Car Magazine #31

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M A G A Z I N E B R A S I L ENFRENTA NISSAN GT-R, BMW M3 e LOTUS EVORA S PORSCHE CAYMAN R KIA SOUL FLEX AGORA BICOMBUSTÍVEL, MODELO FAZ SUCESSO VW JETTA 2012 MUDANÇAS POR FORA E POR DENTRO E MAIS TOYOTA COROLLA 2012 NOVO FOCUS Modelo deve chegar ao Brasil no ano que vem DETROIT A CAPITAL MUNDIAL DO AUTOMÓVEL EM FRANCA DECADÊNCIA EDIÇÃO Nº31 R$ 9,90 ISSN 1982-4246 PEQUENAS MUDANÇAS EXTERNAS E NOVO MOTOR

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Revista com novidades no setor automobilístico.

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M A G A Z I N E • B R A S I L

ENFRENTA NISSAN GT-R, BMW M3 e LOTUS EVORA S

M A G A Z I N E • B R A S I L

ENFRENTA NISSAN GT-R, BMW M3 e LOTUS EVORA Se LOTUS EVORA SePORSCHE CAYMAN R

KIA SOUL FLEXAGORA BICOMBUSTÍVEL,MODELO FAZ SUCESSO

VW JETTA 2012MUDANÇAS POR FORA E POR DENTRO

E M A I S

TOYOTA COROLLA 2012TOYOTA COROLLA 2012

NOVO FOCUSModelo deve chegar ao Brasil no ano que vem

DETROITA CAPITAL MUNDIAL DO AUTOMÓVEL EM FRANCA DECADÊNCIA

E D I Ç Ã O N º 3 1 R $ 9 , 9 0ISSN 1982-4246

P EQ U E N A S M U DA N Ç A S E X T E R N A S E N OVO M OTO R

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f o t o g r a f i a : g u i l b e r H i d a k a

Edição inaugural do modelo traz conteúdo exclusivo Por Heymar Lopes Nunes

DoDgechallenger srt O resultadO é o mais rápido coupé da linha Dodge, acompanhado

das últimas tecnologias que os entusiastas vão adorar. “Ouvimos nossos mais devotados clientes e este Dodge Challenger SRT8 corresponde a seus anseios”, disse Ralph Gilles, presidente da marca dentro do Chrysler Group. “Aumentamos consideravelmente o torque do 392, de forma que seu corpo cola no banco nas arrancadas. Não vemos a hora de entregá-lo a nossos clientes e vermos suas reações ao pisarem fundo no acelerador”, completou.

O retorno do lendário motor de 392 pol3 HEMI às ruas através

do Challenger SRT8 é um passo à frente na evolução da marca. Produzindo 470 cv e 64,9 kgfm de torque, o novo motor HEMI na linha SRT acrescentou 12,4 kgfm no torque a 2.900 rpm em comparação com o antigo V8 de 6.1 l. O torque adicional melhorou muito a condução e o desempenho geral, graças à nova calibragem da unidade. Um coletor de admissão dinâmico e comando de válvulas com controle de fase proporcionam muito torque em baixos regimes, otimizando a potência em altas rotações.

O Dodge Challenger SRT8 392 2011 utiliza o câmbio automático de 5 marchas, com opção Auto Stick ou a unidade de 6 marchas TR-6060 manual, que apareceu no primeiro Dodge Viper SRT10 de 2008. Uma das novidades para 2011 é a tecnologia Fuel Saver para modelos com transmissão automática, que permite o uso de apenas 4 cilindros para gerar economia, ou os 8 quando necessário.

34 test drive i DODGE CHAllENGER SRT

carmagazine.cOm.br i AbRIl 2010

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AbRIl 2010 i carmagazine.cOm.br

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Edição inaugural do modelo traz conteúdo exclusivo Por Heymar Lopes Nunes

DoDgechallenger srt O resultadO é o mais rápido coupé da linha Dodge, acompanhado

das últimas tecnologias que os entusiastas vão adorar. “Ouvimos nossos mais devotados clientes e este Dodge Challenger SRT8 corresponde a seus anseios”, disse Ralph Gilles, presidente da marca dentro do Chrysler Group. “Aumentamos consideravelmente o torque do 392, de forma que seu corpo cola no banco nas arrancadas. Não vemos a hora de entregá-lo a nossos clientes e vermos suas reações ao pisarem fundo no acelerador”, completou.

O retorno do lendário motor de 392 pol3 HEMI às ruas através

do Challenger SRT8 é um passo à frente na evolução da marca. Produzindo 470 cv e 64,9 kgfm de torque, o novo motor HEMI na linha SRT acrescentou 12,4 kgfm no torque a 2.900 rpm em comparação com o antigo V8 de 6.1 l. O torque adicional melhorou muito a condução e o desempenho geral, graças à nova calibragem da unidade. Um coletor de admissão dinâmico e comando de válvulas com controle de fase proporcionam muito torque em baixos regimes, otimizando a potência em altas rotações.

O Dodge Challenger SRT8 392 2011 utiliza o câmbio automático de 5 marchas, com opção Auto Stick ou a unidade de 6 marchas TR-6060 manual, que apareceu no primeiro Dodge Viper SRT10 de 2008. Uma das novidades para 2011 é a tecnologia Fuel Saver para modelos com transmissão automática, que permite o uso de apenas 4 cilindros para gerar economia, ou os 8 quando necessário.

