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GEOLOGIA REGIONAL
A geologia da regio Noroeste do Cear destaca-se por forte correlao
com o Oeste da frica, mais precisamente com a regio do Hoggar Ocidental, onde foi
reconhecido um Ciclo de Wilson completo, durante a Orognese Pan-Africana ocorrida
no Neoproterozico (ca. 600 Ma) (Arthaud, et. al, 2007), resultado da coliso entre os
crtons Oeste Africano/So Luiz e So Francisco/Congo (Figura 1.3).
Figura 1.3 Provncia Borborema, no contexto do continente Gondwana, entre oscrtons Oeste Africano (WAC)/So Luiz (SLC) e So Francisco (SFC)/Congo (CC).
Fonte: Arthaud, et. al(2007).
A subdiviso da provncia em setores ou domnios com base em sua
evoluo tectnica e estratigrfica j foi proposta por vrios autores (Brito Neves
1975, 1978, 1983, Santos & Brito Neves 1984, Caby et ai. 1991, etc.). Genericamente,esses trabalhos reconhecem faixas de metas sedimentos proterozicos alternadas
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com reas dominadas por complexos gnissico-migmatticos paleoproterozicos a
arqueanos. O primeiro trabalho a mencionar especificamente o conceito de terreno na
Provncia Borborema, data do comeo da dcada, e foi publicado por Jardim de S et
aI. (1992), onde os autores apontam a existncia de blocos alctones nas Faixas
Riacho do Pontal e Sergipana, e atentam para a importncia de possveis acreses
transcorrentes/transformantes brasilianas na Provncia Borborema. Jardim de S
(1994), baseado em trabalhos anteriores, subdividiu a Provncia Borborema em sete
domnios estruturais (Figura 1.4).
Figura 1.4 -Diviso da
provnciaBorborema emdomniosestruturais.
Fonte: Jardim de S (1994).
A regio inseri-se no extremo Oeste da Provncia Borborema (PB), na
Subprovncia Setentrional (Almeida et al. 1977), que compreende a poro situada a
Norte do Lineamento Patos, litologicamente dominada por complexos migmatticos
paleoproterozicos ou mais antigos, que servem de embasamento a unidades
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supracrustais de idade Paleo, Meso elou Neoproterozica. Os corpos granitides
brasilianos ocorrem de forma generalizada, intrudindo as unidades anteriores e
servindo como marcadores cinemticos da deformao que consolidou a arquitetura
regional. Desde sua definio por Almeida et al. (1977), a Provncia Borborema tem se
tomada conhecida como palco de intensa atuao do Ciclo Brasiliano, ltimo evento
orognico importante que a afetou, dando origem a um volumoso plutonismo granitide
e marcado por uma certa progressividade da atividade tectnica, formando um
continuumde deformao ao longo das zonas de cisalhamento dctil que mostram
evidncias de movimentaes frgeis superpostas deformao milontica inicial,
tendo as extensas zonas de cisalhamento transcorrentes na poro setentrional da
provncia (Figura 1.5), expressivo rejeito e orientao preferencialmente segundo
direes NNE a NE.
A provncia constituda por quatro grandes assemblias litoestruturais
(Oliveira e Mohriak, 2003): (I) Embasamento gnissico-migmattico Arqueano a
Paleoproterozico, (II) Cintures dobrados de metassedimentos supracrustais, (III)
Plutons granitides brasilianos e (IV) Sistemas de zonas de cisalhamento. Os altos
estruturais representam o embasamento, com idades definidas como, no mnimo,
transamaznicas (Gorayeb et al. 1991) ou presumivelmente arqueanas (S 1984,Santos & Neves 1984, Hackspacheret al1991). Os baixos estruturais compreendem o
Grben de Martinpole, onde Prado et al. (1981) relatam idades "uruaunas", e
Grben de Ubajara, provavelmente de idade brasiliana (Novais et al. 1979,
Hackspacheref/. 1988). Esses grbens, por sua vez, encontram-se sobrepostos por
uma seqncia molssica brasiliana, designada Grupo Jaibaras. Toda a regio
marcada por manifestaes magmticas, tais como; o granitide alcalino Mocambo e o
Meruoca (Sial et al 1981); os enxames de diques cidos a Noroeste de Sobral,
provavelmente mais antigos que os granitos anteriores; e o Vulcanismo Parapui do
Grben Ubajara, com carter continental (Projeto Radam, 1981).
Com o objetivo de apresentar o panorama geolgico regional, foi
escolhida, dentre as vrias propostas de subdiviso desta provncia em domnios
(individualizados por suas feies tectnicas e estratigrficas), aquela formulada por
Jardim de S (1994), em quatro domnios geolgicos (Figura 1.5): Faixas Noroeste do
Cear (FNC), Domnio Cear Central (DCC), Faixa Ors-Jaguaribe (FOJ) e FaixaSerid (FSe). Como divisores desses domnios, ocorrem importantes zonas deOLIMPIA MINERAO E EMPREENDIMENTOS LTDARELATRIO PRELIMINAR DE PROSPECO E PESQUISAAPRAZVEL SOBRAL/CE
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cisalhamento que se destacam pelas suas grandes extenses e rejeitos direcionais
envolvidos. As faixas esto parcialmente cobertas por sedimentos fanerozicos, em
sua maioria relacionados s bacias da margem continental.
Figura 1.5 Mapa Geolgico simplificado da subprovncia Setentrional da ProvnciaBorborema, com nfase no plutonismo brasiliano e nas zonas de cisalhamento.
