NÚMERO i a Q u in ta -fe ira * II de Ju lh o de Í918 ANO III .Ir i · 2020-02-11 · NÚMERO i...

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NÚMERO i 3a .Ir i Quinta-feira* II de Julho de Í918 ANO III R A Z A O ©rçáo do Part)#« Ite^ollicano Poríwgilês D1RET0R POLÍTICO— Manuel Tavares Pa.,lada .Secretario da Redáoão— José Joaquim Gregorio JJão serão restituídos os autógrafos embora;não publicados iSSINATURAS—(Pagamento adiantado) Ano, ÍjS; semestre, $50. para fóra:. Ano, 1*320; semestre, £60; avulso, 302. PDBL1GAÇÕES— A n ú n c i o s , jjlOis a lin h a ; p e r m a n e n t e s , c o n t r a i o especial. Comunicados, ^08 a linha. PUBLICAÇÃO SEMANAL Propriedade do CENTRO"RiPlíBWGA-NO DEMOCRÁTICO ADMINISTRADOR- —‘Joaquim Maria Gregorio. Editor—Joaquim Maria Gtegorio Enderegò telegráfico— R flasã^— ÃMegalegai A corres^ondencia de%»e ser dirigida a-o■ dirétor- Redáção e Administração—A. A. José d’Almeida—Aldegalega- ALDEGALEGA il Composição e -impressão, rua- Almirante Cândido dos Reis, 126, 2 .°—Aldegalega : -s 4 .V i ' <}(Da «Republica-»):- A actual situação^ torva- e-ab- surda, arrastou-se até hoje mer-. cê de dois esteios, a que se!tem- vindo animando como a umas muletas q.ue o. acaso deixou-lhe- á róo« O odio ferino e cobarde , dos monárquicos e o suborno, exercido com o mais cínico- des* plante permitiram que ela tives- se ura semblante de vida, q.ue só quem; observa superneiai- mente as coisas, podia enganar.. E se alguns republicanos ho-. nesto& foram iludidos ao princi- pio com as. promessas.apregoa- das e logo esquecidas- da aven - tura que o acaso triunfou, já hoje não póde.m- restar duvidas, dc qae ao-lado do actual;g^ovèr-. no só. duas. forças-ainda. conse- guem manter os últimos.aben- cerragens dum' triste., despolis? mo:— o ódio e o interesse:mes- quinho. Na. q.uéda do- govêrno da 111 -. ?iiâo:. Sagrada-, vira m .os', monár- quicos-a poss2bifidade.-da vitória da sua causa; e aplaudindo.calo? rosamente- os vcncedor.cs.desco-r nhecidos do 8-de dçzenbro sabi- ara aplaudir o caminhar do pró- prio triunfo. Quando no norte do país- estrugiram as. suas. me- lhores. palmas, e espargiram as‘ suas. mais perfumadas flores, os. monárquicos •saudavam., no . sr. Sidónio Pais. o precursor da. sua «revartche ». E emquanto e- la não chegava, completa, abso- luta,. pagavam-se á vista com hs perseguições, feitas, aos- republi- canos. e com as- benesses, distri- buídas a mãos ambas pelos.ini- migos da Republica. Por outro lado os compromis- sos germanófilos 1 da .grande maioria dos monárquicos encon- travam satisfação no govêrno do sr. Sidónio Pais que estra- gou todos os noésOs sacrifícios, lançou a pura perda todo o nos- so esforço militar, deixando ago- nisar lenta e ingloriamente no «front» ocidental da guerra os restos do nosso exército,, sem que até hoje o tivessse reforça- do com uma só unidade, qqer para substituir as que o «boche» destroçou pela fôrça moníitruo- 1 sa do.numero, quer para reunir aquêles. soldados que devem a estas horas pensar que a Alema- nha, não declarou a-guerra a Portugal mas.sim a êles; Todas, estas vantagens mate-, riais e morais, bastariam, aos. monárquicos,, se a.sua desmedi- da ambição-e o seu-ódio cobar- de, que só , sabe manifestar-se. a coberto, não os levassem ;a em- purrar c,ada: vez mais. aquêles que. a 1 vai da de, a4 alt a /de intelí- gencia e de dignidade colocou na ,deprimente situação, de. pas- rivos instrumentos.' Foi êsse ó- diô.que feriu uni .a iim'aquêles todos que ■ enfermando de mui- tas culpas, para os .republicanos eram uma espécie de penhor da, situação e que hoje sofrem, o castigo dé Se’terem associado á mais nefasta obra.contra, a.Re- publica que--incarna d.efiniti.va- .mente a grande, a gloriosa Pátria Portuguesa, Foi. êsse ■odio-que nos colocou .perante os .estran- ■geir.os.acurya^os e :humilhados, 'quando pelos nossos serviços á. ■causa dos . aliados tinhamos ;o :direito de con-tin-uarmos de a.r- !rr\as na. mão combatendo lado Ia,lado,, na igualdade do perigo para que na.hprai da. vitória— que vem próxima—como ir- mãos.de armas, colhêssemos..os. mesmos,louros e os nossos, sol- dados morenos passalsem alti-^- vaniénte sob a .gloriosa bandei- ra da.s.quinas, enquadradas.no exércitp imenso,da Çiyilisação e d.a Justiça. Mas^ao.