Atlas Paraiba

download Atlas Paraiba

of 58

Transcript of Atlas Paraiba

  • 5/24/2018 Atlas Paraiba

    1/58

    VOLUME PARABA

  • 5/24/2018 Atlas Paraiba

    2/58

  • 5/24/2018 Atlas Paraiba

    3/58

    VOLUME PARABA

  • 5/24/2018 Atlas Paraiba

    4/58

    PRESIDENTE DA REPBLICAExcelentssima Senhora Dilma Vana Rousseff

    MINISTRO DA INTEGRAO NACIONALExcelentssimo Senhor Fernando Bezerra de Souza Coelho

    SECRETRIO NACIONAL DE DEFESA CIVILExcelentssimo Senhor Humberto de Azevedo Viana Filho

    DIRETOR DO DEPARTAMENTO DEMINIMIZAO DE DESASTRESExcelentssimo Senhor Rafael Schadeck

    UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINAMagnfco Reitor da Universidade Federal de Santa Catarina

    Professor lvaro Toubes Prata, Dr.

    Diretor do Centro Tecnolgico da Universidade Federal

    de Santa Catarina

    Professor Edson da Rosa, Dr.

    CENTRO UNIVERSITRIO DE ESTUDOS EPESQUISAS SOBRE DESASTRESDiretor Geral

    Professor Antnio Edsio Jungles, Dr.

    Diretor Tcnico e de Ensino

    Professor Marcos Baptista Lopez Dalmau, Dr.

    Diretor de Articulao Institucional

    Professor Irapuan Paulino Leite, Msc.

    FUNDAO DE AMPARO PESQUISA E EXTENSOUNIVERSITRIASuperintendente Geral

    Professor Pedro da Costa Arajo, Dr.

    Esta obra distribuda por meio da Licena Creative Commons 3.0

    Atribuio/Uso No-Comercial/Vedada a Criao de Obras Derivadas / 3.0 / Brasil .

    Catalogao na publicao por Graziela Bonin CRB14/1191.

    Universidade Federal de Santa Catarina. Centro Universitrio de Estudos e

    Pesquisas sobre Desastres.

    Atlas brasileiro de desastres naturais 1991 a 2010: volume Paraba /Centro Universitrio de Estudos e Pesquisas sobre Desastres. Florianpolis:

    CEPED UFSC, 2011.

    57 p. : il. color. ; 30 cm.

    Volume Paraba.

    ISBN 978-85-64695-17-7

    1. Desastres naturais. 2. Estado do Rio Grande do Norte - atlas. I.

    Universidade Federal de Santa Catarina. II. Centro Universitrio de Estudos e

    Pesquisas sobre Desastres. III. Secretaria Nacional de Defesa Civil. IV. Ttulo.

    CDU 912(813.3)

  • 5/24/2018 Atlas Paraiba

    5/58

    A construo de uma nova realidade para a Defesa Civil no Brasil,

    principalmente no que se refere poltica de reduo de riscos, requer

    conhecer os fenmenos e os desastres que nosso territrio est sujeito. Paranos prepararmos, precisamos saber os perigos que enfrentamos.

    O levantamento de informaes e a caracterizao do cenrio nacional de

    desastres uma necessidade antiga, compartilhada por todos que t rabalham

    com Defesa Civil. A concretizao do referido levantamento contou com a

    participao de todos os estados e da academia. A cada dia ca mais evidente

    que a colaborao entre os atores envolvidos (Distrito Federal, estados e

    municpios) essencial para o alcance de objetivos comuns.

    A ampla pesquisa realizada e materializada pela publicao deste Atlas teve

    como objetivo corrigir essa falta de informaes. O conhecimento gerado

    poder beneciar os interessados no assunto, a partir dos mais diversos

    propsitos, e estar em constante desenvolvimento e melhoria.

    Finalmente, deixo aqui expresso meu sincero agradecimento a todos aqueles

    que de alguma forma contriburam para a construo deste trabalho que

    a Secretaria Nacional de Defesa Civil, em cooperao com a Universidade

    Federal de Santa Catarina, apresenta para a sociedade brasileira.

    Secretrio Humberto Viana

    Secretrio da Secretaria Nacional de Defesa Civil

    Nas ltimas dcadas os Desastres Naturais constituem um tema cada vez mais presente no cotidiano daspopulaes. H um aumento considervel no s na frequncia e intensidade, mas tambm nos impactos

    gerados, com danos e prejuzos cada vez mais intensos.O Atlas Brasileiro de Desastres Naturais um produto de pesquisa resultado do acordo de cooperao entre aSecretaria Nacional de Defesa Civil e o Centro Universitrio de Estudos e Pesquisas sobre Desastres da UniversidadeFederal de Santa Catarina.A pesquisa teve por objetivo compilar e disponibilizar informaes sobre os registros de desastres ocorridos emtodo o territrio nacional nos ltimos 20 anos (1991 a 2010), por meio da publicao de 26 Volumes Estaduais eum Volume Brasil.O levantamento dos registros histricos, derivando na elaborao dos mapas temticos e na produo do Atlas, relevante na medida em que viabiliza construir um panorama geral das ocorrncias e recorrncias de desastresno pas e suas especicidades por Estado. Possibilita, assim, subsidiar o planejamento adequado em gestode risco e reduo de desastres, a partir da anlise ampliada abrangendo o territrio nacional, dos padres defrequncia observados, dos perodos de maior ocorrncia, das relaes destes eventos com outros fenmenosglobais e da anlise sobre os processos relacionados aos desastres no pas.

    O Brasil no possua, at o momento, bancos de dados sistematizados e integrados sobre as ocorrncias dedesastres e, portanto, no disponibilizava aos prossionais e aos pesquisadores informaes processadas acercadestes eventos, em sries histricas.Este Atlas o primeiro trabalho em mbito nacional realizado com a participao de 14 pesquisadores pararecolher dados ociais nos 26 Estados e no Distrito Federal do Brasil e envolveu um total de 53 pessoas para a suaproduo. As informaes apresentadas foram retiradas de documentos ociais nos rgos estaduais de DefesaCivil, Ministrio da Integrao Nacional, Secretaria Nacional de Defesa Civil, Arquivo Nacional e Imprensa Nacional.A proposta de desenvolver um trabalho desta amplitude mostra a necessidade premente de informaes queofeream suporte s aes de proteo civil. O foco do trabalho consiste na caracterizao dos vrios desastresenfrentados pelo pas nas duas ltimas dcadas.Este volume apresenta os mapas temticos de ocorrncias de desastres naturais do Estado da Paraba, referentea 1.866 documentos compulsados, que mostram, anualmente, os riscos relacionados a estiagens e secas e outroseventos naturais adversos.

    Nele, o leitor encontrar informaes relativas aos totais de registros dos desastres naturais recorrentes no Estado,espacializados nos mapas temticos dos eventos adversos, que, juntamente com a anlise de infogrcos comregistros anuais, grcos de danos humanos, frequncias mensais das ocorrncias e de mdias de precipitao,permitem uma viso global dos desastres na Paraba, de forma a subsidiar o planejamento e a gesto das aesde minimizao no Estado.

    Prof. Antnio Edsio Jungles, Dr.Coordenador Geral CEPED UFSC

    APRESENTAO

  • 5/24/2018 Atlas Paraiba

    6/58

    EXECUO DO ATLAS BRASILEIRO DE DESASTRES NATURAIS

    CENTRO UNIVERSITRIO DE ESTUDOS E PESQUISAS SOBRE DESASTRES

    GeoprocessamentoProfessor Carlos Antonio Oliveira Vieira, Dr.

    Renato Zetehaku Araujo

    Reviso bibliogrfca e ortogrfca

    Graziela BoninPedro Paulo de Souza

    Reviso do contedoGerly Mattos SnchezMari Angela MachadoMichely Marcia MartinsSarah Marcela Chinchilla Cartagena

    Equipe de campo, coleta e tratamento de dados

    Carolinna Vieira de CisneDaniel Lopes GonalvesDaniela Pr S. de SouzaDrielly Rosa NauBruno Neves Meirarica ZenFabiane Andressa TascaFernanda Claas RonchiFilipi Assuno CurcioGabriel MunizGerly Mattos SnchezKaren Barbosa AmaranteLarissa Dalpaz de AzevedoLarissa MazzoliLaura Cecilia MllerLorran Ado Cesarino da RosaLucas Soares MondadoriLucas Zanotelli dos SantosMichely Marcia MartinsMonique Nunes de FreitasNathalie Vieira FozPatricia Carvalho do Prado Nogueira

    Coordenao do projetoProfessor Antnio Edsio Jungles, Dr.

    Superviso do projetoProfessor Rafael Schadeck, Ms. - GeralJairo Ernesto Bastos Krger - Adjunto

    Equipe de elaborao do atlasBruna Alinne ClasenDaniela Pr S. de SouzaDiane GuziDrielly Rosa NauEvandro RibeiroFrederico de Moraes RudorffGerly Mattos Snchez

    Lucas dos SantosMari Angela MachadoMichely Marcia MartinsPatricia de CastilhosRegiane Mara SbrogliaRita de Cassia DutraSarah Marcela Chinchilla Cartagena

    Projeto Grfco

    Alex-Sandro de SouzaDouglas Arajo VieiraEduardo Manuel de SouzaMarcelo Bezzi Mancio

    DiagramaoAlex-Sandro de SouzaAnnye Cristiny Tessaro (Lagoa Editora)Douglas Arajo VieiraEduardo Manuel de SouzaJos Antnio Pires NetoMarcelo Bezzi Mancio

    Priscila Stahlschmidt MouraRenato Zetehaku Araujo

    Thiago Hlse CarpesThiago Linhares BilckVincius Neto TruccoVlade Dalbosco

    Equipe de apoioEliane Alves BarretoJuliana Frandalozo Alves dos SantosLucas MartinsPaulo Roberto dos SantosValter Almerindo dos Santos

  • 5/24/2018 Atlas Paraiba

    7/58

    LISTA DE FIGURAS

    Figura 1 - Esquema do registro de desastres ---------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------11

    Figura 2 Hierarquizao de Documentos ------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------11

    Figura 3- Codicao dos documentos ociais digitalizados ----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------12

    Figura 4 Lajeado de Pai Matheus, Boa Vista - Cabeceiras ------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------17

    Figura 5 Seca no Cariri nordestino, Boa vista ------------------------------ --------------------------------- -------------------------------- --------------------------------- ------------------------------ 25

    Figura 6 Perodo de estiagem no municpio de Cabeceiras, Paraba -------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------26

    Figura 7- Vrtices Ciclnicos de Ar Superior (VCANs) 18 de janeiro de 2004. a) imagem de radar as 15hrs e b) imagem GOES no canal vapor dgua as 15hrs------------------------------------ 33

    Figura 8- Vrtices Ciclnicos de Ar Superior (VCANs) 20 de janeiro de 2004. a) imagem de radar as 15hrs e b) imagem GOES no canal vapor dgua as 15hrs------------------------------------ 33

    Figura 9- Consequncias de inundaes bruscas no municpio de Cabeceiras --------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- 34

    Figura 10 Inundao em Gurinhem, Paraba -------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- 37

    LISTA DE GRFICOS

    Grco 1 Danos humanos ocasionados por estiagens e secas na Paraba, perodo de 1991 a 2010 ---------------------------------------------------------------------------------------------------26

    Grco 2- Frequncia mensal de estiagens e secas na Paraba, perodo de 1991 a 2010 ----------------------------------------------------------------------------------------------------------------28

    Grco 3 Mdias pluviomtricas em 2004, com base nos dados das Estaes Pluviomtricas da Agncia Nacional de guas (ANA), no Estado da Paraba --------------------------------------- 31

    Grco 4 Mdias pluviomtricas em 2009, com base nos dados das Estaes Pluviomtricas da Agncia Nacional de guas (ANA), no Estado da Paraba --------------------------------------- 31

    Grco 5- Frequncia mensal de inundaes bruscas na Paraba, perodo de 1991 a 2010 -------------------------------- --------------------------------- -------------------------------- ------------- 33

    Grco 6 Danos humanos ocasionados por inundao brusca na Paraba, perodo de 1991 a 2010 --------------------------------------------------------------------------------------------------- 35