Fonte: Modificado de Jardim de S (1994).
Localizada no extremo NW da Provncia Borborema e a SW do Crton
de So Lus, a FNC apresenta-se intensamente deformada por zonas de
cisalhamento transcorrentes de trend NE e idade brasiliana, que dificultam a
reconstituio da estratigrafia original, colocando a maioria das unidades em contatos
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rea de Interesse
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alctones entre si. As subdivises de seu arcabouo tomam como delimitao essas
zonas (Abreu et ai.1988). Do lado ocidental, a FNC limitada pela Bacia do Pamaba
e, a leste, separada do DCC pela zona de cisalhamento de Sobral-Pedro II
(ZCSPII), um importante trecho exposto de uma megazona milontica que se estende
para NE na frica Ocidental (l denominada de "falha de Kandi") e para SW at a
regio central do Brasil (o "Megalineamento Transbrasiliano") .
O Transbrasiliano foi particularmente ativo no decorrer do Ciclo
Brasiliano quando funcionou como zona de transcorrncia dctil destra. A
movimentao final dos blocos gerados pelas transcorrncias dcteis controla em
parte o magmatismo anorognico (corpos anelares e diques), que se localiza
preferencialmente na vizinhana dos lineamentos reativados ou associado s falhascontemporneas, e controla a abertura de bacias trans-tensionais. Esta fase final do
Ciclo Brasiliano comea em torno de 550 Ma e termina no Cambro/Ordoviciano,
podendo mesmo ir at o Devoniano no caso do Lineamento Transbrasiliano.
As reas de pesquisa localizam-se no limite dos Domnios Noroeste
Cear e Cear Central, a Oeste da ZCSPII (Figura 1.6).
O quadro 1.1 exibe a coluna estratigrfica proposta por Cavalcante
(2003) para a FNC, sendo constitudo por embasamento cristalino Paleoproterozico
(Complexo Granja), seqncias supracrustais Neoproterozicas (Grupos Martinpole e
Ubajara), intruses sin-brasiliano (Granito Chaval e Tucunduba), intruses ps-
brasiliano (Granito Mucambo e Meruoca), sedimentos de rift Cambro-Ordoviciano
(Grupo Jaibaras), sedimentos Siluro-Devoniano (Grupo Serra Grande), diques bsicos
Mesozicos e coberturas sedimentares inconsolidadas do Quaternrio.
Figura 1.6 Mapa Geolgico da FNC e posio do bloco de reas (retngulo).
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Fonte:
Modificado de Cavalcante (2003).
O Complexo Granja constitudo litologicamente por ortognaisses TTG
(tonalito-trondhjemito-granodiorito) (Santos et aI. 1998), granulitos de origem orto e
paraderivada, alm de migmatitos bandados e estromticos.
O Grupo Martinpole composto, da base ao topo, por: 1. Formao
Goiabeira, estaurolita-xistos, granada-biotita xistos, cianita xistos e muscovita xisto
com estaurolita de ambiente marinho; 2. Formao So Joaquim, quartzitos,
calciossilicticas e metavulcnicas de ambiente marinho raso; 3. Formao Covo,
composto por muscovita-quartzo-sericita xisto de ambiente marinho raso; 4. Formao
Santa Terezinha, formada por diamictitos, clorita-sericita filitos, quartzo filitos, filitos
ardoseanos, margas, dolomitos, intercalaes de quartzitos e metariolitos de ambiente
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marinho e glacial/marinho.
Quadro 1.1 Coluna Estratigrfica do Domnio Mdio Corea.
Fonte: Modificado de Cavalcante (2003).
O Grupo Ubajara compe metasedimentos das formaes: 1. Formao
Trapi, quartzitos conglomerticos e metarenitos finos a mdio de ambiente
litorneo/flvio-marinho; 2. Formao Caiaras, ardsias, metasiltitos e intercalaes
de metarenitos, ambiente deposicional marinho raso; 3. Formao Frecheirinha,
metacalcrios impuros, metasiltitos e quartizitos de ambiente de plataforma marinha; 4.Formao Corea, subarcseos, arcseos e grauvacas de ambiente fluvial; 5.
Termometamorfitos, hornfels devido a intruso do granito Mucambo.
Quanto s sutes intrusivas, o Granito Chaval possui uma variao
composicional granodiortica, quartzo-monzontica e quartzo-sientica, j o Granito
Tucunduba tem composio grantica a granodiodtica. A composio dos Granitos
Mucambo e Meruoca varia de monzonito, granodiorito a sienito.
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O Grupo Jaibaras composto, da base para o topo, por quatro
formaes: 1. Formao Massap, ortoconglomerados brechides, de matriz areno-
arcoseana, com seixos de gnaisses, granitides e quartzitos, de ambiente fluvial; 2.
Formao Pacuj, arenitos lticos e arcoseanos, folhelhos e siltitos vermelhos, leitos
conclomerticos de sistema fluvial; 3. Formao Parapu, basaltos, gabros, diabsios,
dacitos e piroclastos; 4. Formao Aprazvel, ortoconglomerados com matriz
arcoseana de ambiente fluvial.
Os sedimentos do Grupo Serra Grande correspondem a conglomerados e
arenitos, com intercalaes de siltito e folhelho depositados em ambiente fluvial e
marinho raso.
