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Síndromes Geriátricos
Formação Clínica Básica: Síndromes Geriátricos (Pedro Duarte)
Formador
Pedro Duarte
PROGRAMA OPERACIONAL POTENCIAL HUMANO
Formação Clínica Básica
Janeiro2011
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s
Capítulo IIntrodução aos conceitos de:
- Envelhecimento;
- Problemas associados ao envelhecimento;
- Características das doenças na pessoa idosa.
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Envelhecimento• Com o crescimento constante da população envelhecida, a sociedade
enfrenta cada vez mais de perto um grande número de problemas
emergentes, nomeadamente, a escassez de recursos para que se
assegurem a todos os indivíduos um nível de vida digno.
• A crescente tendência de envelhecimento da população, paralelamente à
alteração das suas dinâmicas patológicas, conjugam-se criando
situações de dependência e de fragilidade.
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Envelhecimento• Enigmas difíceis de solucionar no que respeita ao suporte e
adequação de respostas diferentes das que tradicionalmente têm
sido oferecidas.
Quais as respostas existentes
Qualidade das respostas
Relação Procura vs. Oferta
A evolução recente… O futuro próximo
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Envelhecimento
• Necessidade sentida internacionalmente, uma lacuna que exigia
a tomada de medidas particularmente no cerne dos sistemas de
saúde e apoio social dos países Europeus objectando a
população idosa.
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Envelhecimento• Desde sempre as FAMÍLIAS são reconhecidas como a principal
entidade interveniente na promoção e manutenção da
independência e saúde dos seus membros e, como a principal
prestadora de cuidados informais aos indivíduos na última
fase da sua vida.
• Principal fonte de apoio nos cuidados directos, no apoio
psicológico e nos contactos sociais à pessoa idosa dependente
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Envelhecimento
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15.3
17.4
67.2
População portuguesa residente em 2007 *
JovensIdososAdultos
*Estudo desenvolvido pelo Instituto Nacional de Estatística (INE) - 2007
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Envelhecimento
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*Estudo desenvolvido pelo Instituto Nacional de Estatística (INE) - 2003
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Envelhecimento
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Envelhecimento
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*Estudo desenvolvido pelo Instituto Nacional de Estatística (INE) - 2003
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Envelhecimento
Formação Clínica Básica: Síndromes Geriátricos (Pedro Duarte)
*Estudo desenvolvido pelo Instituto Nacional de Estatística (INE) - 2003
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Envelhecimento
• Entre 1991 e 2001, verificou-se um incremento da idade média da
população portuguesa de 38,2 anos para 40,9 anos, tendo a população
idosa aumentado de 13,6 para 16,4%.
• Em meados do século XXI, a proporção de idosos representará cerca de
32% do total da população portuguesa.
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Envelhecimento
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Envelhecimento• A Figura, proveniente do Eurostat, demonstra que no nosso país a
percentagem de indivíduos dependente na 3ª Idade, para dados do ano
2008, era já superior a 22%.
• Para além deste facto, se analisarmos a realidade dos restantes países
parece desenhar-se uma tendência, particularmente nos países mais
desenvolvidos.
• Necessidade premente de criação de respostas e uma alteração de
posturas e estratégias dos intervenientes para enfrentar este novo
desafio das sociedades contemporâneas e desenvolvidas.
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Envelhecimento
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Transformações morfológicas, fisiológicas, psicológicas e sociais
“O ser humano não envelhece de uma
forma brusca mas sim paulatinamente”
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Problemas Associados ao Envelhecimento
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• Desenvolvimento humano e é caracterizado pela ocorrência de
mudanças adaptativas e influenciado pela exposição a determinados
contextos sociais e históricos.
• O envelhecimento deverá ser encarado segundo um modelo
biopsicossocial que permite enquadrar as mudanças desenvolvimentais
próprias desta fase da vida mediante a análise de vários.