ódio monárquico nem essa vitória convém quanto mais a comparticipação da Republica nela, E por isso o esforço militar português-, acabou, assassinado por êsse óclio.e pela cobardia de muitoá, que acham muit-o mais cpmodo aguentarem-se nas di- versas. situações civis, que lhes ofereceram de que- afrontarem os perigos e a glória... todo» os. partidos, que. se ag.ru- . : páram em volta do sr. Sidonio, Pais na hpra. bòa que..vai .pres- : tes a passar. ' ■: - Ao rebotalho dós , partidos^: Homens que se haviam íiliadô piara subirem ou para comerem., pareceu-lhes que a ocasião era bòa para treparem um degrau ou para comerem melhor. Qua- $i todos ilustras, desconhecidos exploraram o. triste. renome d.a sua traição, fizeram do sambe- njtogala. E -o govêrno abraçou- os c.pmp, a heroiços irmãos que h.aviam..sofrido, o jugo dos par- tidos... e que,se liberta vara, para, ir cerrar fileiras por um ..ideal ■ comum. Foram recebidos e ami- mados. qminhosamente e íoiíos » viram-, na verdade,1 ou às suas ambições.- satisfeitas o u . a sua gamela melhorada. Os de níais limitado apetite contentaram-se com as gratifi - cações dos cofres.secretos da.po- licia,-que pagam-as mais vis. de- nuncias,. e/s-ustçníam. mais. . vergonhosos vícios. Na feira, compradores e com- prados-, tabardões morais .de que ' jreza Fr. Luiz de Sousa, co^f-yu- diram-se e misturaram-se de>taí ■ :;fp.rmá.que já se ngo,podem des^ itinguir. .Cairam, os últimos as- somos de pudor, como folhas sècas que o vento do outono . arranca e o estcnd.d da miséria , abre-se para todos os olhos, co- } mo se tudo se tivesse subverti- do,;comp -Se toda a -noção da .; moral se tivesse perdido na lpn- : jura dos. tempos,, muito para,a- i léto... til .AS9U « l ! ’, O impudôr sabe quemão íri- iarã por muito tempo. Os m,efcenáriosapressaffi-s'e porque sabem qu.e não ha bem..quésem- pre dure. iMas,. confiam, np sen-, ; ti menta lis mo pprtuguès; np es- |t!ç.imentp, que o tempo çun> bó como nunça. Nã.o podem es- quecer, não esquecerão. ’ Definitivamente se marcaram-, os campos-e nunca mais nos ha-. vemps dê misturar. De um lado "aè A pu íra- muleta da situação ainda envergonha mais quem dela se utilisa-,-pòrque a-grande . maioria dos que a constituem nem sabem o que é ter vergo- nha. ilratórse^dos, transfugas, de ; pliçe espalha sobre todos os males. Enganam-se, porém. Desta yCz a traição não será esquecida, vez. os que sp venderam , coimo.;barregãs.n;ão serãp ésqLiç- ' eidos. O impudor eo çinismq,fo- ram muito longe, a ingratidão,, e.ò odio feriram demasiado, fun- . do., A.s; v.itimas,dQ,seu desvaira-, mento, são aos ctntps e o seu so- lver alti vo, sem uma queixa, sem Um gesto eje contrição-, foi acer- les que; não que- rem um^amg e:.|énhpr. e.c(ue não ■ podem suportar:- a , vida sem. a liberdade e-dc--©utr©,,eternamen^- te amarrados pela sua ignomi- nia, restarão os que'se vet5-de~ ram, lacaios de um senhor, por vaidade, por ódip pu ppr interes- se. Somos de uma raça diferente se, sentir intimo, de altiva .iti- . dependençja sublimou-se era tantas, perscguiisões que não é ., licitp. supôr que. depois d.a . va ainda entre nós se encontre. • úm/sõ exemplar d-os que na, ho- ra má se afastaram, de nós para ajoelhar aos pés do. idolo da sua. ambição pu do seu. rnêup.' Que excelente serviço veio fazer á Republica e aos republi- cançs o sr. Sidónio Pais! m . c . Ecos c Noticias 'Ufi.rl erjijufmil ç|iiç ha de Í hu - ! cionar n» segundo sguses» | Ire dç.an* çorriçail^;. | José .Antonio..Batista Kusso,,‘v.-.rillios Pr-aades-;, iiiguel de Spúss de Aldegalega; liodrigo.Caetano Cheirada, de,Aldegalega; Luiz.Garcia, da Moita; Yirgilio Peyeira Xepomuceco, de Alde- degalega; Joaquim Ferreira Batata, da : Samouco; Ju.ão ^B/tisja ,]^urié,L de ÀÍV cpchete;. Matiàs Rodrigues Sgna, de. AÍcooh.e.te; Antonio Leitè, de .Aldega- lega; Lu ia Ina.cio Pereira Népçmucèno, de Aldegalega; João ,Henrique^s do Be- rardo,. da Moi tá; Manuel, Pedro Baga- tela, de Áíooçbetê; João. Batista Gar- rancho, de AlcocKete; Jpsé ‘dos Santos Anico, d.e, Aldegalega; José de Sousa . Fortunato, de AldegaJega;"Dr. Manuel Paulino G.o.rae», de ' Aldegalegá; José M^irtinho Kunes Jtmior. dé A'lcõchete; Joaquim da Còsta Godinho, de Alco- chete; Manuel Gomes da Costa'Sobri- : nho, de Alcochetej. Sabastião Leal da Gama, de Aldegsíega; Jfaiíiiel Rodri-' gues -Brandão, de Aldegalega; Dr. L u-' ciano Tavares -Mora,, de Aldegalega; .Francisco Henriques do Berardo, R, q - ' sario; Franoisco Maria de Jesus Re.lp-, gio. de Aldegalega;.' Àntgn.io" Marques Peixinho, de Aldegajèga; José Marques Teixeira, de Alhos Y.edros; João Ro« drigues Manbósp, de . Aldegalega; 'An_ t.oaio Joaquim^Gregorio, de Aldegalega; Jacinto Augusto Tavar.es, Ramallio, de Aldegalega;,; José N.arciso Gonçalves, de Sarilhos- Grandes; Manuel Àntôuio ' Liherio, dà Moita; José Fernandes da C. Moura, de Aldagalega; Çreácricó Gon- çalves, de Álcoçheíe;.José Ismael Ri- beiro, da Bro.ega;. Jpsé Ramos, Cardai* ra, de Aldegalega; Manuel Gonçalves,’ OardosOj.de Alhos Vedros. *