Com base em dados geolgicos, geoqumicos e geocronolgicos (U/Pb
em zirco e Sm/Nd em rocha total), Santos (1999) prope um modelo de evoluo
tectnica para a FNC (Figura 1.7), no qual o embasamento cristalino (Complexo
Granja), com idade U/Pb e Sm/Nd em torno de 2,27 2,35 Ga, apresenta evoluo
deformacional policclica (Transamaznico e Brasiliano) e polifsica, submetido a uma
tectnica tangencial D1 de baixo ngulo, com cavalgamento para NW. No
Neoproterozico iniciou um rifteamento com deposio dos litotipos dos gruposMartinpole e Ubajara em torno de 775 Ma (idade obtida do metariolito intercalado no
Grupo Martinpole). A orognese brasiliana iniciou por volta de 650 Ma, com uma
tectnica de cavalgamento D2 para NW, afetando o embasamento e os grupos
Martinpole e Ubajara. A compresso de direo NW-SE evoluiu de cavalgamento
(D2) para transcorrncia D3 de direo NE-SW (zonas de cisalhamento dextral). O
granito Mucambo, por ser ps-tectnico, marca o limite mnimo para o final da
orognese brasiliana do Domnio Mdio Corea (idade U/Pb de 532 Ma). Os
sedimentos do Grupo Jaibaras foram depositados no faneozico durante fases
tracionais, seguidas de afinamento crustal (rifte) que afetou o oeste Gondwana.
Figura 1.7 Modelo de evoluo geolgica da FNC. 1 Embasamento, 2 Granulitosde Granja, 3 Vulcnica de Saquinho, 4 Fm. Goiabeira, 5 Fm. So Joaquim, 6 Fm. Covo, 7 Fm. Santa Terezinha, 8 Grupo Ubajara, 9 Granito Chaval, 10
Granito Tucunduba, 11 Granito Mucambo, 12 Falhas de Cavalgamento, 13 Falhas Transcorrentes.
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Fonte: Santos (1999).
GRUPO JAIBARAS (Oj)
O Grupo Jaibaras representa uma seqncia de sedimentos molssicos
relacionados ao Ciclo Brasiliano, depositados sobre um embasamento previamente
moldado por estruturas transcorrentes e tangenciais. Compreende sedimentos
continentais e vulcnicas toleticas e alcalinas, localizados em um graben maior e
paralelo Zona de Cisalhamento Sobral-Pedro lI, que exerceu forte controle no
processo de deposio. Tais sedimentos so claramente posteriores aos milonitos
transcorrentes do citado cisalhamento (Jardim de S 1994). Subordinadamente, estes
sedimentos ocorrem tambm em graben situado mais a NW, entre os municpios de
Granja e Martinpole.
So sedimentos unicamente detriticos de deposio frequentemente no
marinha, cujo carter imaturo se relete na abundneia de Arcsios, Grauvacas e espessos
Conglomerados contendo seixos de granitos, gnaisses e outras rochas feldspticas doembasamento.
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Figura 1.6 Mapa geolgico base e reas de pesquisa.
Formao Aprazvel ( Oja)
A unidade foi observada nas pores NE a SE dos blocos de reas,
constituda essencialmente por rocha de aspecto conglomertico brechode de
colorao cinza esverdeada, textura clstica e granulometria grossa a muito grossa.
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Os seixos podem variar de 1,0 a 20,0 cm, apresentando nveis mais
grosseiros bem definidos com espessuras mdias de 0,50 m e intercalaes de at 1,5
m, com gradao normal, indicando a reduo da energia deposicional.
Em alguns afloramentos, pode-se observar deposio catica dos seixos,
ou seja, no se observa um imbricamento. Ocorrem ainda; seixos de forma angulosa e
sub-angulosa, compostos por material siliciclsticos de granulao fina e colorao
escura, com textura que ressaltam milimtricos cristais de granada, imersos em matriz
cinza esbranquiada quartzosa; e seixos de material similar em composio e textura
ao material que compe a matriz, sendo estes ressaltados na rocha pela presena
de aurola de cor clara, mas de composio e textura similar.
Por vezes, observam-se pequenas cavidades vesiculares preenchidas
por carbonatos dolomticos, fibroradiados, de crescimento perpendicular as paredes da
cavidade, estando o material normalmente inserido em matriz de colorao cinza
esverdeada de granulao fina.
Formao Parapu ( Ojpa)
Representada por corpos alongados e arrasados pela ao do
intemperismo fsico, possui direo N80oE, constituda por rochas vulcnicas e
subvulcnicas que ocorrem em derrames de diques, intrudida nos sedimentos da
Formao Pacuj, geograficamente restrita a Bacia Jaibaras e limitadas pelos
lineamentos Sobral-Pedro II e Caf-Ipueiras.
A rocha basaltica ocorre sejam como diques ou como enclaves
microgranulares inseridos nos demais litotipos da rea estudada na poro Leste do
bloco de reas. Os diques basalticos possuem pequena espessura, no superando
10,0 m. Ocorrerem na forma de pequenos blocos acebolados em pequenas
aglomeraes. Estas rochas se mostram afaniticas, macias de cor cinza-claro, com
matriz composta essencialmente por ripas de plagioclsios dispostos de maneira sub-
oftica, sendo os espaos intersticiais ocupados por clorita resultantes da
decomposio de clinopiroxnios que ocorrem em cristais reliquiares, epidoto eminerais xidos de ferro (Almeida, 1999).OLIMPIA MINERAO E EMPREENDIMENTOS LTDARELATRIO PRELIMINAR DE PROSPECO E PESQUISAAPRAZVEL SOBRAL/CE
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Os diques de riodacito ocorrem na poro nordeste da rea, com direo
E-W, apresentando-se na forma alongada e em pequenos blocos, compostos por
fenocristais de feldspatos, apresentando partculas de argilo-minerais, calcita e mica
branca decorrentes da sua alterao. A matriz apresenta uma cor cinza clara com
pequenos minerais clorita.
