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791.45 DEDAlUS - Acerv P721v 0- MAC 11""'1"""'0 21500002509 VIDEOGRAFIA EM VIDEOfEXTO MUSEU DE ARTE CO;\/TEr/;p~2ÂNEA • USP LOURIVA~I~~~~~C~ACHADO \ <g '8 -:r EDITORA HUCITEC São Paulo, 1986

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791.45 DEDAlUS - AcervP721v 0- MAC

11""'1"""'021500002509

VIDEOGRAFIAEM VIDEOfEXTO

MUSEU DE ARTE CO;\/TEr/;p~2ÂNEA • USP

LOURIVA~I~~~~~C~ACHADO \ <g '8 -:rEDITORA HUCITECSão Paulo, 1986

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••.-.-DESCRIÇAO DOVIDEOTEXTO (VDT)

"A tecnologia elétrica fomenta e encorajao envolvimento e a integração. É impossí-.vel compreender as transformações so-ciais e culturais sem o conhecimento decomo funcionam os meios."

"Os estudiosos dos meios são persistente-mente atacados como alienados. preguiço-samente concentrados em meios e proces-sos em vez de conteúdo."

"Os organismos humanos são criadorescrônicos de substitutos."

"O pensamento de cada época se refleteem sua técnica."

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Definição 1: Videotexto é um sistema de dis-tribuição bidirecional de informação paraum mercado de massa, dentro do qualusuários podem solicitar informação a umatela de televisão de um banco de dados emcomputador através de um teclado.

Definição 2 : Videotexto é uma biblioteca de re-ferência rápida, compacta e atualizável,funcionando em tempo real.

Definição 3 : Videotexto é um meio de comuni-cação de massa individualizado.

Definição 4 : Videotexto é uma nova forma decomunicação onde as regras técnicas estão

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em curso de normalização em nível inter-nacional, mas as regras de uso estão aindapara ser descobertas, notadamente graçasàs experiências-piloto que estão sendoorganizadas em diferentes países.Pela intermediação das redes de Telecomu-nicação, o Videotexto põe em relação pes-soas equipadas com terminais, completan-do os serviços telefônicos tradicionais comos computadores. (1)

Definição 5 : Videotexto é o nome genérico parauma variedade de serviços que transmiteminformações específicas para um televisordoméstico.

Definição 6: Sistemas para disseminar in-formações de textos e materiais gráficosatravés de meios eletrônicos, informaçãoesta exibida em receptores domésticos deTV com controle seletivo de usuários nãotreinados.

Definição 7: Videotexto é o mais recente veí-culo de produção e veiculação de lingua-gem gráfico-eletrônica.

Nenhuma tecnologia nasce impunemente,muito pelo contrário, cada invenção tecnológicaaparece quase sempre como produto de novosfatores e das novas condições materiais deprodução e, sobretudo, pela inter-relação e en-trecruzamento dos diversos sistemas ou canaisexistentes.

A multimídia e intermídia providenciam amistura ou combinação de vários meios simplesque produzem outro mais complexo que termina

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Terminalfornecedorde informação

.. Televisoradaptado

por multiplicar o conjunto total de estímulos.No caso do Videotexto, o que temos não é asoma mecânica das partes, mas uma novaqualidade inovadora e diferente que transcendea soma das partes: "A televisão permite acomunicação visual, no caso, textual e gráfica,de que a comunicação telefônica não dispunha:a comunicação bidirecional do telefone dá aoVDT a interatividade, com a conseqüente sele-ção de informações e comando de operações detipo transicional, antes nunca disponível nosveículos de comunicação de massas." (2)

Pela soma do telefone e das redes de teleco-municação, do computador como banco de da-dos e do televisor como terminal, obtemos umsistema inovador de distribuição de informa-ções e coletor de respostas: o VDT.

o sistema de VDT é formado pelo trinômiooperador do sistema, fornecedor de informaçãoou serviço e usuário. Esses três elementos sãoas partes principais de um sistema de VDT.

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Os esforços combinados dos três elementossão fundamentais para o bom funcionamento doVDT.

O operador do sistema é responsável pelacontratação e provisão do centro de serviço (nonosso caso a Telesp), pelo hardware e pelo soft-ware, coordenando essas funções com os ban-cos de dados (computadores). O operador do sis-tema é também responsável pela contrataçãode serviços dos fornecedores de informação,que são incorporados como indivíduos, institui- Fig. 2: VDT é o produto da interaçãoções, firmas ou empresas que têm alguma infor- dos três elementos componentesmação ou tipo de serviço a prestar ou algo avender a um determinado mercado.

