abril de 2016, que “dispõe sobre o uso do nome social e o reconhecimento da identidade de gênero de pessoas travestis, transexuais, transgêneros e intersexuais no âmbito da administração pública federal direta, autárquica e fundacional”.

No caso do laboratório, a informação do nome social é utilizada somente em locais onde os usuários do sistema tenham alguma informação para a acesso ao paciente. Hoje, os softwares de laboratórios permitem que a adoção do nome social seja inserida

Adoção de nome social em laboratório é um passopara o respeito à diversidade

em processos, desde cadastro, chamada do paciente, nos laudos, monitores, na assinatura de exames, nas impressões do laboratório, até em protocolos e etiquetas, por exemplo.

Lembrando que os colaboradores da linha de frente do laboratório devem estar atualizados com as informações referentes a esse tema e apresente aos clientes essa funcionalidade do sistema com olhar empático e eficiência técnica.

Os laboratórios devem entender a importância da diversidade, tratando o assunto com respeito e apoio. Implantar o nome social é para os pacientes um grande passo para estabelecer sua identidade. Afinal, o tratamento adequado com cordialidade e respeito com todas as pessoas que chegam a um laboratório é primordial para garantir o seu bem-estar e a sua fidelização. E o setor de saúde como um todo tem de ser exemplo e referência do respeito à diversidade.

ALEXANDRE CALEGARI

Mais de 16 anos de experiência em Tecnologia da Informação na área de Medicina Diagnóstica.Graduado em Tecnologia e Processamento de Dados pela UNIRP e pós-graduado em Administração de Empresas pela FGV, atualmente lidera projetos estratégicos da Shift e a área de Gestão de Produtos.Gerente de Produto da Shift.

[email protected]

Uma das coisas que eu mais escuto na minha prática médica é “Eu não faço procedimentos estéticos porque não quero deformar meu rosto e nem ficar igual a todo mundo” ou ainda “Eu tenho medo de ficar parecida com as aberrações que tenho visto por aí”.

De fato, eu concordo com vocês. Boca de pato

pra lá... rostos ultra preenchidos para cá! Como algumas pessoas que poderiam estar ficando mais bonitas, realçando o que tem de belo, infelizmente acabam se transformando em um boneco a mais dessa “máquina de fazer rostos iguais”.

Minha resposta para os pacientes, e solução para esse tipo de resultado não acontecer com você, é:

Sobre o que é belo

Médica Dermatologista. Especialização em Dermatologia pelo Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto, Universidade de São Paulo - HC - FMRP- USP. Título de Especialista em Dermatologia pela Sociedade Brasileira de Dermatologia - SBD. Membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia - [email protected]

escolha e conheça a formação, assim como a maneira de trabalhar, do profissional que cuida da sua pele.

Nas mãos da pessoa certa, você exalta o que tem de bom, corrige o que não é tão legal, e ao invés de deformação, vem uma transformação positiva e natural.

Afinal, nada mais bonito do que ser ÚNICO.

Dra. Heloisa da Rocha Picado Copesco

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Líquido cefalorraquidiano. Apesar do nome complicado, sua função é fundamental para os seres humanos. Considerado um dos principais fluídos do corpo, é responsável por proteger o tecido cerebral e a medula espinhal diante de impactos do sistema nervoso contra os tecidos da caixa craniana.

Além disso, o líquido desempenha uma dupla função biológica “Por um lado, é nutrição, já que se encarrega de transportar hormônios, anticorpos, linfócitos ao tecido nervoso. Por outro, é eliminação, pois se desfaz dos resíduos metabólicos neurais”, completa Dra. Clélia Franco, neurologista e doutora em Neuropsiquiatria, membro titular e da comissão de ensino da Academia Brasileira de Neurologia (ABN).

Entretanto, o acúmulo desse fluído pode provocar danos à saúde. Esse quadro caracteriza a Hidrocefalia, um distúrbio causado pelo desequilíbrio entre a produção e absorção do LCR. Isso acontece em decorrência da dilatação das cavidades intracranianas, os chamados ventrículos cerebrais que, devido ao aumento do volume do líquido, acabam elevando a pressão intracraniana e desenvolvendo a doença.

A Hidrocefalia pode ser congênita ou adquirida. O primeiro caso está associado a malformações ou doenças genéticas que afetam o sistema nervoso. A forma adquirida da doença, por sua vez, aparece em decorrência de traumatismos cranianos,

Hidrocefalia O perigo do acúmulo

hemorragias, infecções ou inflamação das meninges, e tumores.

O distúrbio pode afetar qualquer faixa etária, sendo mais comum em crianças e idosos. Por esse motivo, os sintomas também variam de acordo com a idade. “No caso dos mais velhos, a cefaleia, o prejuízo cognitivo e comportamental, incontinência urinária, desequilíbrio e demência são alguns dos sinais que podem aparecer”, alerta Dra. Clélia.

Como toda doença, a avaliação médica é inquestionável. É necessário realizar o estudo da

imagem do crânio, utilizando exames como Tomografia ou Ressonância, e da circulação do LCR para detectar o distúrbio. É importante destacar que, quanto antes o diagnóstico for feito, menor será o risco de danos cerebrais.

