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______________________________________________________________________________________ ETU-151 Versão 0.0 Junho / 2020 1 Especificação Técnica Unificada ETU – 151 Revisão 0.0 – Junho / 2020 Isolador pino de composto polimérico ENERGISA/C-GTCD-NRM/Nº017/2020

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Especificação Técnica Unificada ETU – 151 Revisão 0.0 – Junho / 2020

Isolador pino de composto polimérico

ENERGISA/C-GTCD-NRM/Nº017/2020

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Apresentação

Esta Especificação Técnica as diretrizes necessárias para padronização das

características técnicas e requisitos mínimos, elétricos e mecânicos, exigidos para

fornecimento de isolador tipo pino de composto polimérico para as concessionárias

do grupo Energisa S.A.

Para tanto foram consideradas as especificações e os padrões do material em

referência, definidos nas Normas Brasileiras Registradas - NBR da Associação

Brasileira de Normas Técnicas - ABNT, ou outras normas internacionais reconhecidas,

acrescidos das modificações baseadas nos resultados de desempenho destes

materiais nas empresas do grupo Energisa.

As cópias e/ou impressões parciais ou em sua íntegra deste documento não são

controladas.

A presente revisão desta norma técnica é a versão 0.0, datada de junho de 2020.

Cataguases - MG, junho de 2020.

GTD – Gerência Técnica de Distribuição

Esta Especificação Técnica, bem como as alterações, poderá ser acessada através do

código abaixo:

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Equipe técnica de edição da ETU-151 (Versão 0.0)

Augustin Gonzalo Abreu Lopez Orcino Batista de Melo Junior

Grupo Energisa Grupo Energisa

Danilo Maranhão de Farias Santana Paulo Victo Nascimento de Souza

Grupo Energisa Grupo Energisa

Hitalo Sarmento de Sousa Lemos Ricardo Campos Rios

Grupo Energisa Grupo Energisa

Natanael Rodrigues Pereira Ricardo Machado de Moraes

Grupo Energisa Grupo Energisa

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Aprovação técnica

Ademálio de Assis Cordeiro Juliano Ferraz de Paula

Grupo Energisa Energisa Sergipe

Alessandro Brum Marcelo Cordeiro Ferraz

Energisa Tocantins Dir. Suprimentos Logística

Amaury Antônio Damiance Paulo Roberto dos Santos

Energisa Mato Grosso Energisa Mato Grosso do Sul

Fabrício Sampaio Medeiros Ricardo Alexandre Xavier Gomes

Energisa Rondônia Energisa Acre

Fernando Lima Costalonga Rodrigo Brandão Fraiha

Energisa Minas Gerais / Energisa Nova Friburgo Energisa Sul-Sudeste

Jairo Kennedy Soares Perez

Energisa Borborema / Energisa Paraíba

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Sumário

1 OBJETIVO ............................................................................................................................. 8

2 CAMPO DE APLICAÇÃO ....................................................................................................... 8

3 OBRIGAÇÕES E COMPETÊNCIAS .......................................................................................... 8

4 REFERÊNCIAS NORMATIVAS ............................................................................................... 8

4.1 LEGISLAÇÃO E REGULAMENTOS FEDERAIS ............................................................................... 9

4.2 NORMA TÉCNICA BRASILEIRA ............................................................................................... 9

4.3 NORMA TÉCNICA INTERNACIONAL ....................................................................................... 11

5 TERMINOLOGIA E DEFINIÇÕES .......................................................................................... 12

5.1 ISOLADOR TIPO PINO POLIMÉRICO ....................................................................................... 12

5.2 ARVOREJAMENTO............................................................................................................ 12

5.3 EROSÃO ........................................................................................................................ 12

5.4 ESFARINHAMENTO .......................................................................................................... 13

5.5 FISSURA ........................................................................................................................ 13

5.6 RACHADURA (CRACKING) .................................................................................................. 13

5.7 SAIAS DO ISOLADOR ......................................................................................................... 13

5.8 TRILHAMENTO ELÉTRICO (TRACKING)................................................................................... 13

6 CONDIÇÕES GERAIS ........................................................................................................... 13

6.1 CONDIÇÕES DE SERVIÇO .................................................................................................... 13

6.2 LINGUAGENS E UNIDADES DE MEDIDA .................................................................................. 14

6.3 ACONDICIONAMENTO ...................................................................................................... 14

6.4 MEIO AMBIENTE ............................................................................................................. 16

6.5 VIDA ÚTIL ...................................................................................................................... 16

6.6 GARANTIA ..................................................................................................................... 17

6.7 INCORPORAÇÃO AO PATRIMÔNIO ....................................................................................... 17

7 CONDIÇÕES ESPECÍFICAS .................................................................................................. 18

7.1 MATERIAL ..................................................................................................................... 18

7.2 CARACTERÍSTICAS DIMENSIONAIS ........................................................................................ 19

7.3 ACABAMENTO ................................................................................................................ 19

7.4 IDENTIFICAÇÃO ............................................................................................................... 19

7.5 REQUISITOS FÍSICOS E ELÉTRICOS ........................................................................................ 20

7.6 REQUISITOS MECÂNICOS ................................................................................................... 20

7.7 SISTEMA AUTO TRAVANTE ................................................................................................. 20

8 INSPEÇÃO E ENSAIOS ........................................................................................................ 21

8.1 GENERALIDADES ............................................................................................................. 21

8.2 CLASSIFICAÇÃO DOS ENSAIOS ............................................................................................. 25

8.2.1 Ensaios no polímero (PO) ....................................................................................... 25

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8.2.2 Ensaios de projeto (P) ............................................................................................ 26

8.2.3 Ensaios de tipo (T) .................................................................................................. 26

8.2.4 Ensaios de recebimento (RE).................................................................................. 27

8.2.5 Ensaios especiais (E) ............................................................................................... 27

8.3 DESCRIÇÃO DOS ENSAIOS .................................................................................................. 28

8.3.1 Inspeção geral ........................................................................................................ 28

8.3.2 Verificação dimensional ......................................................................................... 28

8.3.3 Medição da temperatura de oxidação (OOT) ........................................................ 28

8.3.4 Espectroscopia de infravermelho com transformada de Fourier (FTIR)................ 28

8.3.5 Absorção de água ................................................................................................... 29

8.3.6 Fissuração ............................................................................................................... 29

8.3.7 Medição da permissividade relativa ...................................................................... 29

8.3.8 Ensaios no polímero antes e após o envelhecimento em câmara de UV .............. 29

8.3.9 Verificação da resistência ao trilhamento e erosão ............................................... 29

8.3.10 Trilhamento e erosão ......................................................................................... 30

8.3.11 Radiografia computadorizada ............................................................................ 30

8.3.12 Envelhecimento térmico .................................................................................... 30

8.3.13 Tensão suportável de impulso atmosférico, a seco ........................................... 30

8.3.14 Verificação da tensão suportável utilizando o método da tensão suportável

preestabelecida ........................................................................................................................ 30