O funcionamento do VDT é basicamente comose segue (considerando a existência dos três ele-mentos): o Operador do Sistema (OS), o Fornece-dor de Informação ou serviço (FS) e o Usuário (D).

O FS elabora uma informação a partir do re-pertório de caracteres fornecidos pelo Terminalde Edição ou Teclado de Editagem do VDT, in-formação esta elaborada em termos de páginasou quadros (trames), que são campos de infor-mação fornecidos através da tela de TV. Esta in-formação,· uma vez elaborada no sistema-terminal de edição é armazenada em disquetesmagnéticos (memórias para controle do FS e ar-quivo). Posteriormente estas informações, arti-culadas dentro de um sistema de editoração,são enviadas para o computador ou banco dedados, onde ficam armazenadas por tempo inde-terminado e sujeitas a correção, reelaboração

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ou mesmo atualização conforme as necessida-des do FS em contato com o usuário.

Ao usuário, basta dispor de um telefone, umtelevisor e um decodificador de sinal, com esteequipamento em sistema e um pequeno tecladoalfanumérico (Keypad) de instruções simples, eestará em condições de "acessar" (entrada nocomputador) para receber e interagir com a in-formação oferecida na tela de TV.

O gráfico ao lado mostra de forma simplifica-da o sistema descrito, isto é: os terminais podemser domésticos, institucionais ou mesmo públi-cos.

Os FS, por sua vez, podem ser autônomos sim-ples, como fornecedores de informação criadapor eles (FS1) ou fornecedores de informaçãocom computador próprio (caso das redes bancá-rias). Neste sentido, o FS2 está em condições defornecer informação (gateway) de seu computa-dor através do banco de dados do OS. Há umterceiro tipo de FS (urnbrella) que tem condiçõesde fornecer informação de outros anunciantesou subfornecedores de informação.

FASES DE PRODUÇÃO

A produção em Videotexto se compõe de trêsfases bem definidas: produção com equipamen-to, produção da criação editorial e produção delinguagem-máquina.

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HARDWARE EDITORAÇÃO SOFTWARE HARDWARE EDITORAÇÃO SOFTWARE

Fiet Criação Estruturação 3. 3.Disc-Driver Realização ProgramasModem Gestão Standard T.T.Y.: entrada Análise da infor-

em computador mação.inteligente (multi-

Fases do terminal de edição comp) para for-matação de tex-tos e operações

1. 1. 1. inteligentes

Composição gra- Definição de ob- Conjunto de ope- 4. 4.ficação e edição. jetivos rações em lin- Consulta ao ban- Meios de apre-Conservação da guagem de má- co de dados. sentação:informação em quina para colo- - arvorização,disquetes magné- car no computa- - execução.ticos. dor;

- criação edito- 5. 5.rial organizada Operações com Redação primá-conforme: câmeras de VT. ria, redação fi-- a estrutura Imagens, forma- nal, legibilidade.- a execução tadas pela câme-

2. 2.ra, são jogadasno terminal de

Videopac: ges- Coleta de infor- edição.

tões de contato mações. 6.entre terminal e Paginação,computador (in- grafismo,terface) ou ban- interpretação.co de dados. Fa-se independente 7.ou simultânea Releitura.com a composi- testes,ção. correções.

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8.Armazenamento.

9.Atualização.

Os serviços são basicamente de quatro tipos:1. Recuperação da informação2. Serviço de mensagem3. Computação4. Distribuição de SoftwareEstes quatro tipos de serviço estão agrupadosem torno de três atitudes ou características dosistema de VDT:1. Informar2. Expressar-se3. Agir

É a tendência natural do VDT. Diversos tiposde serviços podem ser localizados em torno des-ta tendência: informações práticas, informa-

ções de atualidade, informações pessoais, enci-clopédicas e de tipo utilitário.

Uma verdadeira indústria do conhecimento einformação surge com o VDT: o noticiário atra-vés do jornal eletrônico, os avisos de negócios,classificados e anúncios constituem informaçãode atualização; informações pessoais como con-sulta de conta bancária, horóscopos e saúdepessoal; informações práticas como mudançade atividades, desburocratização, enfim, todoum leque de informações para atuar, tomar de-cisões, comprar, vender, obter conselhos. Até ainclusão dos próprios guias telefônicos pode seradicionada à listagem.

Através desta tendência, o VDT coloca emprática o caráter de mídia interativo e sua rela-ção dialógica. Serviços como correspondência,participação na vida social, livre expressão eopinião permitem ao usuário dirigir-se a um for-necedor de informação, uma empresa, uma ad-ministração. Torna possível também manifestaropinião nas páginas "brancas" do vídeo de en-quetes.