O tratamento da Hidrocefalia também está susceptível à causa. Em situações em que houve obstrução da circulação do líquido, por exemplo, o procedimento será feito pela neurocirurgia para desobstruir ou realizar a drenagem do LCR. Em infecções, a conduta baseia-se em medicamentos apropriados para o agente infecioso.

Infelizmente, a Hidrocefalia ainda não tem cura e pode deixar sequelas. Nas manifestações clínicas congênitas, por exemplo, geralmente encontra-se a macrocefalia, crises convulsivas, prejuízo de desenvolvimento (físico, cognitivo e emocional), cefaleia progressiva, dificuldade de respiração e falta de coordenação motora.

Por ser um distúrbio genético, não há meios para evitar as alterações cromossômicas responsáveis pelo aparecimento da doença. Porém, é possível realizar a precaução da forma adquirida, evitando fatores de risco como usar capacete e cinto de segurança, cuidar da alimentação, tratamento adequado de infecções do Sistema Nervoso e procurar acompanhamento médico caso algum sintoma neurológico apareça.

Artigo

Após anúncio do ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, afirmando a necessidade de a Telemedicina ser regulamentada com urgência para ser usada como arma na crise do COVID-19, o CFM (Conselho Federal de Medicina) autorizou, em caráter excepcional, o uso da telemedicina, em três modalidades: teleorientação e o telemonitoramento e a teleinterconsulta.

Já estava atrasado tal anúncio, a propósito. Em 2019, o CFM chegou a publicar uma Resolução CFM nº 2.227/2018, revogada no mesmo mês em que foi publicada, após uma grita dos CRMs de vários Estados e de alguns médicos, que alegavam não terem sido consultados a respeito dos termos expressos na Resolução, o que não correspondeu ã verdade. Não se entrará aqui no mérito dessa questão. Fato é que passaram dois anos dessa resolução sem que uma nova fosse publicada.

Ainda assim, podemos utilizar dois artigos dos Código de Ética Médica que justificam o uso da Telemedicina desde logo.

Observando o Art. 36, que dispõe ser vedado ao médico “ abandonar paciente sob seus cuidados”; e, nesse mesmo sentido, segue o Art. 37: “Prescrever tratamento ou outros procedimentos sem exame direto do paciente, salvo em casos de urgência ou emergência e impossibilidade

Telemedicina: não foi por amor, foi pela dorcomprovada de realizá-lo, devendo, nesse caso, fazê-lo imediatamente após cessar o impedimento.

Parágrafo único. O atendimento médico a distância, nos moldes da telemedicina ou de outro método, dar-se-á sob regulamentação do Conselho Federal de Medicina”.

Nesse sentido, a questão ética estaria superada, embora o CFM não tenha sido claro quanto à liberação da teleconsulta em seu Ofício encaminhado ao Ministério da Saúde.

Mais dois momentos jurídicos podem ser destacados como corroboradores da admissibilidade para o uso da Telemedicina: a Lei 13.979 de fevereiro de 2020 que dispõe sobre as medidas para enfrentamento da emergência de saúde pública de importância internacional decorrente do coronavírus e o pedido para o reconhecimento de estado de calamidade pública .

A lei que reconhece a emergência em saúde, bem como a constatação de um momento de flagelo coletivo são sim autorizadores para medidas de exceção. Se retomarmos o art. 37 do Código de Ética Médica, a conclusão será a de que estão presentes os requisitos de urgência ou emergência ali previstos para tornar ético o atendimento à distância do paciente, mesmo sem o exame clínico.

Ninguém mais deseja enfrentar horas em uma fila de banco para pagar uma conta, e muitos se recusam a sair de casa para fazerem suas compras, desde roupas até remédios. Essa realidade não é diferente na área da saúde. Se os tempos são outros, quiçá com uma guerra declarada contra o vírus.

Vale esclarecer que nunca houve ilegalidade na Telemedicina, ainda que haja um médico e um paciente em cada ponta. Há sim uma lacuna regulamentadora ética à espera dessa regulamentação que está sendo preparada pelo Conselho Federal de Medicina

Fato é que todos os envolvidos, legalmente, apresentam responsabilidade solidária e proporcional para a eventualidade de algum dano

ao paciente.Ademais questões como direito à privacidade,

garantia da inviolabilidade das informações, confidencialidade, tratamento de dados pessoais, registro das informações dos pacientes, dentre outras, são extremamente relevantes e não podem ser desprezadas nesta discussão entre disrupção digital, Telemedicina e legislação correlata.

A telemedicina é uma realidade há muito tempo presente em outros países. A ferramenta (em um conceito amplo) é utilizada em hospitais e planos de saúde de outros países do mundo como, por exemplo, EUA, Austrália e Inglaterra, especialmente para a teletriagem, o que traz uma grande redução de custos no atendimento e experiência positiva ao cidadão que não precisa se deslocar horas para ter sua consulta, em casos de baixa complexidade..

Prova de que os órgãos Reguladores reconheceram a importância da incorporação da tecnologia no atendimento à distância está na recente notícia de que a Anvisa se manifestou favoravelmente à utilização de assinatura digital nos receituários médicos, desde que no padrão da Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira (ICPB).É necessário ampliar a regulamentação para situações presentes no cotidiano e que estão ocorrendo à margem de protocolos rígidos. Agora, em tempos de COVID-19, os médicos, por sobrevivência, precisarão fazer uso da telemedicina.