8.3.15 Tensão suportável em frequência industrial, sob chuva .................................... 31

8.3.16 Perfuração sob impulso ...................................................................................... 31

8.3.17 Poluição artificial ................................................................................................ 31

8.3.18 Compatibilidade dielétrica ................................................................................. 31

8.3.19 Resistência mecânica .......................................................................................... 31

8.3.20 Tração ................................................................................................................. 32

8.3.21 Flexão .................................................................................................................. 32

8.3.22 Verificação da rosca ............................................................................................ 32

8.4 RELATÓRIOS DOS ENSAIOS ................................................................................................ 32

9 PLANOS DE AMOSTRAGEM ............................................................................................... 33

9.1 ENSAIOS DE TIPO ............................................................................................................. 33

9.2 ENSAIOS DE RECEBIMENTO ................................................................................................ 33

9.3 ENSAIOS ESPECIAIS .......................................................................................................... 33

10 ACEITAÇÃO E REJEIÇÃO ..................................................................................................... 34

10.1 ENSAIOS DE TIPO ............................................................................................................. 34

10.2 ENSAIOS DE RECEBIMENTO ................................................................................................ 34

11 NOTAS COMPLEMENTARES............................................................................................... 34

12 HISTÓRICO DE VERSÕES DESTE DOCUMENTO .................................................................. 35

13 VIGÊNCIA ........................................................................................................................... 35

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14 TABELAS ............................................................................................................................. 36

TABELA 1 - Requisitos elétricos e mecânicos do isolador ........................................................ 36

TABELA 2 – Requisitos físicos do polietileno de alta densidade .............................................. 37

TABELA 3 – Planos de amostragem – Inspeção e verificação dimensional .............................. 38

TABELA 4 - Relação de ensaios ................................................................................................. 40

15 DESENHOS ......................................................................................................................... 41

DESENHO 1 – Isolador polimérico de pino ............................................................................... 41

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1 OBJETIVO

Esta Especificação Técnica define os requisitos mínimos exigíveis para a qualificação

e aceitação de isoladores tipo pino de composto poliméricos utilizados em redes de

distribuição aéreas primárias para as classes de tensões 15,0 e 36,2 kV.

2 CAMPO DE APLICAÇÃO

Os materiais previstos nesta padronização se aplicam às montagens das estruturas

de redes de distribuição de média tensão, aéreas, protegidas, urbanas e rurais,

previstas nas normas técnicas em vigência nas Empresas do Grupo Energisa.

3 OBRIGAÇÕES E COMPETÊNCIAS

Compete a áreas de planejamento, engenharia, patrimônio, suprimentos, elaboração

de projetos, construção, ligação, combate a perdas, manutenção, linha viva e

operação do sistema elétrico cumprir e fazer cumprir este instrumento normativo.

4 REFERÊNCIAS NORMATIVAS

Esta Especificação Técnica foi baseada no seguinte documento:

• ABNT NBR 16327-1, Isolador polimérico tipo pino para redes com cabos

cobertos fixados em espaçadores, para tensões acima de 1 000 V - Parte 1:

Definição, métodos de ensaio e critérios de aceitação

• ABNT NBR 16327-2, Isolador polimérico tipo pino para redes com cabos

cobertos fixados em espaçadores, para tensões acima de 1 000 V - Parte 2:

Dimensões e características

Como forma de atender aos processos de fabricação, inspeção e ensaios, os

isoladores tipo pino de composto poliméricos devem satisfazer às exigências desta

Especificação Técnica, bem como de todas as normas técnicas mencionadas abaixo.

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4.1 Legislação e regulamentos federais

• Constituição da República Federativa do Brasil - Título VIII: Da Ordem Social -

Capítulo VI: Do Meio Ambiente

• Lei n° 8.347, de 24/07/85 - Disciplina a ação civil pública de responsabilidade

por danos causados ao meio ambiente, ao consumidor, a bens e direitos de

valor artístico, estético, histórico, turístico e paisagístico

• Lei n° 9.605, de 12/02/98 - Dispõe sobre as sanções penais e administrativas

derivadas de condutas e atividades lesivas ao meio ambiente, e dá outras

providências

• Resolução do CONAMA n° 1, de 23/01/86 - Dispõe sobre o Estudo e o Relatório

de Impacto Ambiental - EIA e RIMA

• Resolução do CONAMA n° 237, de 19/12/97 - Dispõe sobre os procedimentos

e critérios utilizados no licenciamento ambiental

4.2 Norma técnica brasileira

• ABNT NBR 5032, Isoladores para linhas aéreas com tensões acima de 1 000 V –

Isoladores de porcelana ou vidro para sistemas de corrente alternada

• ABNT NBR 5456, Eletricidade geral – Terminologia

• ABNT NBR 5472, Isoladores para eletrotécnica – Terminologia

• ABNT NBR 6939, Coordenação do isolamento – Procedimento

• ABNT NBR 9335, Embalagens de madeira e de papelão ondulado para

isoladores de pino - Características dimensionais e estruturais

• ABNT NBR 10296, Material isolante elétrico – Avaliação de sua resistência ao

trilhamento elétrico e à erosão sob severas condições ambientais – Método de

ensaio

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• ABNT NBR 10621, Isoladores utilizados em sistemas de alta tensão em corrente

alternada – Ensaios de poluição artificial

• ABNT NBR 15124, Isolador de porcelana ou vidro para tensões acima de 1 000

V – Ensaio de perfuração sob impulso

• ABNT NBR 15643, Isoladores poliméricos para uso interno e externo com

tensão nominal superior a 1 000 V – Terminologia e ensaios de projeto

• ABNT NBR IEC 60060-1, Técnicas de ensaios elétricos de alta tensão – Parte 1:

Definições gerais e requisitos de ensaio

• ABNT IEC/TS 60815-1, Seleção e dimensionamento de isoladores para alta-

tensão para uso sob condições de poluição - Parte 1: definições, informações

e princípios gerais

• ABNT IEC/TS 60815-3, Seleção e dimensionamento de isoladores para alta-

tensão para uso sob condições de poluição - Parte 3: isoladores poliméricos

para sistemas de corrente alternada

• ABNT NBR NM IEC 60811-1-1, Métodos de ensaios comuns para os materiais de

isolação e de cobertura de cabos elétricos – Parte 1: Métodos para aplicação

geral – Capítulo 1: Medição de espessuras e dimensões externas – Ensaios para

a determinação das propriedades mecânicas

• ABNT NBR NM IEC 60811-1-2, Métodos de ensaios comuns para os materiais de

isolação e de cobertura de cabos elétricos – Parte 1: Métodos para aplicação

geral – Capítulo 2: Métodos de envelhecimento térmico

• ABNT NBR NM IEC 60811-1-3, Métodos de ensaios comuns para os materiais de

isolação e de cobertura de cabos elétricos – Parte 1: Métodos para aplicação

geral – Capítulo 3: Métodos para determinação da densidade de massa –

Ensaios de absorção de água – Ensaio de retração

• ABNT NBR NM IEC 60811-4-1, Métodos de ensaios comuns para materiais de

isolação e de cobertura de cabos elétricos – Parte 4: Métodos específicos para

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os compostos de polietileno e polipropileno – Capítulo 1: Resistência à