Formao Pacuj ( Ojp )
A unidade ocorre em pequenos afloramentos em reas com relevo plano
a ondulado e ao longo de pequenos riachos que recortam a poro Leste do bloco dereas. A rocha arentica apresenta estrutura macia de cor vermelho arroxeada,
textura arcoseana e matriz fina a mdia, trend N400E com mergulhos da ordem de
20/30o SE, influenciadas pelas Falhas Sobral-Pedro II e Caf-Ipueiras, e fraturas
ortogonais na direo NE - SW
Petrograficamente representa uma associao de arenitos lticos e
arcoseanos. Trata-se de sedimentos imaturos constituindo uma tpica seqnciamolassica continental. Microscopicamente, estas rochas apresentam textura clstica
granular, composta por minerais de feldspatos caulinizados, biotita e muscovita,
quartzo, clorita, sericita e epidoto. Os gros so geralmente angulosos
Formao Massap ( Ojm)
A rocha apresenta colorao vermelho-amarronzada, exibindo uma
granulometria grossa a muito grossa, variando de 0,1 a 3,5 cm, estrutura macia,
sendo possvel observar duas escalas granulomtricas, uma constituindo a matriz e
outra o arcabouo. A mineralogia identificada composta de quartzo, feldspatos e
opacos, sendo os fragmentos de rocha identificados angulosos, e representados por
basaltos e quartzitos. A mineralogia da matriz no pode ser identificada por conta da
dimenso dos minerais ser menores que 1,0 mm. Foram identificadas poucas fraturas,sendo que, quando ocorrem est preenchida por minerais de epidoto.OLIMPIA MINERAO E EMPREENDIMENTOS LTDARELATRIO PRELIMINAR DE PROSPECO E PESQUISAAPRAZVEL SOBRAL/CE
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Observou-se clastos, principalmente basalto e quartzito, angulosos com
baixa a moderada esfericidade e dimenses de at 3,0 cm. Os basaltos preservam
resqucios de uma textura ofdica, com o arranjo radial de plagioclsios, colorao
acinzentada com presena de opacos. O processo de alterao avanado, porm,
sua forma preservada. Os quartzitos so clastos de quartzo puro e feldspatos, com
dimenses de at 1,5 cm.
SUTE GRANITIDE MERUOCA (Y4M)
Granito Mocambo
A unidade basal abrange a parte sudoeste do bloco de reas, alinhada a
Falha Caf-Ipueiras, no sentido SW-NE. Em mbito geral so diferenciados por rochas
de granulao grosseira at porfirtico, com a presena caracterstica de muitos
autlitos (quatzo-diorticos e gabrides) e xenlitos de rochas encaixantes (Grupo
Ubajara), alm de exibir bem marcada aurola de metamorfismo de contato.
Normalmente ocorrem em afloramentos de relevo alto como as
exposies do Serrote Boqueiro, Serrote do Stio, Serrote Arapu e do Serrote
Comprido, e em afloramento de relevo baixo, na localidade Lajeiro.
Nos granitides, composicionalmente predominam granitos, com biotita e
hornblenda, e com composies de granodioritos e quartzo sienitos subordinadas.
O granito de Mucambo geralmente de granulao grosseira at porfirtico, com a
presena caracterstica de muitos autlitos (quatzo-diorticos e gabrides) e xenlitos
de rochas encaixantes (Grupo Ubajara), alm de exibir bem marcada aurola de
metamorfismo de contato. Composicionalmente, predominam granitos, com biotita e
hornblenda, e com composies de granodioritos e quartzo sienitos subordinadas.
GRUPO UBAJARA (NPu)
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O Grupo Ubajara compreende uma unidade mais jovem em relao s
lIDdades supracitadas. Apresenta grau metamrfico xisto verde baixo a mdio e
deformao de baixo strain com boa preservao de estruturas primrias. Engloba,
como protlitos, rochas siliciclsticas e carbonticas, com c1astos imaturos no topo.
Alguns autores interpretam essa unidade como mna molassa precoce (Caby et alo
1991), enquanto outros (Hackspacher et ai. 1988, por exemplo) descreveram um
padro deformacional mais complexo, com sedimentao desde pr a sin-orognica,
em relao ao Ciclo Brasiliano.
Os corpos granticos que intrudem esse grupo (Mocambo e Meruoca) so
considerados ps-tectnicos e fornecem a idade mnima para a deposio do mesmo:
cerca de 532 Ma (Santos et aI. 1998).
Termometamorfitos Mucambo (NPutm)
A unidade litolgica derivada de litotipos das formaes Corea, Trapi
e Frecheirinha, resultante do metamorfismo de contato que ocorreu nas encaixantes
dos corpos intrusivos do Granito Mucambo (evento trmico cambriano/ps-orognico),
apresentando variao lateral em funo das rochas pretritas. O metamorfismo de
contato ocorre em zonas (aurolas de contato) de rochas progressivamente maistransformadas na partes proximais que circundam a intruso.
A formao ocupa aproximadamente 10% do total das reas mapeadas, e
ocorre subordinada entre afloramentos do granito Mocambo. composta por rochas
derivada das formaes Trapi e Frecheirinha resultante do metamorfismo de contato
que ocorreu nas encaixantes dos corpos intrusivos do granito Mucambo.