Enfim, sempre o que sobrevive, a qualquer tempo, é aquele que se adapta às mudanças. É a hora de mudanças definitivas.

*Sandra Franco é consultora jurídica especializada em Direito Médico e da Saúde, doutoranda em Saúde Pública, MBA/FGV em Gestão de Serviços em Saúde, fundadora e ex-presidente da Comissão de Direito Médico e da Saúde da OAB de São José dos Campos (SP) entre 2013 e 2018, membro do Comitê de Ética para pesquisa em seres humanos da UNESP (SJC) e presidente da Academia Brasileira de Direito Médico e da Saúde.

Sandra Franco*

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DR. RODRIGO MASINI DE MELO

CEO||DATA SCIENTIST||PROJECT MANAGER, IBusinessHealth

[email protected]

A inteligência artificial, a ciência e a tecnologia de dados no combate ao coronavírus6. Tecidos avançados oferecem proteçãoEmpresas como a startup israelense Sonovia

esperam armar sistemas de saúde e outros com máscaras faciais fabricadas com seu tecido anti-patógeno e antibacteriano que depende de nanopartículas de óxido de metal.

7. IA para identificar indivíduos portadores ou infectados

Embora certamente seja um uso controverso da tecnologia e da IA, o sofisticado sistema de vigilância da China usou a tecnologia de reconhecimento facial e o software de detecção de temperatura do SenseTime para identificar pessoas que podem estar com febre e que têm maior probabilidade de ter o vírus. Tecnologias similares equipam os "capacetes inteligentes" usados pelas autoridades da província de Sichuan para identificar pessoas com febre. O governo chinês também desenvolveu um sistema de monitoramento chamado Health Código que usa big data para identificar e avaliar o risco de cada indivíduo com base em seu histórico de viagens, quanto tempo eles gastaram em pontos de acesso de vírus e possível exposição a pessoas portadoras do vírus. É atribuído aos cidadãos um código de cores (vermelho, amarelo ou verde), que eles podem acessar por meio dos aplicativos populares WeChat ou Alipay para indicar se devem ser colocados em quarentena ou permitido em público.

8. Chatbots para compartilhar informaçõesA Tencent opera o WeChat e as pessoas podem

acessar serviços de consulta de saúde on-line gratuitos por meio dele. Os chatbots também foram ferramentas de comunicação essenciais para que os provedores de serviços do setor de viagens e turismo mantenham os viajantes atualizados sobre os mais recentes procedimentos e interrupções de viagens.

Em uma pandemia global como a COVID-19, a tecnologia, a inteligência artificial e a ciência de dados tornaram-se críticas para ajudar as sociedades a lidar efetivamente com o surto.

O Coronavírus (COVID-19) está modificando não só nossa rotina, mas a economia mundial e o sistema de saúde do mundo. Desde o primeiro relatório do coronavírus em Wuhan, China, o vírus já se espalhou para pelo menos outros 100 países. Quando a China iniciou sua resposta ao vírus, ela se apoiou em seu forte setor de tecnologia e, especificamente, em inteligência artificial (IA), ciência de dados e tecnologia para rastrear e combater a pandemia, enquanto líderes de tecnologia, incluindo Alibaba, Baidu, Huawei e mais, aceleravam as aplicações de IA em diversas iniciativas de saúde. Como resultado, as startups de tecnologia estiveram e agora estão mais envolvidas com clínicas, Hospitais e entidades governamentais para implementar a tecnologia mais ativamente dentro dos processos de assistência em saúde.

Abaixo listo 8 maneiras pelas quais a lA, a ciência de dados e a tecnologia estão sendo usadas para gerenciar e combater o COVID-19:

1. IA para identificar, rastrear e prever surtos:Quanto melhor podemos rastrear o vírus, melhor

podemos combatê-lo. Ao analisar notícias, plataformas de mídia social e documentos do governo, a IA pode aprender a detectar um surto. O rastreamento dos riscos de doenças infecciosas usando a IA é exatamente o serviço que a startup canadense BlueDot fornece. De fato, a IA do BlueDot alertou sobre a ameaça vários dias antes que os Centros de Controle e Prevenção de Doenças ou a Organização Mundial da Saúde emitissem seus avisos públicos.

2. IA para ajudar a diagnosticar o vírusA empresa de inteligência artificial Infervision

lançou uma solução de IA de coronavírus que ajuda os profissionais de saúde da linha de frente a detectar e monitorar a doença com eficiência. Os departamentos de imagem nas unidades de saúde estão sendo tributados com o aumento da carga de trabalho criada pelo vírus. Esta solução melhora a velocidade do diagnóstico da TC. A gigante chinesa de comércio eletrônico Alibaba também

construiu um sistema de diagnóstico com inteligência artificial que eles afirmam ter 96% de precisão no diagnóstico do vírus em segundos.

3. Processamento de reclamações de assistência médica

Não são apenas as operações clínicas dos sistemas de saúde que estão sendo tributadas, mas também as divisões comerciais e administrativas, pois elas lidam com o aumento de pacientes. Uma plataforma blockchain oferecida pela Ant Financial ajuda a acelerar o processamento de reclamações e reduz a quantidade de interação cara a cara entre pacientes e funcionários do hospital.