Importância de conhecer o passado do Idoso
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Problemas Associados ao Envelhecimento
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Problemas Associados ao Envelhecimento
• Envelhecimento Biológico
• O envelhecimento biológico diz respeito a uma série de alterações nas
funções orgânicas devido aos efeitos do avançar da idade sobre o
organismo, fazendo com que este perca a capacidade de manutenção do
equilíbrio homeostático e que todas as funções fisiológicas comecem
a declinar.
• Redução progressiva do metabolismo inicia-se a partir da década dos 20
anos e vai declinando lenta e progressivamente ao longo de toda a vida.
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Problemas Associados ao Envelhecimento
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Problemas Associados ao Envelhecimento
• O nível de funcionamento biológico influencia o padrão global de
saúde (funcionamento físico, cognitivo, psicológico e social).
• Existem diversos estudos e teorias que procuram explicar o fenómeno do
envelhecimento biológico:
– Células humanas normais têm um limite máximo de divisões celulares;
– A divisão celular os telómeros (estruturas que constituem a região terminal
dos cromossomas das células eucarióticas) ficam progressivamente mais
curtos até que a divisão celular deixa de ocorrer;
– Alteração de várias hormonas que controlam o sistema reprodutor, o
metabolismo e outros aspectos do funcionamento normal;
– acumulação de lesões consecutivas à acção do meio sobre o organismo
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Problemas Associados ao Envelhecimento
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Problemas Associados ao Envelhecimento
• A visão é uma modalidade sensorial particularmente sensível à idade
• Estreitamento do campo visual
• Diminuição da adaptação à obscuridade e à luz
• Decréscimo da acuidade (capacidade de resolução e de discriminação),
• Decréscimo da sensibilidade às cores, da percepção da profundidade e
da percepção visual do movimento
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Problemas Associados ao Envelhecimento
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Problemas Associados ao Envelhecimento
• A presbiacusia corresponde à diminuição auditiva relacionada com o
envelhecimento devido a alterações degenerativas, pelo que a pessoa
vai perdendo a percepção às frequências elevadas e a capacidade de
localização dos sinais sonoros;
• Os efeitos da idade também se verificam a nível do tacto, dando-se uma
diminuição da sensibilidade e percepção dos estímulos dolorosos
• O olfacto e o gosto são, talvez, os órgãos dos sentidos que mantêm uma
maior independência em relação à idade. Ainda assim, as pessoas idosas
apresentam uma atrofia das papilas gustativas.
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Problemas Associados ao Envelhecimento
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Problemas Associados ao Envelhecimento
• O sistema cardiovascular sofre também modificações progressivas, uma
vez que o débito e a frequência cardíaca diminuem.
• O sistema respiratório apresenta um declínio gradual da sua capacidade
ventilatória, especialmente durante o exercício físico.
• Aumento de obstipação e de dificuldade de eliminação e de
esvaziamento da bexiga e de metabolização de fármacos.
• A densidade dos ossos longos e das vértebras diminui e a massa
muscular e os níveis hormonais apresentam igualmente um declínio.
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Problemas Associados ao Envelhecimento
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Problemas Associados ao Envelhecimento
• Envelhecimento Cognitivo
• As aptidões cognitivas, como sejam as funções executivas (capacidade
de planeamento), a atenção e vigilância, as funções mnésicas, as
funções intelectuais e as funções sensório-motoras, alcançam a sua
melhor performance entre os 20 e os 30 anos, mantêm-se estáveis até à
década dos 50 começando, então, a declinar lentamente.
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Problemas Associados ao Envelhecimento
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Problemas Associados ao Envelhecimento
• Envelhecimento Psicológico
• O domínio psicológico enquadra um conjunto de fenómenos, tais como
as reacções emocionais, a personalidade, o controlo, o auto-conceito, os
estilos de coping, entre outros. O equilíbrio psíquico do idoso depende
da sua capacidade de adaptação à sua existência presente e passada e
das condições do meio que o cercam.