As rochas provenientes da formao Trapi so macias, de granulao
fina com densidade relativamente elevada, em funo do acrscimo de FeO na
composio.
Geologicamente ocorrem rochas metassedimentares do Grupo Ubajara e
termometamorfitos derivados da intruso do corpo grantico Mucambo nestas rochas. Como
unidades representantes do Grupo Ubajara foram identificados arenitos das Formaes
Trapi e Corea, ardsias da Formao Caiaras e metacalcrios da Formao Frecheirinha.
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As demais rochas compreendem termometamorfitos representados por arenitos silicificados e
rochas calciossilicticas.
As estruturas e a composio litolgica/mineralgica dos metassedimentos do Grupo
Ubajara sugerem um ambiente de plataforma marinha rasa, transicionando para plancie demar, em uma seqncia tipicamente transgressiva.
A idade mnima destas rochas balizada pelo Granito Mucambo, intrusivo nos
sedimentos do Grupo Ubajara por volta de 540 M.a.
Formao Corea.
A rocha apresenta uma colorao cinza-esverdeada, exibindo uma
granulometria grossa a muito grossa, variando de 0,1 a 5 cm, possui estrutura macia,
sendo possvel observar-se duas escalas granulomtricas, uma constituindo a matriz e
outra o arcabouo. A mineralogia identificada composta de quartzo, feldspatos e
opacos, sendo os fragmentos de rocha angulosos a subangulos, representados por
materiais diversificados. A mineralogia da matriz no pode ser identificada por conta
da dimenso dos minerais serem menores que 1 mm. A rocha apresenta poucas
fraturas, sendo que quando ocorre esta preenchida por minerais de epidoto.
Apresenta clastos angulosos com baixa a moderada esfericidade, e
dimenses de at 3,0 cm onde foram identificados, principalmente, basalto e quartzito,
onde os basaltos preservam resqucios de uma textura ofdica, com o arranjo radial de
plagioclsios, colorao acinzentada com presena de opacos. O processo de
alterao avanado, porm, sua forma preservada. Os quartzitos so clastos de
quartzo puro e feldspatos, com dimenses de at 1,5 cm.
Macroscopicamente, a rocha apresenta uma colorao cinza-esverdeada
a rosada, com granulometria de grossa a muito grossa. Sua mineralogia
basicamente composta por feldspatos, quartzo e minerais do grupo do epidoto
Esta litologia esta presente na forma de pequenos lajedos e em blocos
de rocha com volumes variveis. A rocha possui textura clstica, apresentando
mineralogia composta de quartzo, feldspatos e epidoto, com dimetro de at 2,0 cm.
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Os cristais de quartzo so arredondados a subarredondados, enquanto que, os cristais
de feldspatos possuem formas angulosas subangulosas com dimenses entre 0,6 a
2cm e com maclas levemente preservadas. Ocorrem pequenos veios com espessura
de 1,0 mm preenchido por minerais de epidoto.
Formao Trapi
Esta Formao composta por (I) arenitos grossos a finos de cores
claras e, (II) cornubianitos desenvolvidos preferencialmente ao longo do contato com o
Granito Mucambo.
Na borda do corpo grantico Mucambo, visualizou-se xenlitos de arenito
com modo de jazimento Batlito e mineralogia quartzo, KF, plagioclsio e biotita desta
formao. Devido a intruso toda a regio apresenta uma aurola de metamorfismo
originando hornfels. As exposies so restritas a pequenos afloramentos de
topografia rasa. No apresentando foliao marcante, porm todos os corpos
aflorantes encontrando-se falhados.
Formao Frecheirinha
A Formao Frecheirinha ocorre em forma lentes de relevo baixo,
ocupando faixas a norte e leste do bloco de reas. Composta litologicamente por
calcrios preto e azulados, com alguns horizontes margosos intercalados, localizados
na poro central do bloco de reas, distribuem-se em faixas isoladas e irregulares na
regio. Seus contatos so, de modo geral, transicionais e interdigitados.
Litologicamente so representadas por calcrios de colorao preta,
cinza a cinza-esbranquiado. As rochas desta Formao, na rea em estudo,
apresentam granulao fina, so bem litificadas e acham-se intensamente recortadas
por veios de calcita, recristaliza ou neoformada, e slica.
Os calcrios epimetamrficos da Formao Frecheirinha (Grupo Ubajara, noroeste do Estadodo Cear) so geralmente acinzentados, escuros ou pretos, de granulao fina, podendo ser
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mais ou menos silicosos. Possuem vnulas de calcita, limonita e slica. Por vezes, o calcrio
exibe intercalaes de metamargas cinza-escuras calcferas.
1.2.3 - Geologia Local
O mapeamento de detalhe nos alvos definidos foi desenvolvido atravs
de perfis sistemticos ao longo; de picadas lineares com orientao N/S e coleta de
dados a espaos prefixados (25,0 m) de modo a formar um reticulado denso (malha); e
de topossequncias, correlacionando as unidades com as superfcies geomrficas em
que ocorrem, sendo realizado a identificao das diferentes unidades fsicas da rea,
como componentes bsicos integrados do ambiente geolgico, hidrogeomorfolgico,
pedolgico e bitico, por meio de tcnicas de campo obedecendo s orientaesmetodolgicas dos temas,
A prospeco em sub-superfcie foi desenvolvida atravs de trincheiras,
poos e sondagens testemunhadas (rotativa e diamantada) locados em funo das
informaes obtidas no mapeamento.
