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IV ANNO DOMINGO, 3 DE JULHO DEI 1904. N.° iS5 SEMANARIO NOTICIOSO, LITTERARIO E AGRICOLA Assipnlnra p Anno-, -iSooo reis; semestre. 5ôo réis. Pagamento adeantado. p Para o Brazil, anno. 2S5oo réis .(moeda forte j. Avulso, no dia da publicação, 20 réis. ■José Augusto Saloio II 19, i.1 , DIREITA— Á íix>'ià c í A x : 2 . í - x , a ! 9? í| Fsiblicaçoes d Annuncios—;i.a publicaçáo. 40 réis a linha, nas seguinte^ 0 20 róis. Annuncios na 4.» pagina, contracto 'especial. Os auto- graphos n.io se restituem quer sejam ou náo publicados. PROPR IETÁR IO José Augusto Saloio II C StO U PARA I) DO- M Porto Aleyre, i 3 de maiò de 191)4. No momento em que es crevo estas linhas, solemni- sa-se àrdorosa eenthusias- ticamente aqui, como em todo o Brazil, a memorá vel data da aurea lei que poz termo ao negregado cap.iveiro, em que ainda jaziamcerca de quatrom i lhões de infelizes creaturas. Odespotico, féroein.hu- mano regimen legado pe losnossosantepassadosdos tempos coloniaes. subsistia como que ano doar os pro gressos da civilisação que já se notavamneste vasto continente. Era por demais tristíssi mo o quadro que se des enrolava aos olhos do fo rasteiro que aportava ás terras de-Santa Cruz, Narrar as torturas as vil- latvas, as iniquidades mais atrozes que se cominettiam com os infelizes que tive ram a desventura de nas cer sob 0 clima de regiões inhospitas e de onde eram importados como bestas de carga, é assumpto que da ria para grossos volumes de historias lugubres. Bem hajam ,.pois, todos quantos collaboraramnes saobragrandiosadaredem pção dos escravos. Comum traçodepenna, a então princeza regente, realisou nesse dia a mais ardente aspiraçãoda nacio nalidade.,brazileira, riscan do, dos seus Codigos e da H i.sto.ria-Patria essa pagina negra, vergonhosa, que des lustrava certamente tantis- simas outras' em que reful giam bei1 as conquistas do saber e admiravéis feitos épicos dos nossos queridos irmãos do.novo mundo. Foi a i 3 de maio de 1888 que o gabinete presidi do peloillustre conselheiro João Alfredo, após uma lu eta tenaz, incessante, nas camaras, para a consecu ção de tão nobre desidera- tum, conseguiu, alfim , sub- metter á assignatura da Princeza Izabel o luminoso decreto que extinguia de vez a escravidão no paiz. A augusta regente an dava tambem pelo mo mento em que pudesse ir de encontro aos desejos e aos dictames da conscien- •cia popular, ai rançandodos miseros captivos os ferreos grilhões que .por mais de tres séculos lhes arroxea ramos pulsos, sob a égide de uma jurisprudência ta canha, impia, váhdalica! Efoi por isso que rece beu com infinda alegria a carta de alforria geral que lhe foi apresentada, assi- -gnando-a im m ed iatam en te, semreceios, semvac.il- lações. Desde então raiára aau rora da liberdade para os miseros párias. Grandioso fôra o espe ctáculo d’esse dia! Mages- tosa, a scena que se paten teou aos.olhos de t ;dos os bons patriotas! Era por uma linda ma nhã de outono, nesta parte do hMnispherio austral. . . A Natureza como quede todo s-e enganalára para participar do jubilointenso da nação brazileira. No R iodeJaneiro ', como io norte ao sul do antigo império, o povo emfrene- zí, delirantemente, açcla- rnava a PRINCEZA RE DEMPTOR A ;e umbrado unisono se elevava ao seio do Altissimo pedindo as bênçãos celestiaes para os paladinos do mais sublime ideal, da-nobre-.esanta cru zada pela — Liberdade, Egualdade e Fraternida de! ' Aos. frémitos de prazer, ás acclamações, ás flores e risos, vinham misturar:se as'lagrimas de reconheci mento dos desventurados.a quemumegoísmo torpe e uma ganancia sórdida pri varam , por centenares de annos, dos sagrados direi tos de ter patria, de ter lar, de ter fam ilia e. .. até de ter abrigo na çommisera- ção do proximo! Mulher! Já tens mari do!. . Marido! Já tens mu lher!. . Filho! Já tens pai!.. -Pai! Já tens filho!.,,. Taes eram as exclama ções, a partir. d’esse instan te, que irrompiam desafo gadamente do peitodosin felizes votados á mais hor rorosa das tyrannias. E’ que jásépodiam oscu lar e abraçar livremente... E os abolicionistas tam bem compartilhavam de tão natural regos,jo;—aper tavamos libertos contra o peito e,: confraternisando comelles, diziam-lhes com abundância de coração': —«Abra.