    Grco 7 Freqncia mensal de inundao gradual na Paraba, perodo de 1991 a 2010 -------------------------------------------------------------------------------------------------------------- 37

    Grco 8 Mdias pluviomtricas em 2004, com base nos dados das Estaes Pluviomtricas da Agncia Nacional de guas (ANA), no Estado da Paraba --------------------------------------- 39

    Grco 9 Mdias pluviomtricas em 2008, com base nos dados das Estaes Pluviomtricas da Agncia Nacional de guas (ANA), no Estado da Paraba --------------------------------------- 39

    Grco 10 Danos humanos por inundaes graduais na Paraba, perodo de 1991 a 2010 ------------------------------------------------------------------------------------------------------------ 39

    Grco 11- Frequncia mensal de vendavais na Paraba, perodo de 1991 a 2010 -----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------41

    Grco 12 Danos humanos causados por vendavais na Paraba, no perodo de 1991 a 2010 ----------------------------------------------------------------------------------------------------------41

    Grco 13 Frequncia mensal de eroso marinha na Paraba, perodo de 1991 a 2010 ---------------------------------------------------------------------------------------------------------------- 43

    Grco 14 Danos humanos ocasionados por eroso marinha na Paraba, perodo de 1991 a 2010 ---------------------------------------------------------------------------------------------------- 43

    Grco 15 Percentual dos desastres naturais mais recorrentes no Estado da Paraba, durante o perodo de 1991 a 2010 ------------------------- --------------------------------- ----------------- 49

    Grco 16- Frequncia mensal dos desastres naturais mais recorrentes da Paraba, no perodo de 1991 a 2010 ------------------------------ --------------------------------- ----------------------- 49Grco 17 Municpios mais atingidos da Paraba, classicados pelo total de registros, no perodo de 1991 a 2010 ---------------------------------------------------------------------------------- 50

    Grco 18 Total de danos humanos no Estado da Paraba, perodo de 1991 a 2010 ------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- 50

    Grco 19- Comparativo de registros de ocorrncia de desastres entre as dcadas de 1990 e 2000 --------------------------------------------------------------------------------------------------- 57

    Grco 20- Total de registros coletados entre 1991 e 2010 ----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- 57

    LISTA DE INFOGRFICOS

    Infogrco 1- Municpios atingidos por estiagem e seca no Estado da Paraba, perodo de 1991 a 2010 --------------------------------- --------------------------------- ---------------------------- 27

    Infogrco 2- Municpios atingidos por inundao brusca no Estado da Paraba, perodo de 1991 a 2010 -------------------------------------------------------------------------------------------- 34

  • 5/24/2018 Atlas Paraiba

    8/58

    Infogrco 3- Municpios atingidos por inundao gradual no Estado da Paraba, perodo de 1991 a 2010 -------------------------------- --------------------------------- -------------------------- 40

    Infogrco 4- Municpios atingidos por vendaval no Estado da Paraba, perodo de 1991 a 2010 -------------------------------- --------------------------------- --------------------------------- ---- 44

    Infogrco 5- Municpios atingidos por eroso marinha no Estado da Paraba, perodo de 1991 a 2010 ------------------------ --------------------------------- --------------------------------- ---- 44

    LISTA DE MAPAS

    Mapa 1- Poltico do Estado da Paraba ---------------------------- --------------------------------- --------------------------------- -------------------------------- --------------------------------- ------ 16

    Mapa 2- Desastres naturais causados por estiagem e seca na Paraba, no perodo de 1991 a 2010 ------------------------------- --------------------------------- --------------------------------- ---- 24

    Mapa 3- Desastres naturais causados por inundao brusca na Paraba no perodo de 1991 a 2010 --------------------------------------------------------------------------------------------------- 32

    Mapa 4- Desastres naturais causados por inundao gradual na Paraba no perodo de 1991 a 2010 -------------------------------------------------------------------------------------------------- 38

    Mapa 5- Desastres naturais causados por vendaval e/ou ciclone, eroso marinha na Paraba perodo de 1991 a 2010 --------------------------------- -------------------------------- --------------- 42

    Mapa 6- Total de registros de desastres naturais por municpio da Paraba, no perodo de 1991 a 2010 ------------------------------- --------------------------------- ------------------------------- 48

    LISTA DE TABELAS

    Tabela 1- Classicao dos desastres naturais quanto origem----------------------------- --------------------------------- --------------------------------- -------------------------------- ----------- 12

    Tabela 2- Populao, taxa de crescimento, densidade demogrca e taxa de urbanizao, segundo Brasil, Estado da Paraba e as Grandes Regies do Brasil 2000/2010----------------------- 18

    Tabela 3- Populao, taxa de crescimento e taxa de populao urbana e rural, segundo Brasil, Regio Nordeste e Unidades da Federao 2000/2010 ----------------------- ------------------- 19

    Tabela 4- Produto Interno Bruto per Capita, segundo a Regio Nordeste e Unidades da Federao 2004/2008 -------------------------------- --------------------------------- -------------------- 20

    Tabela 5- Dcit Habitacional Urbano em relao aos domiclios particulares permanentes, segundo Brasil, Regio Nordeste e Unidades da Federao - 2008------------------------------ --- 20

    Tabela 6- Distribuio percentual do dcit habitacional urbano por faixas de renda mdia familiar mensal, segundo Regio Nordeste e Unidades da Federao - FJP/2008------------------20

    Tabela 7- Pessoas de 25 anos ou mais de idade, total e respectiva distribuio percentual, por grupos de anos de estudo - Brasil, Regio Nordeste e Estado da Paraba 2009---------------- 21

    Tabela 8- Taxas de fecundidade total, bruta de natalidade, bruta de mortalidade, de mortalidade infant il e esperana de vida ao nascer, por sexo - Bras il, Regio Nordeste e Unidades da Federao -- 21

    Tabela 9- Registros de desastres naturais por evento, nos municpios da Paraba, no perodo de 1991 a 2010 ---------------------------------------------------------------------------------------- 51

  • 5/24/2018 Atlas Paraiba

    9/58

    SUMRIO

    15

    23

    25

    31

    37

    INTRODUO

    O ESTADO DA PARABA

    DESASTRES NATURAIS NA PARABA DE 1991 A 2010

    ESTIAGEM E SECA

    INUNDAO BRUSCA

    INUNDAO GRADUAL

    VENDAVAL E/OU CICLONE, EROSO MARINHA 41

    DIAGNSTICO DOS DESASTRES NATURAIS NO ESTADO DA PARABA

    CONSIDERAES FINAIS

    47

    57

    11

  • 5/24/2018 Atlas Paraiba

    10/58

    Fonte:Secretaria de Turismo e Desenvolvimento Econmico da Paraba

  • 5/24/2018 Atlas Paraiba

    11/58

    11Atlas Brasileiro de Desastres Naturais | 1991 a 2010 | Volume Paraba

    INTRODUO

    INTRODUO

    No Brasil, as informaes ociais sobre um desastre

    podem ocorrer pela emisso de dois documentos distintos, no

    obrigatoriamente dependentes: o Formulrio de Noticao

    Preliminar de Desastre (NOPRED) e/ou o Formulrio de Avaliao

    de Danos (AVADAN). Quando um municpio encontra-se emsituao de emergncia ou calamidade pblica, um representante

    da Defesa Civil do municpio preenche o documento e o envia

    simultaneamente para a Coordenadoria Estadual de Defesa Civil

    e para a Secretaria Nacional de Defesa Civil.

    Aps a emisso de um dos dois documentos, ocorre

    a ocializao da ocorrncia do desastre por meio de um

    Decreto Municipal exarado pelo Prefeito. Quando no possvel

    preencher um dos dois documentos, o Prefeito Municipal pode

    ocializar a ocorrncia de um desastre diretamente pela emisso

    do Decreto.

    Em seguida, ocorre a homologao do Decreto pela

    divulgao de uma Portaria no Dirio Ocial da Unio, emitida

    pelo Secretrio Nacional de Defesa Civil ou Minist ro da Integrao

    Nacional, como forma de tornar pblica e reconhecida uma

    situao de emergncia ou um estado de calamidade pblica.

    A Figura 1 ilustra o processo de informaes para a ocializao

    de um registro de um desastre.

    Figura 1- Esquema do registro de desastres

    O Relatrio de Danos foi um documento para registro

    ocial utilizado pela Defesa Civil at meados de 1990, sendo

    substitudo, posteriormente, pelo AVADAN. Os documentos

    so armazenados em meio fsico, de responsabilidade das

    Coordenadorias Estaduais de Defesa Civil.

    A relevncia da pesquisa refere-se importncia que

    deve ser dada ao ato de registrar e armazenar, de forma precisa,integrada e sistemtica, os eventos adversos ocorridos no pas.

    At o momento da pesquisa, no foram evidenciados bancos de

    dados ou informaes sistematizadas sobre o contexto brasileiro

    de ocorrncias e controle de desastres no Brasil.

    Assim, a pesquisa justica-se pela construo pioneira

    do resgate histrico e ressalta a importncia dos registros pelos

    rgos federais, distrital, estaduais e municipais de Defesa Civil,

    para que estudos abrangentes e discusses sobre as causas e

    intensidade dos desastres possam contribuir para a construo

    de uma cultura de proteo civil.

    Levantamento de Dados

    Entre outubro de 2010 a maio de 2011, pesquisadores

    do CEPED UFSC visitaram as 26 capitais brasileiras para obter os

    documentos ociais de registros de desastres disponibilizados

    pelas Coordenadorias Estaduais de Defesa Civil. Os

    pesquisadores tambm foram Secretaria Nacional de Defesa

    Civil para coletar os registros arquivados. Primeiramente, todas

    as Coordenadorias Estaduais receberam um ofcio da Secretaria

    Nacional de Defesa Civil comunicando o incio da pesquisa e

    solicitando a cooperao no levantamento dos dados.

    Como na maioria dos Estados os registros so realizadosem meio fsico e arquivados, os pesquisadores utilizaram como

    equipamento de apoio um scanner porttil para transformar em

    meio digital os documentos disponibilizados. Foram digitalizados

    os documentos datados entre 1991 e 2010, possibilitando o

    resgate histrico dos ltimos 20 anos de registros de desastres

    no Brasil. Os documentos ociais encontrados consistem em

    relatrio de danos, AVADANs, NOPREDs, decretos e portarias.

    Como forma de minimizar as lacunas de informaes,

    foram coletados documentos em arquivos e banco de dados

    do Ministrio da Integrao Nacional e Secretaria Nacional de

    Defesa Civil, por meio de consulta de palavras-chave desastre,

    situao de emergncia e calamidade.

    Tratamento dos Dados

    Para compor a base de dados do Atlas Brasileiro de DesastresNaturais e a m de evitar a duplicidade de registros, os documentos

    foram selecionados de acordo com a escala de prioridade da Figura 2.

    Figura 2 Hierarquizao de Documentos

    Fonte: Prpria pesquisa, 2011.

    Fonte: Prpria pesquisa, 2011.

    Os documentos selecionados foram nomeados com

    base em um cdigo formado por 5 campos (Figura 3), que

    permitem a identicao da:

    1 Unidade Federativa

    2 Tipo do documento:

    A AVADANN NOPRED

    R Relatrio de danos

    P Portaria

    D Decreto municipal ou estadual

    O Outros documentos (tabelas, ofcios, etc.)3 Cdigo do municpio estabelecido pelo IBGE4 Codicao de desastres, ameaas e riscos (CODAR)5 Data de ocorrncia do desastre (ano/ms/dia).

    Quando no foi possvel identicar a data do evento, foiconsiderada a data do decreto de homologao ou elaboraodo relatrio.

  • 5/24/2018 Atlas Paraiba

    12/58

    12Atlas Brasileiro de Desastres Naturais | 1991 a 2010 | Volume Paraba

    INTRODUO

    Figura 3 - Codicao dos documentos ociais digitalizados

    Fonte:Prpria pesquisa, 2011.

    O Atlas Brasileiro de Desastres Naturais considera como

    fonte de informaes os documentos ociais relativos aos

    dezenove tipos de desastres naturais mencionados na Tabela 1,

    considerados os principais eventos incidentes no pas.