Hoje em: Tecnologia da empresa4. Robôs que esterilizam, entregam alimentos e

suprimentos e realizam outras tarefasOs robôs não são suscetíveis ao vírus; portanto,

eles estão sendo implantados para concluir muitas tarefas, como limpar e esterilizar e fornecer alimentos e medicamentos para reduzir a quantidade de contato humano-humano. Os robôs UVD da Blue Ocean Robotics usam luz ultravioleta para matar autonomamente bactérias e vírus. Na China, a Pudu Technology implantou seus robôs que normalmente são usados no setor de catering em mais de 40 hospitais em todo o país.

5. Desenvolvimento de drogasA divisão DeepMind do Google usou seus mais

recentes algoritmos de IA e seu poder de computação para entender as proteínas que podem compor o vírus, e publicou as descobertas para ajudar outras pessoas a desenvolver tratamentos. A BenevolentAI usa sistemas de IA para criar medicamentos capazes de combater as doenças mais difíceis do mundo e agora está ajudando a apoiar os esforços para tratar o coronavírus, a primeira vez que a empresa concentrou seu produto em doenças infecciosas. Nas semanas seguintes ao surto, ele usou suas capacidades preditivas para propor medicamentos existentes que poderiam ser úteis.

Opinião

Raça e racismo - texto 5

Maria de Lourdes Pires Nascimento, MD Hematologista, Universidade Federal da Bahia / UFBA [email protected]

Informações mais recentes do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) para o Brasil e no ano de 2015, referem que se autodeclararam Afrodescendentes 53,9% da população, ou seja, se consideram de pele preta ou parda, ou seja são Mestiços (1).

Na Área de Saúde e tendo relação com o “Racismo Brasileiro” existe uma tendência de se considerar determinadas anemias genéticas, tais como: Doença Falciforme ou Falcemia uma doença de raça negra e Talassemia uma doença de raça branca. Este tipo de informação existe principalmente pela falta do conhecimento – Ignorância – de determinados fatos, tais como:

1) A denominação de Raças pela cor da pele, tem por base, principalmente a quantidade de Melanina, que é a substância responsável pelas cores das peles negras e brancas. As Doenças Falciformes e as Talassemias não são doenças da Melanina, são Anemias em que a qualidade genética da Hemoglobina (uma substância que está no interior das hemácias e estas são células do sangue) quando está comprometida, dificulta a capacidade de oxigenação de todos os tecidos do organismo, gerando anemias.

2) Através de estudos genéticos mitocondriais foi

estimado que pelo menos 89 milhões de brasileiros são Afrodescendentes, e este número é bem maior do que os 76 milhões de pessoas que no Censo de 2000 do IBGE (2)

se declararam negras (pretas e pardas). As análises de polimorfismos nucleares mostraram resultados ainda mais expressivos porque 146 milhões de brasileiros (86% da população) apresentaram mais de 10% de contribuição africana em seu genoma. Por esta razão existem pessoas com variados tipos de cores (brancas, negras, mulatas, morenas, sararás, pardas, escurinhas, moreninhas, etc.) e de cabelos (lisos, crespos, ondulados, etc.). Todas estas pessoas podem apresentar genes (em homozigose e ou heterozigose) para a presença da Doença Falciforme e ou da Talassemia (3, 4, 5, 6).

3) Deformidade da Razão, porque o Racismo é uma tendência do pensamento, em que se dá grande importância à noção da existência de raças humanas distintas e superiores umas às outras. No racismo os que se consideram “Brancos”, acreditam que a sua característica física hereditária tem relações e podem ser responsáveis por “uma inteligência maior”, fazendo com que eles se sintam superiores em relação aos que “Não São Brancos”. Esta Deformidade da Razão gera o comportamento da necessidade da Dominância em

determinados grupos que são “aparentemente mais claros” sobre outros que são considerados “mais escuros”: os pretos e os afrodescendentes (7, 8, 9).

No Brasil, não existe nenhum grupo humano que seja Racialmente Puro, pois as populações brasileiras contemporâneas são o resultado de um longo processo de miscigenação que vem variando, e se ampliando, com o passar dos tempos. A união entre imigrantes europeus e brasileiros apenas alterou o Fenótipo, porque a população brasileira já teve desde o início um Genótipo Mestiço e continua com o genótipo mestiço (2).

(Tópicos retirados do Livro Raça / Racismo: Relações com Doença Falciforme e Talassemia)

Qual a importância da categorização racial no Brasil?

