Jose Carlos Reis Historia e Teoria Pp. 207-243

download Jose Carlos Reis Historia e Teoria Pp. 207-243

of 21

Transcript of Jose Carlos Reis Historia e Teoria Pp. 207-243

  • 7/29/2019 Jose Carlos Reis Historia e Teoria Pp. 207-243

    1/21

    ,\? , \ ,7. ,$ *

    \42,s.- IA)I, (

  • 7/29/2019 Jose Carlos Reis Historia e Teoria Pp. 207-243

    2/21

    !.1 ; .t5-0424-5' . i , ' , r ' l , r r , l osCar losRe isI r, " t,, ( l \t,r cdio eservadosI t ru ( l { ( vt " , , , , l c l i , r . r l bgo , 90 14e ndar'. ' ." '() ')(X) Ri o de Janeiro,RJ - Brasi lI r\ ot10\)-21-7777 2t-2159-5543| .t\ ; t-2559-5532, ru . r i l : d i to ra@[gv .b r ped idosed i ro ra@gv .b r,,r 'cl ' i rc:www.editora.f-gv.brlrrrlrrcsso o BraslI I Prinred n Bnzillo

  • 7/29/2019 Jose Carlos Reis Historia e Teoria Pp. 207-243

    3/21

    l ' l ( l { , (x , lN l r . L & S ' fENGERS,. La nouue l l el l i t r t ra .)e r i s :, , r l l r r r , , , ,Ii f,f\. f ( N,rrrvcl lc isroirc rzmpo iuirco: contrbuaoh :zLt,tr | ,.,. / r / \ . r , ' , . r r r l , , r i ca , 994a .I o4n, httriae euao.Campinas: apirus,1994b.ltf(:()l lLjR, P. Temps t rct aris:Scuil , 983_85. v.- (dlr.). Le temptet les hlosophiet.aris:payot, Unesco,1978.S^lNT UGUSTIN. Elvationur esmysrres.n: Confessions.rris;l ,r,rr, t .1982. ivreXL

    :]MlAfD, F. Mthodehistorique rscienccociale.t9l3l nnalct :-\rfev.1960.SOROKN, P. S{ MERTON, R. Social ime:a methodolosicalnc l ,,rr,,analysis. heAmerconJoutxal of Sociolog 5), Mar. 1937.VOVELLE. M. La longue dve.ln: Ideologest mcxtalts. aris:Maspcr,,

    C A P T U L O 6

    historicismo,redescobertadahistriaDilthey o

    A Revoluorancesaa redescober taahistr iaA principaconseqtinciaa Revoluo rancesa' uranteo s-culo XIX, foi uma mudanaProfunda a PercePoo tempo'qu e evou redescobertaa histria.blsse ventocomPlexo eveloua histriaem duas

    direes: o presente o passrdo, o -presente o qlqro -A-histia oi re---.-''-.--er.ob.rr".i" mo prodrrio dn iq!,q9, 949 !e9q!s!ruodo pas-,do. O ,*tu.iotrt t.ntpo burgus,acelerado m direoao futuro'upico, confiantena Razoe na capacidade oshomensde fazerema his-tr, enconrrou resistncil e um tempoaristocrtico'esacelerado'e-trospecriyo,eflexivo,meditltivo' contemplativo,que desconfiava a Razo. rtrp.it"r," dos seusprercnsosportadorese parteirosdo futuro A Re-lrol,rioFr".t..r. aprofttndou divisodo shomensentre euoludonrios. riir"riorr, - r.. .'.,1t,,"dor.,da histriacomo produodo futuroe cultuadores a histriacomo rcconstituioie l do passado' omte viua tomadaaBastilha om oo inciode umapoca egrave risemoralqucs a filosofiaposirivl po

  • 7/29/2019 Jose Carlos Reis Historia e Teoria Pp. 207-243

    4/21

    , , ' , l r ( . r ( .v ( l . r vanrensamenre h is t r i aou como poss ib i l i c l . r . l , .l' l , r r , . . rI ' r r , r r r r r l r ru como f ide l i dade nrensa r r "d i i ao . C) scr r i . l , i.r , , , ' . r . r vc f (1 . de ,ever iaa r r i cu la r onhec imenro o pa , .s . rc , ,1 , , , , , r,1 , '1 , , , , , ' , , , cn romper essas ua s d imenses .M"r . o fo i . rs , i , , ,l " r \ . , r r r r i s r r i a o scu loXIX. Era prec i so omar pos igJo . ,1 , , . , .fo i no sculoXVII qu e se ntuiu pela primeira ve z es.., ,1,,r r r l o rc l l h i s t r i a :o p r ime i ro , revo luc ionr io emanc ipac ion i r r, 1 , , ,l" 'r 'rclo pelos luministas, franceses alemes, se racrical izotr ,,rrr , ,, .xisnro, no s scuosXX/XX; o segundo,conservadore tradici.rr.r lr r ,.cvclado pelo ital iano GiambatistaVico e se adicarizou om a rrst.l .r r rtr ir ica alem e os historicistas, os sculosXIX/XX. Esses oi s s..rrr,,lcxcluem e opem os historiadoresdo sculo XI X ao s fi lsofrsJ, , ., .XVII. Os historiadores,que viam a histria co4o uma reconsrirrrr,,.rdo passado, ombariam os fi lsofos,qu e a viam como um a lrrl)rr., .o passadoe uma consrruodo futuio. poi i"",, "r... h.,u.,. ,,,, ,,l ronto se m concil iaopossvelentre luminisiai e istoricisras. ,\ IHistrica alem se ops Revoluo Francesae aos fi lsofos qr,, , . ,timavam. Para os historiadoresalemes, omenrea fi losofi",., ,,,,,, , ,,tria, poderia legitimar a revoluo.Os fi lsofosa justi ficavarr (.,,rr ,, .idia a priori e universal da sociedade, gnorando as tradics rr.r,,r, ,dos povos particulares.Para o hisroriador, n o a Razoq,,. ,,,1i.,,,,.histria, pois um a hiptese ilosfica.Contra a rcvoluco.a lrsr,,l .r Ir r i caa lembuscava o passado ma j t rs r i f i c . roas nsr i r r r i 5 , ,c ,, , , , r ,ainda predominantesno prescre.Ela pesquisava s origcns risr

  • 7/29/2019 Jose Carlos Reis Historia e Teoria Pp. 207-243

    5/21

    'rl).rrccti ln suasnstituies,ostumes,alores biografias.atl.r ,,,,,l.rdcpossuium a legitimidadenscritaem suaesrrurua rual, rrrr , ..1,,rr()" rue envolve, ma atmosferarpria, em" qu"l ,.a,,^.,lltr,,,., , ,.Lrrl 'sperdemo senrido o viver.Do ponto d.,ir." d" hir;;;,,, ,, ,.,() )strclsmo,a puniomaior,poissignifica mortepor asfixirrrrlr,,,A razo podese rhistrica, r. ^"nif"r," r,", for^", e criaeslc , ,,1,sociedade,nvolvendo rofundamente adaum de ..u, _.r,.,r,r.. ,, ,, ,cspeculaou teoriasobre histria eyelamaiso, pr.aorra.iro, ,,,, ,, ,construtoreso queasdeficinciasa realidade.or,"rr,o,a especrrl.rq.,,a teoriaprejudicam conhecimento o passado deveriamer'b"ni,t.,.r,histria.O historicismo ombatia". t.ri", iluministas iurr,.,r,,,1,,,,,que legitimavam rupturaco m o passado. ar a os historicisras,.r,) ,,um homem transistrico, niversal, ue fo i e sempreo _.r,,,,, , ,lomem em qualidadesundamentais, aso que .r,...rr" "o histor.r,i,s oasmudanas elas uais assou. vidahu-".r" "p"r... no renl),o rempo o seu evelador diferenciador. s homens oassuas .r1,r,ses_ onstatveis,egistradasas onres.No h leisou consrnci.rr1r,,cxpliquemo mundo histrico.3Os historicistaso inhammaisconfiana a reoria egeli.rrr,ra hisrriacomo realizaorogressivaa liberdde.Elessub.it,,,.,,,, ,mlto do progressoelomito do devir.O futuro n oseria ecessarrunr,.r,,,mclhor,masoutro,Nem melhor,nem pior. H umadisperso,nr.r1,1,,ralidade e lgicas utnomas ue ibeiamda riraniad. ' u_ .1"r,,,,,, ,rnum.O historiador bserva ulriplicidades,escontinuidadesisr,jr, ,() historicismo ceira diversidadee ricas, ue variam or,.,". .,1,,,,.,..lrrgarcs. moralidade e realiza m um mundo hisrricoobjctrv,,,1,,,,cr i . tooshomens. at i rude oncr . t " - "^- . , - r .^tr maazotemporal" 0.,.;?:;:u.o: :.il"'.':i,l:. : i:i,,suis, vl ido para todos. Os valores s s. preci.an,,-particul:rrizrrrr.l ,,,( latla ncl ivduo vive em um certo universo histrico dc vaorcs. l .r,l ,r ,,c i cc ladc ri a se r r on jun to de va o res , L lea n . an tn l ocsa .Ncsr r .n r r r r r , t , .I r i s t r i r i co e re rminado , s ind i v duosdese jamm:r i ssc r rcco r rhcr i , l , , , ,1 , ,.lrtt sttjcirosdc nrudanas.A ordem moral hisrrica sagracl l . cr.i .r . ., l r r i r - sc . . los nd iv duos ivem nut r i c los . l n , . . . r , r1 . , " . i n , "n l ( )lu c , l , r , , l, l c s t t . r rc ie< lac l c .o h: i um cor rhec i rn t ,n ror p r . ( ) l l r c \ \ . , , . ,1" , r , , , . , , ,1 ,' \t , , , ' . 1 . . , , ) t i . : l g g c r r , 97 5 9 8 , i .