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FOTOGRAFiA: lucA bAssAni

Renovado, VW Jetta ficou maior e ganhou novas opções de motorização e acabamento. Por Heymar Lopes Nunes

vw Jetta 201238 test drive i vw jetta 2012

carmagazine.com.br i abril 2011

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FOTOGRAFiA: lucA bAssAni

Renovado, VW Jetta ficou maior e ganhou novas opções de motorização e acabamento. Por Heymar Lopes Nunes

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A VolkswAgen renoVou o Jetta, oferecendo-lhe um novo estilo e novas dimensões. O sedã médio da marca alemã conta agora com mais 90 mm de comprimento que na geração anterior aumentando consideravelmente o conforto interno. Totalmente novo e projetado na Alemanha, o modelo é maior, mais confortável e esportivo e introduz uma nova plataforma, especialmente desenvolvida para ele. O modelo importado para o Brasil é produzido no México e será comercializado por preços que variam entre R$ 69.990) e R$ 89.520.

Com personalidade marcante, o exterior do Jetta ostenta a nova identidade global marca.

A grade do radiador, em preto brilhante, combina com o grupo óptico trapezoidal, criando um conjunto estilístico único. Logo abaixo, o para-choque, pintado na cor da carroceria, com uma superfície limpa e esculturada. Mais abaixo, uma entrada de ar adicional e um aerofólio estilo “bandeja” – inspirado nos splitters usados em carros de competição – dão ao carro um ar definitivamente esportivo.

Visto de perfil, o carro se destaca exatamente pelos “ombros”, batizados de tornado lines, e pela ênfase dada aos arcos das aberturas das rodas. Ambos unem os volumes maiores,

definidos pelas grandes superfícies homogêneas, gerando uma forte impressão de dinamismo. O design dos retrovisores externos e as lanternas direcionais integradas, baseia-se no Passat CC.

O motorista irá se sentir a vontade diante da bem estudada disposição dos instrumentos no painel, assim como dos comandos e dispositivos postos ao seu alcance no console central, de forma intuitiva e agradável. Cores equilibradas e materiais refinados dão ao modelo uma aparência com estilo fortemente europeu, em que cada detalhe tem extrema importância. Os passageiros também 4

Modelo se modernizou para enfrentar a acirrada concorrência. São duas opções de motorização Interior é típico

de um VW. Bem acabado e com vários itens de

série

40 test driVe i Vw JeTTA2012

cArmAgAzine.com.br i ABRiL 2011

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A VolkswAgen renoVou o Jetta, oferecendo-lhe um novo estilo e novas dimensões. O sedã médio da marca alemã conta agora com mais 90 mm de comprimento que na geração anterior aumentando consideravelmente o conforto interno. Totalmente novo e projetado na Alemanha, o modelo é maior, mais confortável e esportivo e introduz uma nova plataforma, especialmente desenvolvida para ele. O modelo importado para o Brasil é produzido no México e será comercializado por preços que variam entre R$ 69.990) e R$ 89.520.

Com personalidade marcante, o exterior do Jetta ostenta a nova identidade global marca.

A grade do radiador, em preto brilhante, combina com o grupo óptico trapezoidal, criando um conjunto estilístico único. Logo abaixo, o para-choque, pintado na cor da carroceria, com uma superfície limpa e esculturada. Mais abaixo, uma entrada de ar adicional e um aerofólio estilo “bandeja” – inspirado nos splitters usados em carros de competição – dão ao carro um ar definitivamente esportivo.

Visto de perfil, o carro se destaca exatamente pelos “ombros”, batizados de tornado lines, e pela ênfase dada aos arcos das aberturas das rodas. Ambos unem os volumes maiores,

definidos pelas grandes superfícies homogêneas, gerando uma forte impressão de dinamismo. O design dos retrovisores externos e as lanternas direcionais integradas, baseia-se no Passat CC.

O motorista irá se sentir a vontade diante da bem estudada disposição dos instrumentos no painel, assim como dos comandos e dispositivos postos ao seu alcance no console central, de forma intuitiva e agradável. Cores equilibradas e materiais refinados dão ao modelo uma aparência com estilo fortemente europeu, em que cada detalhe tem extrema importância. Os passageiros também 4

Modelo se modernizou para enfrentar a acirrada concorrência. São duas opções de motorização Interior é típico

de um VW. Bem acabado e com vários itens de

série

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FOTOGRAFIA: LUCA BASSANIFOTOGRAFIA: LUCA BASSANI

Mais moderno e com mais esportividade, esse é o novo Audi A6. Modelo chega ainda este ano ao Brasil.Por Heymar Lopes Nunes

AUDI A6 201245

ABRIL 2011 I CARMAGAZINE.COM.BR

44 TEST DRIVE I AUDI A6 2012

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FOTOGRAFIA: LUCA BASSANIFOTOGRAFIA: LUCA BASSANI

Mais moderno e com mais esportividade, esse é o novo Audi A6. Modelo chega ainda este ano ao Brasil.Por Heymar Lopes Nunes

AUDI A6 201245

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A ApresentAção do novo A6 ao mercado europeu demonstra claramente os cuidados que a Audi tomou ao projetar a nova geração de seu sedan. Afinal, ele é um produto importante para a marca e, pior ainda, tem concorrentes à altura como Mercedes Classe E e BMW Série 5, também recentemente remodelados.

Por isso, não é de estranhar que a nova geração do A6 exiba uma aparência escultural e um interior sofisticado, repleto de novas tecnologias. A gama de motores foi também otimizada, ganhando novos patamares de potência, com consumos e emissões de CO2 mais baixos. A dirigibilidade é outra das características onde o novo A6 se distingue.

Revelado no fim do ano passado e apresentado oficialmente no Salão de Detroit, o Audi A6 2012 mantém o atual estilo visual da marca, com destaque para a alta tecnologia presente e os marcantes faróis dianteiros formados por LEDs. O A6 incorporou a tecnologia do luxuoso A8 com a funcionalidade e esportividade do A7 Sportback. Assim como o Audi

A8, o A6 2012 também passa a contar com mais de 20% dos componentes feitos de alumínio, o que contribuiu para a redução do peso total, otimizando o desempenho, consumo de combustível e emissões de poluentes.