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NÚMERO i 3a.Ir i

Q u i n t a - f e i r a * II d e J u l h o d e Í 9 1 8 ANO III

R A Z A O

© r ç á o d o P a r t ) # « I t e ^ o l l i c a n o P o r í w g i l ê s

D1RET0R POLÍTICO— Manuel T av a re s Pa.,lada .Secreta rio da Redáoão— José Joaqu im Gregorio

JJão serão resti tu ídos os autógrafos embora;não publicados iSSINATURAS— (P agam en to adiantado) Ano, ÍjS; sem estre , $50. para fóra:. Ano, 1*320; sem estre , £60; avulso, 302.PDBL1GAÇÕES— A núncios , jjlOis a linha; perm anen tes , contra io

especial. Com unicados, ^08 a linha.

P U B L IC A Ç Ã O S E M A N A LP ro p r ied a d e do

C E N T R O " R i P l í B W G A - N O D E M O C R Á T I C O

A D M I N I S T R A D O R - —‘Joaqu im M aria Gregorio.E d i to r—J o a q u im M aria G tegorio

Enderegò telegráfico— R f l a s ã ^ — ÃMegalegai A corres^ondencia de%»e ser dirig ida a-o■■ d iré to r-

Redáção e A dm in is tração— A. A. José d ’A lm eida— Aldegalega- A L D E G A L E G A il Composição e - im pressão , rua- A lm iran te Cândido dos Reis,

126, 2 .°— A ldega lega

: -s 4.V i ' <} ■

(Da «Republica-»):-

A actual situação torva- e-ab- surda, arrastou-se até hoje mer-. cê de dois esteios, a que se!tem- vindo animando como a umas muletas q.ue o. acaso deixou-lhe- á róo« O odio ferino e cobarde , dos monárquicos e o suborno, exercido com o mais cínico- des* plante permitiram que ela tives­se ura semblante de vida, q.ue só quem; observa superneiai- mente as coisas, podia enganar..

E se alguns republicanos ho-. nesto& foram iludidos ao princi­pio com as. promessas.apregoa­das e logo esquecidas- da aven­tura que o acaso triunfou, já hoje não póde.m- restar duvidas, dc qae ao-lado do actual;g^ovèr-. no só. duas. forças-ainda. conse­guem manter os últimos.aben- cerragens dum' triste., despolis? mo:— o ódio e o interesse:mes­quinho.

Na. q.uéda do- govêrno da 111-. ?iiâo:. Sagrada-, viram . os', monár­quicos-a poss2bifidade.-da vitória da sua causa; e aplaudindo.calo? rosamente- os vcncedor.cs.desco-r nhecidos do 8-de dçzenbro sabi- ara aplaudir o caminhar do pró­prio triunfo. Quando no norte do país- estrugiram as. suas. me­lhores. palmas, e espargiram as‘ suas. mais perfumadas flores, os. monárquicos • saudavam., no . sr. Sidónio Pais. o precursor da. sua «revartche ». E emquanto e- la não chegava, completa, abso­luta,. pagavam-se á vista com hs perseguições, feitas, aos- republi­canos. e com as- benesses, distri­buídas a mãos ambas pelos.ini­migos da Republica.

Por outro lado os compromis­sos germanófilos 1 da .grande maioria dos monárquicos encon­travam satisfação no govêrno do sr. Sidónio Pais que estra­gou todos os noésOs sacrifícios, lançou a pura perda todo o nos­so esforço militar, deixando ago- nisar lenta e ingloriamente no «front» ocidental da guerra os restos do nosso exército,, sem que até hoje o tivessse reforça­do com uma só unidade, qqer para substituir as que o «boche» destroçou pela fôrça moníitruo- 1

sa do.numero, quer para reunir aquêles. soldados que devem a estas horas pensar que a Alema­nha, não declarou a-guerra a Portugal mas.sim a êles;

Todas, estas vantagens mate-, riais e morais, bastariam, aos. monárquicos,, se a.sua desmedi­da ambição-e o seu-ódio cobar­de, que só , sabe manifestar-se. a coberto, não os levassem ;a em­purrar c,ada: vez mais. aquêles que. a 1 vai da de, a4 alt a /de intelí- gencia e de dignidade colocou na ,deprimente situação, de. pas- rivos instrumentos.' Foi êsse ó- diô.que feriu uni .a iim'aquêles todos que ■ enfermando de mui­tas culpas, para os .republicanos eram uma espécie de penhor da, situação e que hoje sofrem, o castigo dé Se’terem associado á mais nefasta obra.contra, a.Re­publica que--incarna d.efiniti.va- .mente a grande, a gloriosa Pátria Portuguesa, Foi. êsse ■ odio-que nos colocou .perante os .estran- ■geir.os.acurya^os e :humilhados, 'quando pelos nossos serviços á. ■causa dos . aliados tinhamos ;o :direito de con-tin-uarmos de a.r- !rr\as na. mão combatendo lado Ia,lado,, na igualdade do perigo para que na.hprai da. vitória— que vem próxima— como ir­mãos.de armas, colhêssemos ..os. mesmos,louros e os nossos, sol­dados morenos passalsem alti- - vaniénte sob a .gloriosa bandei­ra da.s.quinas, enquadradas.no exércitp imenso,da Çiyilisação e d.a Justiça.