    mundo que exprimem uma alma humana histrica. I'oclosos r'.tl"t.* r." 'cem em uma situaohistrica concleta. O que nascenr ItisLtir i .t .: r, r rum valor. Nenhum indivduo pode ser ulgado po r valorcscxtcri ,,rcs r ituao na qual nascctt,mas em seusprprios termos. No h 1:ltlr l" rrrrrversal de valoresaplicvel diversidadedo humano. To&-t-.91va[Qrqt-,1!!' 'histricos e culturais. N o h dire tos unive saisdo homem. A histtlr rttE-dece a leis seraise no tende a um final universalcomum. A htt-manidade uma abstrao.Ela niro existehistoricamente.Os homens s.r"sempre de um tempo e lugar dcrcrminados e no h uma nattrrez-'r tt -mana transistrica.Em cada en-rpo lugar' ele outro, determinado,par'-ricular. Considerar qu e a histria como determinao de um tempo clugar ofusca,oculta ou cleforn.ra m homem essencial, ubstanciale inva-rivel negar a prpria histria. Os historicistascombatiam essas esesanri-histricssobrc r hisrria . deae;i;;;- Ilomem multi forme, Io -

    I t 4cal lzado e oataoo,--1u.* pocleria cultivar tais vises anti-histricas sobre a histriasto , de gue hstria e ultura locnlnda e ztada rcriam surgido tais cons-trues especulativas,niversal istas,obre a histria?Os historiadoresale-mes no tinham dvidas sobre quem teria interesseem defender tais abs-traes. Para os historicistas alemes' eram sobretudo os flanceses oscriadores dessasabstraes.Eram os iluministas francesesque legitimavarnfilosoficamente a Revoluo Francesa.Meinecke apresentou o hisroricismctcomo um movimento romntico contra o racionalismo das Luzes, conloum a oposioentreo espri toalemoe o espri toocidental 'particularmentco fr"rrlr. O bistoricismo foi usado como ar-m3d- 9rnbat9 9e!9s fundad

  • 7/29/2019 Jose Carlos Reis Historia e Teoria Pp. 207-243

    6/21

    (lts [,ttzcs,r aeles, rauma deologiarancesa.uantoaos eLrs:rl.r,1,,..t,Inics, Kant, Hegel,Marx e outros,etaln francfilose deveriams(.t r.r,tit|rs com o mesmo igor.Napoleo o Iluminismo rancs rarrr ,, . ,rvcrsrios abater. Alemanha, onrra-atacavamshistoricistas,.r(, r,t,1nadaa aprender om a Frana.Seudiscursouniversalizanteegirinr,,r,,,, , .pansionismorancsteupensarnenoisrricoortaleciaosiesr.rrr,,, ,Assim,o historicismono foi penasuma ormulao;ric; solr. , 1,,,tria,nem o Iluminismoer as uma teoria.Eramum pensamentor1,.rr,,..contra um pensamento rancs,em um contextode guerra,quasccrcr ,,entreosdoispovos.O papel olticodo historicismoeria de delcrr,i,.r,,direitos ocaisalemes ontra o expansionismo acionalistaranccs ,, rrtr.,sob seudiscursouniversalista.5ParaAron, um francs ue se nreressouelo pensamenr, rr.,r,,ricista lemoustamente osanos1930,este xprimiauma atituclc rrr,,,situao: aristocracia lemrepugnavaa civilizaode massas, irr,lrltrialismoe o socialismo. historicismo orresDondiauma oocl rr, rr ,dela prpria,a Alemanhapr-revolucionria,ue recusava f.,,u,,, 1,,,vislumbrava oscilava ntreo fatalismo cido e a revoltautpicrr. l,afirmavao que historicamente eio a ser, em qualquer empo, o vrlor ...,grado da tradio.Ele negava mudana.Era conservador,radicionrrli.r.,anti-revolucionrio.ar ao historicismo, hisrria erve educaorrrr,,nal,para enovar consolidar esprito omumao smembros e unr,r ,.,o.Eledefendia iberdade olticanum Esradoone e lutavapel,r rr,rdadeda Alemanhasob a liderana a Prssia. onra os partidrio'Lrdemocracia do socialismo,erdeiros a Revoluo rancesa, rorr ,r ,fendiaas nstituiesradicionais a monarquia russiana. araos r\r,,ricistas,os revolucionriosaplicavam sociedadeo rntodo nattrr:rlirr.,Eram positivistaso conceberem sociedadeomoum a ustaposiorr ,cnica e indivduos guaise ao se ecusarem reconhcer s privil.l ir,,,histricose a evoluoespecfica e cada nao.As cinciasnarurai, ''r,.rirmapoiaros evolucionriosm sua uta contraa histriae a tradiur, ,girimando ua ese e que odos o guais, ubmeridossmesmascis r,rturaise universais. eu "individualismo ompetitivo"era egitimaclr1,,,rlcis naturais.O nico meio de utar contra al alianca evolucionlrr.r( rftodo tuturo e culto do universal seria onsriruir ma c#zcin1't,it , t1 M"ircckc, l9t2r c Iggcrs, .)75e 1984.

    qu e iusti ficasse s insti tutesexistentes e cada na1,' t.trtptccrt' lcr*1.';t , ;* i l ;,Aia paiticular' 4 defesada histria cicnti l i r 'rr ' l' t ' tffi"aui"a."*: i:::rF"ff,21edos eus toclosctiitc'rltttctrtcessa imensoPoltica onserva'De fato,os historicstasotbttt'"- a revoluo' dissoltr1.L'passado, roPosta elos lumrnistas' euprojetoera ortalecer p'rss'ttlt '.onstruindo uma histri titntii""' qu" o '"ot"t'uk."tT ". mai.r {-delidade,que o cristalizasst o ""do"tt"e' A histria- ientfica cirri;-s. ; lr,a,i" nto'on"'' aguarrs o passadolEles refundarama his'tria como estudodocumentado,visando ecuperaia verdadedo passadtt'"V;;; i;i, ,.^ r',rr,nua, c;ua, que o legitimarial con3l-r.a'ria se 'th*r "i.n.iF,"" pudesse encer oda especulao'odo lub'jetivismotc-oiu*i.o, " r.,,^t"""t o passado m sua vedade'ela serviria suacon-

    "ff;..' ; t ;.r,. "p''to qj1rg+49 h sri99's.8a-haram r^tr-:.;J;,'*;".-":lli::l#-,"":,i:i,*1:*:;:llralvezPor causa a qualldaoe^,P,, ,J ti' a vida espiritualalemestevemais dominada pelai*.t"'" O* O.la ilosofia O mtodocrtico doshistoriadores rrutnou;;;.fr"r-';"'histria. A histria foi a..principal rentede.resistncia

    ."it.". o itttria cientftcabuscoudiferenciarasduasdimensesob-

    ;.t"- ;;;; - p""tdo t p"*"tt -'.*itando Profetizarsobreo fu-turo.Essaistriaarorzav-d!&rg!'+gry. j,a,,:=+,q1"* '-;;;;;;.;; ,"'p"i"'l' i"'i''-d'a- o "u;',o'a' hisroriador oera ^, razo,a providn"i"'"-Joi" h"'l' maso mundo-humanoa-tad.o e localizado, tt-" 'lttt"ao htt"t"n" op"o-tttporal'concreta' nica:;;;;;;.;r,. "."scinciaistricas "l9l"xx fy:-fejt lil' e'-## inegveque a hismenteconservadora.a perspectivaos luministas, ueaindasobrevivia,;;;;", ;;; ;"-"o'"' "ol"" dos scuos I)U)O(' ela deviaser c'rrtt'batidacomo *- " idtologi"iada do passado'-qu'e.seria reciso cstrttir;;;."- ele Ela legitimavas revase a tirania' Mas' argume.tav.tr )s

    6 Aron, 1938a.7 Schndelbach,984;c lggers '1984'

    l l l \ l t \ x t ^ l \ |

  • 7/29/2019 Jose Carlos Reis Historia e Teoria Pp. 207-243

    7/21

    I t t r to l i i r1"r ,fururo, ueno ainda, ode er bjero econhc. , , r r . , , , , ,N.rrr cria.somentepassadoonhecvel,or se ra dimenso sr\,cl, {,,., 'l i. lada o tempohumano? s expresses,sobjetivaesa vicl.rrrrr,,rr.r rrio onstiruem passado? vidavividan o " p"rod"l po.i" .. ,,rrr.ro os antepassadospreferiros descendenres?pode_ser ao Par,.r,l,oros valores o presente u deve_sebord_lo_ ,u " J,i..."u" , ,,,,scus rprios ermos? ode-seagir radicamenre,.^ .onf,.., "..,,,,,,,:::::l:t::::e--"

    pj*"d: impe ao?virria " n",a1.a",;., ,,rrrrqu eo fururono seria e trevas tirania?Os hisroricistaslulg,rr.rrr,ue uma histria ienrfica evia olpreendero passado,ao- .,n.,,,.,,,receb-lota l como se passou',,onhec_l_ ,' ; lu;;';;;;"r".., ,, ,suavidaprpria,em seu empo,em suahistoricid"aJrir,*ui".,.u,,,,,,,,,.todoanacronismo.sto, im, er ia e aroa. ,h is t ia , . ,.o i l r . . i , . r r " , , , , , , ,enrificodos homensno rempo,A histriacientficaou"r;"-r" "r,.,,",,,,.,,o Passado,empreconceirosrendncias,ar a econhecJo,".,,.,,,,,,.,lo , compreend-lo. eriapossvelorrh.._t."rn "_ " "i,"a. "",,,,,,o radical,de antipatia otal, co m um a inrenode ruptura vr,rl.rrr.,Paraos historicistas,ss a o seriauma "t,ra" J. r,*";;;, ,,", .,,,.,crnica e especularivamenreilosficae poltica.H sto ic is o:umconce i to?