O interior é bem mais envolvente que na geração anterior. O novo e sofisticado painel de instrumentos, o volante com inserções cromadas ou o novo console do sistema MMI são elementos, oferecidos de série, que criam uma atmosfera sofisticada. Os cuidados com o acabamento e as aplicações em alumínio acentuam o toque premium que o A6 ostenta.

O novo Audi A6 é recheado de componentes eletrônicos, como os sistemas de sensores ultrassônicos na dianteira utilizados nos sistemas ACC stop&go e de localização de vagas e estacionamento (Parking system e Park asssit), além de câmeras frontais e traseiras, sensores laterais e traseiros, sensores de impacto, entre outros. O sistema de som é fornecido pela Bose, mas as versões top de linha possuem 15 alto-falantes com 1.300 watts produzidos pela renomada 4

Cayenne tem dois turbos e dois intercoolers, um para cada bancada de cilindros

46 test drive i AuDI A6 2012

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A ApresentAção do novo A6 ao mercado europeu demonstra claramente os cuidados que a Audi tomou ao projetar a nova geração de seu sedan. Afinal, ele é um produto importante para a marca e, pior ainda, tem concorrentes à altura como Mercedes Classe E e BMW Série 5, também recentemente remodelados.

Por isso, não é de estranhar que a nova geração do A6 exiba uma aparência escultural e um interior sofisticado, repleto de novas tecnologias. A gama de motores foi também otimizada, ganhando novos patamares de potência, com consumos e emissões de CO2 mais baixos. A dirigibilidade é outra das características onde o novo A6 se distingue.

Revelado no fim do ano passado e apresentado oficialmente no Salão de Detroit, o Audi A6 2012 mantém o atual estilo visual da marca, com destaque para a alta tecnologia presente e os marcantes faróis dianteiros formados por LEDs. O A6 incorporou a tecnologia do luxuoso A8 com a funcionalidade e esportividade do A7 Sportback. Assim como o Audi

A8, o A6 2012 também passa a contar com mais de 20% dos componentes feitos de alumínio, o que contribuiu para a redução do peso total, otimizando o desempenho, consumo de combustível e emissões de poluentes.

O interior é bem mais envolvente que na geração anterior. O novo e sofisticado painel de instrumentos, o volante com inserções cromadas ou o novo console do sistema MMI são elementos, oferecidos de série, que criam uma atmosfera sofisticada. Os cuidados com o acabamento e as aplicações em alumínio acentuam o toque premium que o A6 ostenta.

O novo Audi A6 é recheado de componentes eletrônicos, como os sistemas de sensores ultrassônicos na dianteira utilizados nos sistemas ACC stop&go e de localização de vagas e estacionamento (Parking system e Park asssit), além de câmeras frontais e traseiras, sensores laterais e traseiros, sensores de impacto, entre outros. O sistema de som é fornecido pela Bose, mas as versões top de linha possuem 15 alto-falantes com 1.300 watts produzidos pela renomada 4

Cayenne tem dois turbos e dois intercoolers, um para cada bancada de cilindros

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f o t o g r a f i a : L u c a b a s s a n i

Retoques visuais deixaram o sedã mais jovem e o novo motor 1.8 Dual VVT-i tem mais potência e fôlego. Por José Antonio Leme

toyota Corolla 2012

50 primeiras impressões i toyota corolla 2012

carmagazine.com.br i abril 2011

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Retoques visuais deixaram o sedã mais jovem e o novo motor 1.8 Dual VVT-i tem mais potência e fôlego. Por José Antonio Leme

toyota Corolla 2012

50 primeiras impressões i toyota corolla 2012

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FOTOGRAFiA: lucA bAssAni

Primeiro bicombustível da marca agrada pelo design e boa dirigibilidade que oferece

Kia Soul flex

56 test drive i Kia Soul Flex

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FOTOGRAFiA: lucA bAssAni

Primeiro bicombustível da marca agrada pelo design e boa dirigibilidade que oferece

Kia Soul flex

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Desde seu nascimento o Focus vê o Golf por perto. Agora ele está pronto para o nocaute

conheça o novo lançamento mundial

novo ford focus:

Por: Chris Chilton I Fotografia: Greg Pajo

EspEcial

ão escolhi meu velho Jaguar XJ para ir ao aeroporto hoje. Muito menos o novo Astra que estou avaliando para a revista. No lugar deles escolhi o hatch que já fez 12 anos na minha garagem, com um rolamento de roda roncando, com o carpete surrado, um farol de neblina quebrado e com seus revestimentos de porta que já lembram a pele de um elefante. Mas o que mais me preocupa sempre que eu o conduzo é sua correia dentada, cuja troca estou adiando há tempos.

Quando o Focus foi lançado em 1988, o Golf Mk4 tinha menos de um ano. Os dois sempre foram brilhantes, cada um a seu jeito, apesar de ostentarem grandes diferenças. A qualidade e refinamento do interior do Golf estava muito à frente, mas se a ideia era uma condução divertida, a escolha recaía sobre o Focus com sua suspensão independente. Mas ambos tinham suas limitações. Sem ser uma maravilha, o Focus Mk2 causava certo desapontamento. Ou estou errado? Era bom de dirigir? Sim, era, e além do mais, foi um sucesso de vendas, mas pecava no estilo pouco inspirado, interior pobre, motor xoxo à gasolina e fraco acabamento. O Golf melhorou bastante quando adotou a suspensão Multi-Link, não era tão divertido de conduzir, mas superava o rival em outras áreas, principalmente quando do lançamento do Mk6 em 2009.

O Golf atual é ótimo. É o melhor de sua linhagem, graças à excelente montagem, acabamento e melhorias na condução, apesar de que o Mk6 não deixa de ser um Mk5 com um banho de loja. Será que isso vai acontecer com o novo Focus, outro ‘carro mundial’ da Ford?