As ocorrncias geologicamente localizam-se na parte interna da aurola
de termometamorfitos do granito Mucambo, na zona de contato das formaes
Frecheirinha, Corea e Trapi, sendo comum calcrios e arenitos silicificados e
rescritalizados, calco-hornfels e biotita-cordierita hornfels, alm das fcies de borda do
stock grantico. Morfologicamente estas litologias correspondem a hog-backs
alinhados, paralelos a borda do granito.
Os estudos desenvolvidos permitiram relacionar as ocorrncias de
minrio de ferro nas reas a seis litotipos, apresentando mineralizaes com gneses
e formas diferenciadas:
(I) Minrio singentico em lentes mtricas a centimtrica concordantes e
intercaladas aos metacalcrios na Formao Frecheirinha, ocorre tambm de modo
epigentico por remobilizao para fraturas centrimtricas formando veios
discordantes, com maior proporo magnetita/hematita;
(II) Minrio epigentico na forma de files com estrutura macia, extensomtrica e espessura centimtrica, preenchendo fraturas de direo NE na poro
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perifrica do Granito Mucambo, formando conjuntos de veios com espaamento
centimtrico e largura mtrica, apresentam relao predominantes
magnetita/especularita/hematita;
(III) Minrio epigentico interdigitado nos arenitos/cornubianitos da Formao
Trapi, restrito a aurola de metamorfismo de contato com espessura mdia de 1,5 km
e maior relao hematita/especularita;
(IV) Minrio epigentico macio preenchendo vnulos e veios na Formao
Aprazvel, com distribuio aleatria, dimenses centimtricas e maior relao
magnetita/especularita/hematita;
(V) Minrio epigentico disseminado e como files e veios preenchendo fraturas
e vazios em ardsias, provavelmente associadas alterao dos calcrios da
Formao Frecheirinha, apresentando distribuio e dimenses variveis, com maiorrelao hematita/especularita/magnetita;
(VI) Minrio coluvionar com distribuio acompanhando o paleorelevo em
elevaes e vertentes, em camadas de espessuras mtricas formado por blocos
macios centimtricos a mtricos imersos em matriz areno-argilosa, possui relao
predominante hematita/especularita/magnetita.
O minrio do tipo rolado de natureza colvio-aluvial distribudo em cinco
ocorrncias com rea total de 132,63 ha na forma de camadas em colinas de baixaamplitude topogrfica, possui espessura mnima de 0,8 m e mxima de 8,6 m; com
relao percentual blocos/matriz mdia de 40/60. Os teores obtidos em amostras
analisadas apresentaram teores entre 54,99% a 67,68% de ferro (Anexo). No
mapeamento foram identificados trs tipos diferentes de minrios de ferro:
- minrio especulartico, caracterizado pela ocorrncia de hematita especular
formando estrutura em trelia e teores de ferro entre 55 a 65% (Fotos 01 e
02);
- minrio hemattico macio, apresentando pela textura macia, alta densidade,
cor do trao vermelho sangue, brilho metlico. Hematita de hbito especular ou
placide pode ocorrer localmente, ao longo de fraturas ou venulaes neste tipo
de minrio. Os teores de ferro variam entre 66 e 67% (Fotos 03 e 04);
- Minrio magnettico: caracterizado pela textura granular macia, alta
densidade, cor do trao preto e propriedades magnticas, com teores de ferro
variando de 65 e 67% (Foto 05).
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As ardsias mineralizadas (Fotos 06 e 07) posicionadas abaixo dos
pacotes coluvionares, apresentam cor predominante vermelho-amarronzada com
pores localizadas ocres, amareladas, esverdeadas, negras e ligeiramente
esbranquiadas, sobretudo ao longo dos planos de fratura. Possui estrutura macia,
exibindo, porm clivagem ardosiana penetrativa. Representa uma rocha de baixo grau
metamrfico derivada do metamorfismo de sedimentos argilosos de granulao muito
fina, com nveis ricos em ferro de pequena espessura concordantes e discordantes
com a estrutura da encaixante que prossegue em profundidade, sendo identificada
predominncia de hematita e especularita. Os teores de ferro obtidos em duas
amostras foram de 24% e 33%. A origem das mineralizaes no pode ser bem
definida na atual fase de pesquisa, sendo possivelmente relacionadas remobilizao
e reconcentrao do ferro existente nas ardsias ou nos calcrios.
O minrio associado aos arenitos/cornubianitos da Formao Trapi,
predominantemente hemattico silicoso, apresenta textura arenosa e hornfels, cor
preta, presena de gros de quartzo com colorao branca a marron e teores de ferro
entre 20 a 38%. Este minrio ocorre, localizadamente, na proximidade dos contatos
com os calcrios e granitos (Fotos 08 e 09). As anlises realizadas em nove amostras
apresentaram teores variando entre 20,20 a 37,91% de ferro (Anexo).
Nos calcrios da Formao Frecheirinha atravs de sondagens foi
identificado um pacote de formao ferrfera (Fotos 10 e 11), com espessura limite de
20,0 metros. Observa-se o minrio, predominantemente magnetita, disposto de forma
concordante ao calcrio, apresentando caimento de baixo ngulo, e preenchendo
fraturas associado calcita recristalizada. Os testemunhos obtidos por sondagem
diamantada no foram devidamente caracterizados. As anlises das amostras obtidas
nas sondagens rotativas apresentaram teores de ferro variveis (Anexo), funo da
forma de amostragem e tcnica de sondagem, com destaque para o intervalo entre
18,0 e 20,0 m do FR-04 com 61,60%.