    O conce i tode h is to r i c i smo mui ro ma is compexoc t ) ro r r ( . r r ,t ico,polissmico,onfuso difuso.Em g.r"l. ., ",;;;;;;.i"l",,, ,.,,, ,.t: ,.t-o p?r.,:.:T"i.,. impreciso,ossuindorios ignificaclos.rl , r,.,,ontcvc r esrabrlrdadee um corrceiro.euando algunisc cfcrt. r 1, ,P. r -sc .e def ina qu equerdizer .Meinecke. i " . iu- . " ; r rr c c, , , , , , , , ,l]"].lllll" Olr:rre-seohe 1ualos oisermc,s".i" ,, ,,"il'",t,.,,,,,,,,t l \ l . ' t t l o t r h i s ro r i c i smo? rg ioBuarque e Ho l : rnd , r : r f i r r r ta l t ( . r \ , , lr r . r \ l r ( r r )ns r oc "h i s to r i c i smo"fo ranrpor longo rc r r r l r , , ', . 1r , , s i r r ; r ,d lA l c rna rha .Er r r rg r r . r"1 " r , , : , , f , r .n r . r '1 r i . , , , . i 1 , , r , , ,i ' , , , , , , , , ,n . r r r tc . rppr d i l t rnc l i r ra f i r rn r , r r i s r , , r i . i s r r , r , . . c l i r r r l , , . . i . , , ,, f t r t , r r r rc rl< r i s ro r i sn ror l c ru r i ol r ss i co .) / t s to r i t t t to . l " l . r , l . r , l r , l r l , , ,\ t r r r r r r c l , i r r c l c l b a n < 1 , i c k c r rn l r r c r n r c r r ] r L r r r . rc l , r q . r r ,r r r . r , / / , / , ; . ,' t l : r t t t ! t ) t t . i , \ t , t r , . ' l c , \1 . r rx .SPcr rg l c r , r v r r l ,cc ,C , r r r r rc , r . r ( I , ,f i ' l r f t r ' f N ( \ r c t . r 1 r r r r l , r . r ' r o n r t , . t t r | | t t / ! . , ) t , t t ) / , i \ \ r t , . t t l , , , t t \ ,

    J o s R L o s i < t s

    formuladopo r \WilhelmDilthey,maso chamarei e bistoricsnto"t lt tbito e por ser a forma mais freqente a bibliografiano-alenr:'r'r1''cialmente francesa, qu e maisutilizo.oDesde incio, enho entando efiniro hstoricismolem:o'rr'trastand.o,- uma inguagem uase e manifesto, uas eses obre:rhis-tria com as do Iluminismofrancs. eralmente, seguirei ssa irri' "ope-se sculo IX aoXVIII como iz anteriormente: istria, omcm-

    devir, ndividualidadem desenvolvimento'elatividadeosvalores rrsrrrfilosofia,acionalismo,atureza umana, alores direitos niversais'tt -manidade ransistrica.No sculoXIX, afirma-se, ma "individualida-de em desenvolvimenroentrado m seu nterior"seops "humanidaclcem direo su a cirlizaoniversalnal"' Entretanto,ErnestCassirerum dos autores uc cousideram ue o Pensamentoo sculoXVIII nopode servisto como aistrico.Essa ese oi sustentadaelo romantismocorrtr" " filorofi" das Luzcs.Mas' paraCassirer, eo romantismo desco-briu a histria oi graas s dias o sculo VIII' Fo i o sculo VIII quccolocouo problem ascondies e possibilidadea histria' obretudocom Voltaire.Em seuataques Luzes, romantismo ometio Pecadoque denunciava: ra anti-histrico, oi s no colocava sculo VIII enrperspectiva istricaadequada. Ie queriaaPreender passado m sttaiealidade,ms alhouem relao o seupassadoecenteEracegoem rc -lao osculo Vlll. Na verdade, ss e culo o oi um edifciode con',orno, b. ^ delimitados,masuma foraque agiaem todosos sentidosCassirer eu nfase continuidade ntreo historicismo' ue el e ambmchamoude .o"ntir-o, e as Luzes, ugeindo um deslocamentor'rdtr'rlda cultura, .m -pi.,r"s. Mas,paradoxalmenteqando ereferiua Vico'sustentou ,, . .1 . pr.t.r,d.t'texpulsar racionaismoa histria'propondo uma"!icada maginao"ontra as dias laras distintas" e )cscartes. or irso, , o inha exercido ualquer nfluncia obres Lrrzc\csomenteHerder,no sculoXlX, o retirouda obscuridadeNi o ': ..l. ' 'toposio ue se trata? possvel erceber lgumacontinudatlt' t l l lrttrr.l.rlo."-.rrro gradual'entreuma gicada imaginao o rlciotr:tl istrr.universalizanteasLuzes'

    3 I 1 "1 "n , 1 , , .' ) 7 ' ) r l P f c ' ) 8 0" ( . ' \ \ i ' , , I ) . I ) 5I

  • 7/29/2019 Jose Carlos Reis Historia e Teoria Pp. 207-243

    8/21

    A r l i sc r rss i roobreo h i s to r i c i smo o pode sers in ro l i l r r r , l , r ., ,I ' r c tc r r r l o sgo t r ! l a ,apenas presen t r n , , , 1 . i t , , , " , u r r r . r i n r . .s r . .1 , . ,, , ' r r r r i bL r i o reor iada h is t r i a , ue cons ide ro undarnen t r r l .Scgundo Imaz, a palavra historicisrno,'parece er siclr trs,r,l .r1, l,l ' r i r r c i ra z en i 1879 ,por K. Verncr , pa rase re fe r i rao h i s to l i t r s r r r , ,,l , ' .r i f ico de Vico. Quanro sua origcm, porranro, o historicismo pr,,l , r ,\ '(z sc r onsiderado tal iano: Vico, qu e fo i continuado por Crocc. \1,| .l .rrrr lguns, um a consrruoespccic.r cn e aem.Sc m clcscorrsr,l ,,;r contribuio de Vico, E. Cassirero considerava ma consrruo r1,.r,,quc te r ia o r igem na monado log ia e Le ibn i z .Segr rndo mrz , po r . ( , r ,, ,l utores qu e sustenti rqu e o tcnno teria aparecido primeiro ni r l ;r..rrr,.,quando da Resraurao. odavia, mesmo qua arra, "u,o.a, ,"ah"n, t',,r.,,,elc no se enraizou e se desenyolveun" Fr"n", onde a tradio clrrri r,m ianase mps. Durkhe im repud ioua cd i f i cao asc in ias uman, r . , i ,Di lrhey, c co m una argumenrao luminista. Ao contrrio do h,r,,,,,, ,mo , su a socoloBiaer a abstratae explicariva,aproximava cinciasnarrrr.lc humanas e recusava od a aproximaodestas om a fi losofia. euenr r,.r,to u reunir a tradio rancesa on r .r alem,co m pouco sucesso, oi . ..,,,,isoladona Frana, oi Raymond Aron, con suas r..l .rrt., obrasct" t v i sem geral mais mencionadasdo que de fato conhecidase redisctrticlas. l,ainda um historicismo ingls, eprese rado po r Coll ingwood. A discrr.,.,.,,,cl aorigem relevanre,ma s o importante de fato seu enraizamento1,,.rt ' lanente profrrndo, co m fortes repercussesa cultura. Nessesentrtl ,,, ,hisroricismo parecese r um a forma dc pensar a histria profundanr,.,, ,, ,1"--o

    Para proctrrar da r um contorno nais preciso a essemovirncnr,,crrl tural europeu, que Iggerse Cassirerconsiderramsobretudo ircnr,r,,l lguns autoressalicntam as seguinres aractersticas:.r ) el c "inventou a hstria", isto , descobriu a histria como objcr,, ,1,conhec imen toespec f i co cr iou um a ' ,a r i rudede h i s to r i ador , ' , . , , r ,

    princpios e rcnicasde abordagemdo passado;l' ) p.rrrrMeineckc, lo i mais do que um movimento inrelectualalcmr,rorgurlo somenrc hisrria, oi uma revoluocultural, qu c aringlu o (l rrcito, :r i tcrl tura, a fi lologia,a polrica;el ecriou um a nova rela;ro rrrrr

    o passado , f i rmandosua a l te r i dadcPro l r t ( l . r t t i r r r , l , ' . \ r r r { ' r rr rd i spensve issua econs t ruo ; ra rco t l o i n c io . r r i t ( r r r " r ' r ' Imoderna;

    c) sua tesebsica:h uma diferena undamenta entrc os cnirtt{.rr\ lturais e histricos,o que exigediferentesmtodos de,r[,,t.tl"g.tt, r\ " ,tufeza e a cenA oo eterno rctorno, dos fenmenos sem cotts'.i i rrtr 'rsem propsito; a histria inclui atos nicos e irrepetveis, cir"""'r 'vontade e inteno. O mundo humano incessante luxo, cnrlrot,t t r; ralguns centros de estabil idade Personalidades'nsti tuics, Ir.rr't.ePocas , caqa un colI sua estfututa interna, seu carter,cnb()r;r . ' l constante mudna, de acordo com seusPrincpios internos d. ttrttdana.Ele d: nfase individualidade, ao gnio, que uma indivitl tr,rl idade mais cxprcssiva;

    d) s a histria explicr qualquer fenmeno humano - fora dela nada qtr.'lhe interior podc ser explicado;) tanto o objero cla pesquisa uanto o sujeito da pesquis o histricoslportanto, no hi i conhecimento da histria a paftir do exterior delx ()homem histrico. Ele se apresentaem formas variadase diversasHistria significa o fato da s variaesdo homem;-) .^ c"d" momento,o que o homem inclui o passado;istriasigrri-' fic. persistuciao passado,er um passado,ir dee;Ql o passado ersiste influi na vida atual - recordamose interPteti lr()sL) o q. . fomos, Histria a reconstruo nais ou menos adequadtt