Mas^ao.ódio monárquico nem essa vitória convém quanto mais a comparticipação da Republica nela, E por isso o esforço militar português-, acabou, assassinado por êsse óclio.e pela cobardia de muitoá, que acham muit-o mais cpmodo aguentarem-se nas di­versas. situações civis, que lhes ofereceram de que- afrontarem os perigos e a g ló ria ...

todo» os. partidos, que. se ag.ru- . : páram em volta do sr. Sidonio,

Pais na hpra. bòa que..vai .pres- : tes a passar. ' ■: -

Ao rebotalho dós , partidos^: Homens que se haviam íiliadô piara subirem ou para comerem., pareceu-lhes que a ocasião era bòa para treparem um degrau ou para comerem melhor. Qua- $i todos ilustras, desconhecidos exploraram o. triste. renome d.a sua traição, fizeram do sambe- njtogala. E -o govêrno abraçou-

■ os c.pmp, a heroiços irmãos que h.aviam..sofrido, o jugo dos par­tidos... e que,se liberta vara, para, ir cerrar fileiras por um ..ideal ■ comum. Foram recebidos e ami­mados. qminhosamente e íoiíos » viram-, na verdade,1 ou às suas ambições.- satisfeitas o u . a sua gamela melhorada.

Os de níais limitado apetite contentaram-se com as gratifi­cações dos cofres.secretos da.po- licia,-que pagam-as mais vis. de­nuncias,. e/s-ustçníam. ■ mais.

. vergonhosos vícios.Na feira, compradores e com­

prados-, tabardões morais .de que ' jreza Fr. Luiz de Sousa, co^f-yu-

diram-se e misturaram-se de>taí ■ :;fp.rmá.que já se ngo,podem des itinguir. .Cairam, os últimos as­somos de pudor, como folhas sècas que o vento do outono

. arranca e o estcnd.d da miséria , abre-se para todos os olhos, co- } mo se tudo se tivesse subverti-■ do,;comp -Se toda a -noção da .; moral se tivesse perdido na lpn- : jura dos. tempos,, muito para,a-i lé to ... t il .A S 9U « l ! ’,

O impudôr sabe quemão íri- iarã por muito tempo. Os

m,efcenáriosapressaffi-s'e porque sabem qu.e não ha bem..quésem- pre dure. iMas,. confiam, np sen-,

; ti menta lis mo pprtuguès; np es- |t!ç.imentp, que o tempo çun>

bó como nunça. Nã.o podem es­quecer, não esquecerão.

’ Definitivamente se marcaram-, os campos-e nunca mais nos ha-. vemps dê misturar. De um lado

"aè

A p u íra- m ule ta d a situação ainda e n v e rg o n h a m ais quem dela se utilisa-,-pòrque a -g ran d e

. m aioria dos que a constituem nem sabem o que é te r v e rg o ­nha. ilratórse^dos, transfugas, de

; pliçe espalha sobre todos os males.

Enganam-se, porém. Desta yCz a traição não será esquecida,

vez. os que sp venderam , coimo.;barregãs.n;ão serãp ésqLiç- ' eidos. O impudor eo çinismq,fo-

ram muito longe, a ingratidão,,e.ò odio feriram demasiado, fun-

. do., A.s; v.itimas,dQ,seu desvaira-, mento, são aos ctntps e o seu so­lver alti vo, sem uma queixa, sem Um gesto eje contrição-, foi acer-

les que; não que­rem um^amg e:.|énhpr. e.c(ue não ■ podem suportar:- a , vida sem. a liberdade e-dc--©utr©,,eternamen - te amarrados pela sua ignomi­nia, re s ta rã o os que'se vet5-de~ ram, lacaios de um senhor, por vaidade, por ódip pu ppr interes­se. Somos de uma raça diferente

se, sentir intimo, de altiva .iti- . dependençja sublimou-se era tantas, perscguiisões que não é ., licitp. supôr que. depois d.a . va ainda entre nós se encontre. • úm/sõ exemplar d-os que na, ho­ra má se afastaram, de nós para ajoelhar aos pés do. idolo da sua. ambição p u do seu. rnêup.'

Que excelente serviço veio fazer á Republica e aos republi- cançs o sr. Sidónio Pais! m . c .

Ecos c Noticias'Ufi.rl erjijufm il ç |iiç h a d e Íh u - ! c io n a r n » s e g u n d o sguses»| I r e d ç . a n * ç o r r iç a i l^ ;.| José .Antonio..B a tis ta Kusso,, ‘v.-.rillios Pr-aades-;, i i ig u e l de S púss deAldegalega; l iodrigo.Caetano C he irada , d e ,A ld eg a leg a ; L u iz .G arc ia , da Moita; Yirgilio Peyeira Xepom uceco, de Alde- degalega; Joaqu im F e r re i ra B a ta ta , d a

: Samouco; Ju.ão ^ B /t is ja ,]^urié,L de ÀÍV c p c h e te ; . M atiàs R odrigues Sgna, d e . AÍcooh.e.te; Antonio Leitè, de .Aldega­lega; L u ia Ina.cio P ere ira N épçm ucèno , de A ldegalega; João ,Henrique^s do Be- r a r d o , . da Moi tá; Manuel, Pedro B a g a ­tela, de Áíooçbetê; João. B a tis ta G ar- rancho, de AlcocKete; Jpsé ‘dos Santos Anico, d.e, Aldegalega; José de Sousa

. F o r tuna to , de A ldegaJega;"Dr. Manuel Paulino G.o.rae», de ' A ldegalegá; Jo sé M^irtinho Kunes J tm ior. dé A'lcõchete; J o a q u i m da Còsta Godinho, de Alco- che te ; Manuel G om es da C os ta 'S ob r i-

: nho, de Alcochetej. Sabastião L ea l d a G a m a , de A ldegsíega ; Jfaiíiiel Rodri- ' gues -Brandão, de A ldegalega; Dr. L u - ' ciano T av a res -Mora,, de Aldegalega;