çai-nos, irmãos! Sois como nós, os brancos, íilhos do mesmo Greador! Lá nos sertões africanos, onde nascestes ou onde nasceram vossos pais, tam bem Deus plantou a arvo re bemdita. da Liberdade! Lá, como aqui, tambemos seres alados entoamcânti cos symbolicos, saudando a magestade d’essa Lei Di vina! a Os povos barbaros, é certo, a conspurcaram por muito tempo; mas oMaior Regenerador da Humani dade a consolidou, a eter- nisou com o seu precioso sangue no alto do Golgo- tlia! • «Osdireitosconculcados pela prepotencia dos go vernantes, cedo -ou tarde obtêm a devida reparação. Foi chegada para vós tão anhetada •'•occasião-: vinde collaborar agorana porten tosa obra donossoengran decimento social. «Já po.de.is comnosco, li vrem jnte, respirar as'au ras embalsamadas dá- flo restas" virgens; lapidar a pedra bruta; explorar ‘os veios deouro; colhervarie gadas flores dos nossos odoríferos jardins;encarar, sobranceiros, a vastidão do céo e a immensida.de dos mares; singrar os rios; ar rotear os campos; podeis, emfim . exercitar a plena actividade de vossas forças physicas. moraes e intelle- ct laescm proveitoproprio, no da fam ilia eda coramu- rihão emç-eral. « Abraçai-nos, pois, ir mãos. «Abraçai-nos e cantai comnosco"ohymno patrió tico do nosso.saudoso poe ta Felix da Cunha: «J.iberda.le ! Augusto mime! Teu disco de ethereo lume - Sobre as grimpas de alto cume Suspende como um phanallJ E o preto, como o bran co, numa' promiscuidade amorosa,'entoavam lòas á bella Deusa e abençoavam ao mesmo tempo os seus sectários, os que a Ella fi zeram fervorosas preces a b e mde i 1111 m iri a r c pí.fs; e u s raios brilhantes, resplande centes, os espiritos fetrò- jgrados erefraetarios áper le etibilida.de-d a especie.hu mana. E’justíssima, portanto, a icom inem oração do dia cie hoje. . Entretanto. .. Jiorribile dictu!) aquelles que a ia de maio de 1888 tanto victo- riaram e cobriramde lou ros a magilanima-soberana que levantara tão eloquen temente onível morai epo lítico do seu paiz á altura das nações mais adianta das, assistiram bestiàUsados a í 5 de novembro de 188) !(anno e rheiodepois!j á sua expulsão do. territorio br.a- zileiro, dTTa ede toda afa m ilia imperial. . . A proclamaçãoda Repu blica cedo olvidára essa grande, portentosa con quista da civilisação para as gerações hodiernas. Têmpora niulanlur. . . No exílioestáapobre se nhora arrostando as cónse- jquençias do seu amor, da sua nobre dedicação pela (Patria e da grande eleva- iç ã( 5 u e ‘seu sse n t i m i ri tos a 1 - truisticos pelo bemda Hu manidade. Victima do mesmo des prendimento, já o' famoso Seipião, b1 AfHfrawr, detão caíumniado que foi excla mavaamarguradamenteno idesterro: Ingrata Patria!. . Xon possidebas assa nica! F IR Ml NO JOSÉ RODRIGUES. AS ELEIÇÕES ■Realisaram-se nopaizas eleições para deputados, e a final vão ao parlamento, pouco mais ou menos, os mesmos elementos que compunhama camara dis solvida. E’ uma especie de vae- vem;ascaras podemdiver gir, os actos sãosempre os mesmos. O povo soberano (que amarga ironia!) não dá o seu voto livre e indepen dente; e sempre coagido a votar em individualidades a quem nem ás vezes co nhece ede cujasqualidades e merecimentos tem bas tantes razoes para duvidar. ElegeAseásvezesparadi rigir osxlestinos de um paiz umhomemque nem sesa be dirigir a si proprio. E quempaga tudo isto é o pobre que ainda seillucle á espera dos melhoramen tos que o candidatonãose cança de prometter, á es pera de alcançar os dese jados votos, e de que jáno dia seguinte não se recor da . O paiz tem homens in- teliigentes edignos; vão-se buscar esses homens, se jamde. que partido forem; não se olhe a facções par- tidarias, olhe-se ao mento eáconsciênciadecada um ; tenham-se em mira unica mente os interesses da na- cão. Mas isto é bradar node serto. Emquanto o povo não tiver a plena consciên cia dos seus direitos e dos seus deveres, ha de haver sempre átropellos e . illega- s, corrupções e ve niagas. Por dinheiro faz-setudo. E’.a mola real do universo. Encha-se bem a barriga e cale-seavozda consciên cia, JOAQUIM DOS ANJOS. U»r. Cisrisílass» W g,,€rsiz Fez acto do 5." anno de direito, ficando plenamente ap-provado, o nosso talen toso e sympathico amigo, sr. dr. Christiano Victor Leite da Cruz. filho dodis- tincto medico, sr. dr. Ma nuel da Cruz Junior. Ao sr. dr. Christiano V i ctor Leite Cruz, que tão distinctamentetem cursado a faculdadede direito, diri gimos os nossos cordiaes parabéns, bemcomo a sua exceilentissima fam ilia.