  • 7/29/2019 Jose Carlos Reis Historia e Teoria Pp. 207-243

    9/21

    Mlr a polmica obreo sentidodo termo tem ourrosdesclol.'r.rrrrlrtrrr. inr gcraldistingue-sem historicismoilosfico e um mcr,xl,,l,lgr,r' c cpistemolgico. ss a ontrovrsia st igada caracterisrit.r,r1r.,rrtrrl;rnteriormente.O historicisrnoflosfco opwnhaonrologicanrcrrrniurczil c histriacom termos1,lxtcucrsusriberdade.aopo,ia'.1:;':f1i1"P,#::"rrrbrrrcrida leis e o esprito mundo humano,subjetivo, le lit.r"rd,rdc c de criao.Ele desvalorizava, u no se nteressava,el narurcz.r,pclo mundo da necessidadeaterial, sededicava pensr mundo ,1,,csprito em seu modo prprio de ser, ivre e criativo. O historicismo losfico dividir-se-iaento em duasorientaes ontrrias:uma procunrv.lsisrematizar ogmaticamente odo o devir humano a partir de um pnrrcpio a priori; a outra, ao contrrio, endia a tudo relativizarsob o pretcxr,,de que a histria no oferecia erteza, em verdade,e cultivavaum tipo ,1.ce icismo que conduzia ao niilismo filosfco. Assim entendido, filosr'lcmente, essasuas rientaes. historicismoepreocupavam dar rrrrrsentido existncia umanae dissimulavauma posiomerafsica, a nr.dida em que pensava histria-enquanto-ser omo essencialmente spiritual, buscando ealizarcertosvaloresou fins ltimos.2

    Nessadiviso do historicismoem duas tendncias ilosficascsr.itoda a dificuldade em compreend-lo.Se visto como "sistematiz,rlr,dogmticado devir humano a partir de um princpio a prior", no sc rliferenciariadas filosofiasda histria, que a segundaorientaocombrri.rNessa ertente, le se aproximaria e fato do Iluminismo, ao pressul){)rum princpio a priori em desenvolvimento niversa.l. Popper rerlA iz,rrcm considerarMarx, Spengler, oynbeehistoricistas,ois essa efini.r,'converge om a suadefinio: historicista doutrinaque considera r .C uno da cinciasocial azerprevises, egundo eis de evoluo"; 1rr.cc considera erempseudocincias,ois produzem profecias", uir(1"prcendem produzir impossveisprevisesncondicionais".Portarrr,,,ncstaprimeira orientao, historicismo o rem nada a ver, e irrl \cope,ao hisrorismo lemo lssico.A segunda rientao bem prxima deste.O espritoniropo,lr'csrlr srrbmetido leisde evoluo. le a expressoocalizada e 1t,tu,,,tl icrcnciados m um tempo e lugar.H relativizaoos valorcs, x'i..,ll 1, , , . , ,u,1,')73; Schn:ic lc lb:rch,9l 4; c Col l ingwoocl , 97t .

    verdadedo passado stem sua diferena.A buscade umir vcrcludc rlcsua diferena pressuporiaa historicizaodos valores.Cada socicdrr

  • 7/29/2019 Jose Carlos Reis Historia e Teoria Pp. 207-243

    10/21

    , ,1 , , , , , ,l ( , l i r i ( xs . , po r i sso , raconservador .o r um lado ,ev i r r vuJ .1rrrr.rlrsrrro;lx)r ourro, buscavaum padrocientfico de tipo fsico. ,tI,. ,1' , , r ' l ' t l Lr cr arrrores eokandnoscomo Windelband, fuckert e Wcl,, r(.)rr.rrrro Simmel e Dilrhey, eles se diferenciavam dos anter,rr.,, 1,,,,'crcrn ncokanrianos crticos. Eram tambm antikanrianos. Sua rcl l ,.r.,,,.,, ' l rrca histria era ao mesmo tempo epistemolgicae fi losfica. r.lcs ,ri .rrrrepistemologiadas cinciashumanas no quadro de um a "fi losol.r 1,vidrr". Eles faziam a transioresravamno meio, enrre o historicisrl . r,,nrntico do final do scuoXVIII e o historicismo episremolgicod() r rl, , , , , , l Ll o oo seculo ^ - "A discussoistoricista,or mais mpreciso ue seia terno, (.\,como temacenrrala especifcidadeoconhecimentostrco, scondio,,tpossibllidade de autonomiad.as incias o esprito.O rema do hrstor , rmo e a o da autonomiada scncias umanas. rioshistoriadorcs. r,Isofos rocuraramundarascincias istricas m bases specificas.,, ,esforo oi o de demarcaoo campoepisremolgicospecfico l.r. rncias o esprito.Pode-se rriscar, ortanto,como hiptese nr r l)(u,,dizao: o final do sculoXVIII, ele seria omnticoe filosfico,1,,,,fazeruma diviso ntolgica ntrenarureza histria; m meados l. r,culo XIX, seri ma episremologiaom contaminaesilosficas,,,r 1,ferenciar mtododascinciasumanas o dascincias aturais. r.r\ , ,contextode uma filosofiada vida; no sculoXX, tornou-se ma (l)r,,r,mologiacientfica,ivrede ais nflunciasilosficas. as em crisc!N, r.captulo, rataremos aquele historicismo pistemolgicoolll c()rt.urLnaes ilosficas", da segunda ase, nalisando-o m su forr1.r,,.r,diltheyana.No sculo Vl l l , em sua r imei raase, h is tor ic ismorrrgrr, , , i.r ese eVico, anticartesiana,e quea fsica um conhecimerrorrr.r,lda natureza, orqueo homem no pode sabero que ela , l ',,r.. ,.,,,criou. ParaVico, "sseconhece quesecriorl'. Assim,

  • 7/29/2019 Jose Carlos Reis Historia e Teoria Pp. 207-243

    11/21

    Irirtoricisnroomnticopreferiao homem cotidiano,concrero, r.rrlrtr,,rrrl, nrcrgulhado m uma temporelidadeenta,desacelerada,o lrorrrcrr,lrcrrlio, ominadopo r uma temporalidadecelerada,ficaz, ancrr,,,1,,cspritouniversal, ue, paraele, umaabsrrao. le alava a ui.la ',,1dianacom simpatia, ida esrruturada el o dia-a-dia, ela radirro,,,n,ttnra respirao uase egetal.Homem feliz era aquele ntegrado hisr,ir .rc natureza.Veremosque Dilthey continuou mantendoa maiori:rrlcrr.rrtcses omndcs, o mesmo empoem que procuraria onstruir r tc,,rr,rdo conhecimento estemundo do esprito.l5O historicismo, m suas rs ases,epresentouma limirao l, ,pan-matemadcismo.O racionalismo lssico onquistoua natureza prctendeu tambmconstruirum sistemamatemricodascincias o esprir,,O direito sedeixou dominar pela matemtica.Em Espinosa,a ricr r.rrrrbm foi dominadapelamatemtica. matemtica ominou por !rrr.tempo tanto o mundo naturalquanro o espiritual.O historicismovcio lrmitar essa xpanso a matemtica.Descarres esprezava conhecrnrcrr,,histrico, pois no julgavapossvelabordara vida humana marenrir( lmente. Vico inovou em relaoa Descartes om uma nova idia dc , rnciada hisrria. Ele colocouo mrodo histrico acimado mrenrtu((,.Para Vico, o conhecimentoperfeito s era possvelnas obrasda crlrur,lhumana.A prpriamatemtica eraconhecvel or seruma criaorr rmana seruma inguagemlOs mitos,as eligies, s inguagens,s rrrtriasso os objetos realmenteadequados o conhecimentohumano, ( )rhistoricistasqueriam constituir uma cincianova, no-naurale no-rrr.rtemrica, o pcns:rrl,,rclaro, talvez@tica predomin.rrrrcVico, Herder,Dilthey no oram rigorosos,emonstrativos,istcm{rir,,.Sua inguagem o er acarresiana iluminista!Serque a linguagcnrr.rr

    cincias umanas evesernecessariamenrerptica, ermtica,agrrrcrrtada,paraseafastar osmodelosmatemtico,iterrio, ilosfico rrrrr,rra suaautonomia?ssoparece m equvoco. ar aArendt,comprccnso ooutro nomede "viso lara".A linguagem ompreensiva e fazvcr.lcrrr,,c claro,ao esrabeleceronexes criarum sentido.l6r1 Vico, 1984;Mcincckc. 9B2; c t crl in, I9tt2.l l ' ( : . r r r i r c r .1 9 3 2 ; Mc incckc , 9 t 2 .