.F r a n c is c o H enriques do B erardo , R ,q - ' sario; Franoisco Maria de Je su s Re.lp-, gio. de Aldegalega;. ' Àntgn.io" M arques Peixinho, de A ldegajèga; José M arques T eixeira , de Alhos Y.edros; João Ro« drigues Manbósp, de . A ldegalega; 'A n_ t.oaio Joaquim^Gregorio, de Aldegalega; Jac in to A ugusto Tavar.es, Ramallio, de Aldegalega;,; Jo sé N.arciso Gonçalves, de Sarilhos- G randes; Manuel Àntôuio ' L iherio , dà Moita; José F e rn an d e s da C. Moura, de Aldagalega; Ç reácricó G o n ­çalves, de Á lcoçhe íe ; . Jo sé Ism ae l R i ­beiro, da Bro.ega;. Jpsé Ramos, Cardai* ra , de Aldegalega; Manuel Gonçalves,’ OardosOj.de Alhos Vedros.

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H :ib i(o « r e l h o »No tempo da m onarquia, e até ao

ano fie 1908, nunca o povo sonhe o qne se passava n a C am ara porque os ilustres edis cí’esses saudosos tempos j imais lhe deram satisfação ou conhe­cimento das suas geniaes resoluções. Eleita-, ahi por novem hro d ’esse ano, um a vereação republicana que tomou conta da gerenoia do município em j a ­neiro do ano seguin te , começou logo o pov_o a ser in te irado de todas as r e ­soluções cam ara r ias f e i a s actas que oram m andadas afixar á porta dos P a ­ços do concelho, e sobretudo desde 1914 a 1917, tempo que durou a ad m in is tra ­ção da vereação dem ocratica , teve sem ­p re o povo o mais completo conhecim en­to de tudo quanto era resolvido nu seu pequeno par lam ento que é a C am ara Municipal porque todas as sem anas o aDomingo» e mais ta rde «A Razão» publicaram sem pre o ex tracto das ses­sões cam ararias , pa ra conhecimento de todos.

Nomeada um a comissão ad m in is t ra ­t iva que, na sua maioria, se compõe de monárquicos e que começou a gerir os negocios municipaes em jane iro do ano correa te , nunça mais o povo sou­be coisa a lgum a do que se passa lá dan tro nem mesmo por intermedio do jo rn a l que se publica n ’esta vila e que tan to réclame fez á a inteligência, saber e mais partes» qye concorrem nas pes­soas dos ilustres comissionados. D i ­zem-nos que a razão d ’isto está em quere rem os ilus tre vogais da Comis­são fazer , mais ta rde , uma su rp re za ao povo apre$entando-lhe a nota completa dos g randes m elhoram entos que têem feito ao concelho e dos largos planos adm inistra tivos que têem em projecto, rnas a nosso vêr a causa deve ser ou­tra . Como faz p a r te da comissão o sr. Ju lio Nepomuceno, que foi ver iador no tem po da m onarquia e que, por signal, tan to se distinguiu com as suas propos­ta s de largo alcance para o engrandeci­mento da nossa te r r a , é natu ra lm en te o habito que S ua E x . a conserva ainda d ’esse tempo que cer tam en te contagiou os seus colegas e d ’ahi o motivo por­que o povo tem estado e continuará a es ta r na mais abso lu ta ignorancia das resoluções tom adas pela ilustre comis­são adm inistra tiva .

R o s e i r a sDizem nos que pega ram todas e es­

tão muito bonitas as roseiras que um ilus tre vogal da comissão adm inistra t i­va mandou ir do cemiterio publico p a­ra o seu ja rd im . Tam bem nos dizem que, a exemplo do que se fez em L i s ­b oa e n ’outras c idades e vilas, o m es­mo ilustre voga! da Comissão tenciona fazer aqui a festa da Rosa, revertendo o produeto d ’essa festa em béneficio dos nossos valentes e heroicos p a t r íc i ­os que se encontram prisioneiros dos boches e devendo o d inheiro ser apli­cado em roupas, calçado e alimentos de que eles se acham muito necessi ta­dos como se vê pela noticia que em ou­tro logar inserimos.

E ’ um belo gesto qué muito louva­m os e que é , a nosso vêr, digno de to ­dos os eucomios.

U nia id e ia g e n ia lDisseram nos h a dias que um dos

i lustres vogais d a comissão adm in is tra ­t iva que j á no tempo da m onarquia se reve lára , como vereador, uma alta ca ­pac idade para g e r i r os negocios muni cipaes, teve a intenção, e supomos que chegou mesmo a ap resen ta r qualquer p ropros ta n ’esse sentido, de vender as muares que pertencem á C am ara e qutv andam no serviço da limpeza pú ­blica com prando depois bois p a ra subs­t i tu ir aquelas n ’esse serviço. E m b o ra se esteja fazendo por toda a parte ex i /tamerite o contrario , substituindo o gado bovino- onde ainda ò" h a — pelo m uar , a verdade é que ae t ra tav a , pa­ra nós. de uma inovacíâo e por isso te ­rnos pena que não fôsse por diaute tão genial ideia. P arec e que foi um dos proprios em pregados da limpeza publi­

ca que fez v ê r a Sua E x .1 a nenhum a vantagem d 'essa substituição tendo si­do a opinião d ’esse em pregado que ilu­minou o cerebro do ilustre vogal com o que muito folgamos.

Casa P a th éPor motivo da gréve do pessoal m a­

rítimo, a qne ader iram as tripulações dos paquetes que trazem passageiros ao porto de L isboa , não poude esta im portan te casa m andar aqui um dos seus melhores operadores atim de t ira r a fita do assucar para ser exibida nas principaes capitaes do m undo.