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I Livros II Filmes I

[ Mensários

I Semanários

É O resultado da função de exprimir-se e per-mite manter um diálogo interativo com o mídia:o ensino programado, o do it yourself, o auto-ensino, as transações bancárias, a reserva dehotéis e operações do tipo teleshopping são ou-tras tantas operações interativas possíveis.

As áreas para grupos fechados de usuárioscom acesso restrito e os sistemas privativos deorganização comercial, para uso dentro da pró-pria companhia no sistema "em casa", consti-tuem também outras particularidades do VDT.E tudo isso visa o acesso instantâneo à informa-ção.

o"liu-ai.Se'"'";€J'""t:lo

~ 12hE-<

Maladireta

Espaçonão ocupado

DAS CARACTERÍSTICAS DE UM NOVOMEIO

Operando em linguagem natural, alfanuméri-ca, o VDT é o primeiro meio interativo de meios,não-interpessoal, mas entre usuários e uma cen-tral de informações computadorizadas comocentro de dados. O sistema é aberto, pois ofere-ce ao usuário facilidade de entrada instantâ-nea, permitindo "folhear" suas páginas, sendopor isso mesmo amigável a este. Seu apelo a pú-blicos não-especializados é decorrente da fácilutilização com um mínimo de instruções e proce-dimentos de acesso simples.

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o uso de televisores, adaptados a terminaisde VDT, resulta num custo de acesso à informa-ção muito mais baixo, se comparado com as tra-dicionais informações on-line dos serviços de re-cuperação da informação em computadores.

Sua amostragem e exibição, em páginas está-ticas articuladas em seqüência, possibilita aconsulta detalhada e demorada de forma quepermitirá (no futuro) a recuperação da informa-ção por meio do acoplamento de uma impresso-ra ao terminal.

As regras técnicas desta nova comunicaçãotornam possíveis:a - a paginação intercambiável sobre a tela de

visualização. E aRe-atualização.b - modalidades de transferência bidirecional

de informações sobre as redes telefônicas.Pode-se deduzir três características funda-

mentais da comunicação por VDTa - um dos parceiros é uma máquina programa-

da onde a capacidade de memorização e detratamento da informação são imensas.

b - as mensagens são visuais e apresentadas empáginas-telas, em silêncio (acompanhamentosonoro é possível).

c - A comunicação é bidirecional, com iniciativado usuário operando o terminal. (6)

DA ESCOLHA DP; INFORMAÇÕES PORPARTE DO USUARIO

o Videotexto impõe uma sintaxe simples deoperacionalização. Basta que o usuário siga asinstruções fornecidas na própria tela de TV pa-ra adentrar-se nos caminhos da informação. Aousuário cabe o papel decisivo da escolha da in-formação, de saber o que quer procurar. Nesteinterface de caráter amigável (user Friendly), ousuário deve conhecer a relevância ou valor dainformação que procura,.se esta informação fazsentido para ele num determinado momento ounão. Deve estar atento em relação ao tempo dedemora (turn-around-time), pois a consulta temum custo econômico (cada página terá sua pró-pria tarifa em cruzado). Deve estar atento aosachados inesperados (serendipity) no processode procurar e achar (hit) e procurar e não achar(non hit). O Videotexto permite acesso simultâ-neo a vários usuários. A escolha da informaçãopelo usuário implica consciência daquilo que seprocura e sobretudo relação de confiança entreemissor (FS) e usuário. (7)

Três tipos de acesso são possíveis: a seleçãopor "cardápios" sucessivos, a seleção direta, eum terceiro tipo de acesso feito a partir de umapalavra-chave. Neste caso, as informações so-mente são liberadas para o usuário que possuium código de chamada (senha). No caso da sele-ção por cardápios sucessivos, chega-se à infor-mação precisa por afunilamento da informação.

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o usuário, ao digitar e chamar o serviço, tem natela de TV um sumário completo das informa-ções disponíveis naquele dia, cada item corres-pondendo a teclas determinadas. Ao digitar atecla do item desejado aparece na tela um novotipo de informação. Cada novo comando equiva-le, assim, a virar uma página do jornal eletrôni-co ou dos serviços indexados no VDT.

Mesmo dentro de uma estrutura tão comple-xa dada pela informação arvorizada, o usuário,ainda dentro de qualquer serviço, pode trocarde serviços teclando simplesmente a "palavra-chave" do serviço que procura, a tecla "asteris-co" e a tecla "envio". Além disso, o VDTpropor-ciona economia de tempo ao usuário pois estepode teclar "página seguinte" sem haver com-pletado a escansão da exibição.