    No final do sculoXIX, em sua erceira ase'o historitstrro''tritamente epistemolgico, emcontaminaes rlosficas'ntrotrct ( !is., a de.tornn"d" ct!; -d4 sorc)qe hi$494' A histria no crrt nr'tis-rrir," rno uma vnguatdacultural' Era olhadacom ceticismo O histo-ricismo to!nq!-s l!-o de relativismoe llma Te1l poltica Sc a^ffi:ra""-otai" of...... u"lo"' aliit"iq;t g"it'sem a ao' receava-,. qt..1",ro pr.rt".i" qualquer ervio'O naturalismo' cientificismo'oevoluc ionismodestronaramahistr ia .Nietzscheargumentoucontraa

    pretenso ientficada histria,poisa "cincia" no conhecea.individua-iid"d. o"rti.,tlar. Ele seria alvez avorvela um eorno o hlstorlcrsmo,o-n,i.o, vitalistae histrico Mas combatiao epistemolgico'que que-,i" Jo_i.r", e desvitalizara vida com conceitos, omparaes previses.A histria cientficano dizia o que o homem era' No discutiavalores'L,rr."ndo uma neutrlidade,uma moderaFo' que soterravos impulsos"iaJt gf" nos afastava a vida, era uma doena'afirmavaNietzsche'n-ouanto obietivao,homogeneizaoo vivido' enquantocincia'ela nos"'f"r,"t" a. tia". No sculJXX, Portanro,histo!9=9i91!99lEj{o Pe-ior",iuo, r^ " orienrao isrrii ' ' te' suPer]Houve um clamorPor,t* "0;"" *ro.i"do

    "i''"latiuismo dos "alores"' foi responsabilizadoat peiaascenso o nazismo!O nazismo eria posto fim ao seu relativis-;;;;;p;t P.la violnciavaloresnovose absolutos'O historicismo e ia;;;;;.'.o. Pe spectivahistrica'como metodologiae como filosofiado valor. A sua perspectivaaristocrtic evou-o a desinteressar-seelasnovas orasque "pa,.ci"m "a te"" polticae social'Ele"ziauma histria.J.qt"a" " rrrrr" ro.i.d.d. Pr-democrtica'Sua metodologia respondial..ta"-..ra. s profundasmudanassociais'Polricase intelectuaisdo s-culo )OC AP;1945' a sociedadee massas o desenvolvimentoecno-lgico revelaram inadequao e seuspressupostosristocicosSu 'loofia do valor erasuamaior fraqueza erica Ele caiu no niilismo tico'

    resultadode sua esede que todo valor everdadenascem e uma sltual()

    hisrricaconcreta.No _tica egura, rdem socialestvel, ue possrscapoiar em tais PrincPios'Ligada .,i,. do hisroricismo' a transio o sculoXI X par:t tXX, por,"n,o,est crise o iberalismo lemo a ascensoc Progrilnr'lstotalitrios. e iberalismo uerdizero valorabsoluto a pcssoarttlrrrttrr'l7 S.hn:, .1,,11,r. ,1,,9l 4; Mcstrrc, 990; c lg6crs.1975

    . , o 5 E L R Lt ' r r

  • 7/29/2019 Jose Carlos Reis Historia e Teoria Pp. 207-243

    12/21

    J xrmao os direitos ndividuais, s historicistase mantiverrn ur.1oricntaoiberal.O liberalismo lemo iu no historicismouma [r.r.,rnclhorparaa teoriada iberdadendividualdo que a ei natural,quc h,,nrogcneizava, esindividua.lizava impunha uma violenta comperirivi(l.lrlc cntre os indivduos. Sua posiobsica:a lei natural restringea libcrdade e a espontaneidade os indivduos e o desenvolvimentodc srr.rindividualidade nquantobusca o seusenrido ingular.Mas, por ou(rrlado, suas eses e fato no eram esranhas osprojetos otalitriose r,rlvcrtenhamsido nstrume talizadas or seus deres.O historicismo odcsc rutilizado, prdoxalmnre,ontra a poltica iberalde defesa aturalisra l.rindividualidade!Apesar de sua nfaseno indivduo, ele pode scr apr,,priado por uma teoria coletivista, otalizanre.Ento, "individual" torna ..uma instituio,a nao,uma cultura, a "alma de um povo". Assinr,a liberdade ndividual s se ornavapossvel o quadro nacional. O supt r rdivduo Estado-nao ominava a liberdade ndividual. Nessesentic|r. 'historicismo eriapr-moderno pr-democrtico, m pensamenro rrraizadoainda no Antigo Regime.Contudo, ao enfatizara rquezae a tliversidade evaloresncionais,eleno estaria lenamenteenraizadon. sr,culo XIX? Para muitos autoes, a tica poltica do historicism,,, 1',"reconhecer s direitos ocais negrum mnimo de normasunverslis1, ,comportamento politico, contribuiu de algum modo para o totalitaris ,na Alemanha.lSApesar disso, Meinecke afirma que no se pode ignorar unr,r r.voluo cultural, e o historicismo oi uma das grandes evolues \lrrtuaisdo Ocidente.Depoisda Reforma, le eriasido a grande evolrrl.r,'intelectual lem.Meineckeo viu como a maior compreenso ascoi.,r.humanas o maiscapaz e enfrentar problemada histria.Ele rer.,lrtava que o historicismo odia vencero relativismo os valores. ,r.r.'.rmcnte individualizador, ele no era ncompatvel e no exclua r brrs,.r 1,rcgularidadestiposuniversaisa vida humana.Conciliava volrri,, rndividualidade. individualidade se exprimiana evoluo.O corr, rt,,hisroricista e evoluo ediferenciava a dia luministadc descrrvtrtvrmcntode germes rigineis m um progfesso, uscando perfei,i, '. .1 ,ir cvoluo o vai do mesmoao melhor,masde um ao outr,r, lcrrtr,' 1. ,trnicladc. individualidade volui de forma criativa. nesncra.l,r.l r.rrr.It l t rnr"nh, 1978; c lggcrs,1975. t' ) l r4. in",k. . l ' ) t t2r c Mctrrrc ' ' )()o'

    forma-se. Os indivduos, como as comunidades e as gcrrrcs' io ctttti un tos v i ra i s , o ta l i dades s qu icas i vas 'que evo luenr -n tcn ! r c r l c ( ( r,."d", .- si mesmas,ma s ncluindo a mudana novadora O histortctstn.'exieia respeito pelo destino Particular' defendia os interesses o lrstl tl t ' '.""r"a.i com; razo ocal, interesse acional As altas necessida

  • 7/29/2019 Jose Carlos Reis Historia e Teoria Pp. 207-243

    13/21

    l r r . r l dos a lo rcs , d i scusso a re lao n t re va o res ,rao . l i r r , , r , , .n t i a so< ia l .Por enquan to ,nessa rans i o o m ln io ,a raz r i , r r r r , , r , ,vcnecr t ! " "

    Di l they o histor ic ismo2r. Talvezparea aradoxal, as ,hoje,pode-se xpressarnterr.r,,.r,redescobrir revalorizar histria omo conhe.im"rr do passa,1,,l,\1,,,o predomnioautoritrio,hoje sabe-seisso,da d.r.olr.rt" da lrrsr,,rr,como construo o futuro, qu e durou aproximadamentee l/li,) ,1989. E curioso ver como novidade a h;sria comoestudodo pat,,t,t,,Tem-se inquietante entimenro e ter passadoarao ladodashosrcsr,versrias. as n ose rratade um projetonecessariamenteontra_rcv.lrrcionrio; alvez e ourro projerode mudana.Um projerohistri.r,, 1,r,leve.em onsideraopassado, no mais.,- proj.,o especulatrv,,.1,,,sedirija apenas o uturo. /alterBenjamin"*p, ,u", t"r., co.,t." " i,,,possvelupturacom o passadoenrada el amodernidadelumrnisrl. .\meuver,o passadooi negligenciadou mal reconstrudo uranteatlrr.ltase, m tempo ongo,poisn o er a reconhecido valorizado. ra corrrbatido,parase rdestrudo, squecido. histriacomoabertura o furrrr,,totnou-seaguarrs o passado! ouve um eclipse a histriacomo r, .cepodo passado.A pocaatual favorvel reromadadessae de ourrasoucsra)(.\queassim odemser ormuladal: omo possvelonhecer passado,, ,manoDo passado, quesedeveconhecer?euais asesrrariiaaognrvas, quaisos seus iscos?Quaisascondiese possibilidadeos imirr.,desse onhecimento?Qu e graude cerreza, e oLjetividade, e lgor, tl ,verdadepode-seesperarda atividade do historiador euais as relaircrentreo conhecimento o passado, experinciar.r.r,,. . asexpecrarrvir\futuras?Qual a relevnciaesse onhecimenro,u melhor,po , q.,. ", ,ue sebuscano passado?stas o ambmas questes osras elo historicismoe, por isso,o interessem estud-lo. nreriormente, omo rntroduoao rema,elas oramabordadasrevemente,uandoda apresentrro as caractersticaserais essemovimento 'telecruale,roDeud()s

    " r ggc rs , 9 75 c 1 9 8 4 .' ' v ( . , R . i s ,2 0 0 3 .