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Problemas Associados ao Envelhecimento
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Problemas Associados ao Envelhecimento
• Envelhecimento Social
• A pessoa idosa é submetida a várias mudanças de papéis e, muitas
vezes, a perda de papéis em função da idade.
• A exclusão social fomenta uma quebra dos laços entre a sociedade e o
indivíduo, levando assim a uma quebra na própria unidade social.
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Problemas Associados ao EnvelhecimentoProblemas Associados ao Envelhecimento
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Problemas Associados ao Envelhecimento
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• Envelhecer com saúde, autonomia e independência, o mais tempo
possível, constitui assim, hoje, um desafio à responsabilidade individual
e colectiva, com tradução significativa no desenvolvimento económico
dos países.
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Características das Doenças na Pessoa Idosa
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Atitude mais preventiva e promotora da saúde e da autonomia:
– Prática de actividade física moderada e regular
– Alimentação saudável
– Não fumar
– Consumo moderado de álcool
– Promoção dos factores de segurança
– Manutenção da participação social são aspectos indissociáveis.
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Características das Doenças na Pessoa Idosa
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• Reduzir as incapacidades
• Atitude de recuperação global precoce e adequada às necessidades
individuais e familiares
• Envolver a comunidade, numa responsabilidade partilhada,
potenciadora dos recursos existentes e dinamizadora de acções cada vez
mais próximas dos cidadãos.s
A prevenção das doenças, atrasando o seu aparecimento ou diminuindo a sua
gravidade é uma componente fundamental do envelhecimento saudável.
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Características das Doenças na Pessoa Idosa
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• As doenças não transmissíveis e de evolução prolongada, fruto das suas
características insidiosas, incapacitantes e tendentes para a cronicidade,
tornam-se as principais causas de morbilidade e mortalidade das
pessoas idosas, com enormes custos individuais, familiares e sociais.
• Sabe-se, no entanto, que grande parte das complicações destas doenças,
pode não apenas ser retardada no seu aparecimento, como minorada.
Acções Práticas ?
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Características das Doenças na Pessoa Idosa
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• As deficiências visuais e auditivas, assim como os problemas de
saúde oral têm importante repercussão negativa, nomeadamente no
isolamento e estado de nutrição destas pessoas bem como em todo o seu
equilíbrio bio-psico-social.
• No que se refere à doença de Parkinson, a sua prevalência aumenta de
0,6% aos 65 anos, para 3,5% aos 85 e mais anos, sendo uma das
doenças crónicas neurodegenerativas mais comuns na população idosa.
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• Há que referir que a prevalência da demência aumenta, de 1% aos 65
anos, para 30% aos 85 anos de idade, duplicando, entre os 60 e os 95
anos, em cada cinco anos e sobrevivendo as mulheres com demência
mais tempo do que os homens. A doença de Alzheimer uma das
demências mais representativas.
• De igual modo, a prevalência de acidente vascular cerebral aumenta
com a idade, de 3% aos 65 anos para 30% aos 85 e mais anos, sendo o
AVC uma importante causa de morte e de séria deficiência na União
Europeia.
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• É de realçar o facto de Portugal ser o País da União Europeia com a
mais elevada mortalidade masculina e feminina, acima dos 65 anos.
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Características das Doenças na Pessoa Idosa
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• A patologia crónica múltipla, a polimedicação, os acidentes domésticos
e de viação, o luto, os internamentos institucionais, o isolamento social,
os fenómenos de desertificação, as fragilidades económicas, as
alterações da estrutura familiar e as inadaptações do meio habitacional,
são alguns dos factores que, ocorrendo frequentemente na população
idosa, condicionam a sua saúde, a sua autonomia e independência e
a sua qualidade de vida. s
AVALIAÇÃO E ACTUAÇÃO MULTIDISCIPLINARES, AOS NÍVEIS LOCAL,
REGIONAL E NACIONAL, INTEGRADA E DE TRABALHO EM EQUIPA.
