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    EDITORA:RGF - Cornun lcacae e Cultur a L tda.

    podera conferir nas pr6ximas paqinas, ,

    EditorialAqui temos a fotografia elevada ao status de arte. Equivoca-se,

    portanto, quem ve no instantaneo capturado pelas objetivas apenas umamera e precaria reproducao da realidade. Mesmo sendo um instantesomente, a fotografia transcends. como uma voz que se perpetua naoapenas no tempo, mas espedalmente no abstrato e larnblrltico universoIntirno de quem a percebe. Paradoxalmente, e um instante estatico capazde dar movimento a sensacoes e ernocoes diversas, um segundo que seeterniza pela poderosa forca da imagem, habilmente retida nas retinas dofilme fotogrMico ou na mem6ria digital das modernas cameras.

    Nesta edicao da Revista de Fotografia, podemos contemplartalentosos exerddos dessa arte, manifestada em rnultiplas expressoes eintencoes, do abstradonismo das formas qeometricas a delicadeza dassilhuetas humanas, da estetica da natureza a fotografia que mesclapreocupacao artistica e engajamento em defesa do patrirnonioarquitetonico de ItajaL0 paisagismo esta tarnbern presente em atraentese inovadoras composicoes, assim como 0 registro cultural decomunidades de pescadores e do cotidiano drcense, ambos bela menteretratados.

    ILUSTRAc;:Ao CAPA:Felipe Gallarza

    o valor desta publicacao nao esta apenas em seu conteudo derefinado cuidado estetico. Esta tarnbem no fato de ser 0 resultado dosprojetos dos alunos da primeira turma do curso de pos-qraduacao defotografia da Universidade do Valedo ltajai, um trabalho que traduz, comineqavel vigor, a qualidade dessa formacao acadernica. E , enfim, umconjunto de percepcoes de mundo, extraidas de olhares criativosapoiados em necessario referendal tecnico e humanistico, umacombinacao que da assinatura a adrniravel producao fotogrMica que voce

    EDITOR:Ricardo GallarzaPROjETO GRAFICO:Felipe GallarzaSergio A. Ulber

    REVISAo:Marcia Haeser

    ISSN:2175-7097Todos os direito s desta edi~aosao reservados a RGF Cornun icacjio e Cultur a L tda.

    Reitor da Universidade do Vale do I

    o centeude das imagens e dos artigos e deresponsabil idade dos auto res .

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    Todos os anos, entre os m eses de julho e novem bro, a especie criq inariada s a gua s g ela da s da C on ve rgm cia A ntartlc a so be 0A tl an ti co S uI f az nd o u ma lo ng aviagem para acasalam ento, q estacao, parto e arn arnentacao do fU hote. A cada anaum n urnero m aior de baleias faz este trajeto . E m m edia, 14% m ais q ue na tem poradaanterior. E o repovoam en to da especie no m ar. Fenom eno q ue vem sen do registradoe promovido ha quase duas decades pelos pesquisadores e ambientalistas queatuam em projetos de preservacao n a costa dos C ontin en tes A mericano e A fricano.R esp osta ao lo ngo c ielo d e ca ca e rn ata nc a,

    N o B ra sil 0 m assa cre o corre u p rin cip alm en te en tre o s sec ulo s XV II I, X IV ein lc io d o sec ulo xx . 56 teve fim no ana de 1973, com 0 fecham en to da ultim aarrnacao baleeira, na praia do Porto em lmbituba/SC, E tern izar em im agens esseperiodo - agora vergonhoso - e 0 ressurgimento da especie valoriza umapreocupacao e um a alegria antiga da autora: a preservacao do meio ambiente. U mfim q ue p assa n ece ssa riam en te p elo co nhe cim en to do s re cu rso s n atura ls d isp on iv eise d a reta ca o hist6ric a do hom em com tais re cu rso s.

    "Francas B aleias" traz fotografias realizadas na costa catarinen se entreL agun a e P en ha - fa ixa lito ra ne a q ue p resen cio u 0d esem ba rq ue de in um era s ba leia sabatidas; elas eram alvejadas, m ortas e p uxadas p ara dentro das embarcacoes, Umaluta q ue p od ia du ra r hora s ... A rp oe s, g arruc has e can ho es in te gra vam 0 armamentoda frota. Em terra, as "armacoes" contavam com guinchos, tanques, toneis,E qu ip am en to s ru stic os tr an sfo rm av am 0 animal morto em alimento, 6leo paraa rg am as sa e llu min ac ao p ub lic a, a rti go s p ara 0vestuario.

    A s imagens resultantes deste projeto de alguma forma contribuem paramostrar que erros do passado podem se transformar em lic;oes. Filhos e netos decacadores da B aleia Franca A ustral hoje se dedicam a preservacao da especie. 0turism o de observacao de baleias ganha adep tos em todo 0mundo. ,

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    t endmcia a tua lgue busca a sURerf ic i al id ade e a Rer fe i~aov i sua l .

    in terwetar. sobre 0r umo d a f ot og ra fi a r et ra ti st a a tu al , o n de c ad a v ez ma is- . . . A . . . . -

    a s v o n ta de s e g oc en tr ic as h umana s?

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    . .movimento artistico do seculo 20 ~ue

    . . . mais intensa, valorizando resultado mais. - . . . . . . . . . . . . . ...

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    o projeto Fragmentos do Passado trata daquestao da preservacao do casario itajaiense que nao etombado pelo Departamento de Patrimonlo Hist6rico deItajai, departamento da Fundacao Genesio Miranda Lins,responsavel pela preservacao da hist6ria itajaiense.