    sculos IX/XX, mediante compilao e ulgrtrtlt* lclrrrq"" ' ' ' ' lr ' 'es eitasa respeitoParaproduzirum conhecirlctrtoIt'tis 1 'aprofundado a visohistoricista a histria'seriiexPost' l)r('lrl( rr'rtl""d", "o lorlgodeste aptulo, uaelaboraospecic:rrneuc liltlrcv rr'rO nomee o pensamentoe Vilhelm Dilthey estiro sso' r'1"' r"historicismo.No sepodeafirmarque ele enhasidose unrlio' t.. 'lr "'apesar ese rassim onsideradoor Freunde Ortega Gasser' irn lggcrforam Humboldt e Droysen.ParaMeinecke,oi Herder'A escolhrrlcstt'robra parao estudoaprofundado as eses isroricistasobrea histtirideveu-semais oportunidade ue tive de estabelecerontatoco m str\idias obre histriano ensno adisciplinaeoriae metodologra a his-tria.A leiturae a discussoe seu exto curtoe hermtico "4 con-preenso o outro e de suasmanifestaese vida"' queconsidero ssctt-.i"l o"r^.r,rt" reflexo ensa obre conhecimento istrico' evou-mcame nteressareloestudo ealgumas esuas brasmais mportanres'icasem ediesrancesas,que analisoneste aptulo'Suaobra vasta' rrcuindo importantesbiografias:A uidade Schleiermacher1870)' Hsttitda uuenn)e d" Hegel 1905).Para undamentarminhaanlise' eleciotrcisuas rincipais bras ericas obre scincias umanas sobre histrir'So elas:)troduAoscincias o uprho (1883-90, 2v')' O mundodo ts-prito (1924, 2v.), A edifcaodo mundohistrico eks cincias o espittoitSiO) . o j mencionadoA compreensoo outro e de suasmanifcs-taesde vida". H aindaViuncia poesia 1906) e Os ;?osdeconcep'lud -rndo e ua omao os istemasetafsicos1911)'menos xploraclospor mim. N.rt" bibliogr"fi"selecionada, extensa'ugoque oi possvcl"rr.on,r", as sus eses ssenciaisobrea teoriada histriae da scinciasl.rumanas. issopode serconltrmadoPla eiturade seusmelhores ttmentaristas, ue em geralse referem tit"- t*tt"o' dtss^' oht"' 22Dilthey nasceu m 1833,em Biebrich, aAlemanha' morrctr rlbitamenteem 191l. Filho de pastor rlvinista'ev euma formao 'rsicamenteeolgica. ornou-sePastor' ras ogoabandonou ss

    tividrr(lc"Logodepoisa p.imeirahomilia",ahrmamseus igrafosE pass"trr rcd.di'.", "tirri"ede professor niversitrio e filosofia Parrt xct'ct "ensinode filosofiana universidade,ez uma tesede doutorrrtlo 'lrtc "pensamentoscolstico edieval'Como lsofo' onheci:r :rtrt lcsrlc '

    :

    22 Amaral , 1987.

  • 7/29/2019 Jose Carlos Reis Historia e Teoria Pp. 207-243

    14/21

    l6 rnos. A vida de professor niversitrio, a Alemanhado sculoXIX.ct nobre.Podia-seiverco mbons ecursos muito prestgio. Ieensrrr,,r,cm vrias niversidades:le,Kiel, Breslau Berlim.Seus igrrfos rlrnrm quc trabalhava e 12 a 14 horaspor dia! E provvel, evando-sc"rr,considerao eumodo discretode viver.Casou-se om Kaarine Prrnrr,rrr.com quem teve rs ilhos. Foi um casamento ifcil, que terminou on tlivrcio. Uma de suas eguidorasmais fiis foi sua lha, Clara Misch,

  • 7/29/2019 Jose Carlos Reis Historia e Teoria Pp. 207-243

    15/21

    tinriclrrc'lc.c Dilrheypreferiu erannimo,desconhecido, isrcrioso, r,,sc rcvclarna privacidade paruns poucos ntimos,qual o intcrcssc.rrrpublic-loe em l-lohoje Qual a relevncia blicade um penslrcrr,,fragmcntado,ntrodutrio,assistemtico,ermtico, bscuro,nconclrrs,,e ntimo? Uma hiptese:extamenre or isso, por essas azes! ,le propunha um estilo de vida baseado m uma cerra ilosofia da vida. Lnr srr.rforma de vida, em seusilo, em sua obra, em seus emas,combaria o sistema hegeliano.A vida, paraele, no clara e distinta, sistemtica, .rcional e completa.Ele afirmavaa histria,que ndividua.l,ocale ntima,

  • 7/29/2019 Jose Carlos Reis Historia e Teoria Pp. 207-243

    16/21

    l ',rrirclc, sua mportncia eria omparvel de Kanr c Hcgcl! )r.rc1i.rl(lssct ulgaqu esua epercussosr qumde sua mportniia,pois )r ltlcy csraria abase e grande artedo pensamentoosculoXX. Strrrrrltrnciaoi enorme obreos maiores ensadoresesse culo:Hciticggcr,\cbcr, Jaspers, . Cassirer, roeltsch,Scheller,Simmel, Mirnnhr.irr,(ramsci,Aron, Lwith, Lukcs,Spranger, artre,2da6r, Haocrrn.rs,Ricoeur.Ele tambm considerado, om Nietzsche,um d.os niciat rrc*do irracionalismodito ps-modernodaslrimasdcadas. ua ,filosofar.l,rvida" marcavaos limites da Razo-27Seuscrticos mais agressivos valiamque sua intuio relativisr.rrepresentana ma teoriaaristocrtica o conhecimento.As categoriasltrministasda razouniversal, firmam,seriamdemocrricas p'opular..;a ntuiohistoricista eria obree aristocrtica.or isso,.o-o 1 i-,r*(e no h acusao ais grave),algunso consideram r .rmdos resDons:i-veispela ascenso o nazismo.Dilthey, afirmam, estariana b"r. . r.,,,,pensamentopoltico reacionrio, ascista.E constri-seuma linhagem:Schelling.Nietxche, Schopenhauer,Kierkgaard,Dilthey, Simmel, Hci_degg3,spers... azjsras! le seriao criador d. .r-" t.o.i", a hsofa rt,tuida, qe reriasido favorvelao expansionismomperia.lista,i, brr"" .1"espao ital. Entretanro, egundo rmarrh,politicamente,le icava nrrca contempla$o e a revolufo. Sua posioera iberal-reformista.errerilsereficaz,ativo,semserdoutrinrio. Ele sealinhavacom o individ.ualsrnoreformista representado or Kanr, Schleiermacher,Humboldt. para Er_marth, Dilthey celebrava oucoo Estado.No era nem seu delogo,nemrevoluciondrio.Ele representaria tradiopolricado liberalismoburgus

    1ai;1on1rvad3r, evirando roposrasadicais m poltica, ducao so_ciedade.Ele defendiao gradualismopolirico. {pjs lgg, sempredeplo_rou revolues,9ue,pa ele, criavam d.spotismo, piores.A revoluoseria ncapazde mudar o homem interior. A revoluono Dodia evarrrmudanasno pensemento, os valores,na moralidade.Ele prop,rrrhaa ."-forma do pensamentoatravs a reflexo rtica.A reformas poderiavirdo autoconhecimenroo homemem todosos seus sDecros,Nessa ireo,as cincias umanas eriam nstrumenrosmpor_tantesda mudanaracionale pacfica.Seriamo antdoto paraas revolu-cs.Paraele,nose ratava e criar deais emotos,mase .orrt.ol", o,17 )ncgn y (assu, 1958. 28Schndelbach.984rErmarth, 978; Mesure' 990.

    processosociais o mundo imediatodos rotrrctr., s eincias umanasserviriam reforma da sociedade. relornra cst.triit t.trc;t

  • 7/29/2019 Jose Carlos Reis Historia e Teoria Pp. 207-243

    17/21

    obr rcprcsentouuma yiedque ebriu uma nova via reflexo ilosfir.r.O dcbatcque ele niciou interessa todo aqueleque trata de metodologi.rdas cinciashumanas.Ele foi o primeiro a conceberuma epistemoroll.rau(nomadessasisciplinas.Ele psa questo undamentalda "crtica tl.rrazohistrica".z7O pensamentode Dilthey rm sido caracterizadoomo uitalismo,neo-idealismo, ositiuismo,histoicsmo, inacionalismo, intelecnalismo, whjetiuismo, rcktiuismo, esteticismo, xistcncialismo, sicologismo, ociologirn),presettismo tc. So ermos mprecisose contradirrios,algunsabsurdos,rtuos que dificultam a sua abordagem.Diante disso,Ermarth procurirlembrar e repetir sua maior lio: Dihhey tambm,como oda aida histrica, deuc ser ftatado em seus rprios termos. difcil resumir su pensl-mento e enquadrJoem algum ismo.Tntado em seusprprios termos,no se pode chegara concluses laras,que o incluam em algum rrulo.Apesardisso,Ermarth propeum rtulo paraDilthey, o "real-idealismo",9ue, Paraele, eria sido uma importante rendnciado sculoXIX, e sobrca qual se estende ongamente.No examinaremos e perto essa iptesc,apenas registramos, ara no dificultar a abordagemde Dilthey em seusprprios termos.Para Dilthey, evitando odo sisrema,udo era problema.Cada so-luo era um novo probleme. Seu pensamenro difuso, mas coerentc,uma coerncia inmieae no um sistemaormal. Seus onceitosno soclaros e distintos, mas dinmicos, recprocos,Suasnoes-chaveo dif-ceisde definir precisamente: arte-rodo,estrurur, ausalidadeeleolgica,cr(tica manente.A vida, diferenteda gica, contraditria.ParaErmarth,ele eria sido o maismal compreendidoautor do sculoXIX. E ele oi res-ponsvelpor isso,pois era um hornem de grandes nruiese no um te-rico ctpaz de anlises bstratas.Em seu pensamento,em suas"anlisesabstratas", parece ua personalidadenttiva. E, nisto, ele ea coerenre,pois sua opocomo terico foi levar em considerao valorizarsuas n-tuies.3oSeusanalistas oncordim que sua mportncia na histria do pro-blemada compreenso incontornvel.Sua viso original desse ema de-correu da associaoue ele estabeleceu nrre crtica kantiana da razo29Fr"und,1973;Rickman, 979;Mesure, 990; Ortega Gasser,958.Jo Ermarrh. 978.