Referências1) Ministério da Saúde – Política Nacional de Saúde Integral da População Negra. Uma Política do SUS, pg 11, 3ª Edição, Brasília D.F, 2017.2) IBGE/ Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Pesquisa Nacional por Amos-tra de Domicílios. 27: 1-125, 2006.3) Florentino, M; Machado C. Ensaio sobre a imigração portuguesa e os padrões de miscigenação no Brasil (séculos XIX e XX). PSR. 10 (1): 58-84, 2002.4) Pena SDJ, Bortolini MC. Pode a genética definir quem deve se beneficiar das cotas universitárias e demais ações afirmativas? Estudos Avançados. 18 (50): 31-50, 2004.5) Pena SDJ. Reasons for banishing the concept of race from Brazilian medicine. His-toria, Ciências, Saúde – Manguinhos, 12 (1): 321-346, 2005.6) Wambua S, Mwangi TW, Kortok M, et al. The effect of α +- Thalassaemia on the incidence of Malaria and Other Diseases in Children Living on the Coast of kenya. PLoS Medicine 3 (5): e1548, 2006.7) Barbujani G. L’invenzione dele razze SPA, Milan 2006. A invenção das raças. S. Paulo. Editora Cpntexto, 2007, 175p. Tradução por Rodolfo Illari.8) Guimarães ASA. Como trabalhar com “raça” em Sociologia. Educação e pesquisa, São Paulo, 29 (1): 93-107, 2003.9) Pena SDJ. Reasons for banishing the concept of race from Brazilian medicine. His-toria, Ciências, Saúde – Manguinhos, 12 (1): 321-346, 2005.

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Doença Renal

* Doença Renal Crônica (DRC) vem sendo a causa de pelo menos 2,4 milhões de mortes por ano no Brasil, aponta Sociedade Brasileira de Nefrologia (SBN)

* De acordo com a SBN, a cada década, o número de pacientes de hemodiálise aumenta 10% no país

* Por não apresentar sintomas ou poucos e inespecíficos nos estágios iniciais, o diagnóstico da DRC pode só acontecer quando o funcionamento dos rins já está bastante comprometido, levando a hemodiálise ou transplante renal.

A Fundação Pró-Rim, referência no tratamento das doenças renais, promove ações de prevenção e serviços de saúde para a comunidade nas cidades onde possui unidades.

Segundo dados divulgados pela organização do World Kidney Day, responsável pela organização da campanha, estima-se que 850 milhões de pessoas no mundo tenham doenças renais de várias causas. No Brasil, de acordo com a Sociedade Brasileira de Nefrologia (SBN), a Doença Renal Crônica (DRC) causa pelo menos 2,4 milhões de mortes por ano, com uma taxa crescente de mortalidade.

As doenças renais crônicas são condições impactantes para o aumento da mortalidade de

Alerta enfatiza a prevenção e o tratamento precoce das doenças renais

outras doenças, em função dos fatores de risco, incluindo as doenças cardiovasculares, diabetes, hipertensão, obesidade e infecções.

As causas e as consequências da doença renal ainda são desconhecidas pela maioria da população. A disseminação das informações sobre a prevenção e do rastreamento das doenças renais devem estar acessíveis.

"A população deve estar atenta ao estilo de vida e o acompanhamento médico, principalmente em casos específicos, como a diabetes e a hipertensão. Adotar uma

alimentação saudável, praticar exercícios físicos regularmente, fazer a ingestão de água, controlar o tabagismo e a obesidade, são fatores simples que podem prevenir o aparecimento das doenças renais", explica o médico nefrologista e presidente da Pró-Rim, Dr. Marcos Alexandre Vieira.

Dose sua creatinina - A campanha deste ano enfatiza a importância do diagnóstico precoce por meio do exame de creatinina. A doença renal crônica, considerada uma "epidemia silenciosa", na maioria das vezes, chega de forma lenta, progressiva e quase sem sintomas. Para que o diagnóstico seja feito o mais cedo possível, é muito importante a realização do exame de creatinina, feito pelo exame de sangue.

"Quando for fazer os exames de rotina, peça ao seu médico para incluir o exame de sangue para checar as dosagens de creatinina e ureia no sangue. É um exame simples e acessível para a população", acrescenta Dr. Marcos.

Infelizmente, o exame não está incluso no hemograma completo, usado para o diagnóstico e controle de várias doenças. A orientação é que o paciente solicite ao seu médico a inclusão do exame de creatinina no check up de rotina. O diagnóstico de doença renal de forma precoce auxilia no tratamento e evita que as pessoas necessitem do transplante ou da diálise.

Prevenção

O número de pessoas infectadas pelo coronavírus (Covid-19) segue crescendo, especialmente no Brasil. Com isso, é importante focar nas medidas de prevenção. Para o médico epidemiologista da Faculdade São Leopoldo Mandic, Dr. André Ricardo Ribas Freitas, a prática do isolamento social tem que ser levada a sério para interromper o contágio. “Não sabemos exatamente como está a curva no Brasil, há uma defasagem de exames muito grave, tivemos uma sobrecarga no sistema de saúde nas últimas semanas. A falta de dados pode levar a uma falsa impressão do crescimento ser menos intenso”, afirma.

De acordo com Dr. André, a melhora na curva do coronavírus leva em torno de três semanas, por conta do período de incubação do Covid-19. O médico descarta a possibilidade de sucesso do isolamento vertical, no qual apenas as pessoas pertencentes ao grupo de risco se privariam do convívio social: “Essa medida não foi bem sucedida em nenhum país. As pessoas do grupo de risco estarão expostas do mesmo jeito pela convivência com as demais. No Brasil, os jovens também devem sobrecarregar o sistema de saúde. A estimativa é de aumento de 4% na taxa de internação em UTI somente com o público mais novo.”