Os minrios relacionados s unidades das Formaes Aprazvel e
Mucambo no foram mapeados e/ou caracterizados.
Os estudos preliminares realizados sugerem uma gnese vinculada asubstituio nos arenitos e calcrios, por efeito do metamorfismo trmico, relacionadaOLIMPIA MINERAO E EMPREENDIMENTOS LTDARELATRIO PRELIMINAR DE PROSPECO E PESQUISAAPRAZVEL SOBRAL/CE
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zona de contato com o granito Mucambo (cornubianitos e escarnitos), com
preenchimento de fraturas por material ferrfero posteriores as intruses granticas.
A anlise do material coluvionar sugere que o protominrio foi
desagregado de sua fonte, transportado e depositado nas encostas e pores mais
baixas do relevo. O material continua submetido a processo de alterao, resultando
na disseminao de xido de ferro na matriz, caracterizada por sua colorao
vermelha.
Quanto ao protominrio, sua gnese deve estar relacionada deposio
sedimentar na Formao Frecheirinha e aos fluidos hidrotermais provenientes da
intruso do Granito Mucambo nos metasedimentos do Grupo Ubajara. Ohidrotermalismo teria sido o responsvel pela remobilizao e concentrao de ferro
existente no sistema.
Observaes em amostras atravs de lupa de mo permitiram detectar
indcios de mineralizaes de cobre, na forma de pequenos boxworks de calcopirita,
em pores localizadas de brechas e veios presentes nos ortoconglomerados e
conglomerados brechides das Formaes Aprazvel e Massap, respectivamente.
As evidencias encontradas em campo corroboram com estudos
realizados na regio por Parente, et al (2007), os quais definem que a Bacia de
Jaibaras, caracterizada por duas seqncias clsticas imaturas de ambiente
continental preservadas em estrutura tectnica similar a rifte, compostas por
conglomerados, arenitos e folhelhos com passagens gradacionais entre si, associados
com vulcanismo bimodal e recortadas por importante plutonismo grantico
anorognico, possui importantes ocorrncias de ferro hidrotermal associadas ou no a
ocorrncias de cobre e ouro, que so controladas por zonas de cisalhamento dctil-
frgil, que somadas ao conjunto de tipologias definidas na rea em estudo,
compartilham caractersticas com depsitos do tipo IOCG (xido de Fe-Cu-Au), que
apresentam em geral as caractersticas:
- localizao preferencial junto s estruturas tectnicas ao invs de estruturas
plutnicas;- abundncia de minerais de Fe, especialmente magnetita e/ou hematita, pobres
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em Ti, com menor quantidade de fosfatos (apatita, fosfatos de ETR), sulfetos de Cu-Fe
e escassos minerais de Au, U, Ag e Co;
- depsitos em veios e brechas;
- alteraes hidrotermais variando de alterao sdica e calciosdica em nveis
mais profundos, potssica, em nveis intermedirios, superimpostas por
metassomatismo Fe (magnetizao) e hidroltica (serictica/silicosa ou sistema
hematticoserictico), em nveis rasos, dependendo do grau de interao com fluidos
metericos e/ou conatos;
- na maioria dos distritos mineralizados, apresentam intruses granticas com
idade prxima a dos depsitos;
- composio do depsito varia com a profundidade.
Foto 01 - Blocos centimtricos a mtricos de minrio especulartico de alta densidadee brilho metlico.
Foto 02 - Minrio especulartico de alta densidade e brilho metlico, exibindo texturaem trelia ou reticulada.
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Foto 03 - Bloco de minrio hemattico macio.
Foto 04 - Fragmento de minrio hemattico macio.
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Foto 05 - Minrio magnettico de alta densidade constitudo de hematita compacta(Fe2O3) e grande concentrao de cristais de magnetita (Fe3O4) preenchendocavidades no minrio de ferro.
Foto 06 - Detalhe do ferro disseminado e venulando o minrio ardosiano.
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Foto 07 - Remobilizaes centimtricas e mtricas concordantes e discordantes nominrioardosiano
Foto 08 - Bloco de minrio hemattico silicoso.
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Foto 09 - Detalhe da textura arenosa a pulverulenta do minrio silicoso, manchasbrancas representam concentrao de quartzo em meio a matriz ferruginosa, preta acinza metlica.
Foto 10 - Testemunho de sondagem realizada nos calcrios da FormaoFrecheirinha.
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Foto 11 -Detalhe dostestemunhos desondagem.
1.4 Caracterizao de Mineralgica
As composies mineralgicas dos minrios coluvionar esto sendo
estudadas atravs de anlises petrogrficas de amostras selecionadas para confeco
de laminas e sees polidas no laboratrio de petrografia do Departamento de
Geocincias (DEGEO) da Universidade Federal do Cear (UFC), localizado no
Municpio de Fortaleza/CE.
As anlises dos teores de ferro das amostragens pontuais de minrio em
superfcie nas ocorrncias de material coluvionar e arentico (Tabelas 1.2 e 1.3), e de
calha nos pacotes de colvio/ardsias/calcrios prospectados por sondagem rotativa
(Anexo) foram realizadas no laboratrio de anlises qumicas da empresa MhagServios e Minerao S/A., localizado no Municpio de Jucurutu/RN.OLIMPIA MINERAO E EMPREENDIMENTOS LTDARELATRIO PRELIMINAR DE PROSPECO E PESQUISAAPRAZVEL SOBRAL/CE
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A caracterizao e anlises fsico-qumicas para determinao do
balano metalrgico foram concentradas nas ocorrncias coluvionares (Anexo), sendo
os ensaios realizados nos laboratrios das empresas NOMOS e SGS GEOSOL
OUTSOURCING, com sedes nos Municpios de Duque de Caxias/RJ e
Vespasiano/MG, respectivamente.