    Tabela 1- Classicao dos desastres naturais quanto origem

    A m de identicar discrepncias nas informaes, erros

    de digitao e demais falhas no processo de transferncia de

    dados, foram criados ltros de controle para vericao dos

    mesmos:

    1 - De acordo com a ordem de prioridade apresentada

    na Figura 2, os documentos referentes ao mesmo evento,

    emitidos com poucos dias de diferena, foram excludos paraevitar a duplicidade de registros;

    2 No caso de danos humanos, as discrepncias

    identicadas no foram consideradas.

    O levantamento de dados para o Estado da Paraba

    identicou 2.132 documentos, sendo:

    Quadro 1 Total de documentos levantados do Estado da Paraba

    A VA DA N NO PRED Rel at r io Dec reto P or ta ri a O ut ro s T ot al

    1652 31 0 0 449 0 2132

    Fonte:Documentos ociais do Estado da Paraba, 2011.

    Aps o processo de vericao de duplicidades, recortehistrico dos ltimos 20 anos (1991-2010) e seleo dos tipos de

    desastres considerados (Tabela 1) os documentos totalizaram

    1.866 registros de desastres, sendo:

    Quadro 2 Total de documentos considerados do Estado da Paraba

    Fonte:Documentos ociais do Estado da Paraba, 2011.

    No foram identicadas informaes discrepantes

    para o Estado da Paraba, assim no houve a necessidade de

    desconsiderar dados.

    Esses desastres foram classicados em treze grupos e, ao agrupar

    alguns deles, os registros foram somados. Foi considerada para

    este agrupamento a classicao quanto origem dos desastres

    determinada pela Codicao de Desastres, Ameaas e Riscos

    (CODAR), desenvolvida pela Defesa Civil Nacional.

    As informaes presentes nos documentos do banco de

    dados foram manualmente tabuladas em planilhas para permitira anlise e interpretao de forma integrada.

    O processo de validao dos documentos ociais foi

    realizado juntamente com as Coordenadorias Estaduais de

    Defesa Civil, por intermdio da Secretaria Nacional de Defesa

    Civil, com o objetivo de garantir a representatividade dos

    registros de cada Estado.

    1 2 3 4 5

    A VA DA N NO PRED Rel at r io Dec reto P or ta ri a O ut ro s T ot al

    1637 32 0 0 197 0 1866

    Fonte:Defesa Civil Nacional. Adpatado por CEPED UFSC, 2011.

  • 5/24/2018 Atlas Paraiba

    13/58

    13Atlas Brasileiro de Desastres Naturais | 1991 a 2010 | Volume Paraba

    INTRODUO

    Produo de Mapas Temticos

    Com o objetivo de possibilitar a anlise dos dados,

    foram desenvolvidos mapas temticos para espacializar e

    representar a ocorrncia dos eventos. Utilizou-se a base de

    dados georreferenciada do Instituto Brasileiro de Geograa e

    Estatstica (IBGE, 2005), como referncia para a produo dosmapas. Assim, os mapas que compem a anlise dos dados por

    Estado, so:

    Mapa Poltico do Estado;

    Mapas temticos para cada tipo de desastre;

    Mapa temtico com o total de registros no Estado.

    Anlise dos Dados

    A partir dos dados coletados para cada Estado, foram

    desenvolvidos mapas, grcos e tabelas que possibilitaram

    construir um panorama espao-temporal sobre a ocorrncia de

    desastres. Quando encontradas fontes tericas que permitissem

    caracterizar os aspectos geogrcos do Estado, como clima,

    vegetao e relevo, as anlises puderam ser complementadas.

    Os aspectos socioeconmicos do Estado tambm compuseram

    uma fonte de informaes sobre as caractersticas locais.

    A anlise consiste na breve caracterizao dos aspectos

    geogrcos do Estado, avaliao dos registros de desastres e

    avaliao dos danos humanos relativos s ocorrncias, com a

    utilizao de mapas e grcos para elucidar a informao. Assim,

    as informaes do Atlas so apresentadas em trs captulos:

    Captulo 1 Apresentao do Estado, mapa poltico,

    aspectos geogrcos e demogrcos;Captulo 2 Anlise dos desastres naturais do Estado

    entre 1991-2010, mapas temticos e anlise de cada desastre

    ocorrido, grcos relacionados aos registros de desastres e

    danos humanos;

    Captulo 3 Diagnstico dos desastres naturais no

    Estado, mapa temtico contendo todos os registros desastres

    ocorridos entre 1991-2010 e grcos de todos os desastres

    recorrentes.

    A anlise apresenta uma descrio do contexto onde os

    eventos ocorreram e permitem subsidiar os rgos competentes

    para aes de preveno e reconstruo. Assim, o Atlas

    Brasileiro de Desastres Naturais consiste em uma fonte para

    pesquisas e consultas, pois rene informaes sobre os eventos

    adversos registrados no territrio nacional o que contribui para

    a construo de conhecimento.

    Limitaes da pesquisa

    As principais diculdades encontradas na pesquisa,

    foram: as condies de acesso, as lacunas de informaes por

    mau preenchimento, banco de imagens e referencial terico

    para a caracterizao geogrca de cada Estado, alm da

    armazenagem inadequada dos formulrios, muitos guardados

    em locais sujeitos a fungos e umidade.

    Por meio da realizao da pesquisa, evidenciaram-se

    algumas fragilidades quanto ao processo de gerenciamento das

    informaes sobre os desastres brasileiros, como:

    A ausncia de unidades e campos

    padronizados para as informaes declaradas

    pelos documentos;

    Ausncia de sistema de coleta sistmica e

    armazenamento dos dados;

    Cuidado quanto ao registro e integridade

    histrica;

    Diculdades na interpretao do tipo de

    desastre pelos responsveis pela emisso dos

    documentos;

    Diculdades de consolidao, transparncia eacesso aos dados.

    Cabe ressaltar que o aumento do nmero de registros a

    cada ano pode estar relacionado evoluo dos rgos de Defesa

    Civil quanto ao registro de desastres nos documentos ociais.

    Assim, acredita-se que pode haver carncia de informaes sobre

    os desastres ocorridos no territrio nacional, principalmente entre

    1991 e 2001, perodo anterior ao formulrio AVADAN.

  • 5/24/2018 Atlas Paraiba

    14/58

  • 5/24/2018 Atlas Paraiba

    15/58

    O Estado da Paraba

    Fonte:Secretaria de Turismo e Desenvolvimento Econmico da Paraba

    O ESTADO DA PARABA

  • 5/24/2018 Atlas Paraiba

    16/58

    16Atlas Brasileiro de Desastres Naturais | 1991 a 2010 | Volume Paraba

    O ESTADO DA PARABA

    !

    !

    Sum

    Cuit

    Picu

    SousaPombal

    Monteiro

    Juru

    Patos

    PiancTapero

    Paulista

    Santa RitaPocinhos

    Ing

    Camala

    SapSoledade

    Cajazeiras

    Conceio

    Aguiar

    Rio Tinto

    Serra Branca

    Areia

    Carabas

    Gurjo

    Congo

    Boa VistaOlho D'gua

    Catingueira

    Aroeiras

    So Joo do Tigre

    Itaporanga

    Ibiara

    Manara

    Serid

    Alcantil

    Emas

    Coremas

    Boqueiro

    Juazeirinho

    So Mamede Santa Luzia

    Uirana

    Barra de Santa Rosa

    Olivedos

    Prata

    Queimadas Itatuba

    Mari

    Cabaceiras

    So Joo do Cariri

    Campina Grande

    Catol do Rocha

    Triunfo

    Imaculada

    Jacara

    Gurinhm

    Condado

    So Jos de Piranhas

    Araruna

    Araagi

    Santa Ins

    Jeric

    So Jos de Espinharas

    Tavares

    Barra de So Miguel

    Brejo do Cruz

    Lagoa

    Malta

    Solnea

    Diamante

    Mogeiro

    Vrzea

    Natuba

    Conde

    Igaracy

    Aparecida

    Belm doBrejo do Cruz

    Pedras de Fogo

    Mulungu

    Damio

    PrincesaIsabel

    Pedra Lavrada

    Itabaiana

    So Bento

    Livramento

    Bananeiras

    Pilar

    Santa Teresinha

    Parari

    Remgio

    Alagoa Grande

    Cajazeirinhas

    Cubati

    Nova Palmeira

    Barra de Santana

    Desterro

    Teixeira

    Alhandra

    Me D'gua

    Coxixola

    Mataraca

    Fagundes

    Santa Cruz

    FreiMartinho

    Santo Andr

    Pitimbu

    Sossgo

    Santana de Mangueira

    Caapor

    So Jos dos Cordeiros

    Santa Ceclia

    gua Branca

    Umbuzeiro

    Guarabira

    Caiara

    Lastro

    Salgadinho

    JooPessoa

    Dona Ins

    Santanados Garrotes

    Gado Bravo

    Zabel

    Arara

    Belm

    Amparo

    Santa Helena

    Esperana

    Casserengue

    Caturit

    Curral Velho

    So Bentinho

    Tenrio

    Vieirpolis

    Quixab

    Nazarezinho

    Bom Sucesso Riacho dos Cavalos

    Itapororoca

    Assuno

    Cacimbas

    Marcao

    Cacimba de Areia

    LucenaCapimSo Jos da Lagoa Tapada

    Riacho

    Piles

    Serraria

    Maturia

    Alagoa Nova

    Alagoinha

    Monte Horebe

    Pirpirituba

    Areial

    Cuitegi

    MamanguapeSo Joo doRio do Peixe

    So Sebastiodo Umbuzeiro

    PedraBranca

    Massaranduba

    Campode Santana

    Bonito deSanta F

    Ouro Velho

    BoaVentura

    Algodode Jandara

    Passagem

    Junco do Serid

    So Josdo Sabugi

    So Jos do

    Brejo do Cruz

    Salgado deSo Flix

    So Domingosdo Cariri

    Lagoa Seca

    So Josde Caiana

    Cruz doEsprito Santo

    Cacimbade Dentro

    Cachoeirados ndios

    Puxinan

    Santarm

    Poo Dantas

    Sobrado

    So Josde Princesa

    Juripiranga

    NovaOlinda

    So Josdo Bonfim

    So Francisco

    Baa da Traio

    MatoGrosso

    So Domingosde Pombal

    SerraGrande

    Barana

    PedroRgis

    Carrapateira

    JuarezTvora

    Curral de Cima

    Marizpolis

    Brejo dosSantos

    Areia deBaranas

    Lagoa deDentro

    Cuit deMamanguape

    So Josdos Ramos

    So Miguelde Taipu

    VistaSerrana

    BomJesus

    Bayeux

    Nova Floresta

    Matinhas

    Poo de Josde Moura

    Pilezinhos

    Riacho deSanto Antnio

    SerraRedonda

    CaldasBrando

    Logradouro

    BernardinoBatista

    Sertozinho

    Cabedelo

    Montadas

    Borborema

    Riachodo Poo

    Serra daRaiz Duas

    Estradas

    Riacho doBacamarte

    So Sebastiode Lagoade Roa

    BORBOREMA

    SERTAO PARAIBANO

    AGRESTE PARAIBANO

    MATA PARAIBANA

    P e r n a m b u c oP e r n a m b u c o

    C e a r C e a r

    R i o G r a n d e d o N o r t eR i o G r a n d e d o N o r t e

    B a h i aB a h i aA l a g o a sA l a g o a s

    35W

    35W

    36W

    36W

    37W

    37W

    38W

    38W

    39W

    39W

    6S 6S

    7S 7S

    8S 8S

    9S

    MAPA 1 - POLTICO DO ESTADO DA PARABA

    O

    CE

    AN

    O

    ATLN

    TIC

    O

    O

    CE

    AN

    O

    ATLNTIC

    O

    40W70W

    0

    30S

    MAPA DE LOCALIZAO DE PARABA NO BRASIL

    Convenes

    ! Capital

    Mesorregio

    Diviso Municipal

    Curso dgua

    1:75000000

    Projeo PolicnicaDatum: SIRGAS 2000Meridiano Central: 37 W. Gr.Paralelo de Referncia: 0

    Base cartogrfica digital: IBGE 2005.