fissuração por ação de tensões ambientais – Ensaio de enrolamento após

envelhecimento térmico no ar – Medição do índice de fluidez – Determinação

do teor de negro de fumo e/ou de carga mineral em polietileno

4.3 Norma técnica internacional

• ASTM D 150, Test methods for AC loss characteristics and permittivity

(dielectric constant) of solid electrical insulation

• ASTM D 570, Test method for water absorption of plastics

• ASTM D 638, Test method for tensile properties of plastics

• ASTM D 1693, Test method for environmental stress cracking of ethylene

plastics

• ASTM E 204, Practices for identification of material by infrared absorption

spectroscopy, using the ASTM coded band and chemical classification index

• ASTM E 2009, Test methods for oxidation onset temperature of hydrocarbons

by differential scanning calorimetry

• ASTM G 155, Practice for operating xenon arc Light apparatus for exposure of

non-metallic materials

NOTAS:

I. Nos pontos não cobertos por esta Especificação Técnica, devem ser atendidas

as exigências da ABNT, aplicáveis ao conjunto e a cada parte. Nos pontos em

que a ABNT for omissa, prevalecem as exigências da IEC.

II. O fornecedor deve disponibilizar, para o inspetor da Energisa, no local da

inspeção, todas as normas acima mencionadas, em suas últimas revisões.

III. Todos os materiais que não são especificamente mencionados nesta

Especificação Técnica, mas que são usuais ou necessários para a operação

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eficiente do equipamento, considerar-se-ão como aqui incluídos e devem ser

fornecidos pelo fabricante sem ônus adicional.

IV. As siglas acima referem-se a:

• ABNT - Associação Brasileira de Normas Técnicas

• NBR - Norma Brasileira Registrada

• ASTM - American Society for Testing and Materials

• IEC - International Electrotechnical Commission

5 TERMINOLOGIA E DEFINIÇÕES

Os termos técnicos utilizados nesta Especificação Técnica estão definidos ABNT NBR

5456, ABNT NBR 5472, ABNT NBR 6939 e ABNT NBR IEC 60060-1.

5.1 Isolador tipo pino polimérico

Isolador convencional dotado de orifício roscado ou provido de pino, constituído por

um único corpo isolante, que para a fixação dos cabos cobertos, requer o uso de

amarrações externas.

5.2 Arvorejamento

Degradação irreversível do isolador provocada pela formação de microcanais dentro

do material. Podem ser condutivos ou não e se estenderem progressivamente pelo

material, até que ocorra falha.

5.3 Erosão

Degradação irreversível e não condutiva da superfície do isolador, que ocorre por

perda de material. Pode ser uniforme, localizada ou ramificada.

NOTA:

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I. Quando da ocorrência de descargas parciais, marcas superficiais rasas,

normalmente ramificadas, podem aparecer em isoladores compostos

poliméricos assim como em isoladores de cerâmica. Essas marcas, entretanto,

não são prejudiciais pois não são condutoras. Quando forem condutoras,

deverão ser consideradas como trilhamento.

5.4 Esfarinhamento

Aparecimento de partículas do material de revestimento que formam uma superfície

rugosa ou coberta de pó.

5.5 Fissura

Microfratura superficial com profundidade entre 0,01 e 0,1 mm.

5.6 Rachadura (cracking)

Fratura superficial com profundidade superior a 0,1 mm.

5.7 Saias do isolador

Parte externa do isolador destinada a aumentar a distância de escoamento.

5.8 Trilhamento elétrico (tracking)

Degradação irreversível do isolador provocada pela formação de caminhos, que se

iniciam e desenvolvem na superfície do material isolante, propícios a conduzir

corrente elétrica, mesmo quando secos.

6 CONDIÇÕES GERAIS

6.1 Condições de serviço

Os isoladores tipo pino de composto poliméricos tratados nesta Especificação Técnica

devem ser adequados para operar nas seguintes condições:

a) Altitude limitada a 1.000 m;

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b) Temperatura:

• Máxima do ar ambiente: 40 ºC

• Em um período de 24 horas: 35 ºC;

• Mínima do ar ambiente: -5 ºC;

c) Pressão máxima do vento: 700 Pa (70 daN/m²);

d) Umidade relativa do ar de até 100%;

e) Nível de radiação solar: 1,1 kW/m², com alta incidência de raios ultravioleta;

f) Ambiente marítimo, constantemente exposto a névoa salina.

6.2 Linguagens e unidades de medida

O sistema métrico de unidades deve ser usado como referência nas descrições

técnicas, especificações, desenhos e quaisquer outros documentos. Qualquer valor,

que por conveniência, for mostrado em outras unidades de medida também deve ser

expresso no sistema métrico.

Todas as instruções, relatórios de ensaios técnicos, desenhos, legendas, manuais

técnicos etc., a serem enviados pelo fabricante, bem como as placas de

identificação, devem ser escritos em português.

NOTA:

I. Os relatórios de ensaios técnicos, excepcionalmente, poderão ser aceitos em

inglês ou espanhol.

6.3 Acondicionamento

Os isoladores tipo pino de composto poliméricos deverá ser acondicionado em

embalagens, conforme ABNT NBR 9334, com massa bruta não superior a 50 kg,

obedecendo às seguintes condições:

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a) Serem adequadamente embalados de modo a garantir o transporte

(ferroviário, rodoviário, hidroviário, marítimo ou aéreo) seguro até o local do

armazenamento ou instalação em qualquer condição que possa ser encontrada

(intempéries, umidade, choques etc.) e ao manuseio;

b) O material em contato com os isoladores não deverá:

• Reter umidade;

• Aderir a ele;

• Causar contaminação;

• Provocar corrosão quando armazenado.

Os volumes finais devem ser identificados, de forma legível e indelével, com no

mínimo as seguintes informações:

a) Nome ou logotipo da Energisa;

b) Nome ou marca comercial do fabricante;

c) Pais de origem;

d) Mês e ano de fabricação (MM/AAAA);

e) Identificação completa do isolador (categoria, código internacional se

aplicável, diâmetro interno e externo, comprimento etc.);

f) Massa liquida, em quilogramas (kg);

g) Massa bruta, em quilogramas (kg);

h) ABNT NBR 6249;

i) Número e quaisquer outras informações especificadas no Ordem de Compra

de Material (OCM).