A Ford certamente não cairá nessa armadilha. Este Focus traz a nova linha de motores turbo EcoBoost a gasolina, câmbio de embreagem dupla opcional e um ‘pacote’ completo de itens de segurança, como controle de mudança de trajetória e piloto automático adaptativo. Terá também controle vetorial de torque, Bluetooth, rádio DAB digital e funções acionadas por voz, tudo por R$ 43 mil (na Europa). Lá você pode comprar uma edição especial do Golf por R$ 6,5 mil a menos, mas ele virá com duas portas a menos que as cinco do Focus e com 25 cv de desvantagem.

O Golf e o Focus que trouxemos para esta avaliação não são os modelos que mais vendem, mas acreditamos serem as versões que mais agradarão seus compradores. O Focus é o Titanium X e o Golf é o GTD. Não há versões luxuosas, se você quiser comprar um 4

N60 esPecial i NOvO FORD FOCuS

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Desde seu nascimento o Focus vê o Golf por perto. Agora ele está pronto para o nocaute

conheça o novo lançamento mundial

novo ford focus:

Por: Chris Chilton I Fotografia: Greg Pajo

EspEcial

ão escolhi meu velho Jaguar XJ para ir ao aeroporto hoje. Muito menos o novo Astra que estou avaliando para a revista. No lugar deles escolhi o hatch que já fez 12 anos na minha garagem, com um rolamento de roda roncando, com o carpete surrado, um farol de neblina quebrado e com seus revestimentos de porta que já lembram a pele de um elefante. Mas o que mais me preocupa sempre que eu o conduzo é sua correia dentada, cuja troca estou adiando há tempos.

Quando o Focus foi lançado em 1988, o Golf Mk4 tinha menos de um ano. Os dois sempre foram brilhantes, cada um a seu jeito, apesar de ostentarem grandes diferenças. A qualidade e refinamento do interior do Golf estava muito à frente, mas se a ideia era uma condução divertida, a escolha recaía sobre o Focus com sua suspensão independente. Mas ambos tinham suas limitações. Sem ser uma maravilha, o Focus Mk2 causava certo desapontamento. Ou estou errado? Era bom de dirigir? Sim, era, e além do mais, foi um sucesso de vendas, mas pecava no estilo pouco inspirado, interior pobre, motor xoxo à gasolina e fraco acabamento. O Golf melhorou bastante quando adotou a suspensão Multi-Link, não era tão divertido de conduzir, mas superava o rival em outras áreas, principalmente quando do lançamento do Mk6 em 2009.

O Golf atual é ótimo. É o melhor de sua linhagem, graças à excelente montagem, acabamento e melhorias na condução, apesar de que o Mk6 não deixa de ser um Mk5 com um banho de loja. Será que isso vai acontecer com o novo Focus, outro ‘carro mundial’ da Ford?

A Ford certamente não cairá nessa armadilha. Este Focus traz a nova linha de motores turbo EcoBoost a gasolina, câmbio de embreagem dupla opcional e um ‘pacote’ completo de itens de segurança, como controle de mudança de trajetória e piloto automático adaptativo. Terá também controle vetorial de torque, Bluetooth, rádio DAB digital e funções acionadas por voz, tudo por R$ 43 mil (na Europa). Lá você pode comprar uma edição especial do Golf por R$ 6,5 mil a menos, mas ele virá com duas portas a menos que as cinco do Focus e com 25 cv de desvantagem.

O Golf e o Focus que trouxemos para esta avaliação não são os modelos que mais vendem, mas acreditamos serem as versões que mais agradarão seus compradores. O Focus é o Titanium X e o Golf é o GTD. Não há versões luxuosas, se você quiser comprar um 4

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O emblema R dá ao caçula da Porsche um novo status, com mais potência e menos peso. Mas não é um GT3 especial para competições. Aqui ele encara

seus rivais: Lotus Evora, Nissan GT-R e BMW M3. Não será fácil.

O C A Y M A N C O L O C A D O À P R O V A

POR: Chris Chilton I FOTOGRAFIA: John Wycherley

72 MATÉRIA DE CAPA I COMPARATIVO PORSCHE CAYMAN 73

CARMAGAZINE.COM.BR I ABRIL 2011 ABRIL 2011 I CARMAGAZINE.COM.BR

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O emblema R dá ao caçula da Porsche um novo status, com mais potência e menos peso. Mas não é um GT3 especial para competições. Aqui ele encara

seus rivais: Lotus Evora, Nissan GT-R e BMW M3. Não será fácil.

O C A Y M A N C O L O C A D O À P R O V A

POR: Chris Chilton I FOTOGRAFIA: John Wycherley

72 MATÉRIA DE CAPA I COMPARATIVO PORSCHE CAYMAN 73

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Pelo menos é o que a VW diz. O XL1 tem motor de 1.0 litro, pesa apenas 795 kg e emite 24 g CO2/km. E é bonito também. Mas o melhor de tudo é que ele vai entrar em produção em 2013. Somos os primeiros a avaliá-lo

1 3 1 k m / l ? 1 3 1 k m / l ?

1 3 1 k m / l ?1 3 1 k m / l ?

1 3 1 k m / l ?

Imagine como serão os congestionamentos do futuro Por: Georg Kacher I fotografia: John Wycherley & Ingo Barenschee

84 carro ecológico I dIrIGIndo o VW que faz 131 Km/l 85

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Pelo menos é o que a VW diz. O XL1 tem motor de 1.0 litro, pesa apenas 795 kg e emite 24 g CO2/km. E é bonito também. Mas o melhor de tudo é que ele vai entrar em produção em 2013. Somos os primeiros a avaliá-lo

1 3 1 k m / l ? 1 3 1 k m / l ?