    Dados de Desastres Naturais geradosa partir do levantamento do PlanejamentoNacional para Gesto do Risco - PNGRCEPED UFSC 2010/2011.

    Elaborado por Renato Zetehaku Araujo

    0 15 30 45 60 75 km

    1:1500000

    O ESTADO DA PARABA

  • 5/24/2018 Atlas Paraiba

    17/58

    17Atlas Brasileiro de Desastres Naturais | 1991 a 2010 | Volume Paraba

    O ESTADO DA PARABA

    Figura 4 - Lajeado de Pai Matheus, Boa Vista - Cabeceiras

    Fonte: Secretaria de Turismo e do Desenvolvimento Econmico da Paraba.

    rvore de porte mdio, troncos com dimetros pequenos,

    copas largas e irregulares. As espcies principais so o cajueiro,

    maaranduba e aroeira da praia.

    As espcies dessa formao vegetal apresentam

    algumas caractersticas essenciais para essa adaptao ao

    meio, por exemplo, razes suportes e respiratrias. Algumas

    espcies, como mangue vermelho, mangue de boto, manguebranco e siriba vivem obrigatoriamente no setor pantanoso,

    e outras, como a samambaia-assu e a guaxuma, ocorrem nos

    setores marginais de solos, com caractersticas mais estveis, s

    esporadicamente alcanados pelas mars.

    A regio da Zona da Mata corresponde vegetao da

    Mata Atlntica, a qual caracterizada por tabuleiros e as vrzeas

    que antes eram ocupados por essa vegetao, e atualmente so

    substitudas por monoculturas e por cidades. Essa vegetao

    recobria as vrzeas e tabuleiros, estando bastante alterada ou

    mesmo inexistente na maior parte do litoral devido expanso

    da monocultura canavieira.

    (BSh), caracterizado pela irregularidade de chuvas, em torno

    de 500 mm anuais, e temperaturas em torno de 26 C. Na

    mesorregio do Serto Paraibano, a temperatura ca em torno

    de 27 C. Denota-se na Paraba o clima quente semimido

    (Aw) com chuvas de vero, em torno de 800 mm anuais, com

    inuncia da massa de ar quente e mida advinda da regio

    amaznica.De acordo com o Atlas Geogrco da Paraba (PARABA,

    1985), a cobertura vegetal do Estado caracterizada por diversos

    padres morfolgicos que dependem da localizao geogrca

    e das condies climticas. A poro mais semirida se destaca

    pela presena de caatinga arbustiva densa ou aberta, que perde

    sua folhagem no perodo de estiagem, tornando a orescer no

    perodo chuvoso. Na regio leste, destaca-se a Mata Atlntica,

    vegetao litornea, matas ciliares, cerrados, alm da caatinga.

    No litoral paraibano, destaca-se a vegetao tpica

    das praias: pinheiro das praias, salsa da praia, coqueirais, entre

    outros. Em Cabedelo, h a mata de restinga. Nela encontramos

    O ESTADO DA PARABA

    Caracterizao Geogrca

    O Estado da Paraba localiza-se no Nordeste brasileiro,

    entre os paralelos 65S a 8S de latitude sul e entre os meridianos

    385W a 350000W de longitude oeste. Com uma reaterritorial de 56.469,466 km, corresponde a 3,12% da Regio

    Nordeste e 0,66% do Brasil.

    Limita-se ao norte, com o Estado do Rio Grande do

    Norte; ao sul, com o Estado do Pernambuco; a leste, com

    o Oceano Atlntico e a oeste, com o Estado do Cear. Vale

    evidenciar seus pontos extremos ao norte, na serra de Joo do

    Vale (municpio de Belm do Brejo da Cruz), ao sul, na serra do

    Pau DArco (municpio de So Joo do Tigre), a leste, na Ponta

    do Seixas (Joo Pessoa), e a oeste, na nascente do rio Pianc, no

    encontro da serra Pintada com a serra do Bong, na fronteira

    com o Estado do Cear, no municpio de Conceio.

    O Estado da Paraba apresenta 223 municpios, com

    capital em Joo Pessoa, e segmenta-se em quatro mesorregies:

    Mesorregio do Serto Paraibano, Mesorregio da Borborema,

    Mesorregio do Agreste Paraibano, e Mesorregio da Mata

    Paraibana, a qual corresponde ao litoral. Essas mesorregies

    foram estabelecidas com base na congurao espacial e no

    processo de povoamento do Estado, de paisagens distintas e

    caractersticas especiais que as diferem, conforme apresenta o

    Mapa 1(Poltico do Estado da Paraba).

    O clima no Estado se divide conforme a extenso

    territorial da Paraba, pois sofre inuncia da umidade do

    Oceano Atlntico, a leste, e ao mesmo tempo, congurado pelopolgono das secas, que o inuencia com altas temperaturas e

    baixa pluviosidade. De acordo com a classicao climtica de

    Kppen, do litoral at a regio da mata o clima congurado

    como do tipo tropical quente e mido (As), com chuvas de

    outono a inverno e as temperaturas so classicadas em mdia

    de 26C, e as mdias pluviomtricas desta regio chegam em

    torno de 1.800 mm. Em grande parte das mesorregies da

    Borborema e do Serto predomina o clima semirido quente

    O ESTADO DA PARABA

  • 5/24/2018 Atlas Paraiba

    18/58

    18Atlas Brasileiro de Desastres Naturais | 1991 a 2010 | Volume Paraba

    O ESTADO DA PARABA

    Reduzida a apenas 5% de sua rea primitiva do

    Estado a Mata Atlntica ainda resiste com algumas relquias,

    representada pela Mata do Buraquinho, Mata de Pacatuba,

    entre outras. Nessa vegetao, encontram-se rvores raras

    como o Pau-Brasil e o Jatob, copas largas, troncos com grande

    dimetro, folhas perenes, muitos cips, orqudeas e bromlias.

    O bioma do Cerrado um tipo de vegetao campestreque faz parte da congurao vegetal da Paraba, formado por

    rvores e arbustos distanciados entre si, com rvores tortuosas

    e gramneas (herbceo-arbustiva). Localizam-se nos baixos

    planaltos costeiros, onde predominam a mangaba, a lixeira, o

    caju e o batiput, entre outros.

    Na faixa de transio entre o clima tropical mido e o

    clima semirido, surge o agreste. Trata-se de uma vegetao

    intermediria entre a caatinga e a oresta, com espcies das duas

    formaes. Na vegetao da caatinga com espcies de mata

    atlntica e vegetao de transio, observa-se a presena de

    plantas tanto dos tabuleiros quanto dos sertes. Sua vegetao

    constituda por espcies da oresta tropical e caatinga (cactos,pequenas rvores e arbustos) que se misturam.

    A formao do Agreste tambm vai ocorrer em faixas

    entre o brejo mido e o Cariri semirido, ou seja, em rea de

    transio climtica. Algumas espcies que no ocorrem ou

    so raras na depresso aparecem no chamado Agreste da

    Borborema, como umbuzeiro, catingueira, aroeira, facheiro, etc.

    Compreende alguns municpios como Areial, Campina Grande,

    Esperana e outros.

    A rea de domnio do clima semirido corresponde

    vegetao da caatinga, isto , no Serto, Cariri, Curimata, Serid,

    recobrindo em 65% o territrio. Tal vegetao apresentadapor xerlas, cactceas, caduciflias e aciculifoliadas. Pode ser

    dividida em hiperxerla reas mais secas como Cariri, Serid

    e Curimata - ou hipoxerla nas proximidades do Agreste e no

    Serto. Algumas espcies so: xiquexique, mandacaru, macambira,

    baranas, aroeira, angico, umbuzeiro, juazeiros e outros.

    Grande parte da vegetao da caatinga foi degradada

    ao longo do tempo, para a ocupao do solo com o algodo,

    milho e ainda com o pasto, para a criao do gado, principal

    atividade econmica. Podemos encontrar a caatinga nos Cariris,

    Curimata, no Serid e no Serto da Paraba.

    Por m, apresenta-se no Estado da Paraba a matasubcaduciflia de transio e a mata latifoliada pereniflia de

    altitude (Mata do Brejo). A primeira se situa a ocidente das Matas

    midas. Pode ser descrita como uma mata acarrascada, onde

    parte das espcies perdem folhas na estiagem. Apresenta porte

    baixo e dimetro das rvores medocres. Em graus diferentes,

    essa formao pode ser encontrada no lado ocidental de Joo

    Pessoa como tambm entre a Mata do Brejo e o Agreste da

    Borborema. A segunda bem caracterizada pela formao na

    Zona do Brejo paraibano. uma formao arbrea de grande

    porte, densa, com um nmero grande de palmeiras.

    A contnua derrubada dessa mata tem ampliado area de expanso das chamadas caatingas brejadas, tpicas

    do contato entre a zona mida do brejo e reas mais secas,

    caracterizadas pela interpenetrao das oras da mata mida e

    da caatinga.

    Paraba possui uma faixa costeira de 133 km de extenso,

    formada por tabuleiros arenticos e plancies litorneas como

    principais formas de relevo. O relevo apresenta-se de uma forma

    geral bastante diversicado, constituindo-se por formas de relevo

    diferentes, onde foram trabalhadas por diferentes processos

    climatolgicos, formando distintas rochas. A topograa assume

    papel importante, com interferncia de forma signicativa noclima, o que de certa forma tem atuado nas ocorrncias de

    diversicaes climticas existentes no Estado.

    Desse modo, a geomorfologia da Paraba dividida

    em dois grupos compreendidos pelos tipos climticos mais

    signicativos do Estado: mido, submido e semirido. So

    eles: o Setor Oriental mido e Submido, e o Setor Ocidental

    Submido e Semirido, tendo como linha divisria a Frente

    Oriental do Macio da Borborema (PARABA , 1985).

    O Setor Oriental mido e Submido caracterizado

    por reas sedimentares marinhas e uviomarinhas as quais

    compreendem as formaes Recifais, e a baixada litornea.As formaes recifais aparecem na subzona martima, sendo

    comuns na costa paraibana, com bons exemplos nas praias

    de Tamba, Bessa, Cabedelo, Barra de Mamanguape e Baa da

    Traio.

    A baixada litornea compreende os terrenos planos,

    constitudos por sedimentos recentes, que ocupam as cotas mais

    baixas da orla martima e adjacncias. Fazem parte desta unidade

    de relevo os seguintes elementos: terraos de acumulao

    Tabela 2 Populao, taxa de crescimento, densidade demogrca e taxa de urbanizao, segundo Brasil, Estado da Paraba e as Grandes Regies do Brasil 2000/2010

    Grandes Regies Populao em 2000 Populao em 2010

    Taxa de

    Crescimento

    2000 a 2010

    Densidade

    Demogrfica

    (hab/km) 2010

    Taxa de Pop.

    Urbana - 2010

    BRASIL 169.799.170 190.732.694 12,33% 22,43 84,36%

    Regio Norte 12.900.704 15.865.678 22,98% 4,13 73,53%

    Regio Nordeste 47.741.711 53.078.137 11,18% 34,15 73,13%

    Paraba 3.443.825 3.766.834 9,38% 66,78 75,37%

    Regio Sudeste 72.412.411 80.353.724 10,97% 86,92 92,95%

    Regio Sul 25.107.616 27.384.815 9,07% 48,58 84,93%

    Regio Centro-Oeste 11.636.728 14.050.340 20,74% 8,75 88,81%

    Fonte:Censo Demogrco de 2000 e 2010 (IBGE, 2010)

    19O ESTADO DA PARABA

  • 5/24/2018 Atlas Paraiba

    19/58

    19Atlas Brasileiro de Desastres Naturais | 1991 a 2010 | Volume Paraba

    O ESTADO DA PARABA

    Tabela 3 Populao, taxa de crescimento e taxa de populao urbana e rural, segundo Brasil, Regio Nordeste e Unidades da Federao 2000/2010

    Abrangncia Geogrfica Populao em 2000 Populao em 2010

    Densidade

    Demogrfica

    (2010) (Hab/km)

    Taxa de

    Crescimento

    2000-2010

    Taxa de Pop.