    A escolha das quatro imagens se da pelo fato deque a hist6ria e feita e relembrada por detalhes. E tarnbempor ideias completas, lembrancas que vem ao encontrodos pensamentos, ao saudosismo que certos temposdeixam encravados na vivencia dos seres habitantes dedeterminados locais em diferentes epocas,

    Exponho duas imagens em detalhes queevidencia periodos particularmente distintos como podeser observado pelo espectador.

    Uma parede, uma janela e atras da cortina derenda, uma luz acesa que remete inconscientemente ao serhumano. A parede com 0 reboco quebrado, deixando amostra os tijolos manifesta que a construcao pede socorroaos 6rgaos responsaveis pela preservacao, porque comocomprovado in loco, muitas desaparecem do cenario porestarem em condicoes precarias.

    Dutra imagem que de tao azul em certo anguloparece se fundir com 0 ceu azul intenso, como quedesejando subir a ele, implorando por uma nova vida, umarenovacao, uma forma de preservacao.

    Mas tarnbern nao deixo de expor fachadasinteiras, uma que conclui certa fal ta de cuidados, e outrainstigando que a preservacao deve partir do proprietarlo,muito embora nao tenha conhecimento de que os poderespublicos invistam nesse tipo de cultura, que nada mais e doque a cultura de uma sociedade que ajudou a construir ahist6ria.

    As imagens sao coloridas, e captadas portecnologia diqital, fazem-se tarnbem, a partir do momentada captura, documentos hist6ricos da existencia de umaItajaicom precedentes importantes para a cultura local. ,

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    ... . . . .. . ..entendimento. . . . . . . . .. .. . . .. .

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    comRortamento, asfestas, a fe, a moral.

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    o projeto Emoldurando Santa Catarina busca chamar a atencao das pessoas paraa magnitude das belezas naturais que 0estado possui. Belezas essas que muitos, inclusivecatarinenses, ainda nao tem conhecimento e que, por falta de oportunidade ou pordesinteresse, podem passar a vida inteira sem te-lo.

    Atraves de imagens fotogrMicas carregadas de um conteudo esteticolnquestionavel, 0fotoqrafo buscou retratar em cada flagrante como a natureza catarinensee r ica e diversa na sua propria naturalidade, isto e , para alern dos cliches habituais queporventura aprisionam as rnultiplas paisagens do estado. Sao imagens que, de um modosutil, chamam a atencao para a lmportancia de desenvolver acoes que valorizem, cultivem,preservem e divulguem os atrativos naturals de Santa Catarina de forma a toma-lesacesslveis ao maior numero posslvel de pessoas. ,

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    Este texto apresenta 0 processo de elaboracao de um ensaio fotografico, posteriormente transformado no livro de artista Deter-se.Considera que a analise da imagem eo estudo do processo de criacao sao essenciais nas eta pas de producao e edicao do material fotogrMico. 0texto procura ressaltar a articulacao do fazer fotogrMico com 0design, e evidenciar as estrateqias artisticas nesse procedimento, sobretudo aoconsiderar que, conceitualmente, 0afastamento da funcao de prova da realidade torna-se prerrogativa para a insercao da Fotografia no campodasArtes., D en ise C am argo , O ra .

    [email protected] do Curso de Pos-Graduacao em Fotografia da Univali

    Transferida para a pos-producao, a fotografia resgatou parasi a possibilidade, ela mesma, de driblar 0 proprio dispositivofotografico, suplantando as nocoes de aderencia do referente aimagem, 0que a recoloca no campo artistico, e propicia uma reflexaosobre a concepcao da imagem voltada para as estrateqias artisticas.Ao romper com seu carater rnirnetico, ela supera 0 problema de serarte ou mere instrumento de registro do mundo.

    A fotografia, pois, e urn elemento que nao pode ser esquecido nomomento em que se discute urn novo papel para 0 artista e em que ahabil idade tecnica deixa de ser urn requisito fundamental na producao deurn objeto artistico. Apesar de todas as tentat ivas de aproxirnacao entrefotografia e artes plasticas, e impossivel deixar de lembrar a relacao entre 0fot6grafo e a camera, entre 0 fot6grafo e 0 dispositivo tecnol6gicopontualmente utilizado (Fabris,2003: 63).

    A materialidade fotografica diferencia-se de sua funcao detestemunha e documento, ampliando seus sentidos, 0que pode noslevar a pensar em suas articulacoes com as artes e 0design. " E naorqanizacao desses signos

    enquadrados em uma fotografia e nalinguagem proporcionada pelo olhar

    uma reportagem diana, com 0 que seconvencionaria chamar de trabalho em

    retratos dos habitantes da Casa de Detencaodo Carandiru, zona norte da cidade de Sao

    mailto:[email protected]:[email protected]
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    fotoqrafico [...] que a fotografia apresenta-secomo uma acao de design" (Watanabe, 2004:133), mais de experiencia do que de registrofiel do mundo que a circunda. E hoje umatarefa multidisciplinar alocada eminstalacoes, transformada em objeto, emlivros-objeto, propiciando outras ordensestruturais para alem do bidimensional,muitas vezes.

    Entre os ensaios realizados emmuitos anos de atividade fotoqrafica, elegium que me pareceu bastante oportuno nomomento como estudo de caso para areflexao proposta no inicio deste texto. 0ensaio fotoqrafico Deter-se foi formuladooriginalmente como um trabalho deconclusao de curse, apresentado a disciplinaProjeto Experimental em Jornalismo, naEscola de Comunicacoes e Artes daUniversidade de Sao Paulo, em 1991, comorientacao do prof. dr. CiroMarcondes Filho.