NOTAS:

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I. O fornecedor brasileiro deverá numerar os diversos volumes e anexar à nota

fiscal uma relação descritiva (romaneio) do conteúdo de cada volume.

II. O fornecedor estrangeiro deverá encaminhar simultaneamente à Energisa e ao

despachante indicado, cópias da relação descritiva (romaneio) do conteúdo

de cada volume.

6.4 Meio ambiente

O fornecedor nacional deve cumprir, rigorosamente, em todas as etapas da

fabricação, do transporte e do recebimento dos isoladores tipo pino de composto

poliméricos, a legislação ambiental brasileira e as demais legislações federais,

estaduais e municipais aplicáveis.

No caso de fornecimento internacional, os fabricantes/fornecedores estrangeiros

devem cumprir a legislação ambiental vigente nos seus países de origem e as normas

internacionais relacionadas à produção, ao manuseio e ao transporte dos isoladores

tipo pino de composto poliméricos, até a entrega no local indicado pela Energisa.

Ocorrendo transporte em território brasileiro, os fabricantes e fornecedores

estrangeiros devem cumprir a legislação ambiental brasileira e as demais legislações

federais, estaduais e municipais aplicáveis.

O fornecedor é responsável pelo pagamento de multas e pelas ações que possam

incidir sobre a Energisa, decorrentes de práticas lesivas ao meio ambiente, quando

derivadas de condutas praticadas por ele ou por seus subfornecedores.

A Energisa poderá verificar, junto aos órgãos oficiais de controle ambiental, a

validade das licenças de operação das unidades industriais e de transporte dos

fornecedores e dos subfornecedores.

6.5 Vida útil

Os isoladores tipo pino de composto poliméricos devem ter vida média, mínima, de

30 (trinta) anos a partir da data de fabricação, contra qualquer falha das unidades

do lote fornecidas, baseada nos seguintes termos e condições:

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• Não se admitem falhas, no decorrer dos primeiros 20 (vinte) anos de vida útil,

provenientes de processo fabril;

• A partir do 20º ano, admite-se 0,5% de falhas para cada período de 5 (cinco)

anos, acumulando-se, no máximo, 1,0% de falhas no fim do período de vida

útil.

A aceitação do pedido de compra pelo fabricante implica na aceitação incondicional

de todos os requisitos desta Especificação Técnica.

6.6 Garantia

O período de garantia dos materiais, deverá obedecer aos termos dispostos na Ordem

de Compra de Materiais (OCM), contra qualquer defeito de fabricação, material e

acondicionamento.

NOTA:

I. Quando não houver disposição na Ordem de Compra de Materiais (COM), o

prazo de garantia deverá ser de 36 (trinta e seis) meses.

6.7 Incorporação ao patrimônio

Somente serão aceitos isoladores tipo pino de composto poliméricos, em obras

particulares, para incorporação ao patrimônio da Energisa que atendam as seguintes

condições:

a) Somente serão aceitos isoladores tipo pino de composto poliméricos

provenientes de fabricantes cadastrados/homologados pela Energisa;

b) Os isoladores tipo pino de composto poliméricos deverá ser novo (período

máximo de 12 meses da data de fabricação), não se admitindo, em hipótese

nenhuma, isoladores usado e/ou recuperado;

c) Deverá acompanhar dos isoladores tipo pino de composto poliméricos, a (s)

nota (s) fiscal (is) de origem do fabricante, bem como, os relatórios de ensaios

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em fábrica, comprovando sua aprovação nos ensaios de rotina e/ou

recebimento, previstos nesta especificação técnica.

NOTA:

I. A critério da Energisa, os isoladores tipo pino de composto poliméricos poderá

ser ensaiado em laboratório próprio ou em laboratório credenciado, para

comprovação dos resultados dos ensaios de acordo com os valores exigidos

nesta Especificação Técnica.

7 CONDIÇÕES ESPECÍFICAS

7.1 Material

Polímero orgânico tecnicamente adequado (por exemplo, epóxi, polietileno de alta

densidade, borracha de silicone vulcanizada etc.), resistente ao intemperismo e ao

trilhamento elétrico.

NOTA:

I. Não serão aceitos, sob hipótese alguma, isoladores com revestimento em

borracha de Etileno-Propileno-Dieno (EPDM).

O revestimento deve atender aos seguintes requisitos:

a) Deverá ser fabricada em corpo único;

b) Ser homogêneo;

c) Ser hidrofóbico;

d) Resistir ao trilhamento elétrico, erosão e às solicitações decorrentes de

corona, radiação ultravioleta, ozônio, contaminação atmosférica e arcos de

potência;

e) Suportar lavagens sob pressão em linhas de distribuição energizadas, de

acordo com a norma IEEE STD.957;

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As saias devem ter o perfil plano e não possuir nervuras internas para aumentar a

distância de escoamento do isolador.

7.2 Características dimensionais

As características dimensionais do isolador estão indicadas no Desenho 1.

A parte roscada do orifício do isolador deve ser própria para instalação de pino,

conforme ABNT NBR 5032, no padrão:

• 25 mm para 13,8 kV;

• 35 mm para 34,5 kV.

7.3 Acabamento

Os isoladores tipo pino de composto poliméricos devem ter cor cinza.

A superfície externa do isolador deve ser completamente lisa, isenta de rebarbas,

impurezas, porosidades, bolhas e incrustações que possam vir a comprometer o

desempenho do material.

O isolador deve ser provido de um material, no interior do orifício para instalação do

pino roscado, de constante e rigidez dielétrica compatíveis com as do material do

isolador, de modo a preencher o espaço compreendido entre a cabeça do pino e o

corpo do isolador, visando impedir a formação de descargas parciais e

consequentemente a erosão do material.

7.4 Identificação

Os isoladores devem ser identificados de forma legível e indelével, em alto relevo,

com, no mínimo, as seguintes informações:

a) Nome e/ou marca comercial do fabricante;

b) Mês e ano de fabricação;

c) Código de referência do fabricante ou da ABNT NBR 16327-2.

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A identificação sobre o corpo isolante não deve produzir saliências ou rebarbas que

prejudiquem o desempenho dos isoladores em serviço.

7.5 Requisitos físicos e elétricos

O composto isolante do isolador deve ser polietileno de alta densidade ou outro

material polimérico que atenda aos requisitos desta norma, resistente ao

trilhamento elétrico, às intempéries e aos raios ultravioletas.

A Tabela 2 apresenta os requisitos físicos para o composto a ser utilizado na

confecção do isolador.

A Tabela 1 apresenta os requisitos elétricos e mecânicos para o isolador pronto,

quando utilizado com pino e montado sobre braço tipo c.