    Urbana 2010

    BRASIL 169.799.170 190.732.694 22,4 12,33% 84,36%

    Regio Nordeste 47.741.711 53.078.137 34,2 11,18% 73,13%

    Maranho 5.651.475 6.569.683 19,28 16,25% 63,07%

    Piau 2.843.278 3.119.015 12,54 9,70% 65,77%Cear 7.430.661 8.448.055 57,40 13,69% 75,09%

    Rio Grande do Norte 2.776.782 3.168.133 59,43 14,09% 77,82%

    Paraba 3.443.825 3.766.834 66,78 9,38% 75,37%

    Pernambuco 7.918.344 8.796.032 89,60 11,08% 80,15%

    Alagoas 2.822.621 3.120.922 113,72 10,57% 73,64%

    Sergipe 1.784.475 2.068.031 92,22 15,89% 73,51%

    Bahia 13.070.250 14.021.432 25,94 7,28% 72,07%

    Fonte:Censo Demogrco de 2000 e 2010 (IBGE, 2010).

    marinha, restingas, dunas, formas lacustres, mangues e vrzeas

    (PARABA, 2006). Na baixada litornea, o trabalho do mar e dos

    rios durante o Quaternrio deu origem s praias, s restingas e

    aos esturios.

    Ainda sobre esse grupo destacam-se as reas

    sedimentares continentais a qual compreendem o Baixo

    Planalto Costeiro, uma superfcie preservada e dissecada, colinasresiduais e falsias, e as Chapadas e Plancies Aluviais que se

    elevam de 500 a 600 metros, constituindo formas modeladas

    em terrenos sedimentares de origem continental que aparecem

    neste setor. Por m, as reas Cristalinas que compreendem a

    Depresso Sublitornea, os Espores do Macio da Borborema

    e as Escarpas Orientais do Macio da Borborema.

    Sequencialmente, apresenta-se o Setor Ocidental

    Submido e Semirido caracterizados por reas Cristalinas que

    compreendem a Superfcie Aplainada do Macio da Borborema,

    Macios Residuais: Serras e Inselbergs, a Depresso Tectnica

    do Curimata e o Pediplano Sertanejo, inserido na Mesorregio

    do Serto Paraibano. As reas Sedimentares Continentais destesetor correspondem s Chapadas e Depresso do rio do Peixe.

    Dados Demogrcos

    A Regio Nordeste do Brasil possui uma densidade

    demogrca de 34,15 hab/km, a terceira menor do Brasil. E

    tambm possui a terceira menor taxa de crescimento do pas,

    com 11,18%, no perodo de 2000 a 2010. J o Estado da Paraba

    apresenta uma populao de 3.766.834 habitantes e densidade

    demogrca de 66,78 hab/Km (Tabela 2).

    A populao paraibana , em sua maioria, urbana, com

    uma taxa de 75,37%, a terceira maior entre os estados da regio.

    A caracterstica de maior populao urbana encontrada

    tambm na Regio Nordeste, com 73,13%, a menor do pas, eBrasil, com 84,3% (Tabelas 2e 3).

    Produto Interno Bruto

    O PIB1per capita do Estado da Paraba, segundo dados

    da Tabela 4, cresceu em mdia 63%, entre 2004 a 2008, acima

    das mdias da Regio Nordeste, em torno de 53%, e do Brasil,

    em torno de 50%.

    No ano de 2008, era de R$ 6.865,98, menor que a mdia

    regional R$ 7.487,55 e da mdia nacional R$15.989,75. O

    PIB per capita do Estado esteve entre os menores dos estados

    PIB Produto Interno Bruto : o total dos bens e servios produzidos pelas unidades produ-toras residentes destinadas ao consumo nal sendo, portanto, equivalente soma dos valoresadicionados pelas diversas atividades econmicas acrescida dos impostos sobre produtos. O PIBtambm equivalente soma dos consumos nais de bens e servios valorados a preo de mer-cado sendo, tambm, equivalente soma das rendas primrias. Pode, portanto, ser expresso portrs ticas: a) da produo o PIB igual ao valor bruto da produo, a preos bsicos, menos oconsumo intermedirio, a preos de consumidor, mais os impostos, lquidos de subsdios, sobreprodutos; b) da demanda o PIB igual a despesa de consumo das famlias, mais o consumodo governo, mais o consumo das instituies sem ns de lucro a servio das famlias (consumonal), mais a formao bruta de capital xo, mais a variao de estoques,mais as exportaes debens e servios, menos as importaes de bens e servios; c) da renda o PIB igual remu-nerao dos empregados, mais o total dos impostos, lquidos de subsdios, sobre a produo ea importao, mais o rendimento misto bruto, mais o excedente operacional bruto. IBGE / 2008.

    da Regio Nordeste, abaixo de Sergipe, Bahia, Rio Grande do

    Norte, Pernambuco, Cear (Tabela 4).

    Indicadores Sociais Bsicos

    Dcit Habitacional no Brasil2

    No Brasil, em 2008, o dcit habitacional urbano, que

    engloba as moradias sem condies de serem habitadas, em

    razo da precariedade das construes ou do desgaste da

    estrutura fsica, correspondeu a 5.546.310 de domiclios, dos

    quais 4.629.832 esto localizados nas reas urbanas. Em relao

    ao estoque de domiclios particulares permanentes do pas,

    o dcit corresponde a 9,6%. No Estado da Paraba, o dcit

    habitacional, em 2008, foi de 104.699 domiclios, dos quais

    87.746 localizados nas reas urbanas e 16.953 nas reas rurais

    (Tabela 5).

    Em relao ao estoque de domiclios particulares

    permanente do Estado da Paraba, o dcit corresponde a

    9,6%. Se comparados aos percentuais de domiclios particulares

    o segundo mais baixo entre os estados da regio, sendo o

    mesmo percentual que o nacional, e abaixo do regional, 13,00%,

    conforme a Tabela 5.

    2Dcit Habitacional: o conceito de dcit habitacional utilizado est ligado diretamente sdecincias do estoque de moradias. Inclui ainda a necessidade de incremento do estoque, emfuno da coabitao familiar forada (famlias que pretendem constituir um domicilio unifami-liar), dos moradores de baixa renda com diculdade de pagar aluguel e dos que vivem em casase apartamentos alugados com grande densidade. Inclui-se ainda nessa rubrica a moradia emimveis e locais com ns no residenciais. O dcit habitacional pode ser entendido, portanto,como dcit por reposio de estoque e dcit por incremento de estoque. O conceito de do-miclios improvisadosengloba todos os locais e imveis sem ns residenciais e lugares queservem como moradia alternativa (imveis comerciais, embaixo de pontes e viadutos, carcaasde carros abandonados e barcos e cavernas, entre outros), o que i ndica claramente a carncia denovas unidades domiciliares. Fonte: Fundao Joo Pinheiro/ Dcit Habitacional no Brasil/2008.

    20 O ESTADO DA PARABA

  • 5/24/2018 Atlas Paraiba

    20/58

    20Atlas Brasileiro de Desastres Naturais | 1991 a 2010 | Volume Paraba

    O ESTADO DA PARABA

    Dcit habitacional urbano em 2008, segundo faixas de

    renda familiar em salrios mnimos

    A anlise dos dados refere-se faixa de renda mdia

    familiar mensal em termos de salrios mnimos sobre o dcit

    habitacional. O objetivo destacar os domiclios urbanos

    precrios e sua faixa de renda, alvo preferencial de polticas

    pblicas que visem melhoria das condies de vida da

    populao mais vulnervel.

    No Estado da Paraba, as desigualdades sociais esto

    expressas pelos indicadores do dcit habitacional, segundo

    faixa de renda. Os dados mostram que a renda familiar mensal

    das famlias extremamente baixa, em que 97,7% recebem

    renda mensal de at 3 salrios mnimos. Na Regio Nordeste,representa 95,6%, enquanto a mdia no Brasil de 89,6% das

    famlias (Tabela 6).

    Escolaridade

    A mdia de anos de estudo do segmento etrio que

    compreende as pessoas acima de 25 anos ou mais de idade

    revela a escolaridade de uma sociedade, segundo IBGE (2010).

    O indicador de escolaridade no Estado da Paraba

    pode ser visto pelo percentual de analfabetos (26,3%), que

    indica ser o segundo maior com relao aos outros estados daregio, s abaixo do Piau, com 29,1%. Somado ao percentual

    de analfabetos funcionais (14,5%), ou seja, pessoas com at 3

    anos de estudos, e os de baixa escolaridade (21,6%), compem

    um indicador formado pelos sem escolaridade, com muito

    baixa e baixa escolaridade, que, na soma, corresponde a

    62,4% da populao acima de 25 anos (Tabela 7).

    Esperana de Vida ao Nascer3

    No Estado da Paraba, o indicador de esperana de vida

    69,75 anos est abaixo da mdia nacional 73,1 anos e da

    regional 70,4 anos e est entre os mais baixos dos estados daregio. O indicador taxa de fecundidade 2,24% - est acima do

    regional 2,04% - e do nacional 1,94 e o terceiro maior entre

    os estados da regio, abaixo do Maranho 2,31% e Alagoas

    Tabela 4 Produto Interno Bruto per Capita, segundo a Regio Nordeste e Unidades da Federao 2004/2008

    2004 2005 2006 2007 2008Taxa de

    Variao

    2004 2008BRASIL 10.692,19 11.658,12 12.686,60 14.464,73 15.989,75 50,00%

    Regio Nordeste 4.889,99 5.498,83 6.028,09 6.748,81 7.487,55 53,00%

    Maranho 3.587,90 4.509,51 4.627,71 5.165,23 6.103,66 70,00%Piau 3.297,24 3.701,24 4.211,87 4.661,56 5.372,56 63,00%

    Cear 4.621,82 5.055,43 5.634,97 6.149,03 7.111,85 54,00%

    Rio Grande do Norte 5.259,92 5.950,38 6.753,04 7.607,01 8.202,81 56,00%

    Paraba 4.209,90 4.691,09 5.506,52 6.097,04 6.865,98 63,00%

    Pernambuco 5.287,29 5.933,46 6.526,63 7.336,78 8.064,95 49,00%

    Alagoas 4.324,35 4.688,25 5.162,19 5.858,37 6.227,50 44,00%

    Sergipe 6.289,39 6.823,61 7.559,35 8.711,70 9.778,96 55,00%

    Bahia 5.780,06 6.581,04 6.918,97 7.787,40 8.378,41 45,00%

    PIB PER CAPITA EM R$

    Abrangncia Geogrfica

    Fonte:IBGE, 2004/2008.

    Tabela 5 Dcit Habitacional Urbano em relao aos domiclios particularespermanentes, segundo Brasil, Regio Nordeste e Unidades da Federao - 2008

    Brasil 5.546.310 4.629.832 916.478 9,60%

    Nordeste 1.946.735 1.305.628 641.107 13,00%

    Maranho 434.750 204.632 230.118 26,90%

    Piau 124 .047 71.358 52.689 14,20%

    Ce ar 276 .915 186 .670 90.245 11,70%

    Rio Grande do

    Norte104.190 78.261 25.929 11,70%

    Paraba 104.699 87.746 16.953 9,60%

    Pernambuco 263 .958 214 .182 49.776 10,60%

    Alagoas 85.780 63.353 22.427 9,70%

    Sergipe 66.492 57.606 8.886 11,70%

    Bahia 485.904 34.820 144.084 11,50%

    Abrangncia

    Geogrfica

    Dficit Habitacional - Valores Absolutos 2008

    Total Urbano Rural

    Percentual em

    Relao aos

    Domiclios

    ParticularesPermanentes

    Fonte:Dcit Habitacional no Brasil 2008 (BRASIL, 2008, p.31)

    3No Brasil, o aumento de esperana de vida ao nascer, em combinao com a queda do nvel geralde fecundidade, resulta no aumento absoluto e relativo da populao idosa. A taxa de fecundidadetotal corresponde ao nmero mdio de lhos que uma mulher teria no nal do seu perodo frtil.Essa taxa, no Brasil, vem diminuindo nas ltimas dcadas, e sua reduo reete a mudana quevem ocorrendo no processo de urbanizao e na entrada da mulher no mercado de trabalho.