    As imagens, realizadas na Casa deDetencao na cidade de Sao Paulo, 0Carandiru (inaugurado em 1956 e desativadoem 2002) como ficou conhecida, originou um"livre de artista" que, a epoca, nao erapropriamente 0objeto de discussao embora,em virtude de sua condicao, de suamaterialidade, promovesse associacoesentre a imagem fotoqrafica e a exploracaodos campos da arte e do projeto gratico.

    o objetivo do trabalho, naquelemomento, era explorar 0 documentarismofotoqrafico e, ideologicamente, transcender

    continuidade ou ensaio em profundidade.Entretanto 0 que, de fato, ocorreu e que seoriginou uma experirnentacao estetica sobreo tema cuja dlrnensao conceitual nao eraprevista naquele contexto.

    Esse trabalho passou 16 anosaprisionado numa gaveta a espera de umoutre destine - este texto teria vindo, assim,em boa hora. Ele representa uma epoca emque se delineava a opcao pela Fotografiacomo objeto de trabalho e pesquisa, em queo olhar era bastante livre e descontaminado-olhar imune ao dominic de todos os codiqos,isento de imposlcoes conceituais ou tecnicas,o olhar que se ganha (ou se perderia?) aolongo do tempo. Voltava-se para um tipo deproducao fotoqrafica proprio a fotografiadocumental. Entretanto, olhado hoje tantotempo depois, tantos estudos e tantasexperienclas pessoais e profissionais depois,e possivel inferir que ja havia nele umaproposta de articulacoes outras quetranscenderiam essa classificacao inicial,Barthes, em Acamera clara.ja nos diz de umaespecle de in-classificacao da Fotografia.

    A origem do trabalho esteve naharmonia entre imagem e texto, na tentativade romper com 0 apressado da reportagemdiaria; considerando-se a existencia dossujeitos diante da lente e por tras dela;considerando suas historias para aconfiquracao da imagem. 0firme propositoinicial, de fotoqrafa iniciante, era contarhistorias de vida tendo como elemento os

    Paulo, onde viviam na epoca cerca de sete mildetentos.

    Retrato, documento e realidadeseriam as chaves, nao fosse 0 choque daprimeira visita e dos encontros subsequentesque transformaram completamente 0 queseria a "pauta" desse trabalho.

    Assim que adentrei 0 Pavilhao Dois,local dos presos que trabalhavam parareduzir a pena, soou um apito e fez-se umsilencio. Todos se levantaram, rnaos para tras,cabeca baixa. Eu era uma visita e como talmerecia respeito. Regra da cadeia. Naquelemomento pensei que nao seria possivel, emtao pouco tempo - seriam pouco mais demeia duzia de visitas de cerca de tres horascada uma - realizar qualquer trabalho defotografia documental que se pretendesseaprofundado, uma vez que seriamnecessarias insercoes continuas capazes dedar conta dos retratos que se pretendia,nesse momento, realizar.

    Os retratos foram assimabandonados a medida que fui me dandoconta tarnbern da explosao do ambiente nocotidiano daquele lugar. 0espaco, ou comopreferem os designers, a espadalldade-, sesobrepos. Julguei que seria preciso criar umavisualidade para 0 irnaqinario da Casa, 0espaco de 80 mil metros quadrados divididosem pavilhoes, A paisagem desprovida de coracentuava a obtencao de contrastes. Formase linhas emolduravam 0 isolamento.Declarada a distancia, a separacao da rua,

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    pela muralha que se estendia soberana.Objetos desolados faziam 0 imaqinario do

    ideia de ampliacao dos espacos, a ideia deinserir na imagem mesmo 0 que nao podia

    A concepcao modernista e essencialista deGreenberg, segundo 0 qual cada arte

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    lugar. Luzes, sombras, simetrias em suaocupacao e muitos vazios. 0 gradil, de ondeo homem era visto como fragmento. Doquadro para 0 papel, a fotografia vai aospoucos se transformando em uma acao dedesign, liberta do seu referente. Construida-.

    Nao se tratou de registro do mundocarcerario, mas um revelador de um conceito,a representacao de um homem que, de fato,nao existia ali,marcado que foi pela exclusao.No conjunto de decis6es tecnicas e esteticas,foram utilizadas a duplicacao e inversao dosnegativos preto-e-branco para producao deainda mais espaco livre (paradoxalmente) napaqina, Foi quando se percebeu a relacaodireta entre 0 conjunto de imagens e suanecessidade de materialidade que apenas 0objeto livrodaria conta de apreender.

    Sao as relacoes espaciais, elementospertencentes a natureza da imagemfotogrMica, que mobilizam a realizacao dotrabalho, portanto. Eo ambiente que fornecea moldura necessaria e isso se da em tarefascompartilhadas: tanto na construcao daspaqinas, quanto durante 0 fazer fotogrMico.Os homens sao retratados como sombras, ouisolados. Os objetos comp6em 0arsenal davivencia. Passagens denunciam 0 transiteinterno.

    A construcao da visualidade emDeter-se se da por meio de uma apropriacaoespacial que extrapola 0olhar fotogrMico. A

    ser mostrado, por meio de duplos, reflexos,sombras, remexem com 0referente a medidaque 0 traduz e, ao mesmo tempo, 0 diluitransformando-o, 0 que exalta 0procedimento fotogrMico como estrateqiade criacao de espacos discursivos, para alernda representacso do real. Transformam-seem imaqens-paqinas de livro imaqinario,imaginado, artistico?