    e aEscola istrica'Em sua eoria a comprcctr\io' lc **xiott criticismoe historicismo, que o levou fundao cricitdr r r;itteiuhumrnrs'Todasas eorias ascincias umanas eferenr-sc'llcstllo lllc polcmica-mente, sua eotia.Dilthey partede Kant, nrirs ilcrctr' r'rc tlclc ltlrtce swaCrtica da razoputa. O que o interessa nr Krltt ( rctl Pollto dcpartida nterno Paro;onhecimento da natureza'sr o C' rctt 1ttttl itt clrirt" a."r,r..nd.ntal.A cincia construida partirdo stticito 'rt'r Klnt'no se Pode r almdo su.ieito de suas ategorias) stricito ltl lr(ctl-dental J po.to copcrnicamenteno centto do universo l;-'c('lrr rx" I tll'tafsicaeria ido up.r"d"' DiltheycontraKantrseusujcittt tttttttt ' tr rtrato, sem carnee s;ngue.No sepode ir almdo sujeito' vcrd'trlc' Mlrqu e suieito? araDilthey, a vida' a histria'Um sujeitohisttirtto ottruma ""xperi.t"ia interna" no exclusivamenteacional' Um sttjcito trtttt.,ona.d.r, com paixes,ntencionalidades, feces"'um eixedc Pttlrrcr"'oue constri sua vida ciando e seguindovaloresparticulares (-(lnt'l 'laz.o ora, Dilthey prope tma flosofa da.uid-a'N'eosepode ir Irlctrr l'rlrida. 'El" pensaq;e ; po iso, , ele tcria de fato superadoa metrllri' r'Paraele, a vida eraao mesmo empo psicolgica histrica'e no "pttra"'abstrata, acional,sistemtica muito menos ranscendente'Contra a crlca. a razo ura' que ele consideraaindametafsica'propeuma crtic'rda razohistricaou uma crticahistricada ratzo ur*"'

    Se no sepode ir almda vida, o problema saberse a vida co-nhecvel. p..g,ra* de Kant "como so possveis s cinciasnaturais?"'corresponde f.rg,rt," de Dilthey "como sopossveis scinciasdo cs-prito, as cinciasda vida humana?"' nspirador' Kant tornou-seseu acl-versrio.Dilthey no partede um sujeito intelectual'mas do homenr tn-d i v i d u a l - t o t al , o h o m e m e m s ua v i d a n o t e m p o' e m s u a h l s t o r lc l d i d c 'A possibilidade o conhecimento ascincias umanasn oseaPra( )a riori, ma" rla'.xperincia ivida' Dilthey procuroufundar ascincias oespritona psicologia'que trata dessa nidadehumanapsicofsicrcnr stt'terincia interna'P"i" tornalt a cincia undamental as otttrls eiitrciasdo esprito,contra a psicologia onstrutivista'que.imitavaos nr(otlttrdas "incia, naturais,ele criou uma novapsicologia escrtiurt tnrlttutEstaanalisae descreve "experincianterna"' que no prccis:rdc lripr3t Schnadelbach,984;Suter,1960'

    c r r o

  • 7/29/2019 Jose Carlos Reis Historia e Teoria Pp. 207-243

    18/21

    tcscspara.ser onstatada. experncanterna n o precsl se l c().,r, : .l x r i s o d a d o p r i m e i r o .Kant buscou condies nrelectuais prior paraapossihi lr,l .r,lcxperincia.El e construiu a priori como reria qu e i.r.,o.." Lr)r\1(.r, ,.t sua. elaoco m a real idadepala qu e a experincia ossc nrcl i1,r,, ,condies da experincian o se dariam dentro da experincirr, rr r rum a pur cons t ruo n te lec rua l . a ra D i l they , i sso f i cc t , i r r r , . l , , , ,L)i l they seria nlvez transempitisra. experincia o apcrr", ,,,,,., ,s . to xre r io r : l a e a rea l i dadenre rnada consc inc ia . cxpcr r , r , , , . .terna urn complexo, um a conexo, um a interdepend,.,cia ,,,,, ,,,,,,,experinciasnrernas. Dou-me conra de mi m e de also exrcri ,,,um fato da experincia nterna. N o se rrar.rde .nlo"irir^o, .lc ,,,,. ,, ,ob t i dasna exper inc ia x te r i o r . exper inc ian r " rna r rn r 1 . r ,1 , ,r , , r , ,to, concreto e vivido. Deve ser tomada como se apresenti,l )()t\ r r!,pode ve r atrsdessa xperincia.El a devese rdescritae anali .a.l ., ., 1 ,,,,aparece, oi s su averdaden o pode lh e se rexterior.Conruclo. sc r ,r ,, . ,a psicologiaa cincia undamenralda s cinciasdo espri to ()rr .,.r ., , r ,tria Ao longo da sua obra, el e hesitou em da r a uma ou i ouu,r ( r , ,. ,la s de cincia fundamental. Talvez se possaafirmar qu e !rrl ,r\ \,,, ,,damentais,pois traram da experincia rr,arn", q,,. a expcrirr, ., ,,,,,,.do eu em seumundo h is t r i co .Pode-se uporum c rcu o r r r rc , r r . r , , , ,mundo compar t i l hado om o our ro , e a p i i co log ia , xper i i r r t . r ( , , , r t , . .do eu. Ambas esro^^ l i gdaso comp lexoprob len . raa dc r r r i r l , r , l , ,, , , ,vidual e a cultural.S2

    Alguns au to res i scu rem e Dikhey ser ia ca lmcnrc r s r , , r , , , rno caso e sr , m qu e tendnc ia i s ro r i c s raeenr lu . t r l r . , r l r , r ir , r . r rl ,tcn ta que e le no ser iaum "puro h is to r i c i s ta , ' . on ruc lo . l , r , l . rr l , t ,.lurle desse onceito, quem pode ser indiscLrtivelmcnrc isr,,r . r..rl o "? ParaErmar th ,D i l they n o se t iah i s to r i c i s ra o r ( l uc : r ( ,l r ( ,1 , , , , . .n tc ta f s i ca i s fa rada ue sa l va passado , , , "1 " , , . .u , , , l r l r . , rr , ,s . ,c r i r t c l o m m t o d op a r aa sc i n c i : r su m a n l s . ' l c l i a ; r l r c r r o, r . r . , , , , ,i n tc l cc r r ra l ue ap iaas suas ons t r r cs : obscrv l i i ( ) l , r r r . r l r , l , , i .t i oc t t l ru r r r l . n i c ia imen te ,Ermar th rendea rcsr r i n l l i o ( . r r r r . r r , , . . ,vo t : r t l i r r r rcn tc ) cond iodc um cp is tcn r r , r l ogoco l i . r r r r i , r r r , , ,l r r , . . r t t t i t i r r r t o d o s . a s d c p o i s l i n r , r i *, , n g c . r 1 , ; , . , 1 , ,, , t , , , , ," I r r r r . r r r l r ,( ) / l l r \ l r r r r r c ,, ) ( ) 0 i. ^ r , r . , ) i 8 . r . 1 , , l i , " I r r l u r l , l ' r s

    atribuir-lhe um "hisroricismo transcendental",cuia tcsc seia: o rcr no sefanda na idia nbsohta o em Deu!, mas n/r historicdttlc bumana' Esse his-toricismo transcendcrti l xmina as possibi l idades ttttrrn'rt ..{c uto-rea-Iizao,procurando Irr histria algo de absoluto conlo Potcl lci ir l idededohomem verdadeirc,. ,sse bsoluto transistrico seria a crtpacitladecria-tiva da mente hltnr,rtr.t, ue no etena da, ma s vitle concrcre-A his-tria se encontrl c()m a vida Pela comPrccnso. A historicic'rdcdohomem est l igacla vida sociocultural. A individualidadc concretir dohomem n o pagi sJa ondio sociale cultural. O indvduo n o c iso-lado e s. O homctl teln uma naturezaaberta,comunicativ A conrl lrc-enso mpt i ( . r u t r t t l ,en ) a p4ry r i a na tu reza umana A h i s r r ia r rns -tante muanr, tpica e nica. que pe-rman m todas as poc:rscsociedades a exprcssiro, comPreenso, comunicaoentre homens di -ferentes.Para clc, o homem "experinciavivida", qu e cria, que se cx -pressa, ue sc conl lrica,qu e comPrend ee se deixa comPreender'E quese nquieta co m x srraexistncia. verdade o PrPrio Processo istrico'em qu e a vida sc cxPtcssa compreendida' e no um a ProPosioabs-trata e atemporal. )i l they n o prescreve ma final idade Paraa histria Ohumano est po r t.'rt{,t artc em realizao.Ele defende a l iberdade se mslstemas.-

    Essahiptescde um historicismo transcendentI, e Ermarth' qu e uma leitura muito fecunda de Dil they, n o o incluiria no movimentohistoricistaem unra Posio iqussimae central?Essaanlise'a meu verro situa plenamnt e no historicismo. ParaDilthey, o qu e h de absoluto nohomem, o que o diferenciad, r natureza, a possibi l idadequ e el e em ' emsu a experi;cia vivida, de se cxPressar se fazercomPreenderpelo outro'Po r mais diferentesque seiam os homens em sussociedades' ulturas epocas, ubsisteem todos a possibi l idadeda expresso da compreenso,".pro"". O reino do esPri to,o mundo histrico, um mundo de sen-tido, em que a comunicao possvele s e realiza Quanto maior a di -fcrcna entre os homens, mais necessria comunicao se torna e maisintc.,." a comPreenso o outro. A vida cria l inguagensmltiplas e de -,. rvcis cscritas,orais, iconogrficas'arquiteturais,artesanais' ecno-Irigicas, lrrlnri tativas,simbicas,al imentares, i tuais, sagradas' romti-( .r s ctc. l .tftn, o l l tndo do espri to um mundo de lingr'ragens' 1u c

    t t r r ( | l ( s f r < s r r s

  • 7/29/2019 Jose Carlos Reis Historia e Teoria Pp. 207-243

    19/21

    . i ']].j.1-,'".1,.nr18.1r..ue o ecifrveiscompreensvers.\ r,,t,l . i : ] l l " - r "or a parr i r el amesma, esuaexper inciaiv ida. ) r r r r r r r , t ,nr\r()ncoem como base sre on.iunro squioqu e olha o mrr,r,l,,.1'c lha, que se expressa,ri".,do lingu"g.f, 0".,."""*"-0,., ,, ,I 'ura )ilthey, estemundo sediferenci d" "";;" ; * or" ,",. ,, ,citlo po r um saber specifico "urnomo.34----- ' 'v vvu!