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  • I V A N N O D O M IN G O , 3 D E J U L H O DEI 1904. N.° iS 5

    SEMANA RI O NOTICIOSO, LITTERARIO E AGRICOLA

    A s s i p n l n r a pA nno-, - iSooo reis; semestre. 5ôo réis. Pagamento adeantado. p Para o Brazil, anno. 2S5oo réis .(moeda forte j.Avulso, no dia da publicação, 20 réis.

    ■José Augusto SaloioII

    19, i.1 , DIREITA —Á í i x > ' i à c í A x : 2 . í -x , a

    !9?

    í| Fsiblicaçoesd Annuncios—;i.a publicaçáo. 40 réis a linha, nas seguintê 0 20 róis. Annuncios na 4.» pagina, con trac to 'especial. Os auto-

    graphos n.io se restituem quer sejam ou náo publicados.PROPRIETÁRIO — José Augusto Saloio

    II

    C S t O U PARA I ) DO-M

    Porto Aleyre, i3 de maiò de 191)4.

    No momento em que escrevo estas linhas, solemni- sa-se àrdorosa e enthusias- ticamente aqui, como em todo o Brazil, a memorável data da aurea lei que poz termo ao negregado cap.iveiro, em que ainda jaziam cerca de quatro milhões de infelizes creaturas.

    O despotico, féro e in.hu- mano regimen legado pelos nossos antepassados dos tempos coloniaes. subsistia como que a no doar os progressos da civilisação que já se notavam neste vasto continente.

    Era por demais tristíssimo o quadro que se desenrolava aos olhos do forasteiro que aportava ás terras de-Santa Cruz,

    Narrar as torturas as vil- latvas, as iniquidades mais atrozes que se cominettiam com os infelizes que tiveram a desventura de nascer sob 0 clima de regiões inhospitas e de onde eram importados como bestas de carga, é assumpto que daria para grossos volumes de historias lugubres.

    Bem hajam,.pois, todos quantos collaboraram nessa obra grandiosa da redempção dos escravos.

    Com um traço de penna, a então princeza regente, realisou nesse dia a mais ardente aspiração da nacionalidade., brazileira, riscando, dos seus Codigos e da Hi.sto.ria-Patria essa pagina negra, vergonhosa, que deslustrava certamente tantis- simas outras' em que refulgiam bei 1 as conquistas do saber e admiravéis feitos épicos dos nossos queridos irmãos do.novo mundo.

    Foi a i3 de maio de 1888 que o gabinete presidido pelo illustre conselheiro João Alfredo, após uma lueta tenaz, incessante, nas camaras, para a consecução de tão nobre desidera- tum, conseguiu, alfim, sub- metter á assignatura da Princeza Izabel o luminoso decreto que extinguia de

    vez a escravidão no paiz.A augusta regente an

    dava tambem pelo momento em que pudesse ir de encontro aos desejos e aos dictames da conscien- •cia popular, ai rançando dos miseros captivos os ferreos grilhões que .por mais de tres séculos lhes arroxearam os pulsos, sob a égide de uma jurisprudência tacanha, impia, váhdalica!

    E foi por isso que recebeu com infinda alegria a carta de alforria geral que lhe foi apresentada, assi- -gnando-a im m ed iatam ente, sem receios, sem vac.il- lações.

    Desde então raiára a aurora da liberdade para os miseros párias.

    Grandioso fôra o espectáculo d’esse dia! Mages- tosa, a scena que se patenteou aos.olhos de t ;dos os bons patriotas!