    Se pensarmos que 0 design ordenaesteticamente os elementos em uma pecaqrafica, (Villas-Boas, 1998) sua relacao com afotografia se estreita, uma vez que ambos saoagentes transformadores, dispostos tarnberna um fazer artistico. 0 projeto deplanejamento visual do volume Deter-se, quefoi elaborado em processo colaborativo peloartista multimidia Newton Yamassaki, aofinal, estabelece mais um canal designificados, permitindo que seja tratadocomo um livro de artista, segundo asdefinicoes de Silveira (2003). Paraele:Para ser um livro de artista, a publicacao deveproporcionar uma ernocao particular e aafirmacao de sua unidade, provocada pelarelacao entre forma e conteudo, podendo,mesmo, 0 conteudo ser a propria forma, ouvice-versa.

    Aqui chamado de "planejamentovisual", 0 design re-significa as relac;6es deforma e conteudo do ensaio fotogrMico,redefinindo, com isso, a funcao do fotoqrafo,

    1Lucrecia D'Alessio Ferrara tern discutido esse conceito em seus estudos.2 Sobre esse conceito convern estudar os escri tos de Dominique Baque, sobre a plastic idade da imagem fotogrMica.

    possuiria "um campo proprio e singular [...]coincidindo com tudo aquilo que a naturezade seu meio tem de unico" (Crimp, 1998)pode ser resgatada aqui. As especificidadesrevelam novas essencias no fazer fotog rafico,incorporando outras rnidias, como 0design,por exemplo.

    Assim, 0 livro de artista Deter-se econcebido com a finalidade de explorar aadesao a esses campos de conhecimento eproducao. Sao muitos os experimentosvisuais que se baseiam nessa estrateqia deordenamento grafico, 0 que dificulta suaclassificacao. Trata-se de um suporte poeticoque abriga elementos sensiveis cujaferramenta expressiva esta justamente nacapacidade de estabelecer conex6es complataformas hibridas. Pretende-se "des-funcionalizado", e um "fazer lnutll", como 0define a artista plastics Edith Derdyk, queultrapassa a funcionalidade das artes qraficasao propiciar novas narrativas. A fotografiaaqui permite pensa-Io enquanto lnteracaocom 0campo das artes e do design, uma vezque remonta a seu carater de impressao,como nos diz Santos (2004):Talvez a fotografia encontre 0 seu melhorespaco na paqina impressa, 0 queproporcionaria a atencao e 0 contatomuito proximos (que as paredes das galeriasraramente conseguem oferecer) [.. .] existeuma profusao de livros [...] em que a

    concepcao do todo iguala ou ultrapassa asunidades fotogrilficas que 0formam. ,

    C.WiLLaume.

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    ReferenciasALPHONSUS, Luiz et al . curadoria CANONGIA, Ligia.Artefoto. Rio de Janeiro: Centro CuLturaLBancodo Brasil, 2002. p.8-10; p.1S-2S.

    BAQUE. Dominique. La photographie pLastic ienne: umart parodoxal. Paris: Editions du Regard, 1998.

    CRIMp, DougLas. A atividade fotogrMica no p6s-modernismo, in CRIMp,Douglas. Sobre asruinas do museu. Sao PauLo:Martins Fontes, 200S, p.99-114.

    FABRIS,Annateresa. A fotografia e 0 sistema das artesplasticas in FABRIS, Annateresa. ( 0 r 9 . ) .Fotografia: usos e funtr6es no seculo XIX. Sao PauLo:EDUSP,1991.

    FABRIS, Annateresa. Reivindica;ao de Nadar a SherrieLevine: autoria e direitos autorais na fotografiaem: Ars Revista do departamento de ArtesPlasticas ECA-USP ana 01 nO012003.

    FATTORELLI ,Antonio. A rnest icaqem das imagens inJornaLdo Brasi l 02.06.1995, p.05.

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    MEGGS, PhiLip B. et CARSON, David. Fotografi ks: anequiLibrium between photography and designthrough graphic expression that evoLves fromcontent. London: Laurence King, 1999.

    ROUILLE.Andre. Da arte dos fot6grafos a fotografia dosart istas em: Revista do Patrimonio Hist6rico eArtistico Naclonal, nO27, 1998. p.302-311. trad. Patrice

    SANTOS,ALexandre et SANTOS, Maria Ivone dos (Org.). AFotografia nos pro c e s s 0 s art i s tic 0 scontemporaneos. Por to ALegre: Editor a da UFRGS,2004.

    SILVEIRA,PauLo.A paqina vioLada. Da ternura a injuria naconstrucao do LivrodeEditora UFRGS,2001.

    artista. Porto ALegre:

    VILLAS-BOAS, Andre. 1998.0 que e Ie0que nunca foi ldesign qrafico. 2a ed.Riode Janeiro.

    Serle Design. 2AB:

    WATANABE, Crist iane Aoki. A fotografia como design.Centro Universitario Senac: Sao PauLo, 2004 ..[Monografia de Espedallzacao em Cornunicacao e Artes.

    Orientadora: profa. dra. ELaineCararnella],

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    autorretrato,

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    midia (alunos como consumidores).

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    . ~ . . . . . . . . . . . . . .. .

    Portland, Maine, a 250 km de Boston. 0projeto Exodos discute a questao sobre os

    atitude no meio que 0imigrante vive.A pro posta da exposicao foi de:

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    Dorothea LangeMigrant Mother,Nipomo, California, 1936.

    Inspetores dos USA examlnando 05olhos doslmlgrantes.Ellis Island,NewYork c. 1913.EXODOSde Sebastiiio Salgado.