Nas trincheiras e poos foram coletadas 09 (nove) amostras na forma de
canal, que aps quarteadas em campo, produziram aproximadamente 200,0 kg de
material, o qual foi enviado para o Laboratrio Nomos, com sede em Duque de
Caxias/RJ, para realizao de Balano Metalrgico, sendo o resultado apresentado em
anexo.
A realizao de trabalhos em sub-superfcie, contemplaram a execuo
de 11 furos de sondagem sem inclinao, com profundidade mdia de 30,0 m,
totalizando 300,0 m, utilizando sonda rotopneumtica Prominas R 1 H, as quais foram
locadas (Tabela 1.2) em funo do mapeamento geolgico de superfcie. A
amostragem do material de calha, foi coletada a intervalos de 2,0 m, que aps
quarteamento, foram enviadas para o laboratrio da empresa Mhag Servios eMinerao S/A., utilizando mtodo analtico de via mida para determinao apenas
de teores de ferro (Anexo).
Algumas fotomicrografias dos diferentes tipos de minrios de ferro so
apresentadas, mostrando os minerais dominantes e texturas relacionadas (Fotos 12 a
14).
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Foto 12 - Estrutura macia/granular caracterstica do minrio magnettico.
Foto 13 Detalhe dos cristais de magnetita mostrando zoneamento interno.
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Foto 14 - Estrutura tranada ou em trelia caracterstica do minrio especulartico.
A realizao de trabalhos em sub-superfcie, contemplaram:
(I) Execuo de onze furos de sondagem rotativa sem inclinao, com
profundidade mdia de 26,55 m, totalizando 292,0 m, os quais foram locados em
funo do mapeamento de superfcie (Tabela 1.4). A amostragem do material de calha,
foi coletada a intervalos de 2,0 m, que aps quarteamento, foram enviadas para o
laboratrio da empresa Mhag Servios e Minerao S/A., utilizando mtodo analtico
de via mida para determinao apenas de teores de ferro (Anexo).
(II) Realizao de trs furos de sondagem diamantada, sendo dois verticais e
um com inclinao de 30 com a vertical e orientao N30E (FS-02), totalizando
216,37 m, locados em funo dos resultados obtidos na sondagem rotativa (Tabela
1.5). Os testemunhos no foram caracterizados ou analisados, sendo realizadaapenas descrio expedita.
Tabela 1.4 - Locao das sondagens rotativas realizadas.
FuroCoordenadas UTM/SAD 69
Cota do FuroProfundidade
(m)X Y
FS-OM-O1 321.707 9.578.465 146,00 30,00
FS-OM-O2 321.663 9.578.555 148,00 30,00
FS-OM-O3 321.887 9.578.553 149,00 20,00FS-OM-O4 321.843 9.578.642 148,00 26,00
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FS-OM-O5 322.066 9.578.640 144,00 20,00
FS-OM-O6 322.022 9.578.730 143,00 30,00
FS-OM-O7 320.318 9.578.287 149,00 20,00
FS-OM-O8 320.274 9.578.377 146,00 30,00
FS-OM-O9 321.770 9.580.459 147,00 50,00FS-OM-10 319.569 9.581.433 154,00 18,00
FS-OM-11 319.525 9.581.523 153,00 18,00
Tabela 1.5 - Locao das sondagens diamantadas realizadas.
FuroCoordenadas UTM/SAD 69 Cota da Boca
do FuroProfundidade
(m)X Y
FS-O1 321.843 9.578.642 130 68,00
FS-O2 321.843 9.578.642 130 78,27
FS-O3 321.898 9.578.665 136 70,10
O furo F-01 intersectou os seguintes intervalos:
De At Descrio0,00 m 3,50 m Colvio3,50 m 16,00 m Metacalcrio
16,00 m 30,20 m Formao ferrfera
30,20 m 38,20 m Formao ferrfera Zona brechada c/ sulfetao eepidotizao38,20 m 68,00 m Metacalcrio
O furo F-02 intersectou os seguintes intervalos:
De At Descrio0,00 m 6,40 m Colvio6,40 m 17,90 m Metacalcrio
17,90 m 33,70 m Formao ferrfera
33,70 m 39,70 m Formao ferrfera - Brecha tectonica39,70 m 50,40 m Formao ferrfera50,40 m 59,95 m Formao ferrfera - Brecha tectnica59,95 m 68,80 m Formao ferrfera68,80 m 69,10 m Formao ferrfera - Brecha tectnica69,10 m 78,27 m Metacalcrio
O furo F-03 intersectou os seguintes intervalos:
De At Descrio0,00 m 8,00 m Colvio
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8,00 m 23,00 m Formao ferrfera23,00 m 31,00 m Metacalcrio
31,00 m 35,80 mFormao ferrfera - Zona brechada c/ sulfetao,epidotizao e ferruginizao
35,80 m 70,10 m Metacalcrio
Pode-se constatar que conforme representado pela legenda de cor
vermelha (Figura 1.10), existe um pacote em forma de camada de formao ferrfera
com intensa magnetizao, espessura aparente de 15,0 a 20,0 m com caimento de
baixo ngulo para Sul.
Figura 1.10 Perfil de sondagem - Furos FS-01, FS-02 e FS-03.