    Era por uma linda manhã de outono, nesta parte do h Mnispherio austral. . .

    A Natureza como que de todo s-e enganalára para participar do jubilo intenso da nação brazileira.

    No Rio de Janeiro', como io norte ao sul do antigo império, o povo em frene- zí, delirantemente, açcla- rnava a PRINCEZA REDEMPTOR A ;e um brado unisono se elevava ao seio do Altissimo pedindo as bênçãos celestiaes para os paladinos do mais sublime ideal, da-nobre-.e santa cruzada pela — Liberdade, Egualdade e Fraternidade! '

    Aos. frémitos de prazer, ás acclamações, ás flores e risos, vinham misturar:se as'lagrimas de reconhecimento dos desventurados.a quem um egoísmo torpe e uma ganancia sórdida privaram, por centenares de annos, dos sagrados direitos de ter patria, de ter lar, de ter familia e. .. até de ter abrigo na çommisera- ção do proximo!

    — Mulher! Já tens marido!. .

    — Marido! Já tens mulher!. .

    — Filho! Já tens pai!..—-Pai! Já tens filho!.,,.Taes eram as exclama

    ções, a partir. d’esse instante, que irrompiam desafogadamente do peito dos infelizes votados á mais horrorosa das tyrannias.

    E’ que já sé podiam oscular e abraçar livremente...

    E os abolicionistas tambem compartilhavam de tão natural regos, jo;—apertavam os libertos contra o peito e,: confraternisando com elles, diziam-lhes com abundância de coração':

    —«Abra.çai-nos, irmãos! Sois como nós, os brancos, íilhos do mesmo Greador! Lá nos sertões africanos, onde nascestes ou onde nasceram vossos pais, tambem Deus plantou a arvore bemdita. da Liberdade! Lá, como aqui, tambem os seres alados entoam cânticos symbolicos, saudando a magestade d’essa Lei Divina !

    a Os povos barbaros, é certo, a conspurcaram por muito tempo; mas o Maior Regenerador da Humanidade a consolidou, a eter- nisou com o seu precioso sangue no alto do Golgo- tlia!• «Os direitos conculcados

    pela prepotencia dos governantes, cedo -ou tarde obtêm a devida reparação. Foi chegada para vós tão anhetada •'•occasião-: vinde collaborar agora na portentosa obra do nosso engrandecimento social.

    «Já po.de.is comnosco, livrem jnte, respirar as'auras embalsamadas dá- florestas" virgens; lapidar a pedra bruta; explorar ‘os veios de ouro; colher variegadas flores dos nossos odoríferos jardins;encarar, sobranceiros, a vastidão do céo e a immensida.de dos mares; singrar os rios; arrotear os campos; podeis, emfim. exercitar a plena actividade de vossas forças physicas. moraes e intelle- ct laescm proveito proprio, no da familia e da coramu- rihão em ç-eral.‘ « Abraçai-nos, pois, ir

    mãos.«Abraçai-nos e cantai

    comnosco" o hymno patriótico do nosso.saudoso poeta Felix da Cunha:

    «J.iberda.le ! Augusto mime! T e u disco de ethereo lu m e - Sobre as grimpas de alto cume Suspende como um phanallJ

    E o preto, como o branco, numa' promiscuidade amorosa,'entoavam lòas á bella Deusa e abençoavam ao mesmo tempo os seus sectários, os que a Ella fizeram fervorosas preces a b e m de i 1111 mi ri a r c pí.fs; e u s raios brilhantes, resplandecentes, os espiritos fetrò- jgrados e refraetarios á perle etibilida.de-d a especie. humana.

    E’ justíssima, portanto, a icomi nem oração do dia cie hoje. .

    Entretanto. .. Jiorribile dictu!) aquelles que a i a de maio de 1888 tanto victo- riaram e cobriram de louros a magilanima-soberana que levantara tão eloquentemente o nível morai e político do seu paiz á altura das nações mais adiantadas, assistiram bestiàUsados a í5 de novembro de 188) !(anno e rheio depois!j á sua expulsão do. territorio br.a- zileiro, dTTa e de toda a familia imperial. . .

    A proclamação da Republica cedo olvidára essa grande, portentosa conquista da civilisação para as gerações hodiernas.

    Têmpora niulanlur. . .No exílio está a pobre se

    nhora arrostando as cónse- jquençias do seu amor, da sua nobre dedicação pela (Patria e da grande eleva- iç ã( 5 u e ‘seu s se n t i m i ri tos a 1- truisticos pelo bem da Humanidade.