    Po r tudo isso,minha t,:l.l:,".- suas.obras,?o**;:[rH::,,I ii::, :, ],entou pontosde vistahisroricisras.ps-se o historicismo onr,rnr,,comopuro irracionalismo, po r sso,"[um o "",rr"."^ J. ,..",l ,, , ,, ,irivismo.Ma s ops-seambmao historl.ir-o ."_o p,.rr""ii"",,,,,,,,,,le seria nosera ientificisra. eria, oi sq"i, f"rd;;; .i;cias ,1,,prito em bases ientficas, as suaonentao ientfica o busc.rrr.r,,de evoluo. le renta undar,llii .-"1::especncas,.':",::,1*'"',:.i::i:":': l l 'l irl.o1o..^.- de recorrer ripos,el evaloriza relaonruitivu 1, ,1, ,tolactor om o seuobjeto.Elepropeum tipo de racionalid"d" ,,,,, , ,l".t,lri. e hlsrflca.EIequer azeruma cinciaespecfica,cn r1.i,.. mundohumno. uponho ueele srar iaasegundaas e o hisror, . . r r , .vma ep.istemologillom contarninaesflorfr,._b;r" ;;; .,,,,,,termo 'contaminaes".Talvez ossemelhordir..,,ir,flue.,.i".,,.,,,1,.,..,"razes".Ele seriaum hisroricistantermedirio,.r,r. o .",i,,,,,,, ,epistemolgico. ainda omnticoe j epistemoiugi_.'"",, , ,duzidoum tipo de romantismo pistemolgico!lurro-d. a,,,ri..,,,,i,,cstna frentedo movimentohistoricista,o fazer_lhe teoria. rl c ,, r ,, ,p:rla Ranke e a EscolaHistricaalemassimcomo Kirnr .\r(.vi. l, ,Ncrvron. le ar ia reor ia e uma prr ica ogn t ivaJ cx isrcr r r r . .r ,, , ,cot ts t ruoer ica, or um lado,e lesonha om. i, tc i , r igr r ror . r ,, ,p . ,conr . l r rtodompir ico; or ourro, nut r idodc i rer i r r r t r ,i , . , , i . , . , , , ,c rcligio, .se^recustransporos procedlncntossicoss ritrrrr .r. , .rrrurrrrs.elc, filosofia histriaestounid,rs.l5O: tspccto osi t iv isralc rr a eorr i rlcvc-sc rr rnr .1scr . rr . r r r r rl,, t t t 1r rc ivct r . sc inciasi tur . isr l )L lscr . l r )scu ) .1( l rJ( 1, . , , , , , , .,j , r i v i r l . r < l c .N . s t : r r r l . J X . : r r r . r r c . , l . ri 1 , , . , , , ri , , . 1 , ,, i , . , . , i . 1 , ;' ' I ' , . "1 .' ) ; ' H' t , , r , , 1 ,, r r

    uma filosofia ientfica.No er auma filosofiaespeculativa, as estudospositivos om inteno ilosfica".O filsofono podia pensar ualquerobjeto sem recorrer estudos oncretos,ao estudode fontes primriasex-tradas o mundo rc,rl.Dilthey, nesse entido, uisque sua ilosofia ossecientfica, uma tcoriado conhecimento ascinciasmorais,quc csru-dam as elaesevcnros osirivos o mundohistrico-social.s questesfilosficas evem cr espondidasositivamente. reside euposirivismo,que,segundoAron, elenuncasuperou que a suaoriginalidade. in-gum evou nais ongea rejeio a merafsica,exigncia e uma crricaautnoma,e analsou s condies asquaiso pensamenroeaplicaaopassado. le elaborou ma gicaoriginaldo conhecimento istrico.El evisavaapreender scondiesde nteligibilidadeprprias scincias o es-prito e o seuaportcaomelhorconhecimento oshomens,Sua ese: sci -ncias umanas xistem omo cincias vodiscutirse ucarrer ientficoem nome de um:r teoria preconcebida a cincia.O epistemlogo otem de ser o seuconstrutor,mas o seuhistoriador fazera sua eorraaprtir da prticados especialistas.ssasincias edesenvolvemm mero prticada vida.'"H pouco consenso uantoo seu pensamento omo um todo.Mas seupensamentoonstituiria m todo?Ele no conclua no siste-matizava. lgunso vem omo aindametafsico, utroscomo historicista,mascom qualificaesivcrsas, utroscomo positivista. ode-sealardeum nico Dilthey?H quem o dividaem dois:um jovempositivista umvelhoexistencialista;u un iovempsicologista,omntico,que opunhaontologicamenteincias aturais cincias umanas, um maduro,qu eabandonou psicologia elahistria, omo undmento a compreenso,e que procurava rticulare conciliarepistemologicamete cinctas atu-raise humanas.Outros afirmama existncia e at seis erodos m seurrabalho!Para outros ainda, seu pensanento o sofreu mudana.Ovclho realizou trabalho o ovem.Ele eria etomado bstinadamentesncsmas uestes. ara estes alvezno haja nenhum desenvolvimento,ncm muitas reformulaesm seu pensamento. este,haveriaum altogr,rr.r e coninuidade, mesmo revelandovriascamadas, lre mostram asinlrrncias e outros pensadores. ara Ermarth, se ele modificou suesiJt{i.rs, io sc pode estabelecerstgios ronolgicos. ma cronologiir cr i ' , \ r , , r t , l l H . r ( I . , . , r , , 1 ,, ) ? .

    l l r \ r ( \ t t \ \ I ) 4 1J o s C R L o sR r s

  • 7/29/2019 Jose Carlos Reis Historia e Teoria Pp. 207-243

    20/21

    ' ' r ' ! r . ! , (. ( ,c rssananen tema crono log ia e d ias .No se por l c r r . r r , ., ' l . ' \ , . \ l( ) sc r r ensamenro . l e d a l t i co : runa coern i i a c ( l ) rL ,! r r , . r \ l ) r ' r cs . eupensamento vo lu iu ,mas ambm re to lno r r .S , . r r . .,l, ' , \ . r I l r ' r i r ue e lcperd ia empo,a f i rmandoo scuprob lema, . , , , 1 , , ,1 ' , , r , r l r r o . uma un idade undamenta l n . , . , , , r "b " l ho , c r l ) ( r . r r ,r lrr.r trrididena diversidade.lTPrra Ortega y Gasser, difci l perceberperodos em s. . I 1 , ,t r c | ro , por su aobscur idade . eupensamento secre to ! le no ,1 r , .1q , , , , i u r r r t r a r ua n tu i o .Ee i cou a me io caminhoda sua d ia . . : r j r , , r r1 ,P tcc i so , l en i tude ,conc luses . i l they "no tcve tempo, ' n t , . . r r r , ,1 , , , ,l .zcf su aobra, embora tenha vivido bastante Sa,,pa.rr"-"r.r,,, r i r( !i r lLr.trnrl evoluo inear. Volta sempreao rl esmoccntro. Em sua vcl lr i ,, ]tc t i a ree laborado e lho r as d ias ue r rouxera a juvenruc l c . c ; , r , , , , ,r c< l l ogo , i s to r i ador u f i l so fo ,ovem ou ve lho ,seupro je to un . l . r r r , , , ,c|1cornprcencler homem enquanro se r histrico. O telogo sul,rrr, , ,tcl igio histria; o fi lsofo, as dias histria; o historiadoLsc prr.rr,l , ,i t l i i rrs e aos persoragens ue faz-em histria. l i losofia e histtjr i ,r r.r,, ,, ,tudcs complemenrarcs toda pesquisa i losfica nseparvcl 1, ,1,,..,,,,.l .r losofiae da hisrria do s homense roda pesquisa isrica irrrl ,l r, , , ,, .krsofia, porque o homem inrerroga o passadopar nelc cnc()rrr r,p()sr:s ar a as questesatuais.ron propequ e se d i s t i nga rs ases rn seu pcns r ) ( . r , ( , ,sii io

  • 7/29/2019 Jose Carlos Reis Historia e Teoria Pp. 207-243

    21/21

    "mundo hisrrico", experincia ivida", "compreenso',,,visode muncJo,c sua percepfo da histriacomo um complexode coernciasm sido rrs.rdos por vrias eoriasdascincias umanas.4oNa A.lemanha, om a ascensoo nazismo,suaobra quaseno i,rtocada.O mundo histrico-espiritualriadopor Hitler no re irr.r".,,,,,por ela.Depois e 1945, novosestudosdemoraram aparecer. odavi.r.os pensrnentosue aparecerarn,parentementendiferentesa ele,no lrceramestranhos: neomarxismo,o existencialismo, fenomenolosia. )rrtros obstculosarrasaram seu rerorno: traduodifcil, pela compl"r,dadeda obra;publicao ificil,pelaextenso. os anos1960,o in,.r,.,,."por sua obra cresceu.Autoresda hermenuticacomo Gadamer,Ricocrrr,Habermasse apoiaramnele.A teoriadascincias ociais redescobrirr. rantropologiasestruturale compreensivahe sodevedoras. le defendi.r rinterdisciplinaridade,que um projeto ainda atual. Alguns marxrsr.r. ,consideravamum idelogo do capitalismo, conservadore reacion;iri.Um defensordo imperialismocm gerale do alemo,em prricular. ( )rltros marxistas,ao conmrio,o viram como um aliado na reforma nrclc,rual e moral, como um revolucionriodo homem interior. Um marxnnr,,superestutural,cu.ltural, ecorreua Dilthey, Habermase Gramsci c,rrrrbinaram Dilthey e Marx. Epistemlogoda compreenso,ilsofo