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• A INFORMAÇÃO sobre as doenças crónicas mais prevalentes e o
modo de as controlar, é fundamental à capacitação das pessoas idosas
para lidarem com a sua evolução e para a prevenção do aparecimento
das suas complicações.
• A organização e funcionamento dos serviços de saúde não estão, em
muitos casos, adaptados às actuais necessidades da população idosa,
decorrentes das novas realidades demográficas e sociais, constituindo
muitas vezes barreiras à promoção ou manutenção da qualidade de vida
destas pessoas e das suas famílias.
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• Apesar da maioria das pessoas idosas não ser doente nem dependente,
há que ter em conta as múltiplas necessidades decorrentes de um
contexto específico de patologia crónica múltipla, mais frequente à
medida que a idade avança, sendo necessário um modelo coordenado e
compreensivo de continuidade de cuidados, que respeite o princípio
da proximidade aplicado a uma população a envelhecer rapidamente.
CONTINUIDADE DE CUIDADOS ?
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• Abordagem preconizada assenta numa visão multidisciplinar e
multisectorial de actuação integrada, procurando complementar
as acções desenvolvidas pelos diversos sectores, cuja acção
influencia a melhoria da saúde e do bem-estar das pessoas
idosas.
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• O modelo actual de prestação de cuidados de saúde, ainda muitas
vezes mais organizado para responder aos episódios agudos de
doença, torna-se portanto desadequado, para responder às
necessidades de saúde de uma população em envelhecimento.
• De facto, gerando internamentos evitáveis, com desperdício de
recursos, acaba por determinar o aparecimento de dependências e, até,
o esgotamento das famílias, cujos recursos e disponibilidade não
encontram suporte em serviços de proximidade e de apoio ao domicílio.
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• A continua construção de um novo paradigma deverá assentar na
cooperação, através do estabelecimento de parcerias, que criem
sinergias entre experiências, competências e recursos, entre os
diferentes sectores da sociedade e com respeito pelos princípios éticos
da transparência, responsabilidade e compreensão mútuos.
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• Desenvolvimento humano e é caracterizado pela ocorrência de
mudanças adaptativas e influenciado pela exposição a determinados
contextos sociais e históricos.
• O envelhecimento deverá ser encarado segundo um modelo
biopsicossocial que permite enquadrar as mudanças desenvolvimentais
próprias desta fase da vida mediante a análise de vários.
Importância de conhecer o passado do Idoso
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• Desenvolvimento humano e é caracterizado pela ocorrência de
mudanças adaptativas e influenciado pela exposição a determinados
contextos sociais e históricos.
• O envelhecimento deverá ser encarado segundo um modelo
biopsicossocial que permite enquadrar as mudanças desenvolvimentais
próprias desta fase da vida mediante a análise de vários.
Importância de conhecer o passado do Idoso
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• Desenvolvimento humano e é caracterizado pela ocorrência de
mudanças adaptativas e influenciado pela exposição a determinados
contextos sociais e históricos.
• O envelhecimento deverá ser encarado segundo um modelo
biopsicossocial que permite enquadrar as mudanças desenvolvimentais
próprias desta fase da vida mediante a análise de vários.
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SCapítulo III - Parte I
“Grandes síndromes geriátricas”
Definição, características e abordagem clínica da:
Síndrome confusional aguda;
Deterioração cognitiva;
Demências.
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• A Síndrome confusional aguda, também descrita como Amência,
descreve um síndrome de pensamento muito confuso
(incoerente), com desorientação geral, alucinações e delírio.
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Síndrome confusional aguda
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• O processo de envelhecimento é, na sua essência, multifactorial.
• O envelhecimento cerebral fisiológico ocorre através de mudanças
morfofuncionais, bioquímicas e nos próprios neurotransmissores
quando ocorre a perda ponderal do cérebro, diminuição do número de
neurónios em certas áreas, ateromatose de vasos cerebrais, formação de
placas neuríticas e a diminuição de neurotrasmissores/enzimas como a
acetilcolina, serotonina e catecolaminas.