    Fez parte do curso uma visitamonitorada a exposicao de SebastiaoSalgado, Exodos. A mostra estava em

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    refugiados e imigrantes em 39 paises, e foiproduzida durante 7 anos. Salgado diz nolivro: "Espero que tanto como individuos,grupos ou uma sociedade, facamos umapausa para pensar na condicao humana navirada do rnilenio. Na sua forma mais brutal,o individualismo continua sendo umaf6rmula para catastrofes. E preciso repensar aforma como coexistimos no mundo."Exposic;io no David Rockefeller Center forLatin American Studies

    Os alunos tiveram pela primeira veza oportunidade de participar da exposicao eo fizeram com grande entusiasmo. A mostrafoi apresentada no David Rockefeller Centerfor Latin American Studies no dia 8 de abril,na abertura oficial e coquetel da PrimeiraSemana do Brasil na Harvard, cuja ldeia foidiscutir e celebrar as experiencias dosimigrantes brasileiros na regiao da NewEngland.

    Foram expostas vinte fotografiascoloridas, duas de cada aluno. Estas imagensnao cobriram todo os aspecto do que foidiscutido durante 0curso, mas servem comoamostra do percurso. Um grande numero defamiliares e da comunidade atendeu aoconvite e visitou a exposicao.

    Este projeto pode ser entendidocomo beneficia para a comunidade, feito poreles e para eles. A camera pode dar 'voz' aosalunos, para comunicar ao mundo por meiode um processo coletivo e dernocratico. 0resultado fotoqrafico revela uma critica

    permitir aos alunos observar outros pontosde vista, promover e apresentar as imagensdos alunos, e possibilitar aos alunostransformar suas ideia em produtos.

    Joio KulcsarSaida fotograticaCambridge, 2002.

    Foto: Ruth CostaVisita monitorada a exposicao de Sebastiao SalgadoPortland, Maine, 2002.

    Considerac;oes finaisDurante 0 curso na MAPS, a

    fotografia deu oportunidade aos alunos deutilizar um poderoso meio de expressao paradiscutir 0tema lmiqracao. A rnldia fotografiaprop6e um ideal ponto de partida para aalfabetizacao visual, porque engaja 0 alunocom a sua experiencla do cotidiano.Alfabetizacao visual e uma ferramenta

    importante na batalha pela conscientlzacaode tudo 0que engloba a questao cidadania,

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    Miguel Santana"Quando salmos do nosso pals e mudamos para urnnovo, asvezes nos nos sent imos "Vazios como umasacola", por que deixamos pessoas amadas que nos

    faziam sentir urn pouco mais completo por dentro. Etarnbem porque nos nao temos 0mesmo suportemoral socialmente e afet ivo que nossa ter ra nata l. "

    Caroline Cafer"Representei os sentimentos de uni1io e amizade quesempre dever iam ex is tir entre todas as pessoas e em

    todos os momentos de nossas vidas, nao seimportando com a nacionalidade."

    Gabl Andrade"Nos somos como stalac tite. Nascemos que nem

    gotinhas e com asexper iencias que a v ida nospropoern ficamos cada dia mais sol id os. Mesmo

    crescendo em urn pals d iferente temos que lutar paraque a nossa vida prospere,"

    Talyta Morals"0 meu sonho no futuro e que brasi leiros e

    americanos fossem bern mais unidos e integradosculturalrnente,"

    pois um melhor entendimento da rnidia nomundo em que vivemos pode facilitar umamaior e melhor particlpacao na sociedadeamericana a qual eles vivem. Tambernpermite as pessoas desenvolverem a leiturade imagem. 0 objetivo e trabalhar para queum dia 0 desenvolvimento da alfabetizacaovisual esteja ao alcance de todos. ,

    ReferenciasMOLES, A. Ar t and computer , London, Vintage Press,1990.CURTIS, D. Introduction to Visual Literacy. Engiewood:Cliffs Prentice-Hall 1987.DONIS, A. Sintaxe da linguagem visual. (TraducaoJefferson Luiz Camargo). Sao Paulo, Martins Fontes.1991.FREIRE, P. Education for Critical Consciousness.(Translation Donato Macedo). London, Sheed and Ward,1985.GOMBRICH, E.The Image and the Eye.Oxford, Phaidon,1982.MITCHELL, J.The Reconfigured Eye.Visual Truth in thePost-Photogr aphic Era. Cambridge, MA, MIT Press,1994.SALGADO, S. ExODOS. S. Paulo, Companhia dasLetras,2000.

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    T hales T rig o, D [email protected] ro fe ss or d o C urs o d e P os -G ra du ac ao em F oto gra fia d a U niv aliEsse artigo sobre Formatos de Arquivos Digitais e parte da lese deDoutoramento do autor apresentada para a obtencao do titulo deDoutor em Engenharia Eletrica pela Escola Politecnica da USP.

    Formatos de arquivosUm formato de arquivo e um

    rnetodo atraves do qual inforrnacoes saolidas, escritas e guardadas emcomput ad or es . E xi st em d if er en te s f orma to sd e a rq uiv os, a lg un s to rn aram-s e o bs ole to s eoutros tern uso m uito espedfico, como osarquivos DICOM (Digital Imaging andCom munication in M edicine), usados emimagens rned icas ,

    N a fo to grafia d igital, atualm en tetres formatos de arquivos sao usados:a rq uiv os J PEG ( Jo in t P ho to gr ap hy c E xp ertsG roup - form ado em 1986), arquivos TIFF( Ta gg ed Im ag e F ile F orm at) e a rq uiv os RAW ,que sao arquivos "proprietaries", isto e ,de se nv olv id os p or fab ric ante s d e siste masd ig it ai s c om c ar ac te rl st ic as p ro pr ia s e mu it asv eze s "nao aber ta s" .