    Tabela 6 Distribuio percentual do Dcit Habitacional Urbano porFaixas de Renda Mdia Familiar Mensal, Segundo Regio Nordeste e Uni-dades da Federao - FJP/2008

    At 3 3 a 5 5 a 10Mais de

    10Total

    Brasil 89,60% 7,00% 2,80% 0,60% 100%

    Nordeste 95,60% 2,80% 1,20% 0,40% 100%

    Maranho 95,30% 3 ,40% 1,30% - 100%

    Piau 91,50% 5,40% 3,10% - 100%

    Cear 95,60% 2 ,60% 1,40% 0 ,40% 100%

    Rio Grande do

    Norte91,00% 3,60% 4,20% 1,20% 100%

    Paraba 97,70% 1,10% 0,60% 0,60% 100%

    Pernambuco 97,50% 2 ,00% 0,40% 0 ,10% 100%

    Alagoas 98,20% 0,90% - 0,90% 100%

    Sergipe 98,30% 0 ,60% 1,20% - 100%

    Bahia 94,90% 3,50% 1,00% 0,60% 100%

    Abrangncia

    Geogrfica

    Faixas de Renda Mdia Familiar Mensal

    (Em Salrio Mnimo)

    Fonte: Dcit Habitacional no Brasil 2008 (BRASIL, 2008).

    21O ESTADO DA PARABA

  • 5/24/2018 Atlas Paraiba

    21/58

    21Atlas Brasileiro de Desastres Naturais | 1991 a 2010 | Volume Paraba

    O ESTADO DA PARABA

    Tabela 7 Pessoas de 25 anos ou mais de idade, total e respectiva distri-buio percentual, por grupos de anos de estudo - Brasil, Regio Nordeste eEstado da Bahia 2009

    Brasil 111.952 12,90% 11,80% 24,80%

    Nordeste 29.205 23,20% 14,90% 22,20%

    Maranho 3 .236 23,90% 15, 90% 21,60%

    Piau 1.745 29,10% 1 6,80% 20,40%

    Cear 4.590 23,20% 1 4,40% 21,20%

    Rio Grande do

    Norte1.745 19,20% 15,30% 24,70%

    Paraba 2.108 26,30% 14,50% 21,60%

    Pernambuco 4.894 20,80% 13,20% 23,30%Alagoas 1.646 27,20% 18,70% 23,20%

    Sergipe 1 .096 19,30% 15,50% 21,40%

    Bahia 8.115 22,90% 14,80% 22,10%

    Total (1000

    pessoas)

    Sem

    Instruo e

    Menos de 1

    ano de

    Estudo

    1 a 3 anos 4 a 7 anos

    AbrangnciaGeogrfica

    Pessoas de 25 anos ou mais de idade

    Distribuio percentual, por grupos de

    anos de estudo

    Fonte: Pesquisa Nacional por Amostra de Domiclios (IBGE, 2009a).

    Tabela 8 Taxas de fecundidade total, bruta de natalidade, bruta de mortalidade, de mortalidade infantil e esperana de vida ao nascer, por sexo - Brasil,Regio Nordeste e Unidades

    Total Homens MulheresBRASIL 1,94% 15,77% 6,27% 22,50% 73,10 69,40 77,00

    Regio Nordeste 2,04% 18,91% 6,56% 33,20% 70,40 66,90 74,10

    Maranho 2,31% 20,56% 6,45% 36,50% 68,44 64,59 72,48

    Piau 2,05% 19,92% 6,26% 26,20% 69,68 66,67 72,84

    Cear 2,14% 17,96% 6,41% 27,60% 70,95 66,75 75,37

    Rio Grande do Norte 2,10% 17,98% 6,48% 32,20% 71,12 67,34 75,08

    Paraba 2,24% 14,76% 7,29% 35,20% 69,75 66,33 73,34

    Pernambuco 2,05% 17,42% 7,33% 35,70% 69,06 65,65 72,65

    Alagoas 2,29% 23,18% 7,00% 46,40% 67,59 63,69 71,69

    Sergipe 1,83% 20,42% 5,90% 31,40% 71,59 68,27 75,07

    Bahia 1,87% 18,81% 6,11% 31,40% 72,55 69,35 75,91

    Taxa Bruta

    de

    Mortalidade

    Taxa de

    Mortalidade

    Infantil

    Abrangncia GeogrficaEsperana de Vida ao Nascer

    Taxa de

    Fecundidade

    Total

    Taxa Bruta

    de

    Natalidade

    Fonte: IBGE, Sntese dos Indicadores Sociais 2009.

    2,29%. O indicador taxa bruta de natalidade 14,76% - est abaixo

    do regional 18,91% - e do nacional 15,77% - o mais baixo

    entre os estados da regio. O indicador taxa bruta de mortalidade

    7,29% - est acima do regional 6,56% - e do nacional 6,27%.

    O indicador taxa de mortalidade infantil 35,2% - est abaixo da

    mdia regional 33,20% - mas acima da mdia nacional 22,5%

    (Tabela 8).De maneira geral, o Estado da Paraba apresenta um

    quadro de indicadores demogrco, econmico e social muito

    precrio, se comparado aos da Regio Nordeste e do Brasil como

    um todo.

    REFERNCIAS

    BRAGA, C. C.; MELO, M. L. D.; AZEVEDO, F. G. B. Estudo do ndicede vegetao no leste da Paraba usando satlites meteorolgicos.In: CONGRESSO BRASILEIRO DE METEOROLOGIA, 11, 2000, Rio deJaneiro. Anais... Rio de Janeiro: CBMET, 2000. Disponvel em: . Acesso em: 07 nov. 2011.

    BRASIL. Ministrio das Cidades. Secretaria Nacional de Habitao.Dcit habitacional no Brasil 2008. Braslia: Fundao JooPinheiro, Centro de Estatstica e Informaes. 2008. 129p. (ProjetoPNUD-BRA-00/019 Habitar Brasil BID). Disponvel em:

    . Acesso em: 19 de set. 2011.

    IBGE - INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATSTICA.Contas regionais do Brasil 2004 - 2008. Tabela 4 - ProdutoInterno Bruto a preos de mercado per capita , segundo GrandesRegies e Unidades da Federao - 2003-2007. 2008. Disponvelem: . Acesso em 19 de set.2011.

    IBGE - INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATSTICA.Pesquisa nacional por amostra de domiclios 2009. 2009a.Disponvel em: . Acesso em: 05 set. 2011.

    IBGE - INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATSTICA.Sinopse do Censo Demogrco 2010. 2010. Disponvel em:. Acesso em: 05 set. 2011.

    IBGE - INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATSTICA.

    Sntese de indicadores sociais: uma anlise das condiesde vida da populao brasileira. Rio de Janeiro: IBGE, 2009b.(Estudos e Pesquisas: Informao Demogrca e Socioeconmica,26). Disponvel em: . Acesso em: 10 set.2011.

    PARABA, Governo do Estado. Atlas do Estado da Paraba. EditoraGrafset, Joo Pessoa: 1985 p 99.

  • 5/24/2018 Atlas Paraiba

    22/58

  • 5/24/2018 Atlas Paraiba

    23/58

    Fonte: Banco de Imagens da Studio Digital.

    Desastres Naturais na

    Paraba de 1991 a 2010

    Fonte: Banco de Imagens da Studio Digital.

    Fonte: Acervo da Coordenadoria Estadual de Defesa Civil de Pernambuco. Fonte: Acervo da Coordenadoria Estadual de Defesa Civil de Pernambuco.

    24 ESTIAGEM E SECA

  • 5/24/2018 Atlas Paraiba

    24/58

    24Atlas Brasileiro de Desastres Naturais | 1991 a 2010 | Volume Paraba

    C e a r C e a r

    Sum

    Cuit

    Picu

    Sousa

    Pombal

    Monteiro

    Juru

    Patos

    PiancTapero

    Paulista

    Santa RitaPocinhos

    Ing

    Camala

    SapSoledade

    Cajazeiras

    Conceio

    Aguiar

    Rio Tinto

    Serra Branca

    Areia

    Carabas

    Gurjo

    Congo

    Boa VistaOlho D'gua

    Catingueira

    Aroeiras

    So Joo do Tigre

    Itaporanga

    Ibiara

    Manara

    Serid

    Alcantil

    Emas

    Coremas

    Boqueiro

    Juazeirinho

    So Mamede Santa Luzia

    Uirana

    Barra de Santa Rosa

    Olivedos

    Prata

    Queimadas Itatuba

    Mari

    Cabaceiras

    So Joo do Cariri

    Campina Grande

    Catol do Rocha

    Triunfo

    Imaculada

    Jacara

    Gurinhm

    Condado

    So Jos de Piranhas

    Araruna

    Araagi

    Santa Ins

    Jeric

    So Jos de Espinharas

    Tavares

    Barra de So Miguel

    Brejo do Cruz

    Lagoa

    Malta

    Solnea

    Diamante

    Mogeiro

    Vrzea

    Natuba

    Igaracy

    Aparecida

    Belm doBrejo do Cruz

    Pedras de Fogo

    Mulungu

    Damio

    PrincesaIsabel

    Pedra Lavrada

    Itabaiana

    So Bento

    Livramento

    Bananeiras

    Pilar

    Santa Teresinha

    Parari

    Remgio

    Alagoa Grande

    Cajazeirinhas

    Cubati

    Nova Palmeira

    Barra de Santana

    Desterro

    TeixeiraMe D'gua

    Coxixola

    Fagundes

    Santa Cruz

    FreiMartinho

    Santo Andr

    Sossgo

    Santana de Mangueira

    So Jos dosCordeiros

    Santa Ceclia

    gua Branca

    Umbuzeiro

    Guarabira

    Caiara

    Lastro

    Salgadinho

    Dona Ins

    SantanadosGarrotes

    Gado Bravo

    Zabel

    Arara

    Belm

    Amparo

    Santa Helena

    Esperana

    Casserengue

    Caturit

    Curral Velho

    So Bentinho

    Tenrio

    Vieirpolis

    Quixab

    Nazarezinho

    Bom SucessoRiacho dosCavalos

    Assuno

    Cacimbas

    Cacimba de Areia

    So Jos da Lagoa Tapada

    Riacho

    Piles

    Serraria

    Maturia

    Alagoa Nova

    Alagoinha

    Monte Horebe

    Pirpirituba

    Areial

    Cuitegi

    MamanguapeSo Joo doRio do Peixe

    So Sebastiodo Umbuzeiro

    PedraBranca

    Massaranduba

    Campode Santana

    Bonito deSanta F

    Ouro Velho

    BoaVentura

    Algodode Jandara

    Passagem

    Junco do Serid

    So Josdo Sabugi

    So Jos doBrejo do Cruz

    Salgado deSo Flix

    So Domingosdo Cariri

    Lagoa Seca

    So Josde Caiana

    Cruz doEsprito Santo

    Cacimbade Dentro

    Cachoeiradosndios

    Puxinan

    Santarm

    Poo Dantas

    Sobrado

    So Josde Princesa

    Juripiranga

    NovaOlinda

    So Josdo Bonfim

    So Francisco

    MatoGrosso

    So Domingosde Pombal

    SerraGrande

    Barana

    PedroRgis

    Carrapateira

    JuarezTvora

    Marizpolis

    Brejo dosSantos

    Areia deBaranas

    Lagoa deDentro

    Cuit deMamanguape

    So Josdos Ramos

    So Miguelde Taipu

    VistaSerrana

    BomJesus

    Nova Floresta

    Matinhas

    Poo de Josde Moura

    Pilezinhos

    Riacho deSanto Antnio

    SerraRedonda

    CaldasBrando

    Logradouro

    BernardinoBatista

    Sertozinho

    Montadas

    Borborema

    Riachodo Poo

    Serra daRaiz Duas

    Estradas

    Riacho doBacamarte

    So Sebastiode Lagoade Roa

    P e r n a m b u c oP e r n a m b u c o

    R i o G r a n d e d o N o r t eR i o G r a n d e d o N o r t e

    35W

    35W

    36W

    36W

    37W

    37W

    38W

    38W

    39W

    39W

    6S 6S

    7S 7S

    8S 8S

    MAPA 2 - DESASTRES NATURAIS CAUSADOS POR ESTIAGEM ESECA NA PARABA NO PERODO DE 1991 A 2010

    O

    CEANO

    ATLNTIC

    O

    O

    CEAN

    O

    ATLNTIC

    O

    Convenes

    Mesorregio

    Diviso Municipal

    Curso dgua

    Projeo PolicnicaDatum: SIRGAS 2000Meridiano Central: 37 W. Gr.Paralelo de Referncia: 0

    Base cartogrfica digital: IBGE 2005.