• São tantas as perdas, que fica difícil diferir o “normal” do que é
patológico no processo de envelhecer.
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Síndrome confusional aguda
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• O síndrome confusional agudo, como o próprio nome indica, corresponde
a uma alteração do estado mental que se caracteriza por ser reversível.
• É uma das doenças mais importantes do foro cognitivo em idosos, devido
à sua prevalência e implicação prognóstica.
• O desenvolvimento do síndrome confusional agudo é por vezes o
primeiro sinal de comprometimento da função cerebral e também
pode ser uma apresentação clínica de uma doença física grave ou
aparecer como uma grave complicação de uma doença ou seu
tratamento.
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Síndrome confusional aguda
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• Implicações importantes para os aspectos económicos e sociais.
• Custos elevados, a nível individual, para a esfera familiar do
utente, e a nível geral para a sociedade.
• Nos idosos o limiar de confusão é muito menor do que nos
jovens, e em indivíduos com demência este limiar é ainda
menor.
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• O síndrome confusional em idosos é muitas vezes um
sintoma e, por essa razão, exige-se aos profissionais
de saúde que estejam alerta para que sejam agentes da
procura da doença subjacente. A demora no
diagnóstico pode trazer consequências fatais.
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Síndrome confusional aguda
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• Quadro Clínico
• Por definição, trata-se de um processo agudo, que pode ser
desenvolvido em horas e remanescer até 3 meses.
• Intranquilidade, hipersensibilidade a estímulos visuais e auditivos e
inversão do ritmo de sono/vigília (também insónias e pesadelos).
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Síndrome confusional aguda
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• Factores Predisponentes ao Síndrome Confusional: Multifactorial.– Envelhecimento – Quanto maior a idade, maior o risco
– Diminuição da visão e/ou audição
– Doença mental ou física crónica (Parkinson, Alzheimer, Depressão, Doenças Psiquiátricas, etc.)
– A demência aumenta o risco em 2-3 vezes
– Reacções adversas a drogas/medicamentos ( Álcool, benzodiazepinas, etc.)
– Factores Ambientais (excesso de estímulos, falta de sono, fadiga, etc.)
– Trauma ou cirurgia recente
– Insuficiência renal ou hepática, alterações electrolíticas, infecções.
Efeito multiplicador em vez de somatório
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Síndrome confusional aguda
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• Prognóstico
• A idade avançada e a duração da afecção contribuem para um
prognóstico mais reservado, sendo que a conjugação desse dois pontos
negativo de prognóstico se traduzem numa taxa de mortalidade na
ordem dos 30%.
• O Síndrome Confusional Agudo ocorre normalmente em pessoas com
doenças graves, por isso não surpreende que esteja associado a alta
mortalidade.
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Síndrome confusional aguda
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• Tratamento• O tratamento deve dividir-se em três aspectos principais: prevenção,
tratamento da doença base e tratamento dos sinais sintomáticos do síndrome confusional agudo.
• Prevenção: Na maioria das doenças geriátricas, especialmente naqueles com factores de risco de desenvolvimento de confusão, deve-se minimizar o uso de drogas, manter uma boa hidratação e oxigenação e tratar precocemente qualquer complicação médica.
• Ambiente físico tranquilo e com elementos de orientação (relógio de parede, calendário, etc.).
• A presença de familiares também indispensável.
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• Tratamento específico: O foco de atenção principal deve incidir na afecção base pois, na maioria dos casos, a confusão mental evolui de forma paralela à patologia de base.