1 3 1 k m / l ?1 3 1 k m / l ?

1 3 1 k m / l ?

Imagine como serão os congestionamentos do futuro Por: Georg Kacher I fotografia: John Wycherley & Ingo Barenschee

84 carro ecológico I dIrIGIndo o VW que faz 131 Km/l 85

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DETROIT CONSEGUIRÁ RETOMAR SUA VIDA?A cidade do automóvel chegou ao fundo do poço, bairros inteiros desapareceram. Será

que ainda há esperança nessas outrora ruas cheias de orgulho?

POR: Ben Oliver I FOTOGRAFIA: Mark Fagelson

90 CHOQUE DE REALIDADE I A TRAGÉDIA DE DETROIT

CARMAGAZINE.COM.BR I ABRIL 2011

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DETROIT CONSEGUIRÁ RETOMAR SUA VIDA?A cidade do automóvel chegou ao fundo do poço, bairros inteiros desapareceram. Será

que ainda há esperança nessas outrora ruas cheias de orgulho?

POR: Ben Oliver I FOTOGRAFIA: Mark Fagelson

90 CHOQUE DE REALIDADE I A TRAGÉDIA DE DETROIT

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falar em Peugeot é o mesmo que fechar os olhos e ver carros bonitos, de design inspirador, mas sempre a figura que o cérebro cria é a de um carro pequeno, compacto. É uma característica que a marca acabou incorporando. Se falarmos de seu design, como dissemos, é bonito, mas cansou, como tudo cansa na vida, por isso o momento é crucial para a imagem da empresa, no momento em que a PSA (holding Peugeot/Citroën) faz suas apostas mais claras visando o futuro.

Os sinais são alentadores. Ver a Citroën de volta com seu modelo DS3 ao WRC – Campeonato Mundial de Rally - e o protótipo Peugeot 908 HDi FAP vencer a 59ª edição tradicionalíssima 12 Horas de Sebring no mês passado, provam que a marca vive intenso processo de revitalização. Mas como trazer resultados práticos para as ruas, dando sinais claros aos consumidores de que as coisas estão mudando não apenas nas pistas?

Para isso, a Peugeot fez a lição de casa com seu novo 508: novos motores, investimento pesado na área de transmissões, melhoria no processo de fabricação e refinamento, ingredientes básicos para qualquer montadora pensar num carro melhor, maior, porém mais leve que seu antecessor. E melhor (sem ter a certeza disso, claro), principalmente no investimento e no valor de revenda, sem dúvida, calcanhares de Aquiles da montadora francesa.

O que mais se ouve dos executivos da Peugeot sobre o 508 é sua qualidade. E ele será colocado à prova de que não se trata apenas de um amontoado de eletrônica embalado para presente. Esperamos que com o 508 as coisas sejam diferentes.

Um dos problemas do 407 era o envelhecimento precoce de seu desenho, que em três ou quatro anos dava a impressão de ser um carro com muito uso, inclusive no interior. Os executivos da Peugeot admitem isso e afirmam que até as costuras dos bancos de couro foram revistas, exatamente para diminuir esta característica, principalmente na hora de vender o carro.

A empresa se preocupa bastante com este detalhe crucial, trabalhando intensamente na conscientização de seus consumidores potenciais, onde uma das principais ferramentas deste convencimento foram os exaustivos testes dinâmicos aos quais o 508 foi submetido durante três anos, quando encarou as mais difíceis situações, sacolejando, torcendo, vibrando, tomando chuva, sol, encarando testes duríssimos de durabilidade. Tudo isso para convencer seus compradores de que a Peugeot está de volta, por mais que eles tenham o nível de qualidade do Passat como parâmetro.

Nessa comparação, o 508 adquiriu contornos germânicos bem claros na traseira. Um olhada atenta a seus ângulos de ¾ da traseira remeterá à última Série 5 da BMW, principalmente 4

O LEÃO MOSTRA AS GARRASÉ difícil ligar a marca Peugeot a carros grandes – é algo sobre percepção, marca, tradição. Vamos experimentar um belo carro que promete mudar isso.

Por: Steve Moody I fotografia: John Wycherley

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falar em Peugeot é o mesmo que fechar os olhos e ver carros bonitos, de design inspirador, mas sempre a figura que o cérebro cria é a de um carro pequeno, compacto. É uma característica que a marca acabou incorporando. Se falarmos de seu design, como dissemos, é bonito, mas cansou, como tudo cansa na vida, por isso o momento é crucial para a imagem da empresa, no momento em que a PSA (holding Peugeot/Citroën) faz suas apostas mais claras visando o futuro.

Os sinais são alentadores. Ver a Citroën de volta com seu modelo DS3 ao WRC – Campeonato Mundial de Rally - e o protótipo Peugeot 908 HDi FAP vencer a 59ª edição tradicionalíssima 12 Horas de Sebring no mês passado, provam que a marca vive intenso processo de revitalização. Mas como trazer resultados práticos para as ruas, dando sinais claros aos consumidores de que as coisas estão mudando não apenas nas pistas?

Para isso, a Peugeot fez a lição de casa com seu novo 508: novos motores, investimento pesado na área de transmissões, melhoria no processo de fabricação e refinamento, ingredientes básicos para qualquer montadora pensar num carro melhor, maior, porém mais leve que seu antecessor. E melhor (sem ter a certeza disso, claro), principalmente no investimento e no valor de revenda, sem dúvida, calcanhares de Aquiles da montadora francesa.

O que mais se ouve dos executivos da Peugeot sobre o 508 é sua qualidade. E ele será colocado à prova de que não se trata apenas de um amontoado de eletrônica embalado para presente. Esperamos que com o 508 as coisas sejam diferentes.