    Victima do mesmo desprendimento, já o' famoso Sei pião, b1 AfHfrawr, de tão caíumniado que foi exclamava amarguradamente no idesterro:

    — Ingrata Patria!. . Xon possidebas assa nica!

    F IR Ml NO JOSÉ RODRIGUES.

    AS ELEIÇÕES

    ■Realisaram-se no paiz as eleições para deputados, e a final vão ao parlamento, pouco mais ou menos, os mesmos elementos que

    compunham a camara dissolvida.

    E’ uma especie de vae- vem; as caras podem divergir, os actos são sempre os mesmos.

    O povo soberano (que amarga ironia!) não dá o seu voto livre e independente; e sempre coagido a votar em individualidades a quem nem ás vezes conhece e de cujas qualidades e merecimentos tem bastantes razoes para duvidar.

    ElegeAse ás vezes para dirigir osxlestinos de um paiz um homem que nem se sabe dirigir a si proprio.

    E quem paga tudo isto é o pobre que ainda se illucle á espera dos melhoramentos que o candidato não se cança de prometter, á espera de alcançar os desejados votos, e de que já no dia seguinte não se recorda .

    O paiz tem homens in- teliigentes e dignos; vão-se buscar esses homens, sejam de. que partido forem; não se olhe a facções par- tidarias, olhe-se ao mento e á consciência de cada um ; tenham-se em mira unicamente os interesses da na- cão.

    Mas isto é bradar no deserto. Emquanto o povo não tiver a plena consciência dos seus direitos e dos seus deveres, ha de haver sempre átropellos e. illega-

    s, corrupções e veniagas.

    Por dinheiro faz-se tudo. E’.a mola real do universo.

    Encha-se bem a barriga e cale-se a voz da consciência,

    JOAQUIM DOS ANJOS.

    U » r . C i s r i s í l a s s » W g , , € r s i zFez acto do 5." anno de

    direito, ficando plenamente ap-provado, o nosso talentoso e sympathico amigo, sr. dr. Christiano Victor Leite da Cruz. filho do dis- tincto medico, sr. dr. Manuel da Cruz Junior.

    Ao sr. dr. Christiano Victor Leite Cruz, que tão distinctamente tem cursado a faculdade de direito, dirigimos os nossos cordiaes parabéns, bem como a sua exceilentissima familia.

  • O DOMINGOBSríntfo

    Aclia-se em nosso poder na administração deste jornal um brinco que suppo- mos pertencer a pessoa viuva, que na segunda feira ultima fòra encontrado n’es- villa.

    Será entregue á pessoa que provar pertencer-lhe.

    Durante o mez de junho findo foram abatidos neste concelho 49 cães e 2 gatos, sendo 3 cães. e 2 gatos por suspeita de hydrophobia e 46 cães por transitarem na via publica sem açaime. -

    No mesmo mez foram receber tratamento ao Instituto Bactereologiço, de Lisboa, por terem sido ag- gredido por um cão suspeito de raiva, 1 menor e j\ adultos da freguezia de Canha e 3 menores e 2 adultos da freguezia de SarilhosoCirandes.

    Oscãesaggressores (sendo de um a cabeça; foram enviados para o hospital veterinário por parte da administração do concelho.

    S u i e i d i o

    ' Suicidou-se no dia.29 do mez passado no logar d’A- talaya, d este concelho, Antonio Ferro, de trinta annos de edade, solteiro, trabalhador, natural de Soure.

    Quei\asQueixou-se na adminis

    tração cio concelho Francisco Marques Pátinhas, marítimo, natural e residente nesta villa, de que na noite de 3ó de junho findo, pelas 10- horas, João Rodrigues Corregedor por alcunha o Abranleiro, trabalhador, natural de Abrantes e residente nesta villa entrou no bote ro E 8, do qual faz parte da tripulação o referido Pátinhas, furtando-lhe um cobertor de lã no valor de 2£00o réis. Por ordem da administração foi mandado passar busca á casa do Abranleiro, sendo alli en

    contrado o referido cobertor. O Abranleiro acha-se preso.

    — Tambem no dia 1 do corrente, se queixou na administração cio concelho, o guarda de vinhas Adolpho José Panneiro, desta villa, de que pelas 12 horas do referido dia, Antonio da Silva Pòlas, fazendeiro,tambem desta villa, tentou furtar, da fazenda no sitio denominado o Quartorze, proximo desta villa, que tem de . renda a Francisco de Sousa Fortunato, uma porção de . damascos, ao que o guarda se oppôz, puxando o Pòlas por uma pistola carregada, que a des- techaria se o.guarda se não agarrasse a elle e lha tirasse. Pouco depois o Pòlas appareceu armado de uma foice roçadoura descarregando uma pancada sobre o referido guarda, á qual felizmente se poude escapar, amparando a pancada com uma outra foice que trazia.