• Tratamento do síndrome confusional agudo: Em grande parte das situações, as medidas não farmacológicas são suficientes.– Alimentação, hidratação e aporte de vitaminas adequados;
– Espaço e calmo e o ambiente adequado, tão tranquilo quanto possível, sem estímulos excessivos;
– Evitar restrição física;
– Apoio psicológico e terapia de ocupação sócio-cultural e profissional
– Quando a agitação psico-motora esta mais demarcada poderão ser adoptadas medidas farmacológicas para suavizar essa agitação.
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Síndrome confusional aguda
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• Assim como outras funções do
organismo humano, também na velhice
se verificam alguns deficits com perda
de vitalidade no que concerne à
cognição.
• É muitas vezes difícil despistar em cada
situação, que tipo de perdas deverão ser
consideradas normais ou patológicas
pois o próprio envelhecimento implica
um certo grau deteriorativo.
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Deterioração Cognitiva
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• Envelhecimento Cognitivo
• A capacidade de planear, antecipar e organizar, a atenção e vigilância,
as funções mnésicas, as funções intelectuais e as funções sensório-
motoras, atingem o seu expoente máximo entre 20 e os 30 anos e
permanecem inalteradas até à década dos 50 começando, então, a
declinar lentamente;
• Aproximadamente 80% das pessoas idosas nunca experimentaram uma
alteração da memória significativa.
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Deterioração Cognitiva
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• Existem variáveis que influenciam o grau de alteração cognitiva:• - os factores genéticos que explicam cerca de 50% da variabilidade
cognitiva na chamada terceira idade; • - a saúde, uma vez que as pessoas saudáveis apresentam menos alterações
cognitivas; • - o nível de instrução, pois é sabido que um nível de instrução mais
elevado funciona como um factor protector das funções cognitivas; • - a actividade mental, visto que as actividades mentalmente estimulantes
apresentam uma correlação com melhor desempenho cognitivo; • - a actividade física, pois a boa forma aeróbica está relacionada com uma
melhor preservação das aptidões cognitivas; • - a personalidade e o humor podem também influenciar positiva ou
negativamente áreas como a memória ou a atenção.
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Deterioração Cognitiva
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• Queixas de memória são frequentes entre os idosos;• Maior dificuldade na compreensão de mensagens longas ou complexas
e em recuperarem e reproduzirem rapidamente nomes ou termos específicos;
• Dificuldades para repartirem a atenção por vários tópicos;• Ligeiro declínio nas funções executivas (planeamento e
comportamentos complexos);• a mudança cognitiva mais frequentemente produzida durante o
envelhecimento é a diminuição da velocidade de processamento de informação e da acção, o que pode ter repercussões na atenção e na memória.
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Deterioração Cognitiva
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• Envelhecimento Psicológico
• As reacções emocionais, a personalidade, o controlo, o auto-
conceito, os estilos de coping, são alguns dos mecanismos psicológicos
que sofrem mutações ao longo da idade do indivíduo.
• Alterações afectivas:
– Incontinência emocional
– Labilidade emocional
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Deterioração Cognitiva
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• Pessoas mais idosas tendem a lidar com os eventos stressantes de uma
forma mais orientada pela emoção, em vez de adoptarem abordagens
activas de resolução de problemas.
• A depressão pode ampliar a percepção de incapacidade do sujeito,
nomeadamente quando associada a perturbações de foro físico ou
cognitivo.
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Deterioração Cognitiva
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• Envelhecimento Social• A qualidade de vida, o bem-estar subjectivo e a satisfação de
viver dependem, então, da manutenção das relações sociais e da prática de actividades produtivas.
• Os idosos tendem a ter redes sociais mais pequenas e contactos interpessoais menos frequentes, investindo activa e profundamente nas relações interpessoais.
• Atribuindo um maior valor à família e aos amigos de longa data, uma vez que as relações de confiança e de maior intimidade são de grande importância para a manutenção da saúde mental e do bem-estar da pessoa idosa.
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Deterioração Cognitiva
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• Declínio adquirido das funções cognitivas, geralmente
associado a alterações de personalidade e/ou do
comportamento, de gravidade suficiente para interferir no
desempenho das actividades de vida diária e na qualidade de
vida do indivíduo.