Um dos problemas do 407 era o envelhecimento precoce de seu desenho, que em três ou quatro anos dava a impressão de ser um carro com muito uso, inclusive no interior. Os executivos da Peugeot admitem isso e afirmam que até as costuras dos bancos de couro foram revistas, exatamente para diminuir esta característica, principalmente na hora de vender o carro.

A empresa se preocupa bastante com este detalhe crucial, trabalhando intensamente na conscientização de seus consumidores potenciais, onde uma das principais ferramentas deste convencimento foram os exaustivos testes dinâmicos aos quais o 508 foi submetido durante três anos, quando encarou as mais difíceis situações, sacolejando, torcendo, vibrando, tomando chuva, sol, encarando testes duríssimos de durabilidade. Tudo isso para convencer seus compradores de que a Peugeot está de volta, por mais que eles tenham o nível de qualidade do Passat como parâmetro.

Nessa comparação, o 508 adquiriu contornos germânicos bem claros na traseira. Um olhada atenta a seus ângulos de ¾ da traseira remeterá à última Série 5 da BMW, principalmente 4

O LEÃO MOSTRA AS GARRASÉ difícil ligar a marca Peugeot a carros grandes – é algo sobre percepção, marca, tradição. Vamos experimentar um belo carro que promete mudar isso.

Por: Steve Moody I fotografia: John Wycherley

96 avaliação I PEUgEOT 508 97

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Atualmente a Europa tem o Kuga e os EUA o Escapade. Em 2012 o Vertrek substituirá os dois.Conversamos com os responsáveis por isso

FORD VERTREK: DOIS MUNDOS NUM SÓ

FOTOGRAFIA: MARK FAGELSON

Guy Bird da CAR, analisa o interior

do Ford Vertrek

102 CROSSOVER GLOBAL I FORD VERTREK

CARMAGAZINE.COM.BR I ABRIL 2011

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Atualmente a Europa tem o Kuga e os EUA o Escapade. Em 2012 o Vertrek substituirá os dois.Conversamos com os responsáveis por isso

FORD VERTREK: DOIS MUNDOS NUM SÓ

FOTOGRAFIA: MARK FAGELSON

Guy Bird da CAR, analisa o interior

do Ford Vertrek

102 CROSSOVER GLOBAL I FORD VERTREK

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DOSPela primeira vez a área de competições da Citroën

construiu um carro de rua. Nós o dirigimos, mas antes acompanhamos o campeão mundial Sebastien Loeb

quando testava a versão 2011 de rally. POR: Ben Barry I FOTOGRAFIA John Wycherley

RALLYES PARA ASRUAS

108 AVALIAÇÃO I O NOVO CITROËN DE RALLY

CARMAGAZINE.COM.BR I ABRIL 2011

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DOSPela primeira vez a área de competições da Citroën

construiu um carro de rua. Nós o dirigimos, mas antes acompanhamos o campeão mundial Sebastien Loeb

quando testava a versão 2011 de rally. POR: Ben Barry I FOTOGRAFIA John Wycherley

RALLYES PARA ASRUAS

108 AVALIAÇÃO I O NOVO CITROËN DE RALLY

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DUAS CARRETAS BRANCAS de apoio sem nenhuma identifi -cação, um carro de rally totalmente branco e uma ofi cina completa montada num dia de muito frio na Escócia,

longe de olhares indesejáveis, de espiões, e numa área que mais parecia uma cena de crime, totalmente isolada. Ao lado do caminhão um grupo de mecânicos está sentado em volta da mesa, tentando espantar o frio congelante com um aquecedor portátil quase encostado em suas botas grossas. No jantar, salmão defumado de entrada, fi lé como prato principal e ‘crème brulee’ de sobremesa. Se ainda houvesse espaço, café e uma seleção de queijos fortes. Esse é o rally, mas o rally com forte sotaque francês, estilo Citroën.

No meio desse pessoal e dessa comida toda, estão a CAR Magazine e o sete vezes campeão do mundo Sebastien Loeb, considerado um piloto de estilo cirúrgico, cerebral, com incrível capacidade de lidar com limites, destruindo seus adversários com demonstrações pontuais de velocidade extrema em momentos cruciais ou garantindo pontos

importantes quando sabe que está em desvantagem.Loeb analisa tudo, inclusive jornalistas, e nesse

momento vejo-o colado ao engenheiro que entrevisto, atento às perguntas e às respostas dadas. Será que ele está tentando entender o que quero saber, para mais tarde seguir a mesma linha das respostas? Seria desconcertante. Será que é isso mesmo? Ou será que está ali por impaciência. Ou estaria apenas tentando me perturbar? Deixo-o de lado, ignoro-o, mas posso parecer rude assim, então, decido colocá-lo na conversa para ver se ele se toca.

A CAR Magazine é a única revista do mundo convidada para esta experiência congelante em cima de um morro no meio do nada, mas é uma honra. Para 2011 houve uma mudança radical no regulamento do WRC – World Rally Championship. Os carros da categoria principal ainda terão tração integral, mas o comprimento máximo caiu de 4 para 3,8 metros, os motores 2.0 l turbo cederam lugar para os 1.6 l turbo e os custos foram reduzidos também – abolidos os diferenciais ativos e aplicação de magnésio e titânio, assim como borboletas para trocas de marcha no volante. Citroën C4 e Ford Focus foram substituídos pelo Citroën DS3, Ford Fiesta e durante o andamento da temporada 2011, aparecerá o Mini Countryman.

Somos as únicas pessoas de fora da Citroën Racing a ver o novo DS3 com Sebastien Loeb em ação. E melhor ainda, este mesmo pessoal é o responsável pelo DS3 Racing, uma versão de rua inspirada no modelo de competição. Loeb informa: “Antes tínhamos apenas o C4 VTS para uso urbano, mas o DS3 Racing tem ótimo motor, freios excelentes e dirigibilidade fantástica, além de ser muito bonito também. É um esportivo de verdade”.