    'Q F R E P E P É R O L A S

    =—

    E l e i ç õ e s d e d e p u t a d o s

    Realisa-se .hoje, nos Paços do Concelho, o apuramento da eleição que se ef- lectuou em 26 de junho findo.

    T h e a t r o

    Tem logar nos proximos dias 9 e 10 do corrente,duas récitas por amadores de esta villa, promovidas pela commissão protectora da classe piscatória. Estes espectáculos teem por fim, com o seu rendimento, cobrir as despezas que ha feitas.

    Para estes espectáculos sobem á scena, além de mo- nologos e cançonetas, as interessantes comedias em um acto l hter duo litigantes e Um doido e em dois actos A ti lha do conselheiro.

    Os bilhetes podem ser procurados, nas noites de espectáculo, na bilheteira do theatro.

    A’ morte de Fernando d’GliveiraComo é triste esta vida transitória!Tu, que sempre tiveste .animo forte,Onde passaste as tardes de gloria Foste agora encontrar a cruel morte!

    ( E certo ser a vida uma chimera.Quando lu, arrojado lidador,Caminhavas sereno-, contra a fera.Em extremos de energia e de valor.

    Quem te iria di~er, nesse momento,Quando a fronte elevavas, altaneira,Que d arte de que eras ornamento la a morte arrancar-te, traiçoeira!

    Já não ouves as grandes ovações;Mas ó alma bondosa, alvinitdnle,0 teu nome nos nossos corações Ha de ficar gravado eternamente!

    JOAQUIM DOS ANJOS.

    PENSAMENTOS

    As linguas não haviam de mentir a todos se as imaginações não mentissem a cada um. — P.e Antonio Vieira.

    -~Fa\er alguma coisa, de pouco serve; di^er não serve para nada.

    — 0 acaso é o terror das pessoas prudentes e a providencia dos que são temerários.

    ANEÇDOTAS

    Receita milagrosa.— 0 teu medico fes alguma coisa exlraordinaria para-

    te apressar 0 restabelecimento— Fe~. Disse-me que não me levava menos de 2 $ io o

    réis por cada visita.— —

    N'um atelier de pintura:0 artista. — Estás a di~er mal do quadro e, afinal,

    não és capas de pintar nem melhor nem peor!0 critico —- Isso não é rasão.. . Tambem nunca pu

    ovos e sei perfeitamente quando estão podres!_«'«mim»';

    Na escola.— Diga-me, menino, que fiseram os hebreus depois de

    lerem passado o mar Vermelho?— Provavelmente, como ficaram todos alagados, pu-

    S e ra m -se a seccar a roupa ao sol

    —kxxx: —

    Uma sogra, por chalaça, di~ ao genro:— Ande, confesse que de boa vontade me veria cem

    melros debaixo da terra.— Isso sim, minha querida sogra, bastar-rne-hia um.

    ____UTTERATURA

    L a t lis t a r o (o P e s c a d o r )

    Apesar de já contar cin- coenta e s e t e annos Ladis- lau era um homem bem parecido, cheio de vigor, encontrando-se-lhe sempre um modo affavel no trato que a todos- causava animação. Um bom homem, Contava muitas historietas1, e se puxavam por e lie falava por sete. Um grande pandego.

    Ao romper dá manhã é que era um gosto vêi-o no limiar da porta da sua-mo-- desta âbitação de cachimbo na bôca, apertando-o de quando em quando nos dentes para poder corresponder aos cumprimentos, dos transeuntes que se ap- proximavam do trabalho.

    — Salve-o Deus, tio La- dislau.

    -̂ -Deus te salve, rapaz!Se por acaso era algum

    môço com quem elle sym- pathisava mais, interrom- pia-o o ffe recendo-lhe um cigarro cio seu tabaco. .

    — Vá lá uma cigarrada para o caminho. Um homem de nós emquanto fuma esquece todo o passado.

    — E’ verdade, tio Ladis- lau, respondia o interpolado, isto do' fumar é uma grande distracção.

    Assim passava as manhãs aquelle bom velhote.

    O resto do dia passava na rua sentado num pequeno assento de cortiça,’ concertando as malhas que se tivessem quebrado, das suas redes de pesca.

    *Antigamente os pesca

    dores festejavam com devoção, nesta villa, o guardião das portas do céo.