S ab mos, porem , que a referida C a­sa Pa thé tenciona m an d ar o mesmo o- perador t i r a r o afilm» do petroleo que a comissão adm in is tra t iva vae requisi­tar' da A m erica do N orte desde que j á es te ja solucionada a actual g réve m a­rítim a ou dado que se nâo produza ou­tra g réve lá para o mez de jane iro que é quando deve rá ser feita a distribuição d ’esse com bustivel.

P r is io n e ir o s d e g u erraPor noticias recebidas d ’um oficial

prisioneiro na A lem anha , sabemos que os portuguêses que se acham nos cam ­pos de in te rnam ento , se encontram em péssimas condições, tan to no que r e s ­peita a roupas como a alimentos. T e n ­do sido feitos prisioneiros eom as rou­pas que t inham vestidas e não tendo possibilidade de ob ter outras é facil de p reve r o estado lastimoso em que ê- les se devem encon trar . Pede-nos aquele oficial que lembremos ás farnilias dos portuguêses prisioneiros na A lem anha a grande conveniência que ha em lhes euviarem algumas roupas, com especia­lidade brancas, bem como conservas de carne e peixe, m anteiga , bolachas e ta ­baco, no que lhes presta rão um grande auxilio.

As instruções fornecidas pela a C ruz V erm elha» p ara a rem essa de co r res ­pondencia e encom endas são as seguin­tes:

Correspo n devei aa— As car tas devem ser cu r ta s , bem legiveis e nâo conter alusão alguma á g u e r ra , á paz, ou a acoutecimentos politicos ou militares, sob o risco de serem confiscadas pela censura. Podem ser escritas em po r tu ­guez e seguirão abe r tas . Os bilhetes postaes são preferíveis ás cartas , por facilitarem o trabalho dos censores. A direcção ou endereço deve conter: no­me e apelido, posto, regimento (ou ou­tra unidade), com panhia , numero e o nome do campo de internam ento . Q u an ­do o proprio prisioneiro tenha escrito á sua familia, a direcção da correspon­dencia será a que ele indicar. Por bai­xo da direcção escrever-se ha: «Ao cui­dado da Cruz V erm e lha , L isboa». Não é preciso pôr es tam pilha do correio nem nas ca r tas , nem nos bilhetes pos­taes.

N âó se adm item ca r tas reg is tadas pa ra os prisioneiros que estão na A le­manha.,

E ncom endas— C ada encom enda não poderá pesar mais de 4 kilos e meio, nem conter líquidos, coinidas que pos­sam deter io rar se, d inheiro, livros, im ­pressos ou m anuscritos de qualquer na tu reza , não podendo, por este moti­vo, se r em pregados jo ru aes no seu a- condicionamento. Aconselha se a re ­messa de conservas, banba , m anteiga , leite condensado— tudo em la tas her­m eticamente soldadas, papel e sobres­critos, penas de lapis-tinta , roupas de uso, calçado e pequenas porções de ta­baco. Recom enda-se o perfeito acoudi» cionamento das encomendas. A direcção das encomendas será egual á das cor­respondências, escrita no proprio invo- lucro, e terá tanibem a indicação: «Ao cuidado da Cruz V erm elha, Lisboa». N ’estas condições, as encomendas são expedidas g ra tu i tam en te pelo correio.

D inheiro— A Sociedade P o r tu g u e za da Cruz V erm elha, enviou um delega­do á Suissa pa ra conseguir a segu ran ­ça na remessa de dinheiro p ara os por- tuguezes na A lem anha , devendo, em breve praso de tempo, d a r instruções nesse sentido.

Todo o serviço d a Cruz V erm elha é gratu ito .

T an to a correspondencia como as encom endas podem se r en tregues na estação postal des ta vila.

L is o sE m virtude da C am ara de L isboa

haver municipalisado os lixos da çida- de, consta-nos que o antigo ar rem a tan te S r . Manuel M artins G om es Jun io r vae enviar um a proposta á comissão adm in is tra t iva do nosso município ofe­recendo um a quan t ia avu l tada pelos li­xos da vila duran te o tempo em que a mesma comissão es t ive r adm inistran­do os negocios cam ararios .

P e tr o le oInform am -nos que a comissão adm i­

n is tra tiva vae m a n d a r vir de New- Y o rk ^America) um carregam ento d ’es- te combustivel para ser distribuído pe­las classes menos abastadas, por meio de senhas. A d is tribu ição , segundo as informações que temos, deve ser feita do seguinte modo: 1 .°— V ae se á ca ­m ara dar o nome; 2.°— L eva-se a va ­silha; 3.°— Faz-se o pagam ento na te- zouraria; 4.°-—V ae-se então buscar a senha. Q uem for no primeiro dia d a r o nome deve dec la ra r qu an ta s pessoas tem em casa . Se forem duas, tem d i­reito a um decili tro; se forem mais, tem direito a decili tro e meio.

Parece que es ta declaração é para se saber se a pessoa deve levar vasi­lha g ran d e ou vas ilha pequena. L o u ­vamos a resolução da C am ara e pre­venimos o povo de que nãa vale a pe­no ir j á p ara a porta da mesma aco­tovelar se e perder ali os dias pois é de espera r que o petroleo, d ’essa m a ­neira, só venha a se r distribuído lá pa­ra jane iro do ano que vem.

F alta d e ch u v aP arec ia que iamos te r um ano ag r í­

cola de prim eira ordem , ahi por fins d ’abril , e j á todos se sentiam im ensa­mente satisfeitos com a perspectiva de haver muito trigo, m uito milho e m ui­to feijão que bem prec isávam os houves­se em g rande abundancia para mino rar es ta terrivel crise das subsisteucias em que nos temos debatido.