    Dados de Desastres Naturais geradosa partir do levantamento do PlanejamentoNacional para Gesto do Risco - PNGRCEPED UFSC 2010/2011.

    Elaborado por Renato Zetehaku Araujo

    Nmero deregistros

    1 - 3

    4 - 6

    7 - 9

    10 - 12

    13 - 16

    0 15 30 45 60 75 km

    1:1500000

    25ESTIAGEM E SECA

  • 5/24/2018 Atlas Paraiba

    25/58

    25Atlas Brasileiro de Desastres Naturais | 1991 a 2010 | Volume Paraba

    DESASTRES NATURAIS NA PARABA DE 1991 A2010

    ESTIAGEM E SECA

    Os desastres relativos aos fenmenos de estiagens e

    secas compem o grupo de desastres naturais relacionados intensa reduo das precipitaes hdricas.

    O conceito de estiagem est diretamente vinculado

    reduo das precipitaes pluviomtricas, ao atraso dos

    perodos chuvosos ou ausncia de chuvas previstas para

    uma determinada temporada, em que a perda de umidade

    do solo superior a sua reposio (CASTRO, 2003). A reduo

    das precipitaes pluviomtricas relaciona-se com a dinmica

    atmosfrica global, que comanda as variveis climatolgicas

    relativas aos ndices de precipitao pluviomtrica.

    O fenmeno estiagem considerado existente quando

    h um atraso superior a quinze dias do incio da temporada

    chuvosa e quando as mdias de precipitao pluviomtricasmensais dos meses chuvosos permanecem inferiores a 60%

    das mdias mensais de longo perodo, da regio considerada

    (CASTRO, 2003).

    A estiagem um dos desastres de maior ocorrncia e

    impacto no mundo, devido, principalmente, ao longo perodo

    em que ocorre e a abrangncia de grandes reas atingidas

    (GONALVES; MOLLERI; RUDORFF, 2006). Assim, a estiagem,

    enquanto desastre, produz reexos sobre as reservas hidrolgicas

    locais, causando prejuzos agricultura e pecuria. Dependendo

    do tamanho da cultura realizada, da necessidade de irrigao

    e da importncia desta na economia no municpio, os danospodem apresentar magnitudes economicamente catastrcas.

    Seus impactos na sociedade, portanto, resultam da relao entre

    eventos naturais e as atividades socioeconmicas desenvolvidas

    na regio, por isso a intensidade dos danos gerados proporcional

    magnitude do evento adverso e ao grau de vulnerabilidade da

    economia local ao evento (CASTRO, 2003).

    As estiagens, se comparadas s secas, so menos

    intensas e caracterizam-se pela menor intensidade e por menores

    perodos de tempo. Assim, a forma crnica deste fenmeno

    denominada seca (KOBIYAMA, et al., 2006). A seca, do ponto de

    vista meteorolgico, uma estiagem prolongada, caracterizada

    por provocar uma reduo sustentada das reservas hdricas

    existentes (CASTRO, 2003).

    Na seca, para que se congure o desastre, necessria

    uma interrupo do sistema hidrolgico de forma que o fenmenoadverso atue sobre um sistema ecolgico, econmico, social e

    cultural, vulnervel reduo das precipitaes pluviomtricas. O

    desastre seca considerado, tambm, um fenmeno social, pois

    caracteriza uma situao de pobreza e estagnao econmica,

    advinda do impacto desse fenmeno meteorolgico adverso.

    Desta forma, a economia local, sem a menor capacidade de

    gerar reservas nanceiras ou de armazenar alimentos e demais

    insumos, completamente bloqueada (CASTRO, 2003).

    Alm de fatores climticos de escala global, como La

    Nia, as caractersticas geoambientais podem ser elementos

    condicionantes na frequncia, durao e intensidade dos danos

    e prejuzos desses desastres. As formas de relevo e a altitudeda rea, por exemplo, podem condicionar o deslocamento

    de massas de ar, interferindo na formao de nuvens e,

    consequentemente, na precipitao (KOBIYAMA et al., 2006).

    O padro estrutural da rede hidrogrca pode ser tambm

    um condicionante fsico que interfere na propenso para a

    construo de reservatrios e captao de gua. O porte da

    cobertura vegetal pode ser caracterizado, ainda, como outro

    condicionante, pois retm umidade, reduz a evapotranspirao

    do solo e bloqueia a insolao direta no solo, diminuindo

    tambm a atuao do processo erosivo (GONALVES; MOLLERI;

    RUDORFF, 2004).

    Desta forma, situaes de secas e estiagens no so

    necessariamente consequncias somente de ndices pluviais

    abaixo do normal ou de teores de umidade de solos e ar

    decitrios. Pode-se citar como outro condicionante o manejo

    inadequado de corpos hdricos e de toda uma bacia hidrogrca,

    resultado de uma ao antrpica desordenada no ambiente.

    As consequncias, nestes casos, podem assumir caractersticas

    muito particulares, e a ocorrncia de desastres, portanto, pode

    ser condicionada pelo efetivo manejo dos recursos naturais

    realizado na rea (GONALVES; MOLLERI; RUDORFF, 2004).

    A estiagem e a seca so recorrentes no nordeste

    brasileiro, por sua vez, no Estado da Paraba, e esto relacionadas

    a mltiplos fatores condicionados pela geodinmica terrestre

    em seus aspectos climticos e meteorolgicos.

    Ao espacializar os desastres naturais por estiagens esecas no Mapa 2 (Desastres naturais causados por estiagem

    e seca na Paraba, no perodo de 1991 a 2010), verica-se um

    total de 209 municpios afetados. Estes municpios pertencem

    a diferentes mesorregies do Estado, entretanto, o nmero de

    registros exclusivamente maior na regio central do territrio,

    precisamente nas mesorregies do Agreste Paraibano e

    Borborema.

    A Mata Paraibana, que compreende a costa litornea,

    tende a apresentar menos registros de eventos de estiagem

    e seca claramente por seu regime hdrico e pela inuncia do

    Oceano Atlntico. Esta mesorregio, por consequncia, tem a

    maior quantidade de municpios que no decretaram estadode emergncia ou calamidade por estiagem e seca, totalizando

    treze. So eles: Baa da Traio, Bayeux, Caapor, Cabedelo,

    Figura 5- Seca no Cariri nordestino, Boa vista

    Fonte: Acervo da Defesa Civil Estadual da Paraba.

    26 ESTIAGEM E SECA

  • 5/24/2018 Atlas Paraiba

    26/58

    26Atlas Brasileiro de Desastres Naturais | 1991 a 2010 | Volume Paraba

    Capim, Conde, Curral de Cima, Itapororoca, Joo Pessoa, Lucena,

    Marcao, Mataraca e Pitimbu, conforme apresenta o Mapa 2.

    Os municpios que apresentaram registros nesta mesorregio

    chegam a 17, com o mximo de 9 eventos, no municpio de

    Pilar, e com o mnimo de 1 evento, no municpio de Pedras de

    Fogo.

    Na sequncia, vem a Mesorregio do Serto Paraibano,a terceira mais afetada por estiagens e secas, com um registro

    total de 83 municpios afetados por este desastre. Destacam-se

    com os maiores registros, os municpios de Cajazeirinhas, Brejo

    dos Santos, Cacimbas, Areias de Barana, Quixaba, So Bento,

    Riacho dos Cavalos, Me Dagua e Uirana, na ordem de 10-

    12 registros. Os municpios de Emas, Condado, Malta, Souza,

    Aparecida, Vieirpolis, Diamante, Santa Ins e Carrapateira,

    apresentam os menores ndices nesta mesorregio, na ordem

    de 1-3, de acordo com o Mapa 2.

    A Mesorregio da Borborema, a segunda mais afetada

    pelos eventos de estiagem e seca, apresenta os municpios de

    So Domingos do Cariri e Coxixola com os menores nmeros deocorrncias, com sete eventos adversos cada, enquanto outros

    48 municpios, como, por exemplo: Monteiro, Junco do Serid,

    Picu, Barana, Serra Branca, So Joo do Tigre, Livramento,

    Ouro Velho, Cabaceiras, Tenrio, entre outros, variaram entre

    10-12 a 7-9 registros, de acordo com o mapa 2. Os mais afetados

    foram os municpios de Camala, Parari, So Mamede, So Jos

    do Sabugi, Pedra Lavrada, Frei Martinho e Alcantil, onde foram

    registrados de 15 a 13 eventos, com o municpio de Parari comoaquele que registrou o maior nmero de ocorrncias, nesta

    mesorregio, com 15 no total, no perodo analisado.

    Por ltimo, temos a Mesorregio do Agreste Paraibano

    que apresentou o maior nmero de ocorrncias de estiagens e

    secas, entre todas as mesorregies, no perodo de 1991 a 2010,

    num total de 515 registros, distribudos em 66 municpios. Esta

    mesorregio da Paraba caracterizada como uma zona de

    transio entre a Zona da Mata e o Serto, com caractersticas

    climticas das mesorregies da Mata Paraibana e da Borborema.

    Por este motivo, apresenta-se dividida entre municpios com os

    menores ndices (1-3 registros) e com os maiores ndices (13-16

    registros) de estiagens e secas, no perodo analisado. Destacam-

    se, os municpios de Cuit, com 16 registros, e Pocinhos,

    Esperana e Remgio, com 13, cada.

    Conforme o Infogrco 1 (Municpios atingidos por

    estiagens e secas), o segundo ano da pesquisa 1992, registrou-

    se apenas 1 desastre por estiagens e secas, no municpio de

    Soledade. O ano de 1993, entretanto, chegou a 119 registros. Em

    2000, foram registradas 31 ocorrncias, mas, nos anos seguintes,

    houve um aumento exorbitante nos totais de registros: em 2001,

    197, em 2002, 168, e em 2003, 220. Em 2004, houve novamente

    uma queda nos registros, e de 2005 a 2007, novamente ndices

    elevados de estiagens e secas foram registrados, com destaque

    para 2007, o que mais apresentou casos desse fenmeno, com

    242 registros totais. Por m, nos anos de 2008 a 2010, nova

    queda nas ocorrncias, com a mdia de 49 eventos.De maneira geral, esta classicao de desastre natural

    adotada no Atlas, de 1991 a 2010, atingiu o total de 1.588

    registros ociais.

    possvel relacionar a caracterstica climtica do Estado

    com a espacializao dos registros de desastres. O Mapa 2

    demonstra que a regio que apresentou o maior nmero de

    registros de estiagens e secas a do tipo climtico semirido

    quente, que apresenta os menores ndices pluviomtricos do

    Estado, com 524,2 mm, ao ano (MACEDO et al., 2010).

    De acordo com Macedo et al. (2010), a seca depende de

    sistemas meteorolgicos que atuam na regio e de fenmenos

    climticos de grande escala que inuenciam as variveis quedenem o comportamento e circulao da atmosfera. Sendo

    assim, os eventos dessa natureza no Estado da Paraba podem

    estar associados a fenmenos como El Nio e o Dipolo do

    Atlntico (aquecimento/esfriamento do Atlntico Norte/Sul).

    Alm disso, cerca de 80% da rea do Estado est inserida no

    semirido nordestino e 97,78% do seu territrio faz parte do

    polgono das secas, o que deixa evidente a causa das secas e

    que a falta dgua proporciona srios problemas ao Estado.