7.6 Requisitos mecânicos

Os isoladores para tensões 13,8 e 34,5 kV, montados com um pino de isolador ou

peça que o simule, conforme detalhe para ensaio mostrado no Desenho 1, devem

resistir aos seguintes esforços de flexão mínimos:

• Sem ruptura: 1.200 daN;

• Nominal: 600 daN;

7.7 Sistema auto travante

Em isoladores tipo pino de composto poliméricos com sistema de auto travamento,

os mesmos deverão suportar uma resistência mecânica, no sentido de arrancamento,

de no mínimo 65 daN.

As travas poderão, excepcionalmente ser nas cores cinza e/ou preta.

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8 INSPEÇÃO E ENSAIOS

8.1 Generalidades

a) Os isoladores tipo pino de composto poliméricos devem ser submetidos a

inspeção e ensaios na fábrica, de acordo com esta Especificação Técnica e

com as normas da ABNT aplicáveis, na presença de inspetores credenciados

pela Energisa, devendo a Energisa ser comunicada pelo fornecedor com pelo

menos 15 (quinze) dias de antecedência se fornecedor nacional e 30 (trinta)

dias se fornecedor estrangeiro, das datas em que os lotes estiverem prontos

para inspeção final, completos com todos os acessórios.

b) A Energisa reserva-se ao direito de inspecionar e testar os isoladores tipo pino

de composto poliméricos e o material utilizado durante o período de

fabricação, antes do embarque ou a qualquer tempo em que julgar necessário.

O fabricante deverá proporcionar livre acesso do inspetor aos laboratórios e

às instalações onde os isoladores tipo pino de composto poliméricos em

questão estiverem sendo fabricados, fornecendo-lhe as informações

solicitadas e realizando os ensaios necessários. O inspetor poderá exigir

certificados de procedências de matérias-primas e componentes, além de

fichas e relatórios internos de controle.

c) O fornecedor deve apresentar, para aprovação da Energisa, o seu Plano de

Inspeção e Testes, que deverá conter as datas de início da realização de todos

os ensaios, os locais e a duração de cada um deles, sendo que o período para

inspeção deve ser dimensionado pelo proponente de tal forma que esteja

contido nos prazos de entrega estabelecidos na proposta de fornecimento.

d) O plano de inspeção e testes deve indicar os requisitos de controle de

qualidade para utilização de matérias primas, componentes e acessórios de

fornecimento de terceiros, assim como as normas técnicas empregadas na

fabricação e inspeção dos isoladores tipo pino de composto poliméricos.

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e) Certificados de ensaio de tipo previstos no item 8.2 para isoladores tipo pino

de composto poliméricos de características similares ao especificado, porém

aplicáveis, podem ser aceitos desde que a Energisa considere que tais dados

comprovem que os isoladores tipo pino de composto poliméricos propostos

atendem ao especificado.

Os dados de ensaios devem ser completos, com todas as informações necessárias,

tais como métodos, instrumentos e constantes usadas e indicar claramente as datas

nas quais os mesmos foram executados. A decisão final, quanto à aceitação dos dados

de ensaios de tipos existentes, será tomada posteriormente pela Energisa, em função

da análise dos respectivos relatórios. A eventual dispensa destes ensaios somente

terá validade por escrito.

f) Os ensaios para aprovação do protótipo podem ser dispensados parcial ou

totalmente, a critério da Energisa, caso já exista um protótipo idêntico

aprovado. Se os ensaios de tipo forem dispensados, o fabricante deve emitir

um relatório completo destes ensaios, com todas as informações necessárias,

tais como, métodos, instrumentos e constantes usadas. A eventual dispensa

destes ensaios pela Energisa somente terá validade por escrito.

Entretanto, é reservado à Energisa o direito de rejeitar esses relatórios,

parcialmente ou totalmente, se os mesmos não estiverem conforme prescritos nas

normas ou não corresponderem aos isoladores tipo pino de composto poliméricos

especificados.

g) O fabricante deve dispor de pessoal e aparelhagem próprios ou contratados,

necessários à execução dos ensaios. Em caso de contratação, deve haver

aprovação prévia por parte da Energisa.

h) O fabricante deve assegurar ao inspetor da Energisa o direito de familiarizar-

se, em detalhes, com as instalações e equipamentos a serem utilizados,

estudar todas as instruções e desenhos, verificar calibrações, presenciar

ensaios, conferir resultados e, em caso de dúvida, efetuar novas inspeções e

exigir a repetição de qualquer ensaio.

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i) Todos os instrumentos e aparelhos de medição, máquinas de ensaios etc.,

devem ter certificado de aferição emitido por instituições acreditadas pelo

INMETRO ou órgão internacional compatível, válidos por um período de 2

(dois) anos. Por ocasião da inspeção, devem estar ainda dentro deste período,

podendo acarretar desqualificação do laboratório o não cumprimento dessa

exigência.

j) A aceitação dos isoladores tipo pino de composto poliméricos e/ou a dispensa

de execução de qualquer ensaio:

• Não exime o fabricante da responsabilidade de fornecê-lo de acordo com

os requisitos desta Especificação Técnica;

• Não invalida qualquer reclamação posterior da Energisa a respeito da

qualidade do material e/ou da fabricação.

Em tais casos, mesmo após haver saído da fábrica, os isoladores tipo pino de

composto poliméricos podem ser inspecionados e submetidos a ensaios, com prévia

notificação ao fabricante e, eventualmente, em sua presença. Em caso de qualquer

discrepância em relação às exigências desta Especificação Técnica, eles podem ser

rejeitados e sua reposição será por conta do fabricante.

k) Após a inspeção dos isoladores tipo pino de composto poliméricos, o fabricante

deverá encaminhar à Energisa, por lote ensaiado, um relatório completo dos

ensaios efetuados, em uma via, devidamente assinada por ele e pelo inspetor

credenciado pela Energisa.

l) Esse relatório deverá conter todas as informações necessárias para o seu

completo entendimento, tais como, métodos, instrumentos, constantes e

valores utilizados nos ensaios, além dos resultados obtidos.

m) Todas as unidades de produto rejeitadas, pertencentes a um lote aceito,

devem ser substituídas por unidades novas e perfeitas, por conta do

fabricante, sem ônus para a Energisa, sendo o fabricante responsável pela

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recomposição de unidades ensaiadas, quando isto for necessário, antes da

entrega à Energisa.

n) Nenhuma modificação nos isoladores tipo pino de composto poliméricos deve

ser feita "a posteriori" pelo fabricante sem a aprovação da Energisa. No caso

de alguma alteração, o fabricante deve realizar todos os ensaios de tipo, na

presença do inspetor da Energisa, sem qualquer custo adicional.

o) A Energisa poderá, a seu critério, em qualquer ocasião, solicitar a execução

dos ensaios de tipo para verificar se os isoladores tipo pino de composto

poliméricos estão mantendo as características de projeto preestabelecidas

por ocasião da aprovação dos protótipos.