Afinal, por nâo te r chovido, não ha milho nem feijão e deve haver muito pouco trigo, apesar da sem enteira ter sido grande . D eus nos livre de atribuir a quem quer que-seja a causa d ’essa és

■ tiagem que tan los pr^juizos dá aos nos-- sos agricultores m as a verdade é que desde 1 de maio em ’que começou na igreja o mez de M aria ou, melhor, desde que padre A ntunes principiou a mas-, t igar o seu latinorio. nunca mais os campos foram beneficiados com uns borrifos d ’agua . S erá castigo do Céo ou se rá porque pad re A n tu n es nâo ès- tá nas boas g raças do P ad re E terno?

I m p o s to sN a penúltima sessão d a comissão

adm inis tra tiva foi resolvido pelos trez vogais que ficaram, porque os outros dois j á se puzeram ao fresco, lançar um imposto de 10 centavos em cada litro de aguarden te .

E s tá muito bem. P arece , porem, que essa resolução ficou sem efeito não só porque a ilus tre comissão nào tinha atribuições para poder lançar imposio tão elevado mas tam bem porque um dos seus Vogais foi tão violentamente ata cado n ’um estabe lec im ento da Rua Cândido dos Reis por causa da referi­da resolução que se viu forçado a fa zer ver ao seu presidente a convenien cia de não a levar por diante, para nâo descontentar os seus amigos E s tá me­lhor ainda. E m bora digam o contrario, nâo resta duvida que não ha como a gente rica para adm in is tra r as coisas publicas. Aqui eui A ldegalega, por exemplo, tem havido administrações que coQÍirmaiu esta verdade.

.4rròzDevido aos esforço* do conceituado

comerciaute d a p raça de L isboa , Sr.

Manuel Gomes, j á temos com abundan­cia arroz no m ercado e pelo preço de 40 centavos cada kilo quando até aqui o não adquiríam os por menos de ou 60 centavos. E ’ uma bôa noticia que dam os aos nossos leitores e que estamos d ’isso certos, os deve deixar satisfeitos.

O e x - .td m iu ls tr a d o rE ste v e a sem ana passada n ’esta vila

de visita aos socios do Monte-pio Con­ceição, o ex-A dm in is trador da farmacia do mesmo monte- pio, E x . mo Sr. José A ugusto Simões da C unha , qifô duran­te alguns anos a administrou com tal zelo . honestidade e acm drado pa trio tis­mo (talquaim ente como o sr . X . Es- teves no negocio das ações dos C. F.) que conseguiu fazel-a chegar ao es­tado de prosperidade em que ela se eu-, con trava em novembro do ano passado quando as suas portas foram judicial­mente se ladas p o r v ir tude do arresto requerido pela firma de L isbôa , Silva, Neves & C A

Segundo as iuformações que temos, S u a E x . a veio p ropositadam ente para receber da a tual direcção a importan- cia de 447:>55.õ qne por vezes ,supriu ao referido monte-pio pa ra compra do m edicam entos e p ara pagam entos teitos á mencionada firma Silva, N eves & LV, im portancia que o mesmo E x .mo Senhor se dignou em p re s ta r sem ju ro s para maior prosperidade do monte pio.

Sabem os que os socios e bem assim a comissão que exam inou os livros e a escr i ta do monte-pio tencionam ir a Lis­bôa re tr ibu ir a visita de S ua E x .1 e não somente ag radece r lhe o sacrifício ■!>* te r vindo p ropositadam ente para liqui­d ar as suas contas com o mesmo mon­te-pio eoino tam bem louvai o pela fór-'1 ma irrepreensível como sem pre desem­penhou o seu cargo de A dm inistrador da fa rm acia .

F a r in h a sem p õDesde que sab iram da C a m a ra e da

comissão de abas tec im en tos os marotos dos dem ocráticos, tudo tem melhorado n 'esta te r ra , louvado seja o S enhor . . . S. P . A té mesmo a farinha, no tempo dos democráticos, nunca foi tão boa co­mo a que veio ultim am ente comprada pelo presidente da comissão a d m in is t ra ­tiva e que era , segundo nos teem a- f irmado, de tão excelente qualidade que . . . nâo fazia liga nem sequer dei­tava pó como deitam todas as farinhas. D uv idam ?P o is , se duvidam, queiram ter a bondade de p ergun ta r a um padeiro estabelecido ali na rua S erpa Pinto qne ele sa b e rá explicar-lhes melhor que nós.

Mas que diabo de fa r inha seria e s s a ? ! . . .

O s t in ic o s s a t is f e i to sAfiual, só os nossos amigos Antonio

Joaquim M arques e Augusto Ramo* Carde ira , ambos estabelecidos com dro­garia , o primeiro na rua A lm irante Re­is e o segundo na P ra ç a da Republica, é qne têem lucrado enorm em ente com os m elhoram entos m andados fazer pela comissão adm in is tra t iva na mais ma- ges tosa praça da nossa linda vila.

Conforme temos presenciado, esses nossos am igos, n ’estes últimos dias, nào têem tido mãos a m ed ir com a venda de g rax a e tem sido tal a procura d ’es- sa d roga que estão muito resolvidos a paga r por alto preço todos os stochs que se acham açam barcados pelos eu- g raxadores que por ahi m edram . . .

O p r o g r e s so da u o ssa terraAntes de te rm os a comissão admi­

n is tra tiva , a nossa praça da Republica, a mais vas ta e m agestosa que o.s nos­sos alhos teem visto em te rras de pro- vineia e que mesmo m uitas cidades não se orgulham de possuir, nunca serviu pa ra transito de carros nem tam­pouco para picadeiro porque o respeito pelos cidadãos que por ali p a s s e i a m e principalmente as posturas anmitipsis cohibiam esses abuso».

Agora , posto de p a r te o codigo de

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.4 R i l l O

posturas deixado pela vereação demo- cratica e afugentados d ’ali os cidadãos por nâo poderem passeiar depois que a praça foi m elhorada, já. por ela passam muito á vontade ca r ro s e cavalgaduras.