    La dislau, á meza almoçando, observava, seriam oito horas, os preparativos em qtíe andava a gente da sua classe para a grande festa daquelle dia (de S. Pedro) pela janella que dava para a rua de Santo An-, tonio pssim se chamava) quando, de repenie, ouviu

    86 FOLHETIM

    Traduccáo de J. DOS ANJOS

    bipois ii" nccL i v r o S e g u n d o

    11

    O Pedro ' .es ta ra lon .e dc suspeitar d ’aquelle dram a intimo. Tambem amava, mas amava sem esperança, c nvencido dc que o coração da Ma*

    /^daiena-pertencia-a outro homem, vi-1 vendo ao pe' d'e!la com a certeza de

    que sé e n fa v a «ra segunda linha nos seus afFtctos, sentindo uma alegria amnrgi em lhe çdnnirar ó e sp r i to e a beiteía e em pensar que aquelles the-

    I souros de graça e de enranto não eram para elle. Livrava-sc, como de um crime, de denunciar o seu segre do; não queria obscurecer com a som bra dc um remorso a ventura da Magdalena. P o r ella estava prom pto a soíTrer tudo.

    Entre tan to ajudava a em toda- as coisas que ella emprehendera. Era para e le que remettia os pedidos dos pobres que solicitaram algum auxilio ou refugio no a yio que ella creava P o r o rdem d'ella, tomava informa coes, para verificar a exactidão e a real dade dos infortúnios que lhe ex- punh;m'.

    Um dia em que elie es‘udáva coma Magdalena o plano das construcções. pareceu surprehendido p o r vêr que ella reservava para si só um andar da casa e cedia aos pobres o rez-do-chão.o jardim e ,os andares sureriore . K

    vendo que cila se admirava d', qnella surpreza, disse-lhe;

    — Se bem a com prehendi, ha um homem a quem prom etteu unir o seu destino. Porque , r.ão o consulta? Se elle tem de viver aqui, não receia que elle a censure de ter feito estas coisas sem o seu consentimento? Onde ha de morar quando casrr com elle? Ha de condemnal-o a viver tão perto das misérias que se hão de abrigar aqui?

    —Ha de ajudar-me a mitigai as. respondeu a Magdalena com vivacidade,l enho confiança n'elle. e em vez de me censurar ha de approvar tudo o que eu fi /er. De mais a mais. se ráo quizer morar aqui, iremos para outra parte. Olbe. o p; lacio de Joveuse es tá para se vender; cumpro o e iremos viver para lá. deixando aos pobres está casa toda.

    Dizendo isto olhava prra o Pedro .

    como sc quizesse.esclarecer-lhe o c-n- entendimento. I:«ser-lhe coinprehen- der que era d ’elle que falava. Mas elle estava tão longe da verdade, que nada viu., e a Magdalena. tinrda e receiosa. não se atreveu a revelar-lh’o ainda n'esse dia.

    Asam se passaram as priiíiçiras semanas da sua estada em A ntragues . A sr.» Telemaco. que não pudera, como dissemos, resolver-se a sahir d'alli sem tentar um ultimo para to rnar a levar a Magdalena para Paris, estava estupefacta pelo que via e ouvia! A transformação da casa da princeza em asvlo destinado aos orpháos e aos velhos causava-lhe assombro.

    Uma noite cm que esta estava só com a Magdalena, esta Jisse-lhe:

    —Recebi cartas do meu procurador de Paris. Vendeu o me-: palacio. a minha luohi!;............ : :

    —T udo n final, disse a senhora Te- lèmaccr, encolerisada.

    — Sim, tudo! exclamou a outra em tom alegre./A.Magdaleha d'Antraigue? viveu; faiou-se d'eila pela ult ma-vez no dia em que se vendeu a sua mobi,-. lia; ámanhã já ninguém se lembra efeí-’ l a . . .

    —Vendeste bem, ao menos? perguntou a sr.a Telemaco.

    —Creio que sim; disputaram-se os meus objectos a peso de o u r o . . .

    —Então estás mais rica que n unca. . . Náo tenho' dó de ti.

    —As minhas creanças e os meus velhinhos é que ganham com isso.

    —E ntão sempre é verdade mette- res-te a fazer obras de caridade?

    (Continuai.

  • urna voz tã ..guda que lhe pareceu ■ o timbre d 2 um flautim. Estremeceu com 0 sustp. Pôz-se de pé e, .voltando-se para o lado d'on- de-viéra o. guincho, disse:

    — Parece- impo.ssivel!O Ladislau julgou que

    fosse, brincadeira dalgum garoto. ;

    Ainda bem se não sentava ouviu de novo o gin- ch0,'-e .com p rehe n d e u q u e o saudavam. , Então levantou-se- e,dirigiu-se-ao quintal para vêr quem alli estava.