O médico da Faculdade São Leopoldo

“O isolamento social é a medida mais eficaz para interromper a transmissão do coronavírus” diz especialista da Faculdade São Leopoldo Mandic

Mandic destaca ações adotadas por países bem-sucedidos no combate ao coronavírus, como é o caso da Coréia do Sul, que teve a curva achatada por meio de medidas que foram implementadas precocemente à confirmação dos primeiros casos. “A Coréia do Sul pode ser considerada um exemplo, é um país vizinho da China, onde começou a contaminação do coronavírus, estava bem exposta. Umas das iniciativas das autoridades por lá foi desinfetar as ruas e locais públicos, pois o vírus sobrevive nas superfícies.”

Outro destaque, segundo Dr. André, é que a Coréia do Sul, adotou a testagem ampla de pacientes. “Eles criaram um drive-thru para

fazer testes. A pessoa passava de carro e fazia o exame sem sair do automóvel. Foi uma medida bem-sucedida, pois você identifica quem está com o vírus, isola quem está contaminado e interrompe a transmissão”, explica. “Além disso, as pessoas que tiveram coronavírus só tinham aval para voltar ao trabalho depois de terem dois exames negativos após a confirmação”, completa.

A Faculdade São Leopoldo Mandic disponibiliza em seu site uma área especial com informações sobre o coronavírus, com diversos dados e artigos internacionais. Acesso: slmandic.edu.br/tudo-sobre-coronavirus/

Dr. André Ribas afirma que mesmo as pessoas que não estão enquadrados no grupo de risco devem ficar atentas à epidemia

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Alerta

“A obesidade diminui a imunocompetência. Vários estudos em animais e em humanos demonstram isso. Pessoas com obesidade têm uma menor atividade citotóxica das células que detectam e destroem invasores, sejam vírus, bactérias e mesmo células cancerígenas. Por isso, pacientes com obesidade estão entre os grupos de risco para a infecção do novo coronavírus”, explica Dr. Marcio Mancini, endocrinologista especialista em obesidade da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia Regional São Paulo (SBEM-SP).

Dados indicam que sete em cada 10 pacientes internados em unidades de terapia intensiva no Reino Unido com coronavírus estavam com sobrepeso ou obesidade.

De acordo com a World Obesity Society, pessoas com obesidade em todo o mundo já estão em alto risco de

Coronavírus: endócrino alerta que obesidade é grave fator de risco

complicações graves da covid-19 por causa do aumento do risco das doenças crônicas que a obesidade causa. Além disso, indivíduos com obesidade que se isolam e evitam o contato social já estão estigmatizados e experimentam taxas mais altas de depressão.

Experiência no passado – Dr. Mancini comenta que, durante a epidemia da H1N1 de 2009, a obesidade foi reconhecida como fator de risco independente para complicações da influenza. “Estudos com metanálises,

que avaliaram pacientes com obesidade e H1N1, demonstraram um risco mais que duas vezes maior de internação em UTI e mortalidade. Em pesquisas, camundongos com obesidade induzida por dieta e infectados por influenza apresentaram menor atividade antiviral. Animais e humanos com deficiência do hormônio leptina têm mais infecções respiratórias”.

Vale lembrar que o excesso de peso atinge mais da metade da população adulta no Brasil (55,7%) e não é apenas uma doença da faixa etária considerada idosa. Serviço:

http://www.sbemsp.org.brhttps://www.facebook.com/sbem.saopaulo/https://www.instagram.com/sbemsp/https://www.youtube.com/c/sbemsphttps://twitter.com/SBEMSP

Estudos indicam que obesos apresentam menor atividade antiviral

Atenção

A Câmara Brasileira de Diagnóstico Laboratorial, CBDL, em conjunto com entidades do segmento saúde, está promovendo um levantamento da capacidade instalada e dos recursos disponíveis para proporcionar o acesso ampliado a testes de diagnóstico de qualidade.

Entre as entidades parceiras da CBDL estão a Anbiotec, BioTechTown, SuperaPark, Sociedade Brasileira de Análises Clínicas (SBAC), Sociedade Brasileira de Patologia Clínica e Medicina Laboratorial (SBPC), Associação Brasileira de Medicina Diagnóstica (ABRAMED), Associação Brasileira de Redes de Farmácias e Drogarias (Abrafarma) e Conselho Federal de Farmácia (CFF).

A medida tem como propósito levantar o número de equipamentos de diagnóstico (PCR e outras tecnologias) que rapidamente podem ser realocados para utilização no serviço de diagnóstico do SARS-CoV-2 (coronavírus), com os diversos reagentes (para pesquisa, desenvolvidos em laboratórios ou kits comerciais) disponíveis, além de verificar os serviços, recursos e estruturas disponíveis para execução dos testes, inclusive os testes rápidos.

CBDL e demais entidades de saúde promovem levantamento de capacidade para oferecer acesso ampliado a testes para COVID-19

Isso aumentará consideravelmente a capacidade de testagem.

No que se refere aos testes rápidos, que estão obtendo registro junto à Anvisa, já foi avaliado que o mercado brasileiro deverá superar os 9 milhões de testes até meados de abril (isto apenas se considerarmos os testes recentemente registrados).