Ainda em caso de perda do usuário dentro dainformação arvorizada no VDT, existe um"Guia de assistência ao usuário", que equivalea um verdadeiro programa didático que orientao usuário na obtenção de melhor desempenhode seu terminal e teclado de acesso.

FORMAS DE_APLICAÇÃO DAINFORMAÇAO NO BANCO DE DADOS

As formas de conteúdo do serviço informativorequerem aplicações diferenciadas no computa-dor que influem no comportamento do usuário.

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No sistema de VDT atualmente em uso, são pos-síveis duas soluções:a - uma aplicação em forma de "estrutura" ar-

vorescente (esta estrutura é a dominanteatualmente)

b - uma aplicação de "execução" que nos leva àinteratividade ou bidirecionalidade.Para conservar a integralidade da informa-

ção pré-composta em em páginas-telas utiliza-sea estrutura arvorescente (ver figo5). Suas van-tagens são: simplicidade de paginação e leitura;e de atualização e evolução. Seus inconvenien-tes são: lentidão no acesso e na consulta da in-formação; limitação de seu domínio de aplica-ção: a consulta de informação. (8)

Alguns critérios são necessários para estabe-lecer uma consulta boa e não cansativa.1. Condensar as escolhas em páginas "rúbrica"

ou "Índices"; não estratificar demais as in-formações.

2. Estruturar as informações de uma forma lógi-ca.

3. Oferecer o máximo de páginas de informaçãocom o mínimo de índices.A solução arvorizada é perfeitamente adap-

tada ao estoque de uma informação universal: aapresentação da informação segundo uma es-trutura arvorescente é comparável à estruturade um livro, à sua seqüência.

Métodos mais sofisticados de acesso à infor-mação permitem atingir e "acessar'.' páginas daárvore: trata-se do "mnemônico" ou palavra-chave. Por este método é possível a escolha de

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página, desde que esta palavra esteja memori-zada no computador.

MONTAGEM DE PÁGINAS: EM SEQÜÊNCIADE CONSULTA

o armazenamento da informação no banco dedados implica uma organização determinadaque possibilite precisamente a consulta do usuá-rio e a recuperação da informação por parte dografista para atualizar a informação.

Várias formas de editoração são possíveis apartir das necessidades do editor eletrônico,comportando assim estruturas de aplicação.

A partir dessas possibilidades de estrutura,organizam-se as seqüências e narrativas da in-formação.

Estruturação em forma de árvore ou "arvori-zação": comporta a distribuição das páginas emseqüência linear, conforme o diagrama de umaárvore, tendo, por isso mesmo, uma estruturahierárquica com um movimento em profundida-de na escolha da informação. Ao usuário cabemdois movimentos: avançar ou retroceder. O mo-vimento de avanço na informação é feito páginaa página, já o movimento de retrocesso pode ser

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de página para página, ou mesmo atingir o índi-ce desde cada página em que o u:suário estiver.

O modelo imediato da arvorização é o do livropela relação causal no "folhear" das páginas.No entanto com a diferença de que, no livro, ainformação está presente potencialmente empresença física, já no VDT ela está presente deuma forma virtual, como algo que você nuncaviu, mas sabe que está ali. Ou seja: uma páginaexiste quando ela se mostra.

Para Rex Winsbury: "Uma boa página quenão pode ser encontrada é uma péssima pági-na". (9) Para este autor, a escolha do tipo de ár-vore tem de ser criteriosa, pois a informaçãohierarquizada em forma de árvore implica mui-tos problemas. No seu artigo, Winsbury discor-re a respeito das possíveis estruturas. Diz elesobre o modelo de estrutura em árvore (originaldo índice PresteI) de 10 galhos, como o represen-tado na figo 6:

"Certamente, foi rapidamente percebido queusar menos do que dez escolhas por página eravantajoso, visto que isso deixava espaço paraexpansões. Além disso, foi percebido que, quan-do o usuário chega ao fundo da árvore deve ser-lhe dado algum caminho para voltar para cima,caso contrário ele ficará perdido na 'escavaçãode uma mina' (beco sem saída)." Ao mesmo tem-po, começaram a construir estruturas como asda figo 7.

Na medida em que diversos itens podem ser27

I-I-'-tlI I I I I I1 1 I I ETC.

Fig. 6: Índice do Prestel!i

"r1- 1---.-'-I--

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classificados ou indexados de diversas manei-ras e em diferentes páginas, a estrutura fica ca-da vez mais sofisticada. Rompe-se, então, a hie-rarquia absoluta da arvorização hierarquizadae novas formas de roteiros e escolhas são intro-duzidas, gerando árvores como as da figo8.