    48

    A rq uiv os J PEG o u J PG s ao a rq uiv osco mp actad os de u so m uito g eral. U sad os emto das as cam eras am ado ra s, seu "ta man ho"d ep en de f or tem en te d a c en a f ot og ra fa da .

    o form ato JPE G o u JP G e "lossy," 0que significa que uma imagem depois decompactada atraves desse sistema enovam ente aberta torna-se "diferente".E xi st em a lg or itmo s d e cornpressao que saod en om in ad os " lo ss le ss " m as , n ess es c as os, acompressao e b em m en or, isto e , os a rqu ivosocupam m aior quantidade de m em oria. Eco nv en iente n otar qu e u m a rq uiv o JP EG , aoser "salvo", pode ser compactado comdiferentes Indices de qualidade: quantom aior a qualidade, m aior imagem , tantoma io r s er a 0u so d e m emo ri a.

    digitais

    fotografada nao modificam 0 tamanho deum arquivo TIFF. 0tamanho ou peso de um

    de pixels (megapixels), 0arquivo em TIFFem8 bits pode ser determinado de formaaproximada pela relacao:

    mailto:[email protected]:[email protected]
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    E frequente 0 argumento que 0numero 3 no numerador da equacao 2.3.1diz respeito ao nurnero de canals usados para a representacao de imagem, mas, conformemostrado, isso nao e correto. Imagenscapturadas em 16 bits por canal, sao tarnbemimagens em tres canals RGB e na equacao2.3.5 0numerador e 6.

    arquivo TIFF em 8 bits por canal pode sercalculado da seguinte forma:

    H.U

    Como 0 produto da altura daimagem pela sua largura e a resolucao dosistema digital, pode - seescrever:

    ~.1.~.

    Como ja foi mencionado, 0 tamanhode um arquivo JPEG,quando compactado,depende das dimens6es da imagem empixel, da profundidade de cor e tarnbern dacena fotografada. Quanto maior 0 numerode cores presentes na imagem, maior 0arquivo.

    As duas imagens JPG apresentadasnas figuras abaixo (Fig. 2.4 e Fig.2.5), criadasno Photoshop, tern 0 mesmo nurnero depixels: 1000 pixels na horizontal e 500 pixelsnavertical e abertas tem 0mesmo tamanho:1,43MB. Quando compactadas e gravadasem um disco, entretanto, apresentamtamanhos diversos.

    Sendo 0 denominador da frac;ao 0fator de conversao de bit para Mbyte.

    Uma imagem em RGB, com trescanals de 16 bits por canal tem seu tamanhode arquivo determinado pela equacao:

    A, = ,"'lrur:a{jl.l:o~Lat."IIIt.!r! pil i . )~ 16,..J l~Jr.rr.JO .II" 1'Ili4 ~ 1014

    o arquivo em 16 bits por canal tem 0dobro do tamanho que 0 arquivocorrespondente a mesma resolucao em 8 bitspor canal. Como em cameras digitais aresolucao do sensor e da ordem de milh6es

    F .2 .4 . I ma gem em J P G c om 1 08 k Bi g

    As duas imagens mostradas a seguir(Fig. 2.6 e Fig. 2.7) tern praticamente 0mesmo tamanho, abertas ou fechadas,

    conversao em cores. Como os arquivos RAWsao arquivos em tons de cinza, isto e , cadapixel da imagem e reprarquivos convertidos

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    quando gravadas em TIFF.

    Fig.2.6. Imagem em TIFFcom 1000 x 500 pixel e 1,43MBno disco

    Fig.2.7.lmagem em TIFFcom 1000 x 500 pixels e 1,43 MBno disco

    A tabela comparativa apresentada aseguir mostra de que forma um arquivo de 4MB, produzido no Photoshop, assumediferentes tamanhos quando "salvo" emdiversos formatos. as itens JPEG (12), JPEG(6), JPEG (1) indicam a cornpactacao usadapelo Photoshop.

    Tabela 2.1 _ Tamanho de arquivos com diferentescornpactacoes em JPEG

    AhlJl'KI:!tlf,l Mill ~J"'JLifKJj),1IIDJ ! . r ; .M i 5 ! ! I I r i A >1'l]W'oomoo"'F

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    Rafael Jose Bona, Msc.

    [email protected] do Curso Superior de Tecnologia em Fotografia Fotografia da UnivaliTamara Aparecida dos Santos, Bel.

    tammy [email protected]

    AA IN F L U E N CIA D A S A R T E S N AF O T O G R A F IA DE M O DA

    Introdu~ioCom 0 surgimento da fotografia no seculo XIX,houve rumores de que a arte, principalmente na area da

    pintura, iriadesaparecer, isso por que a fotografia conseguiauma representacao exata da realidade, com mais perfeicao eautenticidade do que era possivel ser reproduzido por umapintura. Com 0 passar do tempo, desenvolveu-se urnfen6meno bastante interessante, a arte nao desapareceu e afotografia, ao inves de concorrente, foi se aperfeicoando ecom muita criatividade se integrando a movimentosartisticos, Emmeados do seculo XX,surgiam os movimentossurrealistas e dadaistas, os quais viriam a influenciar afotografia. Os fotoqrafos Adolphe De Meyer, RichardAvedon, entre outros, cornecaram a criar uma linguagem,urn novo conceito: nascia ai, a fotografia de modainfluenciada por traces de movimentos artisticos. Asimagens criadas para campanhas de moda, no inicio doseculo passado, demonstram claramente a continua

    influencia artistica nessas fotografias. Para melhor observaresta influencia, escolheu-se a marca Girbaud, querevolucionou a industria com 0 aperfeicoamento do bluejeans classicos, por meio de lavagens experimentais etecnicas de suavizacao e que teve forte influencia dos doismovimentos arttsticos que serao abordados. Nos diasatuais, a fotografia de moda ainda tern caracteristicas dainfluencla dos dois movimentos citados, que podem serobservados tanto nos trabalhos com significados e temassocia is, quanto nos traces de urn mundo idealizado pelohomem com fantasias e sonhos. Partiu-se do pressupostoque a fotografia de moda tern 0 objetivo de persuadir 0consumidor e trabalhar com sonhos e fantasias. 0 objetivogeral deste trabalho e discutir a influencia da arte surrealistana fotografia publicitaria de moda conternporanea, pormeio das campanhas realizadas pela marca Girbaud.