Ainda no tocante aos testes rápidos, há a possibilidade de Parcerias Público Privadas para a testagem massiva da população (inclusive para as populações mais expostas e menos preparadas para as situações de quarentena). A ideia é usar os laboratórios privados, farmácias, startups do setor de saúde e entidades setoriais que disponibilizem profissionais de saúde para as iniciativas junto às municipalidades, associações comerciais, igrejas, dentre outros.

Carlos Gouvêa, presidente executivo da CBDL, acredita que “através da união dos esforços dos diferentes elos da Cadeia de Valor da Saúde, sob a coordenação integrada do Ministério da Saúde e a ANVISA, será possível combater de forma eficaz a presente pandemia. Afinal, com o atual parque instalado de

equipamentos (que pode ser realocado para o diagnóstico através do PCR), com as estruturas laboratoriais espalhadas por todo o Brasil (mais de 16 mil laboratórios) e as cerca de 80 mil farmácias e seus farmacêuticos, através de outras tecnologias como ELISA e testes rápidos, poderemos obter uma capilaridade ímpar, com um grande poder de testagem

Uma doença rara é aquela que afeta uma pequena porcentagem da população. Existem milhares de doenças raras, atualmente são conhecidas seis a sete mil. Portanto, apesar de individualmente raras, como um grupo essas doenças acometem um percentual significativo da população.

Cerca de 80% das doenças raras são causadas por fatores genéticos. Geralmente são condições progressivas e incapacitantes, que afetam a qualidade de vida dos pacientes e de seus familiares.

O diagnóstico clínico muitas vezes é um grande desafio, haja vista a grande variabilidade fenotípica não só de uma doença para outra, mas também entre afetados pela mesma condição. Neste cenário, o diagnóstico genético, através de exames moleculares, mostra-se de extrema importância.

O diagnóstico molecular permite prever prognóstico e definir o melhor tratamento. Além disso, o correto diagnóstico permite um aconselhamento genético mais preciso: “Casais com histórico familiar

alguns éxons ou até uma única base nucleotídica do gene. Deste modo, para investigação molecular há também diferentes exames, tais como cariótipo, MLPA, MS-MLPA, Array-CGH, sequenciamento de nova geração (NGS), entre outros. Cada um destes possui vantagens e limitações, sendo muitas vezes complementares no diagnóstico de uma doença rara.

O DB Molecular atua na área oferecendo uma ampla gama de exames genéticos e com uma extensa rede credenciada em todo o país, atendendo mais de 5.000 laboratórios parceiros.

Doenças raras - a importância do diagnóstico molecularpara um aconselhamento genético mais preciso

DB Molecular - Diagnósticos do BrasilTel:. 11 3868-9800

[email protected]

de condições genéticas raras poderão, a partir do estudo genético e identificação da variante causal, planejar futuras gestações de forma consciente, optando por alternativas como o diagnostico pré-implantacional, por exemplo,” explica Cíntia Marques, especialista do DB Molecular.

Existem diferentes mecanismos moleculares que causam as doenças genéticas raras: alterações epigenéticas, alterações cromossômicas numéricas, estruturais, alterações que afetam um grupo de genes, que afetam um único gene ou apenas

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2020 - Maratona de Eventos

MAIO27ª HOSPITALAR = POSTERGADA P/ 2º SEMESTRE

NOVEMBROHEMO 2020 - 4 a 7 de novembro

The Royal Palm Hall – Campinas – SP - www.hemo.org.br47º CBAC

NOVA DATA: 22 A 25 DE NOVEMBRO DE 2020Fortaleza - CE - www.sbac.org.br

SETEMBRO

54º Congresso Brasileiro de Patologia Clínica/Medicina Laboratorial15 e 18 de setembro - Pro Magno Centro de Eventos - SP

www cbpcml.org.br

AGOSTOCongresso Sul Mineiro de Laboratórios Clínicos

14 a 16 de agosto - São Lourenço - MG. https://congressosulmineiro.com.br/

a comunicação seja sempre efetiva. Se ficar em dúvida sobre alguma orientação, pergunte, use outros meios de comunicação;

9) Faça pausas no decorrer do período de trabalho, levante-se, tome água, converse com outras pessoas. Sem esses cuidados, Você corre o risco de ficar muito isolado;

10) Cuide do “dress code” – é claro que Você não precisa se vestir como se fosse para a empresa, mas é necessário ter alguns cuidados:

• não fique de pijama (roupas de dormir passam a sensação de que se está descansando e não trabalhando);

• cuide da aparência (Você pode ser chamado para alguma reunião e não ter tempo de se arrumar).

Para Você que é Líder, tenho algumas recomendações, além das citadas acima:

• Estabeleça qual será o canal oficial de comunicação da equipe: Skipe, Zoom, Google Hangouts, Whereby ou WattsApp, isso evitará erros de comunicação e perda de tempo;

• Faça reuniões rápidas logo pela manhã para alinhar entregas e ao final do dia para acompanhar os resultados. Isso o ajudará a manter a equipe engajada e o ritmo de trabalho;

• Lembre-se que trabalhar online não quer dizer que o trabalho será feito de forma mais rápida, então, ajude sua equipe a administrar o tempo;

• Use e abuse da empatia, procure entender como cada colaborador está se sentindo para ajudar da melhor maneira possível.