É um momento crucial para Loeb, que poderia confortavelmente ter abandonado as competições em 2010, no auge. Mas preferiu encarar o novo desafi o de desenvolver um novo carro sob novas regras. Resumo: ele tem pouco a ganhar e muito a perder.

E a ideia de parar, como você a vê? “Essa hora chega para todo mundo e estou me preparando para isso. Talvez Le Mans, DTM, GT3, talvez este seja meu último ano no rally”. Depois disso ele dá um sorrisinho e com as sobrancelhas erguidas, completa: “Pois é, eu disse à minha mãe que pararia em 2002...”.

Mas a ideia está sim na mente de Loeb e é interessante constatar que ele foi parceiro de Michael Schumacher em algumas corridas e treinos de moto em pistas francesas. Interessante imaginar dois

dos mais exitosos pilotos da F1 e do Mundial de Rally, raspando os joelhos no chão, pendurados em motos.

Seja lá o que o futuro reservar, sabemos que os outros pilotos do WRC fi carão mais tranquilos sem sua presença, mas enquanto isso não acontece, Loeb os assombra. Nesse momento ele vai tirar uma soneca, coisa normal em sua preparação antes de pilotar, mas particularmente importante hoje, já que ainda mostra os sinais de cansaço da despedida da era 2.0 l que aconteceu dois dias antes no Rally da Inglaterra. Aproveito e vou falar sobre parte técnica do carro de rally com Xavier Destelan.

Há muitos segredos em volta do DS3 e fomos proibidos de fazer fotos do carro com as rodas erguidas na área de serviço que tem o piso pintado de vermelho. Por mais que eu pedisse, nem uma volta no banco do navegador me foi permitida. “Talvez”, resmunga Destelan, rapidamente. “Não sou a favor, não quero que ninguém veja nossa tecnologia”. Será que a Citroën tem alguma tecnologia desconhecida dos rivais? Pode ser.

A sede da Citroën Racing fi ca em Versalhes, tem 180 funcionários e uma estrutura impressionante. “Começamos a planejar o motor a partir de uma folha em branco, até testarmos a unidade em nos-

Automobilismo não é apenas glamour; barro e

frio fazem parte

LOEB DE FOLGA

CORRIDAS DE MOTO COM SCHUMACHER?

Loeb testa o DS3. “Pensei que ele sairia

mais de frente”

Com 13 etapas do WRC por ano, mais testes e intermináveis compromissos promocionais, não sobra muito tempo livre para Sebastien Loeb, mas quando ele não está de serviço ou curtindo sua esposa e fi lha em sua casa na Suíça, gosta de pilotar seu próprio helicóptero, esquiar, praticar snowboarding ou escalar montanhas. Gosta também de ‘brincar’ com motos em autódromos com seu vizinho Michael Schumacher.

Ele ama seus carros também: sua ligação com a Citroën colocou uma perua C5 em sua garagem, mas está pressionando Olivier Quesnel, chefe de com-petições da montadora, a dar-lhe um DS3 Racing (Quero o meu em branco e cinza) e o C4 com o qual venceu várias etapas do WRC em 2010, inclusive o Rally da Inglaterra, carro que lhe deu o sétimo título mundial no fi m da era 2.0.

Mas não há apenas Citroën nessa garagem. Ele comprou um Mercedes C63 para sua esposa, tem uma Ferrari 458 e um Porsche 911 Turbo também. A 458 está na ofi cina e o 911 tem chassi modifi cado pela Techart e motor de 660 cv da Sportec. Que tipo de ofi cina se encontra a Ferrari?

Como se vê, ele terá várias coisas para pensar quando abandonar os rallyes.

110 AVALIAÇÃO I O NOVO CITROËN DE RALLY

CARMAGAZINE.COM.BR I ABRIL 2011

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DUAS CARRETAS BRANCAS de apoio sem nenhuma identifi -cação, um carro de rally totalmente branco e uma ofi cina completa montada num dia de muito frio na Escócia,

longe de olhares indesejáveis, de espiões, e numa área que mais parecia uma cena de crime, totalmente isolada. Ao lado do caminhão um grupo de mecânicos está sentado em volta da mesa, tentando espantar o frio congelante com um aquecedor portátil quase encostado em suas botas grossas. No jantar, salmão defumado de entrada, fi lé como prato principal e ‘crème brulee’ de sobremesa. Se ainda houvesse espaço, café e uma seleção de queijos fortes. Esse é o rally, mas o rally com forte sotaque francês, estilo Citroën.

No meio desse pessoal e dessa comida toda, estão a CAR Magazine e o sete vezes campeão do mundo Sebastien Loeb, considerado um piloto de estilo cirúrgico, cerebral, com incrível capacidade de lidar com limites, destruindo seus adversários com demonstrações pontuais de velocidade extrema em momentos cruciais ou garantindo pontos

importantes quando sabe que está em desvantagem.Loeb analisa tudo, inclusive jornalistas, e nesse

momento vejo-o colado ao engenheiro que entrevisto, atento às perguntas e às respostas dadas. Será que ele está tentando entender o que quero saber, para mais tarde seguir a mesma linha das respostas? Seria desconcertante. Será que é isso mesmo? Ou será que está ali por impaciência. Ou estaria apenas tentando me perturbar? Deixo-o de lado, ignoro-o, mas posso parecer rude assim, então, decido colocá-lo na conversa para ver se ele se toca.