    Era uma linda, rapariga dc dezoito annos, filha de uma sua visinha, que lhe dirigia palavras de saudação entrando ao mesmo tempo peia poria do quintal que dava ingresso para. a moradia de Ladislau.

    Adeus, Rosa.,. como passas tu e tua mãe?

    — Assim, assim, tio La- disla.11, respondeu a Rosa encolhendo os hombros, Deus não se póde lembrar de todos, e eu, especialmente, tenho sido bastante esquecida.. :

    — Coit-adita! disse Ladislau a meia voz.,..passando a mão .direita pela cabeça que, apesar da sua edade estar um pouco adeantada, se conservava exactamente preta.

    Este bom homem sabia, como ninguém, as priva- çõespor que passava a.Rosa e a mãe, e,.compadecendo- se-dellas, disse a Rosa que fosse chamar.sua mãe e que viessem alli ambas., .

    Puxou a meza que então estava encostada á janelia para o meio da casa, collo- cou-lhe uma toalha cercada de rendas e sobre esta tres garrafas de vinho branco, bòlos, dòces, uma caneca com flores que de pro- posito fòra colher ao.quin- taLpara aquella recepção e para tudo melhor ficar pôz em. volta da meza tres bancos de pinho.

    Este pescador governava-se : muito bem: era .do no. das casítas onde morava, tinha dois barcos d pesca e possuia um bom ̂de. meia 110 fundo do seu bah.iV.

    Fôra sempre muito poupado ; havia já quinze annos que vivia só e a sua unica extravagancia era a do tabaco. Só agora sentia desejos de mudar de vida; pensava em casar-se.

    Já por uma vez se declarara a uma viuva, mas esta não acceitou a amorosa proposta do Ladislau. Lembrava-se então de falar n’is- so á Rosa quando ella estivesse á meza com a mãe, ■—esta fará mais força para que tudo se realise, dizia o pescador, e demais, a ra-

    ir servir para a cidade por estar farta de miséria, sabe que me governo bem, não ha que receiar.

    O dia ia decorrendo animadamente.

    Defronte da habitação do Ladislau estava um coreto ligeiramente construído de madeira de pinho, tendo no centro um pinheiro manso cujas pernadas estavam derreadas ao peso dos balões venezianos; ao lado do coreto uma barraca para leilão de prendas, e ao longo da rua havia duas correntezas de varas espetadas, tendo atada ao meio uma corda que passava d’umas varas para outras. As cordas estavam envolvidas em murta e delias pendiam muitos balõès que o vento algo rijo fazia andar numa debandada. No tòpo de cada vara estava uma bandeira e em c: d 1 uma lia-se o nome de um bote de pesca. As moçoilas, em grandes bandos, passeiavam rua abaixo rua acima, trazendo envergadas as suas melhores farpelinhas, estudando umas com as outras as cantigas para os bailaricos.

    A musica-.jjeomposta de. sete figuras) tinha um bombo, um caixa, pratos, um contra-baixo, dois clarinetes e um cornetim. Apenas entrou no coreto, começou a tocar e dentro em pouco o povo acotovelava-se.

    Ladislau não se lembrava daquelle grandioso dia, do dia do seu santo querido, da sua maior festa. Pensava só em Rosa; julgava-a já sua mulher. Não lhe acudiam impossíveis; tudo era real.

    íConlinúa}.

    turaes desta villa, accusa- dos pelo ministério publico do crime de pâlavras obscenas e offensivas da moral publica. O réo foi condemnado na pena de 3 mezes de prisão e i mez de multa a 100 réis por dia, e as rés em 1 mez de prisão e outro de multa a cada uma na razão de 100 réis por dia, e bem assim todos condemnados nas custas e sellos do processo e 3$ooo rs. para o defensor officioso.

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    Esteve hontem na administração d’este jornal Ge- noveva Generosa do Bom Successo, e pediu-nos para lembrarmos, como verdadeiro, ás auctoridades competentes, o facto d'e!la ter sido illudida por Antonio Soeiro, a quem confiou a quantia de i3$5oo réis, um annei de ouro e uma escova para fato, tendo-se este negado a entrega-lhe tudo.

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    tré"é ÁVelina Rita Silvestre cumprem o grato dever de patentear por este meio o seu profundo reconheci mento ao ex.mo sr. dr. Julio Vellez Caroço, pela maneira carinhosa com que tratou sua filhinha da grave enfermidade que a prostrara e de que se acha hoje completamente restabelecida.

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