Por fim, uma dica para todos: observem o pico de produtividade, ou seja, cada um de nós tem um período do dia em que somos mais produtivos. Identifiquem qual é esse período e façam as tarefas mais complexas. Isso garantirá que as entregas sejam feitas no prazo adequado e com a qualidade esperada.

Espero que essas dicas sejam úteis e que todos possam se beneficiar desse recurso que atualmente se tornou nosso maior aliado.

KELLY CASIMIROÉ Psicóloga, fez carreira em RH de empresas da área da saúde. Atualmente é sócia da Desenvolvere Assessoria, empresa especializada em desenvolvimento humano na área da saúde.

O título desse artigo foi inspirado no filme o Leão, a Feiticeira e o Guarda-Roupa de C.S. Lewis. Esse filme narra a aventura de quatro irmãos que descobrem um armário mágico que os leva para Nárnia. Esses últimos dias tem sido tão malucos que, sinceramente eu gostaria de ter “uma Nárnia” e despachar esse vírus para lá.

Infelizmente isso não é possível e na minha humilde opinião, o mundo não será o mesmo depois dessa crise chamada Corona vírus. Há um tempo, eu não aceitava muito bem essa questão de atender “online” porque, na minha cabeça, área da saúde é relacionamento e precisa do “olho no olho”.

Contudo, quando comecei a empreender, percebi que essa era a melhor forma de trabalhar, já que gastava boa parte do meu tempo com deslocamentos para atender os clientes. Com isso, fui ajustar toda a rotina e espaço físico para trabalhar em casa, o famoso home office. Entendi que mesmo à distância o “olho no olho” também acontecia e isso foi me trazendo tranquilidade. Hoje trabalho 90% do meu tempo de forma virtual. Quem diria, né?

Porém, antes de falar sobre home office quero falar com Você, Líder da saúde. Esse é o melhor momento para Você fazer uso da Inteligência Emocional. Com o tempo, é esperado que seus colaboradores demonstrem preocupação, insegurança e medo, afinal, estamos travando guerra contra um inimigo invisível. Talvez isso já esteja acontecendo na sua equipe, então, mostrar empatia e segurança é a melhor forma de passar por isso juntos.

Nesse sentido, esteja próximo a sua equipe, compartilhe as tarefas e fique à disposição para conversar. Procure conversar outros assuntos para descontrair e deixar o clima interno mais leve. Sei que isso pode parecer difícil, mas é preciso lembrar que sua equipe é formada por pessoas que tem medos, ansiedades, receios e família. Assim como Você! Então, se Você também precisar,

A crise mundial, a Liderança e o Home Office na área da saúdebusque ajuda.

Dito isso, vamos ao assunto Home Office. Há tempos as empresas brasileiras vêm discutindo sobre esse assunto e ainda não se chegou a uma conclusão. Algumas empresas saíram na frente e desbravaram essa tarefa, estabelecendo regras próprias e aperfeiçoando isso no dia a dia. Recentemente a Telemedicina foi alvo de discussão e recusada pelo CFM. Dias atrás, o trabalho remoto na Medicina foi liberado pelo mesmo órgão para auxiliar as ações de combate a epidemia. Sinal de que os tempos estão mudando.

Assim, de repente, as equipes da saúde têm a possibilidade de trabalhar remotamente e vem a questão crucial: como fazer isso? A ideia desse artigo é auxiliar nesse sentido, trazendo informações para ajudar a todos.

Dicas para fazer do home office um aliado.1) Escolha um espaço apropriado para ser

a estação de trabalho e demarque o território: escritório, quarto, mesa da sala de jantar, etc.

2) Mantenha seu material de trabalho organizado e de fácil acesso: agenda, caderno, assessórios, etc. Isso facilita a vida quando é preciso sair do local por qualquer motivo;

3) Procure informatizar seu trabalho: use e abuse das ferramentas digitais, quanto menos papel você produzir em casa, melhor será para você e os demais moradores;

4) Programe a jornada de trabalho e as entregas que precisam ser feitas dia-a-dia;

5) Mantenha a lista de tarefas, pode parecer óbvio, mas em home office é fácil perder o foco;

6) Se você não mora sozinho, explique aos demais como é a sua rotina de trabalho, assim todos saberão em quais momentos você pode ou não ser incomodado;

7) Sinalize para os demais quando estiver em reunião ou não puder ser interrompido;

8) Mantenha contato com sua equipe para que

[email protected]

Opinião

A organização da Hospitalar, decidiu postergar PARA O SEGUNDO SEMESTRE, a realização da edição 2020. O evento ocorreria originalmente nos dias 19 e 22 de maio, no São Paulo Expo, em São Paulo. Uma nova data será comunicada em todos os nossos canais e estará disponível no site do evento hospitalar.com.br.

ABRILIII CONGIPLAB = ADIADO p/ 2º SEMESTRE

III Congiplab 2020 marcado para os dias 17 e 18 de abril no Hotel Premium, em Campinas, foi adiado p/ o segundo semestre de 2020. Inform: https://giplab.com.br

Medical Fair Brasil = NOVA DATA16 e 17 de setembro de 2020 - Local: Expo Center Norte, em São Paulo

Inf: https://medicalfair-brasil.com.br/pt/

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