p) Para efeito de inspeção, os isoladores tipo pino de composto poliméricos

deverão ser divididos em lotes, por tipo. A rejeição do lote, em virtude de

falhas constatadas nos ensaios, não dispensa o fabricante de cumprir as datas

de entrega prometidas. Se, na conclusão da Energisa, a rejeição tornar

impraticável a entrega dos isoladores tipo pino de composto poliméricos nas

datas previstas, ou tornar evidente que o fabricante não será capaz de

satisfazer às exigências estabelecidas nesta especificação, a mesma reserva-

se ao direito de rescindir todas as obrigações e obter o material de outro

fornecedor. Em tais casos, o fabricante será considerado infrator do contrato

e estará sujeito às penalidades aplicáveis.

q) O custo dos ensaios deve ser por conta do fabricante.

r) A Energisa reserva-se ao direito de exigir a repetição de ensaios em lotes já

aprovados. Nesse aspecto, as despesas serão de responsabilidade da mesma,

caso as unidades ensaiadas forem aprovadas na segunda inspeção, caso

contrário, incidirão sobre o fabricante.

s) Os custos da visita do inspetor da Energisa, tais como, locomoção,

hospedagem, alimentação, homem-hora e administrativos, correrão por conta

do fabricante se:

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• Na data indicada na solicitação de inspeção os isoladores tipo pino de

composto poliméricos não estiverem prontos;

• O laboratório de ensaio não atender às exigências citadas nas alíneas 8.1.f

até 8.1.h;

• O material fornecido necessitar de acompanhamento de fabricação ou

inspeção final em subfornecedor, contratado pelo fornecedor, em

localidade diferente da sua sede;

• O material necessitar de reinspeção por motivo de recusa;

• Os ensaios de recebimento e/ou tipo forem efetuados fora do território

brasileiro.

8.2 Classificação dos ensaios

Os ensaios são classificados em:

• Ensaios no composto polimérico (PO)

• Ensaios no projeto (P)

• Ensaios de tipo (T), recebimento (RE) e rotina (RO).

Todos os ensaios relacionados estão constando na Tabela 5.

8.2.1 Ensaios no polímero (PO)

Os ensaios no polímero (PO) são os seguintes:

a) Medição da temperatura de oxidação (OOT), conforme item 8.3.3;

b) Espectroscopia de infravermelho com transformada de Fourier (FTIR),

conforme item 8.3.4;

c) Absorção de água, conforme item 8.3.5;

d) Fissuração, conforme item 8.3.6;

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e) Medição da permissividade relativa, conforme item 8.3.7;

f) Ensaios no polímero antes e após o envelhecimento em câmara de UV,

conforme item 8.3.8;

g) Verificação da resistência ao trilhamento e erosão, conforme item 8.3.9.

8.2.2 Ensaios de projeto (P)

Os ensaios de projeto (P) são os seguintes:

a) Trilhamento e erosão no projeto, conforme item 8.3.10;

b) Radiografia computadorizada, conforme item 8.3.11;

c) Envelhecimento térmico conforme item 8.3.12.

8.2.3 Ensaios de tipo (T)

Os ensaios de tipo (T) são os seguintes:

a) Tensão suportável de impulso atmosférico, a seco, conforme item 8.3.13;

b) Verificação da tensão suportável utilizando o método da tensão suportável

preestabelecida, conforme item 8.3.14;

c) Tensão suportável em frequência industrial, sob chuva, conforme item 8.3.15;

d) Perfuração sob impulso, conforme item 8.3.16;

e) Poluição artificial, conforme item 8.3.17;

f) Compatibilidade dielétrica, conforme item 8.3.18;

g) Resistência mecânica, conforme item 8.3.19;

h) Tração, conforme item 8.3.30;

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8.2.4 Ensaios de recebimento (RE)

Os ensaios de recebimento (RE) são os seguintes:

a) Inspeção geral, conforme item 8.3.1;

b) Verificação dimensional, conforme item 8.3.2;

c) Radiografia computadorizada, conforme item 8.3.11;

d) Resistência mecânica, conforme item 8.3.19;

e) Tração, conforme item 8.3.30;

f) Flexão, conforme item 8.3.31;

g) Verificação da rosca, conforme item 8.3.32;

8.2.5 Ensaios especiais (E)

Os ensaios especiais (E) são os seguintes:

a) Radiografia computadorizada, conforme item 8.3.11;

b) Tensão suportável de impulso atmosférico, a seco, conforme item 8.3.13;

c) Verificação da tensão suportável utilizando o método da tensão suportável

preestabelecida, conforme item 8.3.14;

d) Tensão suportável em frequência industrial, sob chuva, conforme item 8.3.15;

e) Perfuração sob impulso, conforme item 8.3.16;

f) Poluição artificial, conforme item 8.3.17;

g) Compatibilidade dielétrica, conforme item 8.3.18;

h) Resistência mecânica, conforme item 8.3.19;

i) Tração, conforme item 8.3.30;

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8.3 Descrição dos ensaios

8.3.1 Inspeção geral

O inspetor deverá efetuar uma inspeção geral verificando:

a) Acabamento, conforme item 7.3;

b) Identificação, conforme item 7.4;

c) Acondicionamento, conforme item 6.3;

A não conformidade de um isolador com qualquer um desses requisitos determinará

a sua rejeição.

8.3.2 Verificação dimensional

As dimensões devem ser confrontadas com as dimensões correspondentes da

padronização da Energisa ou conforme o desenho do fornecedor previamente

aprovado pela Energisa.

8.3.3 Medição da temperatura de oxidação (OOT)

O ensaio deve ser realizado segundo a ASTM E 2009.

Constitui falha ao não atendimento aos valores de requisitos físicos mínimos do

polímero, conforme Tabela 2.

8.3.4 Espectroscopia de infravermelho com transformada de Fourier

(FTIR)

O ensaio deve ser realizado segundo a ASTM E 204.

Para o ensaio de tração é aceito um desvio de 25 % do valor da propriedade medida

(alongamento e/ou tensão de ruptura) antes do envelhecimento

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8.3.5 Absorção de água

O ensaio deve ser realizado segundo a ABNT NM IEC 60811-1-3, pelo método

gravimétrico.

Constitui falha ao não atendimento aos valores de requisitos físicos mínimos do

polímero, conforme Tabela 2.

8.3.6 Fissuração

Ensaio aplicável apenas aos isoladores de polietileno.

O ensaio deve ser realizado segundo a ABNT NBR NM IEC 60811-4-1, método B.

Constitui falha se o isolador, após o período de 72 horas, apresentar fissura.

8.3.7 Medição da permissividade relativa

O ensaio deve ser realizado segundo a ASTM D 150.

Constitui falha ao não atendimento aos valores de requisitos físicos mínimos do

polímero, conforme Tabela 2.

8.3.8 Ensaios no polímero antes e após o envelhecimento em câmara

de UV

O ensaio deve ser realizado segundo a ASTM G 155, ciclo 1, durante 2.000 horas.