    61

    IF oto gra 'fL a d e M o daUmdos primeiros fotoqrafos foi Man

    Ray,que fotografou com especial interesse a

    desfiles. Eleainda afirma que a fotografia demoda, explicando de maneira simples, e tudoo que for usado como peca de vestuario e for

    fotografia que vai fazer. Diz isso,principalmente se referindo ao tempo e aocusto de um trabalho, pois as contratacoes

    mailto:[email protected]:[email protected]:[email protected]:[email protected]
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    natureza e 0 meio urbano, com destaquepara a sua cidade adotiva, Paris, e 0mundoda moda. Man Ray foi fotoqrafo e pintor,pioneiro dentro dos movimentos artlsticosDada e Surrealista nos anos 20e 30,aos quaissua obra tem profundas liga

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    charm e da roupa. Para isso, e necessario ter amodele correta, a que combine com acolecao e corresponda ao padrao d e b ele zaexigido. A mbos, fotoqrafo e modelo,necessitam sentiro clim a d a roupa. A m odeledeve se sentir a vontade para sorrir, sen tar,deitar, parecer sensual, pensativa ouangelical. So entao, quando 0 fotoqrafoc ertific a-s e q ue 0 momento de ernocao sem an ife sta , e q ue a fo to e re gis tra da .

    Zuanetti (2004) chama a atencaopara que a fo tografia de moda nao sejasempre a mesma coisa. Se as tendenciesv iv em mud an do , 0fotoqrafo tem que mudarsua forma de trabalhar sempre que fornecessario, nao caindo na rotina. M uitasvezes, as tendencies surgem no propriotrabalho do fotcqrafo, por meio defotografias que superem as expectativas natra ns rn ls sa o d e id eia s p ara 0consumidor.

    Segundo afirmacoes do livro Afo tog rafia profissional (1988 ), a m oda e tud orelacionado a ela, com o: 0 estilo, acessoriosou modos de vida, passam por rapidastransforrnacoes. As transfor maco esacontecem para atender as necessidades ed es ej os d as p es so as .

    Cesar (2003) afirma que osfo toqrafos de moda mais brilhantes eimportantes sao: Bob Wolfenson, TiagoM olinos, Fernando Louza, M ario Testino,Peter L indbergh, D teven Meisel, FranBeaufrand. Eles procuram a beleza e a

    alern do lim ite e sem pre buscar 0 n ov o, p arapoder repassar as pessoas que estao a e sp er ad e s ua s d e sc o be rt as .

    D e acordo co m G allarza (2005) ao seproduzir imagens de m oda, se produz alernde beleza visual. Quando ela e produzidacom responsabilidade, colo cam -se em pautavaries q ue st io nam en to s r ef le xiv os .Marlthe & Franc;olsGlrbaud

    Segundo 0 livro Fashion Now 2(2005), Marithe & Francois rev olu cion aram aindustria da moda, com seu esforco noaperfelcoamento d o j ea ns classico, p or m eiode lavagens experimentais e tecnicas desuavizacao. 0c as al s alie nta q ue s eu tra ba lh ose conduz mais pela atitude do que pelastendencies. Conheceram -se em 1960, e, em1964 cornecararn a importar roupas decowboy para a W estern House, a primeiraboutique parisiense do genero. A o longo dosa no s s eg uin te s, comecararn a alterar 0modele classico das calcas de ganga,recorrendo a lavagens intensas e tecnicasabrasivas para amaciar e dar um aspectodassico a ganga, criando assim 0 lookstonewashed que dom ina atualmente 0m ercado. Em 1969, assinaram seu prim eirocontrato de licenciam ento para a m arca CA e,em 1972, abriram sua primeira loja, aB ou tiq ue , e m L es H alle s, P aris . C on tin ua nd o arealizar experien cias, o s G irbaud fizeram em1986 a sua primeira aparicao na Semana daM oda de Paris, desenhando, por fim , para

    B aseando-se no design das calcas de ganga,a marca expandiu-se para outras areas,in clu in do c alc ad os e a ce ss orlo s, 0 vestuariodesportivo e os oculos, Apesar de os jeanscon tinuarem a ser um tem a recorrente no seutrabalho, as colecoes dos G irbaud incluemagora uma variedade de tecidos eestam pados que vao do couro e do tarta asrisquinhas e aos algod6es floridos. A m arcaG irbaud traz um a proposta surrealista num acampanha atual, de 2007. A imagem ecom posta por um jard im de folhas e arbustosverdes e flo r es verm elhas, ha alguns predio sao fundo e um par de botas da marca Girbaudna ponta dos arbustos. Ha uma moldurabranca na im agem , no canto superior direitoesta a lo go, e em baixo esta a mensagem quequerem passar ao receptor. Essa imagem eum a proposta surrealista, pois passa a ideiade 0 par de botas estarem nascendo do"jardim ", no lugar das flores que deveriamnascerali.