As estruturas das árvores em Videotextotornam-se tão complexas que se torna difíciloperacionalizá-Ias no papel.

"À idéia de árvore anterior, segue-se a idéiade itens acorrentados como notícias ou estatísti-cas mensais que o usuário pode querer abarcar.num único item, ou escandir sucessivamente.Estes tipos de itens podem ser acomodados nu-ma estrutura como a da figo9. Esta estrutura étambém chamada de 'A roda', devido ao seu de-senho."

A disposição das páginas em forma de "roda"implica uma estrutura aberta à manipulação,pois é possível escolher páginas à vontade, rom-pendo o princípio da causalidade. Isto obvia-mente permite uma narrativa paratática, não-linear, onde cada página tanto quanto o índicese constituem no referencial do movimento de"folhear" .

Finalmente existe a estrutura em "armadi-lha" (ver figo 11), como duas rodas articuladasentre si por meio de um índice, descrita por RexWinsbury da seguinte forma: "Duas rodas sãoligadas uma a outra de modo cruzado e a umapágina-índice. Isto é especialmente útil no casode estatísticas financeiras, onde um usuário po-de querer ver apenas uma figura, todas as figu-28

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ras de um ano ou todas as figuras de janeiro porvários anos. Quanto mais variadas as exigên-cias do usuário, mais complexas se tornam asestruturas de roteiro. Isso significa que o usuá-rio perceberá a estrutura como complexa. Aocontrário, a estrutura tem de ser de fácil uso pa-ra ele, na medida em que escolhas de rotas lhesão oferecidas em cada estágio, quaisquer quesejam seus interesses e necessidades". (10)

Finalmente tem-se a estrutura de "execução"que privilegia a interatividade, onde a páginapode ser programada para interagir em termosde pergunta-resposta, ou mesmo envio de men-sagens entre usuários (uma espécie de correio-eletrônico). Esquemas comunicativos do seguin-te tipo são possíveis:comunicação: um a um

um a muitosmuitos a ummuitos a muitos. (11)

A aplicação de "execução" realiza um trata-mento da informação visando a bidirecionalida-de. Suas vantagens são:- valorização da interatividade, "sentida pelousuário como uma forma mais viva e agradá-vel" .

- permite resolver problemas concernentes àtransferência de informação. Seus inconve-nientes são:

- custo mais elevado do que a estrutura arvores-cente.

- exigência de capacidade da máquina.As áreas de aplicação vão desde o ensino,

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operações bancárias, reservas, até jogos e tran-sações etc.

DO CARÁTER VOLÁTIL DAS INFORMA-ÇÕES

Pelo próprio caráter de instantaneidade daeletrônica que imprime altas velocidades aossistemas produtores de informação (diferente-mente dos sistemas mecânicos), o VDT possui acapacidade de veicular informações e de substi-tuir estas por outras em questão de segundos:informações de caráter jornalístico, econômicoe noticioso, entre outras, podem ser atualiza-das, conforme operações de software adequa-das a essas substituições. Este aspecto de atua-lização permanente do jornal eletrônico, permi-te uma maleabilidade das informações nuncavista em qualquer outro meio de massas. Esteaspecto é, por si só, significativo pois influirá nocomportamento da grande imprensa escrita etelevisiva, quando a audiência do VDT for subs-tancial.

Enfim, terminamos aqui a descrição sumáriado VDT, mas necessária para estabelecer os pa-râmetros sobre os quais esta pesquisa se desen-volve. Ficamos, então, com os aspectos da lin-guagem gráfica eletrônica e com a Videografiaem Videotexto que constituem o verdadeiro es-copo desta pesquisa.

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(1) "Guide de Conception et de réalization Télétel". (VélizyVilla-coublay, sem data), p. 10.(2) "Informe de Videotexto". Telesp (São Paulo, n.· 10).(3) Fredric Michael Litto, xerox distribuído em aula do cur-so "Video-texto: Editoração Eletrônica", ministrado peloprof. Dr. F.M. Litto na ECAlUSP, 1982.(4) "Guide de Conception et de réalisation Télétel", p. 16-19.(5) F.M. Litto, trabalho citado.(6) "An Introduction to Videotex". (London, 1980), p. 1.(7) F.M. Litto, trabalho citado. Estes e outros conceitos fo-ram emitidos nas aulas do curso já mencionado.(8) "Guide de Conception et de réalisation Télétel" p. 30-35.(9) Rex Winsbury. "Who is Who on the PresteI Database".Viewdata in Action. (London, 1981), p. 104.(10) __ o p. 104.(11) F.M. Litto, trabalho citado.

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