Para o ensaio de tração é aceito um desvio de 25 % do valor da propriedade medida

(alongamento e/ou tensão de ruptura) antes do envelhecimento.

8.3.9 Verificação da resistência ao trilhamento e erosão

O ensaio deve ser realizado segundo a ABNT NBR 10296, método 2.

Constitui falha ao não atendimento aos valores de requisitos físicos mínimos do

polímero, conforme Tabela 2.

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8.3.10 Trilhamento e erosão

O ensaio deve ser executado conforme ABNT NBR 15643.

8.3.11 Radiografia computadorizada

O ensaio deve ser executado conforme ABNT NBR 16327-1.

Constitui falha se o isolador possuir em seu corpo qualquer tipo de descontinuidade,

seja ela do tipo vazio, poro, inclusão ou trinca.

8.3.12 Envelhecimento térmico

O ensaio deve ser executado conforme ABNT NBR 16327-1.

Constitui falha se o isolador não apresentar trincas visíveis a olho nu e se atender

aos requisitos do ensaio de resistência mecânica.

8.3.13 Tensão suportável de impulso atmosférico, a seco

O ensaio deve ser executado conforme ABNT NBR IEC 60060-1.

O isolador polimérico tipo pino é considerado aprovado no ensaio se o valor da tensão

com 50 % de probabilidade de descarga não for inferior a (1 / (1 - 1,3 σ)) = 1,040 vez

o valor da tensão suportável nominal, sendo σ o desvio-padrão (assumido como igual

a 3 %).

O isolador polimérico tipo pino não pode ser danificado neste ensaio, mas admite-se

a ocorrência de pequenas marcas sobre a superfície isolante ou pequenas lascas de

material utilizado na sua montagem.

8.3.14 Verificação da tensão suportável utilizando o método da tensão

suportável preestabelecida

O ensaio deve ser executado conforme ABNT NBR IEC 60060-1.

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O isolador polimérico tipo pino é considerado aprovado no ensaio, se o número de

descargas disruptivas durante o ensaio não exceder duas e não pode ser danificado

neste ensaio.

NOTA:

I. Admite-se a ocorrência de pequenas marcas sobre a superfície isolante ou

pequenas lascas de material utilizado na sua montagem.

8.3.15 Tensão suportável em frequência industrial, sob chuva

O ensaio deve ser executado conforme ABNT NBR IEC 60060-1.

O isolador tipo pino é considerado aprovado se não ocorrer descarga disruptiva ou

perfuração durante o ensaio.

8.3.16 Perfuração sob impulso

O ensaio deve ser executado conforme ABNT NBR 15124.

8.3.17 Poluição artificial

O ensaio deve ser executado conforme ABNT NBR 10621.

8.3.18 Compatibilidade dielétrica

O ensaio deve ser executado conforme ABNT NBR 16327-1.

O conjunto (isolador + amarração) e a superfície do cabo sob a amarração não podem

apresentar trilhamento, erosão ou trincas.

8.3.19 Resistência mecânica

O ensaio deve ser executado conforme ABNT NBR 5032.

O isolador deve ser considerado aprovado no ensaio de resistência mecânica à flexão

se a carga mecânica de ruptura (CMRU) for alcançada sem a ruptura do isolador ou a

retirada do isolador do pino de aço de alta resistência mecânica.

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8.3.20 Tração

O ensaio deve ser executado conforme ABNT NBR 16327-1.

O isolador deve ser considerado aprovado no ensaio de resistência mecânica à tração,

se a carga de ruptura superar 500 kgf.

8.3.21 Flexão

O ensaio deve ser executado conforme ABNT NBR 5032.

O isolador deve ser considerado aprovado no ensaio de resistência mecânica à flexão

se a carga mecânica de ruptura (CMRU) for alcançada sem a ruptura do isolador ou a

retirada do isolador do pino de aço de alta resistência mecânica.

8.3.22 Verificação da rosca

O ensaio deve ser executado conforme ABNT NBR 5032.

8.4 Relatórios dos Ensaios

Ao término da inspeção, ou quando a mesma for dispensada de acompanhamento em

fábrica, o fornecedor deverá entregar à Energisa, dois conjuntos de relatórios de

ensaios, contendo no mínimo as seguintes informações:

a) Nome do ensaio;

b) Nome e/ou marca comercial do fabricante;

c) Identificação do laboratório de ensaio;

d) Certificados de aferições dos aparelhos utilizados nos ensaios, com validade

máxima de 12 meses;

e) Tipo e quantidade de material do lote e tipo e quantidade ensaiada;

f) Identificação completa do material ensaiado;

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g) Relação, descrição e resultado dos ensaios executados e respectivas normas

utilizadas;

h) Número da Ordem de Compra de Material (OCM);

i) Data de início e de término de cada ensaio;

j) Nomes legíveis e assinaturas dos respectivos representantes do fabricante e

do inspetor da Energisa e data de emissão do relatório.

9 PLANOS DE AMOSTRAGEM

9.1 Ensaios de tipo

Para os ensaios de tipo, devem ser seguidos as orientações da ABNT NBR 16327-1 e

16327-2.

9.2 Ensaios de recebimento

A quantidade de isoladores a ser submetida a cada um dos ensaios de recebimento é

conforme Tabela 3, deve ser retirada, aleatoriamente, de um lote.

Se o lote a ser fornecido for constituído por mais de 3.200 unidades, essa quantidade

deve ser dividida em vários lotes com menor número, cada um deles contendo entre

500 e 3.200 unidades.

Os isoladores que tenham sido submetidos a ensaios de recebimento que possam ter

afetado suas características elétricas e/ou mecânicas não devem ser utilizados em

serviço.

9.3 Ensaios especiais

Para os ensaios especiais, deve ser retirada de cada lote, 5 (cinco) isoladores em

cada Unidade de Negócio do grupo Energisa.

Se o isolador falhar em qualquer um dos ensaios especiais, deverá ser aberta de não-

conformidade.

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10 ACEITAÇÃO E REJEIÇÃO

10.1 Ensaios de tipo

Os ensaios de tipo serão aceitos se todos os resultados forem satisfatórios.

Se ocorrer uma falha em um dos ensaios o fabricante pode apresentar nova amostra

para ser ensaiada. Se esta amostra apresentar algum resultado insatisfatório o elo

fusível não será aceito.

10.2 Ensaios de recebimento

Os critérios para a aceitação ou a rejeição nos ensaios complementares de

recebimento são:

a) Se nenhuma unidade falhar no ensaio, o lote será aprovado;

b) Se apenas uma unidade falhar no ensaio, o fornecedor deverá apresentar

relatório apontando as causas da falha e as medidas tomadas para corrigi-las,

submetendo-se o lote a novo ensaio, no mesmo número de amostras conforme

Tabela 1;

c) Se duas ou mais unidades falharem no ensaio, o lote será recusado.