A CAR Magazine é a única revista do mundo convidada para esta experiência congelante em cima de um morro no meio do nada, mas é uma honra. Para 2011 houve uma mudança radical no regulamento do WRC – World Rally Championship. Os carros da categoria principal ainda terão tração integral, mas o comprimento máximo caiu de 4 para 3,8 metros, os motores 2.0 l turbo cederam lugar para os 1.6 l turbo e os custos foram reduzidos também – abolidos os diferenciais ativos e aplicação de magnésio e titânio, assim como borboletas para trocas de marcha no volante. Citroën C4 e Ford Focus foram substituídos pelo Citroën DS3, Ford Fiesta e durante o andamento da temporada 2011, aparecerá o Mini Countryman.

Somos as únicas pessoas de fora da Citroën Racing a ver o novo DS3 com Sebastien Loeb em ação. E melhor ainda, este mesmo pessoal é o responsável pelo DS3 Racing, uma versão de rua inspirada no modelo de competição. Loeb informa: “Antes tínhamos apenas o C4 VTS para uso urbano, mas o DS3 Racing tem ótimo motor, freios excelentes e dirigibilidade fantástica, além de ser muito bonito também. É um esportivo de verdade”.

É um momento crucial para Loeb, que poderia confortavelmente ter abandonado as competições em 2010, no auge. Mas preferiu encarar o novo desafi o de desenvolver um novo carro sob novas regras. Resumo: ele tem pouco a ganhar e muito a perder.

E a ideia de parar, como você a vê? “Essa hora chega para todo mundo e estou me preparando para isso. Talvez Le Mans, DTM, GT3, talvez este seja meu último ano no rally”. Depois disso ele dá um sorrisinho e com as sobrancelhas erguidas, completa: “Pois é, eu disse à minha mãe que pararia em 2002...”.

Mas a ideia está sim na mente de Loeb e é interessante constatar que ele foi parceiro de Michael Schumacher em algumas corridas e treinos de moto em pistas francesas. Interessante imaginar dois

dos mais exitosos pilotos da F1 e do Mundial de Rally, raspando os joelhos no chão, pendurados em motos.

Seja lá o que o futuro reservar, sabemos que os outros pilotos do WRC fi carão mais tranquilos sem sua presença, mas enquanto isso não acontece, Loeb os assombra. Nesse momento ele vai tirar uma soneca, coisa normal em sua preparação antes de pilotar, mas particularmente importante hoje, já que ainda mostra os sinais de cansaço da despedida da era 2.0 l que aconteceu dois dias antes no Rally da Inglaterra. Aproveito e vou falar sobre parte técnica do carro de rally com Xavier Destelan.

Há muitos segredos em volta do DS3 e fomos proibidos de fazer fotos do carro com as rodas erguidas na área de serviço que tem o piso pintado de vermelho. Por mais que eu pedisse, nem uma volta no banco do navegador me foi permitida. “Talvez”, resmunga Destelan, rapidamente. “Não sou a favor, não quero que ninguém veja nossa tecnologia”. Será que a Citroën tem alguma tecnologia desconhecida dos rivais? Pode ser.

A sede da Citroën Racing fi ca em Versalhes, tem 180 funcionários e uma estrutura impressionante. “Começamos a planejar o motor a partir de uma folha em branco, até testarmos a unidade em nos-

Automobilismo não é apenas glamour; barro e

frio fazem parte

LOEB DE FOLGA

CORRIDAS DE MOTO COM SCHUMACHER?

Loeb testa o DS3. “Pensei que ele sairia

mais de frente”

Com 13 etapas do WRC por ano, mais testes e intermináveis compromissos promocionais, não sobra muito tempo livre para Sebastien Loeb, mas quando ele não está de serviço ou curtindo sua esposa e fi lha em sua casa na Suíça, gosta de pilotar seu próprio helicóptero, esquiar, praticar snowboarding ou escalar montanhas. Gosta também de ‘brincar’ com motos em autódromos com seu vizinho Michael Schumacher.

Ele ama seus carros também: sua ligação com a Citroën colocou uma perua C5 em sua garagem, mas está pressionando Olivier Quesnel, chefe de com-petições da montadora, a dar-lhe um DS3 Racing (Quero o meu em branco e cinza) e o C4 com o qual venceu várias etapas do WRC em 2010, inclusive o Rally da Inglaterra, carro que lhe deu o sétimo título mundial no fi m da era 2.0.

Mas não há apenas Citroën nessa garagem. Ele comprou um Mercedes C63 para sua esposa, tem uma Ferrari 458 e um Porsche 911 Turbo também. A 458 está na ofi cina e o 911 tem chassi modifi cado pela Techart e motor de 660 cv da Sportec. Que tipo de ofi cina se encontra a Ferrari?

Como se vê, ele terá várias coisas para pensar quando abandonar os rallyes.

110 AVALIAÇÃO I O NOVO CITROËN DE RALLY

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GP da Austrália 2011A temporada 2011 da Fórmula 1 começou com o campeão Sebastian Vettel massacrando a concorrência no belo circuito de Albert Park em Melbourne. Você confere aqui as incríveis imagens dos experientes fotógrafosJean-François Galeron e Jad Sherif da agência Wri2

Rubens Barrichello risca a torcida colorida no

circuito de Albert Park

O trem-bala engatado da Ferrari de Massa e da McLaren de Button na corrida

abril 2011 I carmagazine.com.br

124 show de imagens I f1 abertura da temporada 2011

carmagazine.com.br I abril 2011

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GP da Austrália 2011A temporada 2011 da Fórmula 1 começou com o campeão Sebastian Vettel massacrando a concorrência no belo circuito de Albert Park em Melbourne. Você confere aqui as incríveis imagens dos experientes fotógrafosJean-François Galeron e Jad Sherif da agência Wri2

Rubens Barrichello risca a torcida colorida no

circuito de Albert Park

O trem-bala engatado da Ferrari de Massa e da McLaren de Button na corrida

abril 2011 I carmagazine.com.br

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