• Depois dos 65 anos de idade, a prevalência de demência
aumenta exponencialmente, duplicando a cada cinco anos, pelo
que de um valor de 0,8% no grupo etário dos 65 aos 69 anos
passa para 28,5% acima dos 90 anos de idade.
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Demências
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• Na Europa, foi determinada uma prevalência global de demência
de 6,4% entre as pessoas com mais de 65 anos.
• O diagnóstico e a orientação precoces da síndrome demencial
revestem-se de uma enorme importância:– Determinação da etiologia subjacente;
– Permite o planeamento dos cuidados a prestar;
– Reduzir a sobrecarga do cuidador;
• Mais de metade dos casos de síndrome demencial permanecem
subdiagnosticados.
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Demências
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• Obstáculos ao reconhecimento precoce da síndrome demencial:
– Os vagos sintomas que caracterizam as fases iniciais
– A baixa confiança dos profissionais relativamente às suas capacidades
diagnósticas, bem como a crença de que o diagnóstico da demência deve
ficar a cargo de especialistas.
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Demências
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• De acordo com a O.M.S., a demência é “uma alteração
progressiva da memória (…), suficientemente grave para limitar
as actividades da vida diária, que dura por um período mínimo de
seis meses e está associada à perturbação de pelo menos uma
das funções seguintes: linguagem, cálculo, julgamento, alteração
do pensamento abstracto, praxia, gnosia ou modificação da
personalidade”.
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• Manifestações Comportamentais e Psicológicas na Demência:
• Comportamentos observáveis como agitação psicomotora,
agressividade (física e / ou verbal), deambulação, perturbações do
comportamento alimentar, desinibição sexual, comportamentos
repetitivos e apatia, e a sintomas psicológicos como depressão,
ansiedade, pensamentos delirantes, alucinações e perturbações
do sono.
• Estas manifestações resultam, muitas vezes, da confusão e da
desorientação do doente, agravando-se com a evolução da
doença.
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• 20 a 50% assume-se como demência de Alzheimer
• A consciência das falhas cometidas, principalmente nos estádios
iniciais da doença, contribui em larga medida para o
desenvolvimento de um humor depressivo
• Problemas de sono
• Sintomas psicóticos
• Também a frequência da agitação psicomotora aumenta com a
severidade da demência
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• Diversas formas de classificação das demências:
– Demências pré-senis, que aparecem antes dos 65 anos de idade.
– Demências senis, que aparecem depois desta idade.
• Outro tipo de classificação distingue as demências irreversíveis
das demências reversíveis.
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• Etiologia das Demências• Causas de Demência
– Demências Primárias:• Demências Degenerativas
• Demência do Tipo Alzheimer;
• Demência de Corpos de Lewy;
• Demência Fronto-Temporal;
• Doença de Parkinson;
• Doença de Huntington.
• Demências Vasculares
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• Carência de Ácido Fólico;• Pelagra.• Doenças Metabólicas• Doenças da Tiróide e Paratiróide;• Doenças da Hipófise e Suprarrenais;• Insuficiência Renal Crónica.• Origem Tóxica• Associada ao Álcool (Síndrome de Korsakoff);• Induzida por Medicamentos (Sedativos / Hipnóticos /
Ansiolíticos).• Outras Causas
– Demências Secundárias:
• Origem Intracraniana• Infecções• Doença Creutzfeldt-Jakob;• Doença HIV.• Hidrocéfalo de Pressão Normal• Tumores• Traumatismos Cranianos• Demência Pós-Traumática;• Hematoma Sub-dural Crónico.• Estados Carenciais• Carência de Vitamina B12;
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• Declínio adquirido das funções cognitivas, geralmente associado
a alterações de personalidade e/ou do comportamento, de
gravidade suficiente para interferir no desempenho das
actividades de vida diária e na qualidade de vida do indivíduo.
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