As unidades defeituosas constantes de amostras aprovadas nos ensaios devem ser

substituídas por novas, o mesmo ocorrendo com o total das amostras aprovadas em

ensaios destrutivos.

11 NOTAS COMPLEMENTARES

Em qualquer tempo e sem necessidade de aviso prévio, esta Especificação Técnica

poderá sofrer alterações, no seu todo ou em parte, por motivo de ordem técnica

e/ou devido às modificações na legislação vigente, de forma a que os interessados

deverão, periodicamente, consultar a Energisa.

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12 HISTÓRICO DE VERSÕES DESTE DOCUMENTO

Data Versão Descrição das alterações realizadas

31/01/2020 0.0

• Esta 1ª edição cancela e substitui na Norma de

Distribuição Unificada (NDU) 010, Classe 58, Desenho

001, a qual foi tecnicamente revisada.

13 VIGÊNCIA

Esta Especificação Técnica entra em vigor na data de 15/06/2020 e revoga as versões

anteriores.

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14 TABELAS

TABELA 1 - Requisitos elétricos e mecânicos do isolador

Código Energisa

Tensão máxima de operação

Características elétricas

Tensão suportável nominal Tensão de perfuração sob impulso

íngreme (mínimo)

À frequência industrial sob

chuva

À frequência industrial sob chuva de impulso

atmosférico onda positiva/negativa

(kV) (kV) (kV)

90275 15,0 34 110 231

90649 15,0 34 110 231

90276 36,2 50 150 315

90650 36,2 50 150 315

Código Energisa

Tensão máxima de operação

Características mecânicas

Carga mecânica mínima de flexão Distância de

escoamento (mínima)

Tipo de amarração Nominal Sem ruptura

(kV) (kV) (daN) (mm)

90275 15,0 600 1.200 280 Anel

90649 15,0 600 1.200 280 Garra

90276 36,2 600 1.200 530 Anel

90650 36,2 600 1.200 530 Garra

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TABELA 2 – Requisitos físicos do polietileno de alta densidade

Norma a ser utilizada para

ensaios Ensaios

Requisitos

Polietileno PEAD

Epóxi Unidade

ABNT NBR NM IEC 60811-1-1

Tensão de ruptura sem envelhecimento

≥ 21,5 ≥ 28 MPa

Alongamento à ruptura sem envelhecimento

≥ 300 ≥ 1 %

Velocidade de puxamento das garras

50 2 a 5 mm/min

ABNT NBR NM IEC 60811-1-2

Tensão de ruptura após envelhecimento, com duração de 168 h

Variação máxima

de ± 25 (a 110 ± 2)

ºC

Variação máxima de ± 25 (a 135 ±

3) ºC

%

Alongamento à ruptura após envelhecimento, com duração de 168 h

Variação máxima

de ± 25 (a 110 ± 2)

ºC

Variação máxima de ± 25 (a 135 ±

3) ºC

%

ABNT NBR NM IEC 60811-1-3

Absorção de água:

• Duração da imersão 168

Não se aplica

h

• Temperatura 85 ± 2 ºC

• Variação máxima permissível de massa

0,5 %

ABNT NBR NM IEC 60811-4-1

Fissuração 72 Não se aplica

h

ABNT NBR 10296

Resistência ao trilhamento e erosão (novo)

3,0 3,0 kV

Resistência ao trilhamento e erosão (envelhecido)

2,75 2,75 kV

ASTM D 150 Medição da permissividade relativa

≤ 3 ≤ 3 –

ASTM E 2009 Determinação da temperatura de oxidação

> 250 NA ºC

NOTA

I. Os materiais apresentados nesta tabela são, atualmente, os mais utilizados.

Outros materiais podem ser aceitos, desde que seus valores correspondam aos

requisitos físicos acima listados e sejam submetidos à aprovação

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TABELA 3 – Planos de amostragem – Inspeção e verificação dimensional

Tamanho do lote

• Inspeção geral

• Verificação dimensional

Amostragem Dupla Nível de Inspeção I

NQA 1,5 %

Amostra Ac Re

Seq. Tam.

Até 150 - 5 0 1

151 a 500 1ª 13 0 2

2ª 13 1 2

501 a 1.200 1ª 20 0 3

2ª 20 3 4

1.201 a 3.200 1ª 32 1 4

2ª 32 4 5

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Tamanho do lote

• Trilhamento elétrico

• Tensão suportável à

frequência industrial sob

chuva

• Demais ensaios de

recebimento

Amostragem Simples Nível de Inspeção S4

NQA 10 %

Amostragem Simples Nível de Inspeção S4

NQA 4 %

Amostra Ac Re Amostra Ac Re

151 a 280 5 1 2 20 1 2

281 a 500 5 1 2 20 1 2

501 a 1.200 5 1 2 20 1 2

1.201 a 3.200 8 2 3 32 2 3

Legenda:

Ac - número de aceitação;

Re - número de rejeição.

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TABELA 4 - Relação de ensaios

Item Descrição dos ensaios Tipo de ensaios

8.3.1 Inspeção geral RE

8.3.3 Medição da temperatura de oxidação (OOT) PO

8.3.4 Espectroscopia de infravermelho com transformada de Fourier (FTIR)

PO

8.3.5 Absorção de água PO

8.3.6 Fissuração PO

8.3.7 Medição da permissividade relativa PO

8.3.8 Ensaios no polímero antes e após o envelhecimento em câmara de UV

PO

8.3.9 Verificação da resistência ao trilhamento e erosão PO

8.3.10 Trilhamento e erosão no projeto P

8.3.11 Radiografia computadorizada P / RE

8.3.12 Envelhecimento térmico P

8.3.13 Tensão suportável de impulso atmosférico a seco T

8.3.14 Verificação da tensão suportável utilizando o método da tensão suportável preestabelecida

T

8.3.15 Tensão suportável em frequência industrial sob chuva

T

8.3.16 Perfuração sob impulso T

8.3.17 Poluição artificial T

8.3.18 Compatibilidade dielétrica T

8.3.19 Resistência mecânica T / RE

8.3.30 Tração T / RE

8.3.31 Flexão RE

8.3.32 Verificação da rosca RE

Legenda:

PO – Ensaio no polímero

P – Ensaio de projeto

T – Ensaio de tipo

RE – Ensaio de recebimento

RO – Ensaio de rotina

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15 DESENHOS

DESENHO 1 – Isolador polimérico de pino

NOTA:

I. No interior da rosca deve existir uma massa polimérica ou elastomérica para

preencher o espaço existente entre o pino de aço e o corpo do isolador.

Tensão máxima de operação

Dimensões Rosca (ABNT NBR 5032)

A B D R r

(kV) (mm) (mm)

15,0 135 140 ± 5 60 ± 5 19 ± 3 19 ± 3 25

36,2 180 190 ± 5 70 ± 5 25 ± 3 25 ± 3 35

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