S ão ha duvida que muito temos pro­gredido desde que ahi temos a comis­são a d m in i s t r a t iv a ! . , .

(J itlop ias

A inda on tem ê que-soubemos que dois i lustres cavalheiros des ta vfla muito se hav iam m agoado eom um echo publi­cado no penúltimo num ero do nosso se- linuiario em que se cham ava galopins aos indivíduos que andaram po-r S a r i ­lhos a o ferecer a quantia de 1000 e s ­cudos p a r a o arran jo dum a estrada,, quan t ia que por sign.il deu j á en trá 'la n a C aixa G era l de Depositos e Institu i çúes de P re vidência.

Não vemos que houvesse rao-iivo, p a ­ra que os mesm íss im os cavalheiros tan to se magoassem c-om o- echo re fer i­do porque galopim , segundo todos os dicionários da nossa vernacu la lingua, ê todo aquele que t r a ta de eleições, pe­de votos, e t c ; galopim, num a palavra, quer d izer agente eleifcofal e portanto, achamos, descab idas as m agnas de tão

■ conspic-uos cavalheiros.D em ais , a noticia nào v isava pessoal­

m ente ninguém-, nâo c i tava nomes nem fa í ia , seques, referencia.alguma ás: id a ­des e, por isso , el.es. l i s a b em os moti- vo-s por que tanto se p icaram . .....

S» os cobríssem os de injurias o u s e — ' o qne-aliás aão e s tá nos nos-os hábitos — lizessemos uso de todo o vocabulário empregado con tra os demo cr ti cos pelo orgão local do partido a q ue snss. Ex.*».- -perteac-em, talvez, quem sabe,, se nâo magoas-seru tauio

© ir igo* '

Aferóarani>-nos. h a dias. qne fêra o sr. Ji*li-9>Nepomuceno, i lus tre vogal da comissão adm inistra tiva , quem p ro p u ­s e r a o- imposto de 4: eeu.tav.0s. em. cada alqueire d« t-ri-go.

Como. as informações, que j'á t ín h a­m os rezem prec isam ente 0 con trario , isto. «, Qiiio fô ra o sr. Jídio quem se maiMíWrára contra. o-referido imposto, varaoB aver iguar bem qual foi 0 ilustre voj.'*l d a C o m i lã o que apresen tou ,essa proposta pa.ra. lhe promovermos, uma g raude manifestação da ap lauso .e ao rnesnao. t.-impo- de reconhecimento por essív im portante medida que tanio be-

0 Povo, oada. vez mais-feliz.- e satisfeito com a. enorme baratfZíi a que chegaram- todos os generos p r incipal­m ente aq-ueles. que, como. o pão, ele se v ê n a d u r a necessidade de com prar todos os dias-.

S*arío d if lc l i

Até á hora. do nosso jo rn a l en t ra r a a m a qu ina sabem os que não foram a inda nomeadas a-s duas pessoas, da confiança do sr. G overnador civil que devem ocupar os dois logares. vogais n-a Comissão adm inis tra tiva ,

.?£ lá vai um mez, senão mais,, e continuam os a vêr. 03. dois fmtttrills d e ­sertos 0 que nos fez supor que por cá, com csr vereadores , se ha ja dado 0 mesmo- que se tem dado por L isboa, com os- secretários. S e rá , porem,, pos­sível q.ue todas as pessoas- a quem 0 s-r. Iz idoro se tem dirigido, pedindo-lhes p-a-ra aceitarem esse cargo , se hajam j-ecwsado?!. Mas,, se Vssim é, porque não convida 0 sr. Izidoro alguns dos m uitos critico-s que tanto censuraram a adm inis tração da. vereação dana acra,* t ica e-inhora e la fosse— e já . não somos c-reatiças-- a melhor qne temos visto?

Quem sabe,. tai.vez algum aceite..

Áo sr. Aòmiinstrabor

O conceituado jornal «O Do­mingo» vem pedindo providen­

cias a sua Ex.a, no sentido de evitar que. uma tal Engracia, bruxa, e segundo consta tam­bem curandeira, continue a uzar de tal profissão, pois já ha tempo esta correligionária do masmarro que se encontra in­felizmente nesta yila, entrou numa casa onde havia uma cri­ancinha doente aos cuidados dum clinico desta vila, e por sua vez tambem fez receitas, juntamente com urnas orações. Esta mulher, álèm de uzar d’es- te oficio,, uza tambem d'um vo­cabular io ordinarissimo,. pro-. prio d'e la.

Consta-nos qu.e dois industri­ais de padaria enteE3dera.m-.se com alguem- da comissão d’a-. basteeimentos, {azend,o-lhe vêr que arrancavam, farinha, do A- lentejso a fim de se podèr fabri­car pão para o-preço-, de 27*cen- tavos o folo. A, resposta^parece, foi:; anão convêm-,, dá-n.os. pre­juízo ». Quem quizer que de­cifre o. enigma,v nós não. sabe­mos..

tycm tevi.

^ IS rX J d N T G IO S

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143. RUA- A L M I R A N T E R E I S , 14f> R U A M A C H A D O S A N T O S — 1

MANUAL,— de —

C orresp o m d cn eía e o m ç ç c ia t— em —

P O R T U G U E Z . e I N G L E Z por,

Augusto de CastroB I B L I O T E C A

D O P 0 Y Q

I I B T o r f e s ^ E I D I l lO R -

R. de S. Bento, 3.7.97—LisbôaA ’ venda g ’es ta vila no estabeleeim en

to dp sr, Jjoão M artins

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Page 4: NÚMERO i a Q u in ta -fe ira * II de Ju lh o de Í918 ANO III .Ir i · 2020-02-11 · NÚMERO i 3a.Ir i Q u in ta -fe ira * II de Ju lh o de Í918 ANO III R A Z A O ©rçáo do Part)#«

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