The Voice of The Silence Autor: Helena Petrovna Blavatsky ... · 18 HELENA P. BLAVATSKY divisar o...

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[email protected] www.marcador.pt facebook.com/marcadoreditora instagram.com/marcador_editora © 2012 Direitos reservados para Marcador Editora, uma empresa Editorial Presença Estrada das Palmeiras, 59 Queluz de Baixo 2730-132 Barcarena Título original: The Voice of The Silence Autor: Helena Petrovna Blavatsky Tradução: Fernando Pessoa Revisão: Silvina de Sousa Paginação: Maria João Gomes Capa: Catarina Sequeira Gaeiras/Editorial Presença Imagens da capa: Shutterstock Impressão e acabamento: Multitipo – Artes Gráficas, Lda. Depósito legal n.º 346912/12 1.ª edição, Lisboa, agosto, 2012 Reimpressão, Lisboa, novembro, 2017

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© 2012Direitos reservados para Marcador Editora,uma empresa Editorial PresençaEstrada das Palmeiras, 59Queluz de Baixo2730-132 Barcarena

Título original: The Voice of The SilenceAutor: Helena Petrovna BlavatskyTradução: Fernando PessoaRevisão: Silvina de SousaPaginação: Maria João GomesCapa: Catarina Sequeira Gaeiras/Editorial PresençaImagens da capa: ShutterstockImpressão e acabamento: Multitipo – Artes Gráficas, Lda.

Depósito legal n.º 346912/12

1.ª edição, Lisboa, agosto, 2012Reimpressão, Lisboa, novembro, 2017

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FRAGMENTO I

A VOZ DO SILÊNCIO

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ESTAS INSTRuçõES são para aqueles que não conhecem os perigos dos Iddhi1 inferiores.

Aquele que quiser ouvir a voz de Nada2, o Som sem som, e compreendê-la, terá de aprender a natureza do Dharana3.

Tendo-se tornado indiferente aos objectos da percepção, deve o aluno procurar o Raja dos sentidos, o produtor de pensamentos, aquele que acorda a ilusão.

A Mente é a grande assassina do Real.

Que o discípulo mate o assassino.

Porque quando para si mesmo a sua pró-pria forma parece irreal, como o parecem, ao acordar, todas as formas que ele vê em sonhos; quando deixar de ouvir os muitos, poderá

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HELENA P. BLAVATSKY

divisar o Um – o som interior que mata o ex-terior.

Então, e só então, abandonará ele a região de Asat, o falso, para chegar ao reino de Sat, o verdadeiro.

Antes que a Alma possa ver, deve ser conse-guida a harmonia interior, e os olhos da carne tornados cegos a toda a ilusão.

Antes que a Alma possa ouvir, a imagem (o homem) tem de se tornar surda aos rugidos como aos segredos, aos gritos dos elefantes em fúria como ao sussurro prateado do pirilampo de ouro.

Antes que a Alma possa compreender e recordar, ela deve primeiro unir-se ao Falador Silencioso, como a forma que é dada ao barro se uniu primeiro ao espírito do escultor.

Porque então a Alma ouvirá e poderá re-cordar-se.

E então ao ouvido interior falará

A VOZ DO SILÊNCIO,

e dirá:

Se a tua Alma sorri ao banhar-se ao sol da tua vida; se a tua Alma canta dentro da sua cri-sálida de carne e de matéria; se a tua Alma cho-ra dentro do seu castelo de ilusão; se a tua Alma se esforça por quebrar o fio de prata que a liga

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ao Mestre4; sabe, ó discípulo, que a tua Alma é da terra.

Quando ao tumulto do mundo a tua Alma5 que desabrocha dá ouvidos; quando à voz cla-morosa da grande ilusão6 a tua Alma responde; quando se assusta ao ver as lágrimas quentes da dor, quando a ensurdecem os gemidos da angús-tia, quando a Alma se retira, como a tartaruga tímida, para dentro da concha da personalida-de, sabe, ó discípulo, que do seu Deus silencioso a tua Alma é um sacrário indigno.

Quando, já mais forte, a tua Alma vai saindo do seu retiro seguro; quando, deixando o sacrário protector, estende o seu fio de prata e avança; quando, ao contemplar a sua imagem nas ondas do espaço, ela murmura: «Isto sou eu» – declara, ó discípulo, que a tua Alma está presa nas teias da ilusão7.

Esta terra, discípulo, é a sala da tristeza, onde existem, pelo caminho das duras prova-ções, armadilhas para prender o teu Eu na ilu-são chamada «a grande heresia»8.

Esta terra, ó discípulo ignaro, não é senão a triste entrada para aquele crepúsculo que pre-cede o vale da verdadeira luz – essa luz que ne-nhum vento pode apagar e que arde sem óleo nem pavio.

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