    No perodo, por conta de estiagens e secas, na

    Paraba, 8.462.885 pessoas foram afetadas, 4.275 desalojadas,

    353 pessoas desabrigadas, 7.451 deslocadas e 6 pessoas

    mortas, conforme apresenta o Grco 1 (Danos humanos

    por estiagens e secas). Estes eventos adversos acontecem de

    maneira bem concentrada no Estado, precisamente entre as

    mesorregies do Agreste Paraibano e da Borborema, onde os

    ndices pluviomtricos so baixos e as chuvas irregulares. No

    entanto, so considerveis os ndices de estiagens e secas na

    Mesorregio do Serto Paraibano, com 83 municpios, onde

    todos eles apresentaram pelo menos um evento dessa natureza.

    Grco 1 Danos humanos ocasionados por estiagens e secas na Paraba,perodo de 1991 a 2010

    4275 353 7451 0 0 0 0 6

    8462885

    0

    3000000

    6000000

    9000000

    hab

    itantes

    Danos humanos por Estiagem e Seca

    (1991 a 2010)

    Fonte: Documentos ociais do Estado da Paraba, 2011.

    Figura 6- Perodo de estiagem no municpio de Cabeceiras, Paraba

    Fonte: Acervo da Defesa Civil Estadual da Paraba.

    27ESTIAGEM E SECA

  • 5/24/2018 Atlas Paraiba

    27/58

    27Atlas Brasileiro de Desastres Naturais | 1991 a 2010 | Volume Paraba

    Como citado anteriormente, a estiagem e a seca favorecem a

    considervel diminuio da carga dgua dos rios e o aumento

    de problemas na agricultura, gerando assim, sede e fome;

    favorece, tambm, de modo negativo, na dinmica ambiental.

    Com relao frequncia mensal desses eventos adversos

    na Paraba, de 1991 a 2010, o Grco 2(Frequncia mensal de

    estiagens e secas 1991-2010) apresenta considervel ocorrnciade estiagens e secas ao longo dos meses dos anos analisados.

    Nota-se uma maior frequncia nos meses de setembro, outubro

    e novembro, totalizando 674 ocorrncias, meses de referncia

    do auge das estiagens prolongadas. Segundo o mesmo grco,

    os meses de maro apresentam 159 registros. J os meses com

    menores recorrncias so julho, com 50 registros, e dezembro,

    com 56.

    Com base nos totais de registros distribudos ao longo

    dos meses, deve-se considerar que, para a caracterizao de um

    desastre natural por estiagem ou seca no nordeste brasileiro,

    necessrio, no mnimo, trs meses com dcit hdrico.

    Com base nos estudos pluviomtricos e anlise dosprincipais sistemas meteorolgicos que atuam na Regio

    Nordeste do Brasil, e, sobretudo, no Estado da Paraba, proposto

    por Macedo et al. (2010), o leste do Estado possui o quadrimestre

    chuvoso de abril a julho, relacionado ao sistema atmosfrico

    brisas e ondas de leste. Os ndices pluviomtricos, nessa regio,

    cam em torno de 1.177,3 mm ao ano.

    Na Mesorregio do Agreste Paraibano, onde se

    evidenciou as maiores ocorrncias de estiagens e secas, as

    mdias so registradas em torno de 500 mm ao ano, e o clima

    o semirido. As maiores precipitaes nessa mesorregio

    ocorrem entre fevereiro a abril.

    E por m, a parte oeste do Estado, submetida aos

    sistemas atmosfricos da Zona de Convergncia Intertropical

    (ZCIT), Vrtices Ciclnicos de Altos Nveis (VCANs) e aos

    efeitos orogrcos locais (MACEDO et al., 2010). As mdias

    pluviomtricas, nessa rea, so de 709,5 mm anuais.

    Sendo assim, e em funo desses baixos ndices

    pluviomtricos as mesorregies da Borborema e do Agreste

    Paraibano, acometidas pelas caractersticas climticas locais,

    Infogrco 1- Municpios atingidos por estiagens e secas no Estado da Paraba, perodo de 1991 a 2010

    Municpios Atingidos

    por Estiagem e Seca

    Municpio 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 Total

    Cuit 16

    Parari 15

    Pedra Lavrada 14

    So Mamede 14

    Alcantil 13

    Camala 13

    Esperana 13

    Frei Martinho 13

    Pocinhos 13

    Remgio 13

    So Jos do Sabugi 13

    Algodo de Jandara 12

    Assuno 12

    Barra de Santana 12

    Boa Vista 12

    Damio 12

    Itabaiana 12

    Monteiro 12

    Picu 12

    Salgadinho 12

    So Jos dos Cordeiros 12

    Umbuzeiro 12

    Amparo 11

    Areial 11

    Bananeiras 11

    Barra de Santa Rosa 11

    Cacimbas 11

    Campina Grande 11

    Casserengue 11

    Congo 11

    Cubati 11

    Dona Ins 11

    Livramento 11

    Mogeiro 11

    Nova Floresta 11

    Nova Palmeira 11

    Prata 11

    Quixab 11

    Riacho de Santo Antnio 11

    Riacho dos Cavalos 11

    Santa Luzia 11

    So Joo do Tigre 11

    Serra Branca 11

    Areia de Baranas 10

    Barana 10

    Barra de So Miguel 10

    Bernardino Batista 10

    Boqueiro 10

    Brejo dos Santos 10

    Cajazeirinhas 10

    Carabas 10

    Caturit 10

    Junco do Serid 10

    1

    119

    31

    197168

    220

    83

    209

    169

    242

    66

    20

    63

    0

    150

    300

    28 ESTIAGEM E SECA

  • 5/24/2018 Atlas Paraiba

    28/58

    28Atlas Brasileiro de Desastres Naturais | 1991 a 2010 | Volume Paraba

    Continuao...

    Municpios Atingidospor Estiagem e Seca

    Municpio 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 TotalLagoa Seca 10

    Me d'gua 10Puxinan 10

    Queimadas 10

    Riacho 10Santa Ceclia 10

    Santo Andr 10So Bento 10

    So Joo do Cariri 10

    Serid 10Soledade 10

    Sossgo 10Tapero 10

    Uirana 10

    Vrzea 10Zabel 10

    Arara 9Areia 9

    Aroeiras 9Igaracy 9

    Cabaceiras 9

    Cacimba de Areia 9Vista Serrana 9

    Gurjo 9Ing 9

    Juazeirinho 9Juru 9

    Pilar 9

    Poo Dantas 9Salgado de So Flix 9

    Santarm 9So Jos de Espinharas 9

    So Sebastio de Lagoa de Roa 9

    So Sebastio do Umbuzeiro 9Solnea 9

    Sum 9Teixeira 9

    Tenrio 9gua Branca 8

    Araruna 8

    Bonito de Santa F 8Cacimba de Dentro 8

    Desterro 8Gado Bravo 8

    Imaculada 8

    Juarez Tvora 8Lagoa 8

    Manara 8Massaranduba 8

    Monte Horebe 8Mulungu 8

    Nazarezinho 8

    Olivedos 8

    1

    119

    31

    197168

    220

    83

    209

    169

    242

    66

    20

    63

    0

    150

    300

    Grco 2- Frequncia mensal de estiagens e secas na Paraba, perodo de1991 a 2010

    104 114

    159

    76

    152128

    5075

    224

    275

    175

    56

    0

    50

    100

    150

    200

    250

    300

    jan fev mar abr mai jun jul ago set out nov dez

    Frequncia mensal de estiagem e Seca

    (1991 a 2010)

    Fonte: Documentos ociais do Estado da Paraba, 2011.

    fazem com que o Estado da Paraba seja suscetvel aos eventos

    adversos de estiagem e seca. Fica clara, portanto, a recorrncia

    desses fenmenos no Estado, principalmente na regio central,

    onde foram evidenciados os maiores registros dessa anomaliaclimatolgica.

    29ESTIAGEM E SECA

  • 5/24/2018 Atlas Paraiba

    29/58

    29Atlas Brasileiro de Desastres Naturais | 1991 a 2010 | Volume Paraba

    Continuao...

    Municpios Atingidospor Estiagem e Seca

    Municpio 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 Total

    Ouro Velho 8

    Patos 8Pombal 8

    Princesa Isabel 8So Jos dos Ramos 8

    Tavares 8

    Triunfo 8Cajazeiras 7

    Coxixola 7Curral Velho 7

    Fagundes 7Itatuba 7

    Mato Grosso 7

    Montadas 7Nova Olinda 7

    Passagem 7Paulista 7

    Pedra Branca 7Riacho do Bacamarte 7

    Santa Helena 7

    Santana de Mangueira 7So Domingos do Cariri 7

    So Jos de Caiana 7So Jos do Brejo do Cruz 7

    Serra da Raiz 7

    Serra Redonda 7Aguiar 6

    Alagoinha 6So Joo do Rio do Peixe 6

    Belm 6Brejo do Cruz 6

    Cachoeira dos ndios 6

    Conceio 6

    Itaporanga 6Lagoa de Dentro 6

    Lastro 6

    Matinhas 6

    Maturia 6Santana dos Garrotes 6

    Santa Teresinha 6So Bentinho 6

    So Jos de Princesa 6Serra Grande 6

    Campo de Santana 6

    Alagoa Grande 5Alagoa Nova 5

    Araagi 5Belm do Brejo do Cruz 5

    Boa Ventura 5Bom Jesus 5

    Bom Sucesso 5

    Coremas 5Gurinhm 5

    1

    119

    31

    197168

    220

    83

    209

    169

    242

    66

    20

    63

    0

    150

    300

    Municpios Atingidospor Estiagem e Seca

    Municpio 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 TotalSanta Cruz 5

    So Domingos 5So Francisco 5

    So Jos de Piranhas 5So Jos do Bonfim 5

    Sertozinho 5

    Sobrado 5Caldas Brando 4

    Catingueira 4

    Catol do Rocha 4Cuit de Mamanguape 4

    Duas Estradas 4Ibiara 4

    Jeric 4Mari 4

    Marizpolis 4Olho d'gua 4

    Pianc 4Poo de Jos de Moura 4

    Pedro Rgis 4Serraria 4

    Aparecida 3Caiara 3

    Carrapateira 3Condado 3

    Diamante 3Jacara 3

    Logradouro 3Piles 3

    Riacho do Poo 3Santa Ins 3

    Sousa 3Vieirpolis 3

    Borborema 2Cruz do Esprito Santo 2

    Emas 2Guarabira 2

    Malta 2Natuba 2

    Pilezinhos 2Pirpirituba 2

    Rio Tinto 2So Jos da Lagoa Tapada 2

    Alhandra 1Cuitegi 1

    Juripiranga 1Mamanguape 1

    Pedras de Fogo 1Santa Rita 1

    So Miguel de Taipu 1Sap 1

    1588Fonte: Documentos oficiais do Estado da Paraba, 2011. 1 Registro2 Registros

    1

    119

    31

    197168

    220

    83

    209

    169

    242

    66

    20

    63

    0

    150

    300

    Continuao...

    30 ESTIAGEM E SECA

  • 5/24/2018 Atlas Paraiba

    30/58

    Atlas Brasileiro de Desastres Naturais | 1991 a 2010 | Volume Paraba

    REFERNCIAS

    CASTRO, Antnio Luiz Coimbra de. Manual de desastres: desastresnaturais. Braslia (DF): Ministrio da Integrao Nacional, 2003. 182 p.

    KOBIYAMA, M. et al. Preveno de desastres naturais: conceitosbsicos. Curitiba: Organic Trading, 2006. 109 p.

    GONALVES, E. F.; MOLLERI, G. S. F.; RUDORFF, F. M. Distribuiodos desastres naturais no Estado de Santa Catarina: estiagem (1980-2003). In: SIMPSIO BRASILEIRO DE DESASTRES NATURAIS, 1., 2004,Florianpolis. Anais... Florianpolis: GEDN/UFSC, 2004. p.773-786.

    MACEDO, M. J. H. et al. Anlise do ndice padronizado deprecipitao para o Estado da Paraba, Brasil. Ambi-Agua, Taubat,v. 5, n. 1, p. 204-214, 2010. Disponvel em: . Acesso em: 10 nov. 2011.

    31INUNDAO BRUSCA

  • 5/24/2018 Atlas Paraiba

    31/58

    Atlas Brasileiro de Desastres Naturais | 1991 a 2010 | Volume Paraba

    INUNDAO BRUSCA

    Inundaes bruscas e alagamentos compem o grupo

    de desastres naturais relacionados com o incre