    A campanha de 2008 da marcaG irb aud traz m ais um a proposta su rrealista,com o pode se ver na im agem a seguir. V e-seum enterro acontecendo, 0 morto e umboneco de neve que e en terrado no meio dodeserto. Comp6em a cena tarnbem , alern doboneco de neve, oito pessoas e um carro,sendo que cinco pessoas entao atras, duasdessas estao com uma pa na mao, como see stiv es se m c av ad o 0 buraco e depois lraofechar. Quatro dessas cinco pessoas que see nc on tra m a tra s e sta o e nc ap uz ad as .O utra s

    68

    duas pessoas enterram 0 boneco de neve,tarnbem com capuz e ha uma pessoa a frente,essa sem capuz e diferente das outras com a

    pouco a pouco, ate conseguir finalmentechegar ao objetivo, que e ser diferente detodos e tudo ja visto, fazer algo inovador que

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    roupa toda clara, usando a touca dajaqueta.o carro, de cor preta, esta a esquerda daimagem. E no canto superior direto esta alogo.

    Essa imagem e uma propostasurrealista, pols esta fora da realidade. Umboneco de neve nao morre, pols nao temvida; ejusta mente, por ser de neve, nao deveficar em um deserto, que e calor, senaoderreteria. As pessoas que estao no enterroestao todas de calca, bota e jaqueta, e amaio ria esta com capuz e esse tipo de roupasnao e usado no deserto em pleno dia.

    Pro posta Surrealista Campanha 2007Foto: Jackie Nickerson, disponivel em:http://www.girbaud.com/acesso 17/08/2009

    Proposta Surrealista Campanha 2008/2009Foto: Steve Heitt. Disponivel em:http://www.girbaud.comacesso em 17/08/2009

    Considera~6esfinalsA fotografia teve seu comec;:o, no

    seculo XIX,marcado pelo receio que se tinhade que ela pudesse anular ou mesmoconcorrer com a arte. Entao, ao mesmotempo em que a arte temia a fotografia, afotografia nao queria ser a causadora do seudesaparecimento. Mesmo assim, houvenaquele seculo grande avanc;:o e com 0tempo pode-se perceber que ela nao erauma ameac;:aa arte e sirnuma ferramenta quepoderia ate mesmo servir de apoio. Algunsfotoqrafos criaram linguagens e com issonovos conceitos, que deram vida a fotografiade moda, influenciada por trac;:os demovimentos artisticos. Pode-se ver a grandelnfluencla artistica na fotografia, quandoobservadas as imagens criadas paracampanhas de moda; sao realidades trazidasdo seculo passado. Ainda hoje ha muitalnfluencia da arte surrealista na fotografia demoda, ao se observar os trac;:osidealizadosdo homem com fantasias e sonhos.

    o processo de uma campanha superdiferente e fora da realidade e criadovagarosamente, acostumando 0 consumidor

    vai alern da realidade, justa mente aoapresentar uma ideia surreal, na qual se podefantasiar e sonhar com 0 impossivel.

    Grandes rnarcasja prepararam 0seuespectador. A Marca Girbaud e um exemplodisso. As campanhas dessa marcatransmitem a ideia de sonhos e fantasias quee 0 objetivo da fotografia de moda, parapoder assim persuadir 0 consumidor. Saoextremamente ousadas e usam influenciasde movimentos que em seus conceitos naoseriam necessariamente os mais aceitos pelasociedade, se abordados por uma marca quenao tivesse trabalhado e investido para apratlca desta ousadia.

    Discuss6es como esta sao muitointeressantes, pela possibilidade deinterdisciplinaridade com outras areas doconhecimento, levam 0 academico avasculhar outros mundos, entender outrasrealidades. Por isso a suqestao de que seproponham estudos envolvendo acadernicosde Cornunlcacao, de Moda e Artes, a fim deque possam aprofundar 0 assunto, bemcomo trazer esta discussao para a realidaderegional. ,

    REF ERENC IASA FOTOGRAF IA PROFI SS IONAL . R io d e J an ei ro : G L ob o,1 988. (Cu rso p r at ic o de f ot og r af La GLobo) .

    SITESPESQUISADOS:< http://www.caLeidoscopio.art.br/cuLturaVartespLasticas /v an gu ard as /d ad aa Le ma nh a.h tm L> A ce ss ad o e m13/10/2008

    http://www.girbaud.com/http://www.girbaud.com/http://www.girbaud.com/http://www.girbaud.com/http://www.caleidoscopio.art.br/cuLturaVartespLasticahttp://www.caleidoscopio.art.br/cuLturaVartespLastica
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    A D IB , J . A fo to gra fia p ro fis sio na L - C urs o c om p Le to d ef ot og r af ia . R i ode J ane i ro : R io G r a fi ca e Ed it or a S /A , 1 981.BRADLEY ,F.SurreaLismo.Sao PauLo:Cosac & Nai ty , 2001 .C ES AR , N. ; P IO VA N, M . M a kin g o f: revelacoes sobre 0d i a- a- d ia da f ot og r af ia . S aoPauLo:Fu tu ra , 2 003 .E VERS,H . G . D o h is to ri ci smo a o fu nc io na Li smo . L is bo a:Verbo, 1985.FAR INA ,M . Ps ic od ina rn ic a das co res em comunlcacao.e.ed ._ .Sao PauLo:Edgard BLucher,1990 .FOLTS,J. A.; LOWEL , R . P .; ZWAHLEN JR , F red C. ManuaLde Fo tog ra fi a. S aoPauLo :T homson Lear bi ng , 2 007 .FOTOGRAFI A:man ua L c omp Le to d e a rte e tecnica.Z, ed .Sa o Paulo.Abril Cu l tu ra l, 1978 .FUNDA A c es sa d o em 2 4 /1 0 /2 0 08 .

    http://www.scielo.br/img/revistas/cpa/n2l/a06img03.http://www.scielo.br/img/revistas/cpa/n2l/a06img03.
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    UNIIVALIwww.univaU.,br